Entre Mundos: Bruxos e Pokémon

By Autora-sama

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Então... eu estou assistindo muito Pokémon nesses tempos de quarentena, então eu pensei: "MANO DO CÉU, e se e... More

Ajudinha de Lady Magic
Novos Pokémon da Família HeavenStar
A Cura Para Os Longbottom

A Vida de Um Ex-Futuro Comensal da Morte

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By Autora-sama


[3 semanas depois, no Mundo Bruxo]

P.O.V - Narrador


   - HARRIET, POR FAVOR! A GENTE FAZ ISSO DEPOIS! EU TENHO QUE CUIDAR DO HARRY!

   - É FILHINHA, EU TENHO QUE CUIDAR DA SUAS IRMÃS!

   - PELAS CALÇAS DE MERLIN, VOCÊS PARECEM DUAS CRIANÇAS!

   Hidetaka, Hadrian e Harriet estão passeando pelo Beco Diagonal tendo como objetivo, infelizmente, comprar elfos domésticos, porém os homens não estão felizes com essa missão. Hadrian quer ficar ao lado de Harry, seu Eevee que está com ele há 3 semanas, que teve seus ossos removidos magicamente nas áreas mal curadas e atualmente está sob efeito de sedativo enquanto o Skele-gro faz efeito. Já Hidetaka quer ficar ao lado da esposa e das novas filhas, Milena e Camila, que nasceram faz 2 semanas. Zay foi para Hogwarts na semana anterior e foi selecionado na Lufa-Lufa.

   As pessoas que andam pelo Beco Diagonal olham com estranheza para a família de cabelos e roupas estranhas. Harriet e Hadrian, apesar de preferir ficar no Centro Pokémon da ilha de Hoku, insistiram para que eles não usassem glamours durante essa ida ao Beco. Hide estava ocupado demais se lamentando de estar se separando das suas filhas caçulas para questionar.

   Os HeavenStar, depois de pararem de gritar, andam lentamente, observam todas as lojas tortas e comentam coisas que gostariam de comprar em uma próxima ida ao Beco. O clima triste foi embora, Harriet até mesmo estava cantarolando alguma música que lhe veio a cabeça. Depois de algum tempo caminhando, a família adentra em uma das lojas mais afastadas na área secreta do Beco Diagonal, o Beco Itecae bom, não tão secreto, mas Hogwarts não fala sobre essa parte para os bruxos de primeira geração (conhecidos como nascidos-trouxas na Grã-Bretanha), então apenas sangue-puro e alguns mestiços o conhecem, essa parte do Beco apenas não fali por que é bem conhecido internacionalmente, recebendo assim, muitos clientes. O sininho acima da porta toca, chamando a atenção do vendedor apoiado no balcão, quando a família adentra na loja.

   - Bom dia, Sr. Eu sou o Lord HeavenStar. - começa Hidetaka assumindo uma postura formal, quase o fazendo estremecer, como ele odeia isso - Eu estou interessado nos seus elfos.

   O homem na sua frente o analisa rapidamente, nunca tinha visto esse tal de HeavenStar na vida, talvez um nascido-trouxa? Não, eles não conhecem esse lado do Beco e não compram elfos domésticos por conta da problematização sobre eles serem "escravos". Talvez seja estrangeiro.

   - Muito bom dia, Lord HeavenStar, sou Lord Fawley, Lord da antiga e nobre casa Fawley, em qual tipo de elfo o senhor estaria interessado? - pergunta saindo de trás do balcão e ficando de frente ao homem.

   - O tipo não me é importante, mas me responda, quantos elfos você possui a venda atualmente?

   - Cerca de 46 elfos, mas chegarão novos daqui a algumas semanas.

   - Hmmm... - ele vira seu rosto de maneira esnobe e observa a loja de aparência sombria com expressão de desinteresse - Me leve até onde eles são mantidos, Lord Fawley, gostaria de ver suas condições antes de fechar negócio com você.

   Se não fosse pela bela máscara de sangue-puro, Lord Fawley teria revirado os olhos, quem esse tal de HeavenStar pensa que é para questionar a qualidade de seus produtos?

