Um Mundo em Caos

Por Joao314

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Devastada pela corrupção e tomada pela guerra, a Lua é agora um campo de batalha e quando a única cidade que... Más

Capítulo 1
Capítulo 1.7
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 8.5
Capítulo 9
Capítulo 9.1
Capítulo 9.2
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 12.5
Capítulo 14
Capítulo 14.5
Capítulo 16
Capítulo 16.5
Capítulo 17
Capítulo 19
Capítulo 19.5
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 21.5
Capítulo 22
Capítulo 23.2
Capítulo 24
Capítulo 26
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50
Capítulo 51
Capítulo 52
Capítulo 53
Capítulo 54
Capítulo 56
Capítulo 57
Capítulo 58
Capítulo 59

Capítulo 55

2 1 1
Por Joao314


10000 minutos.

168 horas.

7 dias:

--Eles estão aqui!!--disse Kamira do outro lado da porta

Não era tempo suficiente e ele sabia disso:

--Malron! Abre a porta! Você está acordado!?

Ia ter que servir:

--Quantos são...--disse ele saindo da cama e se vestindo

--Pelo que viram, seis mil.

Ele parou por onde estava, digeriu a informação com cuidado e então conseguiu:

--...O pessoal da Lin já está com tudo pronto?--disse ele colocando a última peça do seu EVA

--Vou avisar eles pelo rádio...mas...

A porta se abriu revelando uma criatura de pele escura porém pálida, rosto injuriado, careca, vestindo um EVA cinza como concreto velho:

--Mas o que?

--...Nós...Nós nos preparamos para três ou quatro mil, não fizemos...

Ele colocou sua mão no ombro dela:

--Eu sei. Me dê esse rádio. Vá se preparar.

Calmamente, ela seguiu a ordem e partiu para sua estação de combate  enquanto ele seguia pelos corredores da subseção Maria:

--Lin? O que você pode me dizer?--disse ele apertando o botão de tradução do rádio

--"Pb mwj cv fb pb hwv lb lwb, tb ss pb tsws twj ym npj tw b lb tns ..."--ele soltou o botão e o rádio prosseguiu--"...Estamos com as bombas nos carrinhos, mas só conseguimos preparar duas toneladas..".

--...Vai ter que servir...

A Terra e o Sol reluziam no meio do céu, um mar de estrelas permeando a abóboda celeste ao redor despejando sua luz sobre as dunas cinzas abaixo. 

De um lado, as paredes da cratera de Arago se erguiam como enormes montanhas quase que na vertical, o ferro negro do portão da cidade contrastando com a rocha cinza esbranquiçada ao seu redor. Uma pequena barricada havia sido erguida ao redor da mesma, vinte ou trinta soldados se erguiam na mesma, morteiros preparados, metralhadoras carregadas, suor frio correndo por seus rostos:

--Eles estão se aproximando!--gritaram pelo rádio

--Eu não tinha percebido...--respondeu sarcásticamente Haram ponderando pela sétima vez se não devia ter fugido com Lairk e Moit.

Do outro, duzentos carros numa linha quase reta avançavam sobre o cenário enquanto  dois grupos de vinte tanques guardavam os flancos. Na retaguarda seguiam pouco mais de cem carros de guerra azuis, a placa das hipátias hasteadas de suas traseiras, no centro da formação, seguiam lançadores de mísseis, peças de artilharia anti-aérea, veículos de transportes de tropas, caminhões de suprimentos e no centro de tudo, um tanque, uma torre negra. Suas esteiras esmagando as dunas abaixo. Sua estrutura monolítica se erguendo sobre a paisagem como um objeto de outro mundo, porém seu interior, lembrava mais um quartel, agentes de inteligência trocando informações pelos rádios, estrategistas olhando mapas, seguranças em cada porta e no centro, sentado de cócoras num tapete vermelho no centro de tudo...

--Qual a distância?

--Dez quilômetros Líder Supremo.--respondeu Ông

--Parem a frota, enviem os drones, quero visual na minha tela o mais cedo possível.

Minutos mais tarde, via à sua frente as imagens dos portões, das minas, dos arredores da cidade:

--As defesas são bem fracas senhor...--disse o batal ao seu lado--...As leituras térmicas mostram soldados se preparando no portão da cidade, então eles devem chegar a 50 ou 60...

--É uma armadilha.

--Senhor?

--Você disse que haviam veículos lá não é?

