Me espera

By tuitabicalhoxx

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Como lidar com um sentimento tão exposto e ao mesmo tempo tão negado por si mesma, o esconderijo que talvez s... More

Fala que me ama
Sensacões
Amigas
Eu amo você
Então se perde
Srta Bicalho
Te amo que você nem sabe
Te amo você
Tchau
Reciprocidade
Do que você tem medo?
Feliz dia
Todo dia sem você saber
Memórias
Um caso com você
Obedece
Eu vou com você.
A gente se protege
Arruma sua roupa Marcela
Então aproveita
Me espera
Ele esta me esperando

Você vai ter que jogar

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By tuitabicalhoxx

nem demorei tanto dessa vez, notas?

aproveitem o cap que hoje vai dar o que falar 🤡🤝

Boa leitura!

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Flashback On

Nunca soube explicar como se apaixonou por Lucas e pela pessoa dele, hoje era tão diferente de quando o conheceu, ele era gentil, educado e a tratava da maneira mais linda possível, ainda hoje era sempre tratada da melhor maneira mas faltava o ar que a deixou encantada naquela noite de quinta-feira.

Estava frio em São Paulo e era sua segunda semana morando em um lugar diferente, apesar de alguns amigos estarem por perto a pessoa que Gizelly realmente queria não estava com ela, a amizade entre ela e a loira havia se rompido alguns dias após o sexo inesquecível que tiveram no apartamento da médica.

Era incrível como todo seu corpo pareceu quebrar quando ligou para desejar boa noite e contar a novidade que se mudaria e uma voz conhecida porém não desejada atendeu o celular, a linha ficou muda por longos segundos até que voltasse a si e entendesse quem estava falando. Daniel.

Era como se Marcela tivesse quebrando cada parte de seu coração com a mão e os cacos espalhavam-se pelo chão frio assim como as mãos que o estava deixando aos pedaços. Teve que reunir forças suficiente para engolir a seco e desejar boa noite ao homem do outro lado da linha sem que gaguejasse ou transparecesse uma voz de choro.

Deixou recado pois a loira estava no banho, deixando a entender que ele estava no apartamento dela e Gizelly a duas quadras a frente encarava seu próprio reflexo no espelho da sala, a ligação havia terminado a alguns minutos e ainda estática não conseguia se encarar nos olhos, tinha vontade de juntar cada pedaço que estava no chão mas não tinha forças, se contentou em olhar nos próprios olhos uma vez antes de desabar por amar alguém não era de ninguém.

A dor e a amargura por amar demais alguém que nunca seria sua era difícil, mas assumir esse amor para si mesma foi a coisa mais difícil que fez até hoje e sua vida era repleta de traumas e dificuldades mas nada foi tão doído quanto amar Marcela, a médica fazia mágica com seus sentidos a deixando completamente louca.

Deve ser por isso que deixou Lucas se aproximar, depois de alguns meses sem contato algum com a aquela que amou de verdade, o mínimo carinho se tornou imensidão, uma única ligação se tornou paixão e quando abriu os olhos estava amando ou se enganando, até hoje pensou que estava realmente num mar de rosas, até encontrar novamente aqueles olhos castanhos claros brilhantes.

Flashback off

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Sentada no sofá da sala em seus próprios pensamentos que São Paulo a proporcionava, as vezes parava para observar o trânsito lá embaixo e sua mente voava, visitar de novo o estado em que ficou não a fazia bem por isso tratou de expulsar esses pensamentos.

Era estranho e ao mesmo tempo surpreendente como sentia o ambiente mudar de clima quando Marcela estava junto, levantou a cabeça e seus olhos acompanhou a loira vindo do corredor com os cabelos lisos soltos até a marca da cintura, uma calça jeans preta rasgada, um top faixa com uma blusa transparente por cima e nos pés um all star branco. O perfume adocicado invadiu o ambiente da sala e somente a figura parada a sua frente pareceu importar por alguns minutos e se sentou boba novamente por não conseguir sequer falar uma palavra.

- O que achou? - perguntou encostada na parede do corredor.

- Você...eu.. - engoliu seco. - Tá linda Ma, como sempre. - se odiou por falar isso no final. sorriu se levantando.

- O que você vai vestir? - segurou o braço da menor quando passou ao seu lado.

- Você vai ver. - piscou e saiu em direção ao quarto.

Marcela sorriu balançando a cabeça negativamente, seu coração parecia dar cambalhotas só de olhá-la e por um instante rezou para que ela não usasse a bendita mini saia preta de couro. Não poderia aguentar.

Abriu um vinho e encheu uma taça se sentando perto da janela, era como uma terapia olhar os carros andando rapidamente pela avenida é estar lá em cima parecia uma pausa do mundo real. Sabia que tinha errado com Gizelly e por deus como desejou não tê-la magoado dessa maneira mas sabia que no fundo do seu coração não havia feito nada de caso pensado, mas se tinha aprendido alguma coisa era que não se dá para mudar o passado mas sim construir um novo futuro no seu presente. Era isso que tentaria fazer.