   - Mas é claro, por favor, me siga. - diz guiando o para os fundos da loja, mas não antes do Sr. enviar um olhar para os seus filhos como se dissesse algo como: "não arrumem encrenca, e se preparem para correr caso algo aconteça".

   Os irmãos passam a olhar os itens espalhados pela loja, em sua maioria são correntes, chicotes e alguns livros de como cuidar e punir seus elfos, parece bastante um sex shop pra ser sincero.

   - Ei, Hadrian, olha isso aqui! - diz batando com chicote na perna do irmão.

   - Ai, Harriet! Larga isso, a gente não tá em Cinquenta Tons de Cinza!

   - Como você conhece Cinquenta Tons de Cinza, Hadrian? Você por acaso... Já sei, a Rebeca mostrou pra você também, não é?

   - Às vezes nossa prima esquece que nós só temos 8 anos, mas fazer o que?

   Hidetaka volta para o mesmo cômodo dos filhos juntamente ao vendedor.

   - Acho que podemos fechar negócio, Lord Fawley. - diz dando um sorriso de escárnio. - Eu levo todos. E mande uma mesnagem para o seu fornecedor dizendo que eu quero os elfos domésticos que estão para chegar.

   -...Desculpe, mas poderia repetir? - pergunta pasmo.

   - Eu não repito minhas palavras, Lord Fawley, eu as disse em alto e bom som, culpe apenas a si mesmo por não ouvi-las. - o tom de despreso na sua voz era clara, mesmo sendo fingida... mais ou menos.

   O homem permanece em silêncio durante alguns instantes, apenas observando o Lord de cabelos azuis na sua frente, ele quer levar todos os elfos?

   -...São 225 galeões por elfo, Lord HeavenStar.

   - Crianças, entreguem o cartão para o bom homem.

   Harriet se aproxima do balcão e puxa um cartão vermelho repleto de runas e o coloca sob a círculo com uma estrela de cinco pontas dentro (sim, existem cartões no Mundo Bruxo, mas é uma coisa pouquíssimo usada na Grã-Bretanha) e envia um pouco de sua magia para confirmar a transação.

   - Aqui está, Lord Fawley, os galeões já foram transferidos para o seu cofre em Gringotts, tomei a liberdade de enviar um pouco a mais, também vamos levar o livro "Cuidados e Punições para um Elfo Doméstico".

   De repente a porta da loja se abre, revelando uma família com vestas caras, olhar frio e cabelos loiros. Os Malfoy. Hadrian estremece levemente, ele se lembrava levemente de como Draco Malfoy tratava Harry Potter. Mas Hadrian não culpa Draco, agora, de uma nova perspectiva, ele entende que não foi culpa dele, e sim de sua família que o forçou a aceitar aquela maldita marca-negra e encheu sua cabeça com aquela porcaria purista. Mas também se lembrava que os Malfoy, de todos os Comensais da Morte, foram os únicos que sobreviveram, os únicos que encontraram redenção.

   - Lord Malfoy, Lady Malfoy, Herdeiro Malfoy, como posso ajuda-los? - diz se distanciando da família HeavenStar e se aproximando dos outros sangue-puro.

   - Lord Fawley, estamos interessados em seus elfos domésticos. - responde Lucius Malfoy com seu tom formal e ameaçador de sempre.

   - Lord Malfoy, lamento lhe informar, mas... todos já foram vendidos.

   - Como todos já foram vendidos, Lord Fawley? - ele se distancia levemente de sua esposa e filho.

   - Este Lord acabou de comprar todos os meus elfos. - diz apontando com sua cabeça discretamente para Hidetaka, que está parado ao lado dos filhos, que folheiam horrorizados o livro recém-comprado, os observando pelo canto dos olhos.

   - Lord Malfoy. - cumprimenta com um aceno de cabeça.

   - E quem seria você?

   - Sou Hidetaka HeavenStar, Lord da família HeavenStar, creio que o você não me conheça, afinal, diferente do resto do mundo, minha família não é conhecida na Grã-Bretanha. Minha família tem negócios ao redor do mundo, e precisamos de mais mão de obra, por isso os elfos.

   Pode não parecer, mas Hidetaka pode ser bem manipulador quando quer, acredito que seria um sonserino ou um corvinal caso tivesse estudado em Hogwarts.

