{POV. Keren}
Corri até Charles e me joguei a seus pés, meu coração estava acelerado e eu não sabia o que fazer ao certo. Já acompanhei outras crises de Charles mas é sempre o mesmo desespero.
- Charles! Meu amor, por favor fica comigo. Charles, acorde. (Dei leve batidas no rosto até que Charles abriu os olhos, seu peito nu subia e descia ofegante). - Graças a Deus, Charles o que sente?
- Meu... Meu coração está muito acelerado. (Ele conseguiu pronunciar).
- Vou pegar os remédios. (Tentei levantar mas sua mão gelada me parou).
- Eu já os tomei, só... só preciso ir para a cama. (Sua voz era sussurrada, provavelmente por causa dos calmantes que já deve ter tomado).
- Tá bom, eu te ajudo a ir a cama. (Meu queixo tremeu e tentei ser forte mesmo sentindo algumas lágrimas caírem. Era terrível o ver assim, era como matar a mim).
Juntando forças de onde eu sequer imagino ter, levantei Charles e juntos caímos sobre a cama, coloquei seus pés sobre a cama, o cobri e depois fiquei ao seu lado.
- Por favor, não chore, meu amor. (Charles se virou para mim com os olhos pesando).
- Acho melhor adiarmos nosso passeio amanhã, você precisa descansar.
- Não. (Charles até respondeu rápido para alguém que estava sobre efeito de remédios). - Não quero que essa merda me impeça de te fazer feliz... (Sua voz saiu mais baixa).
- Você já me faz feliz, amor. (Acariciei sua barba).
- Mas eu quero... mesmo assim... (Finalmente ele se entregou ao sono dos remédios e eu pude deixar as lágrimas silenciosas caírem em paz).
- Tudo bem, querido. Apenas descanse. (Minha voz soou embargada enquanto eu acariciava seu rosto).
Eu sabia o que ele sentia, Charles mesmo doente queria me dar o máximo de felicidades possível, pois não sabíamos quando tempo teríamos. Essa merda de tempo.
Mal sabe Charles que eu já sou a mulher mais feliz desse mundo.
[...]
No dia seguinte...
Tentei convencer Charles a ficarmos descansando na ilha mas ele estava irredutível sobre a festa, então a única coisa que teria que fazer era esquecer um pouco da noite de ontem e aproveitar essa, até que parecia muito animada essa noite como uma criança indo ao circo pela primeira vez. Atravessamos da ilha a cidade no iate pelo mar e ao chegarmos ao píer já tinha um carro a nossa espera com outro carro com seguranças logo atrás, então nos dirigimos para o sambódromo do Rio de Janeiro e confesso que ainda estou apanhando para falar o nome em português.
Charles hoje usava uma roupa que lhe caiu tão bem que me da pena saber que quando voltarmos para a ilha, eu ireia amassa-lá toda quando for tira-lá para sentir seu corpo. O mesmo usava uma calça social cinza um pouco justa, sapatos sociais preto, uma blusa social rosa de botões, um blazer azul escuro por cima, um cinto de couro marrom e seu inseparável óculos. Sinto meu corpo ferver só em lembrar que há algumas horas eu estava sentando sobre esse homem igual uma louca.
Eu usava um vestido branco curto e justo com mangas longas caídas ombro a ombro e que tinham um decote em V bem profundo, pentiei meu cabelo todo para atrás e fiz uma maquiagem em dourado exagerando no batom vermelho, um par de brincos redondos dourados e um colar simpes também dourado, e para me sentir mais confortável coloquei um tênis plataforma branco com uma tornozeleira de brilhantes.
As ruas estavam todas lotadas com pessoas andando, falando alto e até mesmo dançando animadas, o tal sambódromo era um local enorme como se fosse um campo de futebol e pelo que Charles me falou, nos ficaríamos em um camarote vip onde teríamos a melhor vista para o desfile. A frente da entrada lateral estava lotada de pessoas que pousavam para os fotógrafos que estavam ali na porta, famosos brasileiros provavelmente, e uma música bem alta vinha do local junto com o enorme barulho do falatório alto.
Então nosso carro parou em frente ao tapete vermelho da entrada e um dos seguranças abriu a porta para descermos, Charles saiu e me ajudou a descer segurando em minha mão enquanto na outra eu segurava minha carteira prateada. Assim que todos nós vêem, se cria um alvoroço dos fotógrafos chegando o máximo que podiam das fitas de definição de limites, para tirarem a melhor foto nossa.
Charles coloca a mão na minha cintura e eu sorrio para as fotos colocando uma de minhas mãos sobre sem ombro enquanto fazíamos pose para as fotos.
- Ai que coisa chata.
Eu resmungo baixinho para Charles enquanto ainda posamos para as fotos e o mesmo soltou uma risada.
- Acho que ninguém aqui imaginaria que íamos ver o desfile das escolas de samba, por isso esse alvoroço todo. (Charles explica baixinho).
- Senhor e senhora Anders, uma palavrinha por favor. (Gritou uma repórter).