--Veículos velhos senhor, a maioria quebrada ou...

--Mande as câmeras térmicas para lá, vamos ficar aqui e esperar...

--O que eles estão fazendo?--perguntou Amana pelo 

--Não sei. Só estão parados lá sem se mover...--respondeu Haram

--Não é que você estava certo?--disse Ông olhando para o vermelho e amarelo das câmeras térmicas que tingiam as telas

--Parecem que eles estão montados em veículos senhor, pelo menos vinte deles...--acrescentou o batal--...Se quiser as unidades batal podem dar cabo deles antes do ataque.

--...E o rádio? Conseguimos alguma coisa?

--Sim senhor...--gritou um técnico no canto--...mas eles só estão falando coisas genéricas, nada preciso!

--Coloque nos alto falantes para eu ouvir.

--zzzzzzz...nó...zzzzzzzz....Malron! Onde você está!? O ataque é iminente! Repito ataque iminente!zzzzzzzzzzzzzz....estamos na câmara de descompressão.....zzzzzzzzzz...Cv fb pb tw npj lwm!...zzzzzzzzzzz....Nós...zzzz...se tentarmos....zzzzzzzzzzzzzzzzz....

--O que foi aquilo?

--Estamos traduzindo...Ela disse: "As bombas estão em posição."

--Bombas?--disse o batal

--Mas onde eles iam colocar?

--Temos sensores sísmicos?

--....Eh...sim senhor.--respondeu o batal

--Coloque no chão. Apliquem no campo entre nós e a barricada.

--Senhor, eles demoram uma hora para funcionar e ainda vamos ter que processar os dados e...

--Eu dei uma ordem.

A  ordem foi cumprida, duas horas mais tarde, os frutos emergiram:

--Minas terrestres!--gritou um técnico enquanto o mesmo acessava uma das telas e a substituía por um mapa do campo de batalha, adicionando vários pontinhos vermelhos--...Essas são as posições.

--Ainda estamos com o áudio deles?

--Sim senhor.

--Ông, mande vinte dos seus carros para a mina. Comandante dê a ordem para os lançadores de mísseis. Alto falantes! Volume máximo!

Um minuto mais tarde, vinte riscos laranja avermelhados cruzaram o céu negro e caíram sobre a mina. Destruição. Escombros voando em todas as direções. o rubro do metal derretido visível de longe:

--zzzzzputa merda! MERDA! MERDA! MERDA!zzzzzzzzzzO  que está acontecendo!? O que ocorreu!zzzzzzzKamira! Na escuta?! Câmbio! Na escuta!zzzzzzzztemos que fugir daqui! temos que fugir daqui!

--Devemos atacar agora senhor?

--....Ordene que os tanques disparem sobre a planície, vamos ver se conseguimos destruir algumas daquelas minas.

A ordem foi cumprida, doze tiros, vinte explosões:

--PERDEMOS AS MINAS!PERDEMOS AS MINAS!TEMOS QUE FUGIR! MERDA!CALMA PESSOA! TODO MUNDO PARA FORA! PRECISAMOS!ME DEIXA ENTRAR! ME DEIXA ENTRAR! TEMOS QUE RESISTIR! SAI DA MINHA FRENTE OU EU TE MATO!...

--Devemos atacar agora, senhor?

--...

--...

--...Ông, as suas tropas já chegaram na mina?

--Kreabbek ban triem ruochreal!?--disse ela em seu rádio, uma resposta veio e respondeu em esperanto-..."Já. Só tem escombros."

--...Mande elas verificarem. Veja o que encontram.

Mais uma hora se passou, o rádio continuava caótico. As hipátias não haviam encontrado sobreviventes. Os tanques já estavam apontando para os portões da cidade. Tenentes estavam perguntando pelo rádio para saber se não havia nenhum problema nas comunicações. Os técnicos trocavam sussurros. Ông estava impaciente.

Mas o que? O que eles estavam planejando? Talos, o Talos, havia estado com eles! Havia ensinado a eles! Então como? Como isso podia ser o melhor que eles tinham a oferecer. 

Era uma armadilha, sem sombra de dúvida, mas que tipo?

--O que devemos fazer senhor?--disse o batal

--....Mande cinquenta...não quarenta carros de guerra para o portão da cidade em linha reta e diga para outros vinte darem uma volta pela direita. Ông, manda seus carros se aproximarem pela parede da cratera.