   - Lord Malfoy, creio que tenho algo que possa ser de seu interesse. - ele diz sorrindo calmamente antes de se virar para seus filhos - Crianças, passem na Dedos de Mel e comprem algo para vocês e os elfos, tudo bem?

   - Sim, pai. - eles dizem formais, apesar de, como seu pai, odiarem essas merdas, não significa que não saibam o que fazer na frente de pessoas de alta classe.

   Eles saíram, e como a rua na frente da loja está aparentemente deserta, Hadrian abre sua bolsa e chama Rotom.

   - Onde estamos, Hadrian? - pergunta o objeto voador olhando ao redor.

   - Beco Diagonal, no Mundo Bruxo. Eu preciso que você--

   - NO MUNDO BRUXO?! É SÉRIO?! - grita sorrindo e tirando fotos das lojas ao redor. Desde que Hadrian lhe mostrou aqueles livros de magia, Rotom ficou fascinado com o assunto e sempre se anima quando ve os HeavenStar fazendo magia.

   - Shhh, sim, é sério, eu preciso que você mande uma mensagem para a mamãe avisando que ela precisa mandar o diário dos Malfoy para a Dimensão do Bolso do papai.

   - Entendido! Enviando mensagem... Mensagem enviada! Agora podemos ir ver magia?!

   - Rotom, você sabe que não--

   - Espera, Hadrian, isso pode dar certo.

   Hadrian olha para a irmã como se ela fosse louca, mas logo sua expressão muda para uma que diz "Ahh tá!"

   - Tá bom, Rotom, você pode vir com a gente na Dedos de Mel, mas tira o som da sua câmera, eu não quero nenhum processo por perceberem você tirando fotos das pessoas sem permissão.

   - Afirmativo!

   - Que merda é essa?!

   Os irmãos e o Rotom olham para o local de onde a voz surgiu e vêem Draco Malfoy os observando mais pálido que o normal.

   - Ei, olha a boca aí, caralho!

   - Hadrian, olha a SUA boca!

   - Fica na sua, Harriet!

   - Vai se fuder, Hadrian!

   - Olha quem tá xingando agora!

   - Pessoal, ele ainda não foi embora. - diz o Pokédex, fazendo os dois irmãos pararem de brigar e olharem para o garoto exigindo respostas.

   - É... escuta aqui, Loirinho, assim como os Malfoy, os HeavenStar também tem segredos. Nós vamos para a Dedos de Mel agora comprar algo para os elfos domésticos, caso você queira nos acompanhar para, talvez, conseguir algumas respostas, fique a vontade. - diz Hadrian com um sorriso de escárnio.

   Draco os observa por alguns instantes antes de olhar para o estranho objeto vermelho também o observando. Ele deveria ir com alguém que acabou de conhecer?......

   - Tsk, tudo bem. E não me chame de Loirinho, meu nome é Draco Malfoy, herdeiro da nobre e antiga casa Malfoy.

   - Como desejar, Loirinho. - responde Harriet com o mesmo sorriso do irmão.

   Os três, juntamente a um Pokédex voador nada discreto, saiem da área secreta do Beco Diagonal e andam lentamente, com vários bruxos os olhando, até a Dedos de Mel.

   - Loirinho, do que elfos domésticos gostam? - Hadrian pergunta olhando ao redor da loja.

   - Pare de me chamar assim!

   - Deixa eu pensar... Não. Agora me ajuda a escolher alguma coisa para os elfos.

   Draco iria discordar, porém percebe que não adiantaria de nada. Ele simplesmente suspira.
   - Eu não sei do que elfos domésticos gostam, eu nunca dei doces pra eles.

   - Que babaquice. - comenta Harriet passando enquanto carrega diversos doces nos braços - Hadrian, eu já escolhi o que a gente vai levar pra casa, pega um pouco de tudo pros elfos já que a gente não sabe do que eles gostam.

   - Você vai levar tudo isso?! - o loiro pergunta enquanto olha a pilha de doces nos braços da platinada.

   - Harriet ama doces, a maior parte disso é para ela. - comenta Rotom.

   - Rotom, vai cuidar da sua vida!