Mas Charles apenas acenou com a mão e começamos a andar pelo tapete até a entrada sem falar com os repórteres, estamos em lua de mel e a última coisa que queremos é a mídia em nossos pés. Subimos alguns lances de escadas meio escuras até que finalmente chegamos a entrada do camarote, e eu respiro fundo observando todo o local.
Havia um enorme open bar onde as pessoas pegavam as bebidas, haviam cadeiras e sofás luxuosos espalhados, tudo bem iluminado com luzes super coloridas e ao fundo tocava uma música que deve ser brasileira pois eu não conhecia, um samba provavelmente. Pessoas bem vestidas e foi nítido não reparar no quanto eles repararam em mim e Charles desde que pisamos os pés entrando, pessoas bem vestidas com roupas brilhantes e alegres, devem ser famosos com certeza.
Charles me guiou até o centro do local e então eu pude ver a vista, uma ampla varanda bem larga que dava direto para a avenida onde aconteceria o desfile das alegorias, pessoas logo abaixo gritavam e vibravam alegres, a energia brasileira. Havia vários telões espalhados pelo camarote para quem talvez quisesse assistir pela TV mesmo.
- Aqui é uma das melhores vistas do espetáculo.
Charles comentou e então um garçom veio até nós nos oferecendo champanhe e cada um pegou uma taça.
- Tô percebendo, que horas começa? (Pergunto e Charles olha no relógio).
- Acho que daqui há alguns 20 à 30 minutos. (Ele explica e eu assinto bebendo um pouco do Champanhe).
E Charles me puxa para nos sentarmos em um sofá mais afastados com poucas pessoas ao nosso redor e o restante lá atrás bebendo e conversando.
- As pessoas aqui são tão animadas.
Comento me virando de frente para Charles e ele sorrir de frente para mim também.
- A energia brasileira é a melhor.
Eu ia falar algo mas fui interrompida por um casal que se apaixonou de nós e eu fiquei impressionada com o bronzeado lindo de suas peles, o homem alto vestido em uma roupa informal toda preta, era careca mas tinha uma barba bem áspera enquanto a mulher era mais baixa e tinha tranças box brides marrom no cabelo e vestida um vestido curto verde esmeralda bem alegre.
- Charles, como vai? (Disse o homem em inglês ao seu aproximar).
- Paulo.
Disse Charles se levantando e dando um abraço no homem, eu me levantei também.
- Rita, está belíssima. (Disse Charles cumprimentando a mulher com um beijo em sua mão).
- Prazer em reve-ló, Charles. Então essa é a nova senhora, Anders. (A mulher sorrir simpática para mim).
- Prazer em conhece-lós também. (Digo e me surpreendo quando ela me puxa para um abraço).
- Keren, esses são Paulo e Rita. Diretores da minha filial da concessionária aqui no Brasil. (Charles explica assim que a mulher me solta).
- Irá fazer uma vista a nós durante essa viagem? (Paulo pergunta).
- Acho que sim, apenas se Keren não se opor em me acompanhar. (Charles me olha e eu junto minhas sombracelhas confusa).
Conhecer a empresa de Charles, ouço ele falar tanto dela mas percebi agora que nunca coloquei os pés em nenhuma delas. Entrar em uma das empresas Anders sendo agora a senhora Anders, até senti um frio na barriga só de imaginar.
- Por mim, tudo bem. (Digo sorrindo disfarçando como se não tivesse morrendo de nervosismo).
- Sendo assim, espero vocês lá qualquer dia desses. (Paulo concorda).
- Agora vamos os deixar a vontade para aproveitar o desfile, espero que estejam gostando dessa energia brasileira. (Rita diz animada).
- Estou adorando. (Digo animada também).
Eles sorriem e saem para o meio da multidão.
- Conhecer uma de suas empresas, o que eu vou fazer lá mesmo? (Sorrio bebendo champanhe).
Charles chega perto de minha orelha.
- Uma vez tu me disse que achava sexy quando eu estou em minha postura de homem de negócios.
Charles sussurra e pista para mim logo em seguida fazendo eu sentir um calor pelo meu corpo mordendo meu lábio inferior. Sim, na nossa viagem para Las Vegas onde eu fui a jantar de negócios chatissímo com ele onde minha única diversão era beber e observar a postura sexy de Charles falando de negócios e mais negócios.
Íamos nos sentando novamente quando uma mulher alta e bem ruiva aparece a nossa frente.
- Olá, Charles. Quanto tempo.
Disse a mulher e eu a observo, ela tem um ar como se falasse com alguém tão... íntimo. Que porra é essa?
Continua...
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Não me matem hehe
Para os amantes de romance hot (como eu hehe) entrem no meu perfil e leiam meu novo romance, garanto que irão amar.
"Um anjo entre o céu e inferno" é a história de Virgínia, a filha de uma ex prostituta viciada em drogas, que se tornará acompanhante de luxo e se envolverá em um triângulo amoroso entre um empresário e um traficante. Muitoooo bom!
Leiam, cometem e favoritem! Bjs!