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Quando o uber estacionou em frente ao local escolhido Gizelly pagou o motorista e desceu do carro, alguns amigos já estavam sentados em uma mesa reservada que dava para ver da entrada mas ficava mais para dentro do bar.

Odiou por um momento que todos os olhares se voltaram a morena que cabelos ondulados que usava um body preto rendado com um decote que favorecia seu colo, saia de couro preta, um coturno preto e a jaqueta jeans despojada estava sobre os ombros. Ela era conhecida, já frequentava o lugar antes e falou com todo mundo até chegarem a mesa.

O lugar era lindo, aberto e bem ventilado, mesas de madeira e um estofado preto do lado de dentro fazia um L por toda extensão da parede preta com alguns quadros pendurados, era o local onde só sentavam quem havia reservado com antecedência mas Gizelly era amigo do dono, não foi nada difícil sentarem-se ali.

Letícia, Tabata e Amanda estavam sentadas com um largo sorriso quando as viram, todas muito bonitas e com algumas bebidas sobre a mesa, Marcela ficou feliz de finalmente conhecer Letícia e a outra amiga que ainda não sabia muito bem quem era, foi apresentada e se acomodaram na mesa.

- Nossa Gi, tá afim de matar alguém hoje? - a cacheada brincou bebendo um gole de sua caipirinha.

- Só se você estiver afim de morrer. - piscou para a amiga rindo.

Chamou o garçom e pediu uma cerveja, perguntou o que a loira gostaria de beber e pediu uma caipirinha igual de Letícia e o restante da mesa pediu outra rodada do que já estavam bebendo.

Não conhecia muito bem Amanda mas sabia que havia estudado com Letícia na pós, ela parecia ser gentil e legal. Bonita, muito bonita, a mulher tinha 1,70 de altura com o cabelo mediano liso e ruivo, as sardas no rosto a faziam ser ainda mais linda, usava roupas claras e tinha uma tatuagem que cobria quase todo seu ombro que estava a mostra já que a blusa era aberta.

Não estava reparando na mulher, estava seguindo os olhos intrigantes de Marcela sobre a nova integrante do role, os castanhos claros olhavam a ruiva com uma certa curiosidade é isso deixou Gizelly extremamente irritada, sentiu subir uma quentura de suas pernas até seu pescoço e pegou a long neck de cima da mesa acabando com o líquido em um só gole colocando a garrafa de volta na mesa com força para que fizesse barulho.

- Muitas pessoas interessantes aqui hoje, né? - encarou com a sobrancelha arqueada.

- Hoje tem aquele jogo de bilhar, que as pessoas apostam coisas. - tabata respondeu.

- Sério? - Marcela estava empolgada. - Eu adoro apostas e odeio perder.

- Você deveria tentar. - deu de ombros. - É mais tarde.

- Quem sabe. - sorriu e levou a taça de vinho a boca encarando a figura morena a sua frente com os olhos indecifráveis.

A noite estava agradável, o clima era quente mas nada demais, o som ambiente tocava um rock leve e haviam muitas pessoa ano bar, apesar de conhecer a maioria tinham alguns rostos novos que nunca havia visto. Estava feliz por Marcela se dar bem com seus amigos, embalou num papo com Le e Tabata sobre um cara que uma delas havia defendido e sobre como ele estava hoje com alguns colegas nesse mesmo bar, mundo pequeno demais.

O braço de Marcela estava atrás de Amanda apoiado no encosto do estofado preto, respirou fundo quando desviou os olhos e deu de cara com esse cena, fechou rapidamente respirou fundo elevando os olhos lendo um dos quadros logo acima delas: "você é dono do seu próprio destino". Era brincadeira né?

Dona do seu próprio destino? sério? Riu de nervoso antes de abrir mais uma long neck no estilo que gostava, com a mão, quem precisava de abridor quando se tinha a força do ódio? A cerveja estava trincando de gelada e seus dedos se congelaram ao pegar a garrafa, tomou um gole generoso com os olhos fechados do líquido dentro da long neck verde. Suspirou.

- Vocês me dão licença? - perguntou já se levantando espalmando as mãos sobre a mesa.

Todos da mesa assentiram para o pedido e Gizelly saiu em direção ao bar que ficava do outro lado de onde estavam, longe dos olhares que a conhecia, o bar de shorts era tudo que precisava nesse momento.

- Por favor Marquinhos, me vê duas doses de tequila. - amarrou os cabelos castanhos em um coque desajeito no alto da cabeça.

- Dia difícil Gi? - o amigo atrás do balcão se arriscou a perguntar quando ela virou sem pensar um dos shorts fazendo careta depois de chupar o limão.

- Nem começou ainda. - disse antes de tomar o segundo. Balançou a cabeça e os cabelos ondulados se soltaram. - Obrigada meu amor.

Saiu em direção ao banheiro feminino, estava bem mas queria evitar ao máximo olhar aquela cena ridícula de Marcela com o braço envolta da mulher ruiva, sentiu raiva de si mesma por não poder fazer nada já que tinha outra pessoa e não poderia cobrar exclusividade de alguém que não tinha nada. Suspirou molhando as mãos na pia e levando até a nuca.