   - Ei, Loirinho, me ajuda aqui. Pega alguns bolos de caldeirões.

   Draco olha para o garoto cheio de sapos de chocolate. Ele hesita por alguns momentos mas solta um "Tsk" e começa recolher os doces. As três crianças entregam os doces ao vendedor, pagam, colocam os itens em sacolas e voltam para o Beco.

   - Meninos, eu e o Rotom vamos passar na Artigos de Qualidade para Quadribol, nos encontrem aqui daqui a 20 minutos.

   - Tá bom, até daqui a pouco!

   - Até! - dizem em uníssono.

   Os irmãos se separam.

   - Qual o seu nome?

   - Ahn?

   - Seu nome, você não me disse.

   - Ah, desculpe, meu nome é Hadrian HeavenStar, aquela é a minha irmã Harriet.

   - HeavenStar... nunca ouvi falar, você é um nascido-trouxa por acaso? - o loiro pergunta levantando sua sobrancelha com uma expressão séria.

   - Nascido-trouxa? Ah! Você quer dizer um bruxo de primeira geração? Não, eu sou de segunda geração, mestiço, como são conhecidos aqui.

   Draco o olha como se uma segunda cabeça tivesse crescido em Hadrian.

   - ...Geração?

   - Uhum, ninguém usa o termo trouxa, mestiço ou sangue-puro no resto do mundo, esses termos são apenas usados na Inglaterra. - ele diz enquanto pega um bolo de caldeirão da sacola e o morde - Quer um?

   - Não, obrigada. - Draco inconscientemente morde seu lábio inferior, ele é uma criança, é claro que ele quer um bolo de caldeirão! Mas seus pais nunca o deixam comer doces, então é melhor recusar.

   - Loirinho, você está praticamente salivando, não se preocupe, eu não vou contar para os seus pais. - ele pega outro doce da bolsa - Eu trouxe doces extras para a gente, pode comer.

   O loiro abre sua boca para dizer que não quer, mas... bom, na verdade ele quer... não faria mal comer apenas um pouco, não é?

   - Tsk, tudo bem! - ele praticamente arraca o doce da mão de Hadrian e o morde. Apesar de tentar muito manter sua máscara, o garoto não consegue impedir um "hmm" de sair dos seus lábios.

   - Se você gostou disso, você vai amar o bolo de caxi que o meu irmão faz.

   - Caxi?

   - É uma fruta nativa lá de onde eu moro. - comenta dando de ombros.

   - Nunca ouvi falar dessa fruta, onde você mora?

   - ...Eu conto se você me levar pra tomar sorvete! - ele diz sorrindo como uma criança de 5 anos, coisa que quase fez Draco revirar os olhos.

   - Tudo bem, mas você vai me dar respostas depois! - ele afirma se levantando e batendo levemente em suas roupas - Vamos.

   Os meninos seguem até a Sorveteria Florean Fortescue.

   - Qual o seu sabor preferido, Loirinho?

   - Pare de me chamar assim! E eu não tenho um sabor preferido, meus pais apenas me deixam tomar sorvete no meu aniversário! - ele vira o seu rosto para lado com uma expressão irritada.

   - Que... triste e... saudável...

   Os Malfoy exigem que seu filho cresça rápido demais, afinal, o grande Herdeiro e futuro e Lord Malfoy deve honrar a sua família. Hadrian espera que sua família possa mudar isso.

   - Então vamos experimentar todos! - ele diz alegre.

   - C-Como? - o loiro se vira incrédulo.

   - Bom, não todos, mas o máximo que nós conseguirmos! - ele vai até o freezer onde os sorvetes são exibidos - Eu vou querer de nuvem de tempestade, manteiga de amendoim e chocolate com pimenta, por favor.

   - É pra já, garoto, e você Loirinho? Vai querer de que sabor?

   Draco suspira. Por que todo mundo está o chamando de Loirinho, hoje?! Ele lentamente anda até Hadrian e observa os sorvetes expostos.

   - Morango azulado, caramelo e menta com chocolate... por favor.

   - Mas é claro!

   Os garotos observam o sorveterio preparar os sorvetes e entrega-los para eles juntamente a colheres coloridas. As crianças pagam e se sentam em uma mesa do lado de fora da loja.