Ele observou enquanto as unidades se moviam pelo cenário. Não demorou muito para que encontrassem fogo leve:

--Não ataquem de cara. Se aproximem devagar.

Pelo rádio podia ouvir os relatos de fogo leve. Um morto aqui, outro ali, um tiro de morteiro, dois carros a menos, mesmo assim, se aproximando:

--Haram! O que está acontecendo!?

--O porco não está mordendo a ísca!--respondeu ele pelo rádio enquanto esvaziava seu cartucho sobre um dos carros

--Qual a distância deles?

--Trezentos...zzzzzz....Fomos atingidos por uma granada! Morteiros! Ali vão! Vão!....

Malron apertou um botão em seu rádio:

--Amana! As transmissões de rádio!?

--Acho que ainda estão acreditando...--disse ela verificando em seu computador que eles ainda estavam prestando atenção antes se voltar para os 'atores' ao seu redor--...Vamos seus idiotas! Mais vida! Gritem! Berrem! Suas vidas dependem disso!

--Me deixe entrar! Me deixe entrar!--gritou uma garota de perna quebrada

--Veículos no flanco! Morteiros! Duas bombas no quadrante cinco!--gritava o velho de um braço só

--Temos que ir embora! Temos que fugir!--gritava a senhora idosa no seu canto

--Merda...--disse Malron olhando para o infinito

--Thb tm sm n?--disse Lin engatilhando sua metralhadora da garupa do carro

--...

--Temos que fazer alguma coisa! --disse Kamira--... Se eles chegarem mais perto nós vamos...

--Detonem as bombas!--mudou a frequência--...Fechem as portas do Hangar, comecem a bombear o ar! Nós vamos atacar!

Dito isso, se pôs de pé em seu carro e olhou para os demais pilotos ao seu redor. Todos igualmente assustados em seus carros porcamente pintados de verde, alguns com o emblema do Templo ainda aparecendo por debaixo da tinta. Suor frio correndo por suas faces, seus membros tremendo em sobre os volantes:

--Me escutem...--eles se voltaram para ele e viram um homem asiático, sem cabelo algum e rosto coberto por cicatrizes vestindo um EVA cinza como concreto velho, na sua cintura, uma pistola da República dividia espaço com um velho espadim da Guarda da Cidade--...Aqueles de vocês que quiserem morrer em outro lugar estão livres para ir. Para o restante, se preparem para a morte.

--PUTA QUE PARIU!--gritaram os técnicos em conjunto a medida que a tela a sua frente eram tomadas por poeira voando a centenas de quilômetros por hora, perfurando EVAs, eviscerando carros, explodindo tanques de gás

--Os portões da cidade se abriram!--gritou o batal 

Um a um, doze carros de guerra saltaram da terra, usando a barricada como rampa, saltando sobre as dunas enquanto derramavam chumbo quente sobre os sobreviventes das explosões:

--Separem-se! Atirem contra a linha da frente deles!--gritava ele enquanto manobrava seu veículo frenéticamente pelas dunaS

--LLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLL!!!!!!!!!!--gargalhava Lin enquanto apreciava a visão de suas balas cruzarem a distância entre ela e o horizonte e destroçarem seus inimigos

--"FAÇA ALGUMA COISA!"--gritou Ông do seu canto

--Bela tentativa, mas não vou cair nessa...--pensou ele antes de ordenar--...Desliguem os alto falantes! São só um engodo! Batal! Mande os tanques! Ordene que artilharia dispare! E desliguem os alto falantes! Ông, ordene que as suas tropas se preparem para um ataque na retaguarda!

--MERDZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZ!

Era um a chuva de morte. Doze se tornaram dez. Dez se tornaram oito. Oito se tornaram seis:

--Npwggggggggg!

Malron virou a direita, o carro passou por uma duna, quase capotando, regolito entrando máquina adentro enquanto uma bomba caía a metros de distância. Foi quando viu os tanques se aproximando. Virou a direita, depois a esquerda, bombas detonando ao seu redor. Colunas de regolito voando ao seu redor, o som infernal deles se chocando contra seu capacete invadindo seus ouvidos:

--TSM! TSUM!

Malron ouviu o comando, se concentrou, andou com o carro em um círculo, o flash da bala fumegante do canhão de um dos tanques voando a centímetros de seu rosto:

--KAMIRA! COMIGO!