Se encarou no espelho com a luz amarelada do banheiro e por um minuto voltou a enxergar a Gizelly daquela noite que se machucou, bateu palmas na frente do rosto e se forçou a voltar para a realidade. Não soube quanto tempo ficou dentro do banheiro mas Tabata e Letícia entraram rindo alto e as viu pelo reflexo.

- O que foi? - se virou para as duas.

- Pensamos que você tinha morrido aqui cara, que demora. - falaram ao riso.

- Quero saber porque estão rindo. - pegou papel para enxugar as mãos.

- A Marcela vai jogar sinuca. - Letícia riu. - Como uma pessoa mimada como ela vai jogar sinuca? ela vai perder.

- O prêmio não é nada ruim se perder. - tabata disse entrando na cabine.

- Qual é o prêmio? - a sobrancelha arqueada e um bico demonstrava o ciúmes.

- Você vai ter que jogar pra saber. - a cacheada respondeu ainda rindo. Estava um pouco alterada.

- Que saco, porque não me falam? - bateu o pé no chão bufando.

- Sem drama Gizelly. - a porta da cabine abriu e tabata saiu fechando o zíper da calça. - Você saiu da mesa e não voltou nunca mais, deixou sua amiga com a gente e ainda reclama que não sabe das coisas.

- Eu nem fiquei tanto tempo fora. - revirou os olhos.

- Ficou sim, estamos a meia hora lá e nada de você.

- Aí tá bom que saco, vamos voltar pra mesa.

Ainda brava não saber qual era o prêmio caso Marcela perdesse seus olhos encontraram os dela que estava em pé ao lado da pilastra do salão maior, agora com uma garrafa de cerveja na mão e um dos pés apoiado na pilastra também. Respirou fundo.

- Isso vai ser ótimo. - Tabata cochichou no ouvido da morena.

- Vai sim, tomara que ela ganhe. - falou como se estivesse rezando para que isso acontecesse.

- Perder ou ganhar, os dois ela vai sair ganhando.

O barmen serviu shots de tequila para os participantes da primeira rodada, Marcela não pegou mas ainda estava perto das pessoas que iriam participar, será que ela não queria? ou não iria mais participar? desistiu? Tomara!

- Não vai beber? - a morena perguntou baixo em seu ouvido. Marcela tremeu.

- Que susto. -levou a mão até o coração e a encarou. - Resolveu lembrar que veio comigo?

- Qual é, eu só fui até o banheiro. - colocou uma das mãos na cintura da loira.

- Por meia hora? - virou o rosto para encara-lá novamente mas estava muito perto, perto demais daquela boca carnuda e seus olhos desviaram para ela.

O garçom passou novamente com apenas um shot na bandeja e Marcela o pegou e virou de uma vez o líquido no pequeno copo se soltando de mim e indo em direção a mesa de bilhar.

Com ela estava mais uma mulher, uma morena tatuada de cabelos cacheados até a cintura, um piercing no septo e um sorriso tão branco que era capaz de iluminar o ambiente. Queria saber mais do que nunca qual era a prenda.

Perdeu a conta de quantas cervejas tomou enquanto assistia o jogo, tomava tão rápido o líquido na garrafa que todos conseguiam ver o quanto estava nervosa, será mesmo que todo mundo sabia o prêmio e estavam a fazendo de trouxa? por deus, suas mãos estavam suando frio.

Faltando apenas uma bola para que a morena tatuada ganhasse Gizelly saiu em direção a Marcela e a puxou pela cintura tão rápido que a mesma pulou de susto quando foi virada a força pela capixaba.

- O que você esta fazendo? - perguntou segurando o taco.

- Se você perder vai ter que fazer o que? - perguntou em impaciente com o efeito do álcool.

- Espera pra ver. - piscou para ela.

- Vai ter que beija-la? - arqueou a sobrancelha e cruzou os braços.

- A Cíntia? - apontou para a morena que sorriu do outro lado da mesa. - Ela é casada.

- Então vai fazer o que? - respirou fundo e revirou os olhos sem a mínima paciência.

Marcela a olhava com o olhar calmo de sempre, o taco em uma das mãos e a outra livre tirou uma mecha do cabelo de Gizelly e colocou atrás da orelha. Beijou sua bochecha. - Espera.

A loira voltou ao jogo e encarou a adversária que já sorria vitoriosa, a ganhadora tinha como brinde um combo da casa e 100,00 mas isso era de lei todos ganhavam era isso, quem perdesse eras surpresa já que a ganhadora decidia o que a outra pessoa teria que fazer.

Quando Cíntia encaçapou a última bola seu marido e amigos comemoraram do outro lado do bar, a abraçaram e então uma rodada de tequila foi servida para ambas que tomaram como se fossem água e se cumprimentaram com um aperto de mão.

Marcela olhou para trás e sussurrou apenas para que Gizelly entendesse. - Vou ter que beijar a Amanda.
 

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