   Enquanto Hadrian já começa devorando o seu sorvete, Draco o olha cautelo por mais alguna instantes de se render e começar a comer, ele provavelmente já ficará de castigo por comer aquele bolo de caldeirão, então que se dane.

   - Cara, esse nuvem de tempestade tá muito bom, quer experimentar? - o platinado pergunta oforencendo seu pote com sorvete.

   Draco observa o sorvete oferecido e com sua própria colher pega um pouco do doce roxo acinzentado, o sabor é um pouco forte, mas não deixa de ser gostoso.

   - Experimente o de menta... foi o que eu mais gostei. - ele diz empurrando levemente o seu sorevete para o outro garoto que o prova animadamente - Você me disse que responderia as minhas perguntas caso eu te trouxesse aqui.

   - Certo, certo. O que você quer saber?

   E assim começa um interrogatório, no começo eram perguntas sutis, mas antes que eles notassem seus potes de sorvete estão vazios e uma Harriet irritada anda até a mesa deles enquanto Hadrian divaga algo sobre o efeito borboleta.

   - Eu fiquei 15 minutos esperando vocês! - ela diz irritada.

   - Foi mal aí, irmãzinha, a gente se distraiu.

   - Fi mil, irmizinhi, i ginti si distrii. Vamos logo antes que perca a paciência, o Rotom já voltou pra loja de elfos domésticos pra ajudar o papai.

   As crianças seguem pelo Beco Diagonal entretidas em uma conversa repleta de comentários sarcásticos, até mesmo Draco embarca na conversa em alguns momentos.

   Draco, mesmo não admitindo nem sobre tortura, está feliz por ter conhecido os estranhos irmãos HeavenStar e seu objeto voador que fala, finalmente alguém se aproximou dele sem a intenção de conseguir fama e status através de sua família, simplesmente precisavam de mãos extras para carregar doces e alguém que lhes mostrasse onde fica a sorveteria mais próxima.

   - Foi bom fazer negócio com vocês. - diz Hidetaka sorrindo como um lobo observando sua presa.

   - Igualmente, Lord HeavenStar. Vamos, Draco! - ele e sua esposa se viram, tão focados em seus pensamentos que não perceberam que seu filho hesita em os seguir.

   - Eu... vou ver vocês de novo? - o loiro pergunta quase num sussurro.

   - Mas é claro, Loirinho, nós vamos infernizar muito a sua vida ainda! - exclama Hadrian com um sorriso de escárnio.

   - Ele está certo, a família HeavenStar é conhecida por ser poderosa, sábia, mas principalmente, teimosa. - diz Harriet.

   - Não se preocupe, Malfoy, creio que o Caos nos unirá novamente.

   E pela primeira vez em muito tempo, Draco sorriu como uma criança, uma criança normal após passar o dia com seus amigos. Assim ele segue seus pais.

   Eles chegam na Mansão Malfoy e são recepcionados por um elfo doméstico, os Malfoy mais velhos simplesmente o mandam embora, Draco, já estando acostumado com a rotina padrão, simplesmente faz uma leve reverência aos seus pais e vai em direção as escadas para ir para o seu quarto.

   - Draco, meu filho, você está bem? - pergunta Narcisa com olhos suplicantes.

   Draco se vira e observa sua mãe por alguns instantes.

   - Estou ótimo, mãe, obrigada por perguntar. - ele diz sorrindo e subindo para o seu quarto.

   Seus pais olham surpresos para a escada, seu filho nunca age assim, mas sinceramente não podem se preocupar com isso agora, eles tem um frasco com uma memória para derramar na penseira e um estranho diário para ler.

[11 meses depois, no Mundo Pokémon]



   Draco se remexe em suas cobertas, que saco, quem é o desgraçado que ligou o Sol a essa hora da manhã? O loiro se levanta com um resmungo e anda até as grandes janelas do seu quarto. Apesar de querer muito, sabe que não pode voltar a dormir, os seus amigos que levantam mais cedo que o Sol provavelmente colocarão seu colchão flutuando na piscina como a da última vez que ele se atrasou para encontra-los.