--ESTOU AQUI!

Dito isso, ela abandonou suas manobras evasivas e botou o carro em linha reta contra os tanques enquanto seu artilheiros futilmente disparava contra eles. Os tanques imediatamente se voltaram para ela sem nem perceber Malron contornando pelo outro lado, muito menos Lin com granadas em mão:

--FOGO!--gritou o Líder Supremo

Uma segunda rajada de mísseis veios.

Colunas de plasma e rocha derretida se ergueram. Seis se tornaram quatro:

--AGORA LIN!!!!!!--podia sentir o sangue em sua garganta, o carro derrapando por sobre o regolito por detrás dos tanques

Lin lançou a granada e com uma alegria pueril observou o projétil lentamente traçar sua trajetória e num momento breve, converter sete toneladas de aço em doze mil projéteis do tamanho de um grão de areia voando a mil quilômetros por hora:

--PERDEMOS CINCO TANQUES!--gritou um dos técnicos

--PERDEMOS MAIS DOIS NO FLANCO ESQUERDO!--gritou outro

--Senhor!

--...Mande que a linha de frente avance! Acabe com eles! Mas com cautela! Preparem-se para recuar a qualquer momento!

Por todo o espectro do rádio, gritos de satisfação podiam  ser ouvidos a medida que a coluna acelerava em sua direção:

--RECUAR! RECUAR!--gritava Malron contornando uma duna tentando ignorar a chuva de regolito ricocheteando em seu capacete

--KVVVVV!!!!!--gritava enquanto toneladas de chumbo incandescente voavam ao seu redor 

Os quatro manobraram por entre as dunas e o chumbo direto para o portão da cidade, enquanto outra onda de mísseis caia sobre o campo, destroçando o que sobrara dos caídos e quase destruindo os sobreviventes:

--Estão recuando!--gritou um dos técnicos

--Conseguimos quebrar o código deles senhor! Temos acesso as comunicações!

--Alto falantes! Agora!

--zzzzzzzEm linha reta agora! AGORA! LIN DA COBERTURA PARA A KAMIRA O ARTILHEIRO DEL...--uma bomba caiu disparando regolitos que trincaram seu capacete---.....MERDA! MERDA!...

--Vamos seu filho da puta! Diz algo relevante!

--Haram! Morteiros! Agora!

--Nãozzzzznição precisazzzzzzzzzzgorazzzzztemos que atacar!

--Eu sabia!--disse ele se colocando de joelho--...todos à postos!

--Está com tudo preparad...

--TXJ C!

--MERDA!

--....Agora ou nunca Malron!--disse uma voz notoriamente feminina

--.........

--Vamos seu filho da puta! O que você vai fazer! DIGA! DIGA!!!

--....Pai Supremo...--disse Malron, manobrando por entre dunas, desviando de explosões, tentando ignorar os clicks do regolito em seu capacete, o apito agudo do ar escapando de seu EVA e as vibrações de balas acertando seu veículo e mesmo assim, sorrindo, apenas da satisfação de imaginar o frio na espinha que ele sentiu naquele momento--...se estiver ouvindo isso....Vá pro inferno filho da puta sem vergonha!

--Eles sabiam...--o Líder Supremo balbuciou sentindo uma onda de choque por seu corpo--...Eles sabiam! Mas como...

--SENSORES SÍSMICOS!--gritou um técnico no canto

--O QUE!?--gritou o batal--...Mas nós varremos o campo de batalha! Nós destruímos as minas e...

--Não à nossa frente! Na retaguarda! Tem algo se movendo debaixo da terra!

--BET! --gritou Ông pegando seu rádio e seguindo em sua língua--"Ameaça iminente! Vocês tem visual!?"

--"Não senhora,..."--respondeu uma das capitães--..." nós não temos visual de nenhum ini...espera...merda! PUTA MERDA! Estão por toda parte! Recuar!  Granada! Ali à direita...DIREITzzzzzzzzzz"

Ông quis dizer alguma coisa, mas a mera cacofonia de gritos desesperados foi suficiente para passar a mensagem:

--Temos câmeras na retaguarda!?

--AQUI!!--gritou o batal

Ele apertou um botão e as quatro telas a frente de seu líder foram preenchidas por imagens de criaturas metálicas se erguendo da terra e cuspindo fogo do topo de suas pequenas mas ágeis quatro patas:

--QUADRIDRONES!

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