   Ele abre as portas de vidro e inspira o ar puro da varanda. Nunca se cansaria da visão da ilha de Hoku, tão bela e cheia de Pokémon. Seus dedos vão até o seu o pulso e dão um aperto em sua pele, ela está repleta de marcas, mas não consegue abandonar esse hábito, precisa saber que nada disso é apenas um sonho. Que conhecer Harriet e Hadrian não é apenas um sonho; Que seus pais perderem a marca-negra não é apenas um sonho; que a nova Mansão Malfoy na ilha de Hoku, quase ao lado da Mansão HeavenStar, não é apenas um sonho; que os Pokémon não são apenas um sonho; que seus amigos não são apenas um sonho; que seus pais, agora carinhosos, não são apenas um sonho e que o que Tio Hidetaka disse não é apenas um sonho, que seus pais nunca mais precisariam Lord Voldemort, ele conseguia sentir o quão assustados seus pais ficavam quando mencionavam o cara. Draco é um empata, mas nunca contou isso a ninguém me sua vida passada, ele consegue sentir quando as pessoas estão tristes ou com medo, mas nunca fez nada para ajudar, ninguém nunca o ajudou quando ele sentia medo ou tristeza, então por que ajudaria os outros?
   O loiro observa Hadrian sentado na grama treinando com Harry, Rockruff e Rowlet e Harriet ensinando Fennekin e Pikachu a dar piruetas no ar. Será que um dia ele também terá um Pokémon?

   Finalmente saindo de seus devaneios, Draco corre até o seu armário e rapidamente troca seu pijama repleto de Pokébolas por uma calça jeans clara, camiseta branca com listras pretas com o brasão Malfoy no canto superior direito, tênis azuis, sua mochila preta e seu casaco com estampa de Snorlax amarrado na cintura, um pouco desgastado, mas com valor sentimental. Ele corre pelos corredores, pedindo desculpas a alguns elfos nos quais esbarrou e escorrega pelos corrimãos da mansão, mania que pegou de Hadrian.

   Draco corre até seu pai, que está mexendo em seu Pokédex, e o abraça dizendo alola, faz o mesmo com a sua mãe porém com muito mais cuidado, já que no mês passado ela anunciou sua gravidez, e Draco pularia da sacada caso machucasse seu futuro (a) irmão (a).

   Eles comem seu café da manhã conversando, não tão animadamente quanto os HeavenStar, mas ainda sim felizes. Draco se despede dos pai e vai com a sua mãe em direção a Mansão HeavenStar. Sua mãe seguiu seu sonho e parou de ser simplesmente Lady Malfoy, aqui ela é conhecida como Dra. Malfoy, médica em ascensão da Fundação.

   - Alola, Draco! Alola, Tia Cissy! - dizem os gêmeos.

   - Eevee!

   - Fennekin!

   - Rockruff, ruff!

    - Rowlet.

   - Alola. - respondem os loiros.

   - Crianças, eu vou aparatar até o Centro Pokémon para ver a enfermeira Joy precisa de ajuda, me liguem se precisarem de mim. - ela diz e eles concordam antes da mesma aparatar.

   - Então, pra que lado da ilha nós vamos? - pergunta o loiro já tirando o seu Pokédex da mochila.

   - Eu, Harry, Rockruff e Rowlet vamos pro norte, Harriet, Fennekin e Pikachu vão pro leste e você vai pro sul.

   - Espera, eu vou sozinho? Não é muito cedo?

   - Você nos ajuda a cuidar dos Pokémon desde antes de você se mudar pra cá, você tá preparado. A mamãe já enviou a lista de Pokémon que você tem que verificar, o seu Pokédex pode rastrear as suas coleiras.

   Draco pensa um pouco e concorda determinado, sua tia Amélia lhe disse que ele é excepcional em magia, então ele poderia se defender.

   Os amigos se separam.

   - Ok, ok, vamos ver... - ele olha o seu Pokédex e passa os olhos rapidamente pela lista e pelo mapa da ilha para encontrar o Pokémon mais próximo da sua lista - Tá bom, por qual eu começo? - ele olha ao redor na floresta antes de retornar sua visão ao Pokédex - Tem um Zorua aqui perto, acho que pode ser ele.

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