Saio do banho e vejo a minha linda mulher completamente apagada, também, depois da noite que tivemos...
Chegamos na fazenda no finalzinho da tarde de ontem, mal estacionei e minha vó já veio correndo e pegando a Mayla da cadeirinha, não deu nem tempo de reclamar, pois quando dei por mim ela já estava entrando em casa. Fomos os primeiros a chegar na fazenda e logo em seguida meu tio vidinha chegou e tia Baby levou a Colorida para longe de mim.
- Vá se acostumando moleque, aqui nessa casa os homens não mandam em nada! -Tio Dylan disse rindo.
Meus pais chegaram e começou a disputa do meu pai com a minha vó Belle, isso me lembrou muito das brigas do Dylan com ela por causa do Valentin, a diferença é que meu pai não tem pena em arrancar a Mayla dos braços dela e nem se convence pelas lagrimas de crocodilo. Esse povo deveria ter sossegado nas loucuras, mas parece que com o passara do anos a loucura só aumenta. Tio Don e Tavinho, chegaram um pouco mais tarde e foi o que bastou para o pandemônio se alastrar como sempre acontece quando a creche Reed se reúne. Depois da disputa de quem cuidaria da minha filha e claro que quem ganhou no grito foi o meu pai, nós saímos correndo para a casa de hospede para passar uma noite quente e regada de muito sexo.
Fomos dormir o sol já estava raiando e mesmo assim a minha vontade não foi aplacada. Vendo ela completamente apagada, meu corpo dá sinal de vida e decido que antes de voltarmos para a civilização, merecemos iniciar o dia a melhor maneira possível. Me aproximo da cama e tiro o lençol de cima do seu corpo e espalho beijos pelas suas costas.
- Bom dia Colorida. -Falo em seu ouvido.
- Bom dia Rabugento, mas nem adianta vim de gracinha que estou morta com farofa e uva passa! -Ela resmunga, escondendo o rosto embaixo do travesseiro.
- Que pena meu amor, pensei em te acordar dando um monte de beijos por todo seu corpo. -Fale e seguro o riso quando ela geme baixinho.
- Todinho?
- Cada pedacinho.
- Sendo assim, quem sou eu para te impedir, não é mesmo? -Ela diz e sorri antes de jogar o travesseiro em mim.
Ao longo dos meses que passamos juntos, Vida me ensinou tudo o que gosta na cama e me fez descobrir o que eu gostava também e eu como um bom aluno aplicado, aprendi a venerar seu corpo que passou a ser meu lugar favorito no mundo. No inicio ela me ensinou a fazer amor lento e delicado, cheio de toques e beijos. Depois me ensinou a foder com força, com direito a tapa na bundam arranhões e mordidas e devo dizer que as duas maneiras são as minhas preferidas. Sou fã de um amor sonolento logo pela manhã, onde estamos meio aéreos e preguiçosos.
Viro seu corpo de frente para o meu e começo a alisar seus seios, olhando fascinado seu mamilos enrijecerem ao meu toque. Minha boca se enche de água e quando passeio minha língua por eles, ela geme toda manhosa e isso me enlouquece. Enquanto me perco em seus seios pequenos, minha mão desce pelo seu corpo até encontrar refugio entre suas pernas.Vida me puxa até ficar entre suas perna e me beija com volúpia, suas pernas me rodeiam fazendo nossas partes se tocarem arrancando suspiros ao primeiro contato. Tanto ela quanto eu estamos sensíveis depois de uma noite regada de sexo, nós fizemos de tudo menos a parte do anal, ainda não me sinto preparado para isso, mesmo sabendo que será completamente diferente. Ela não pede e nem me incentiva a ir por esse caminho, mesmo quando estamos perdidos em nossa loucura essa parte nunca foi uma opção. Já progredi muito nesse quesito, em minha exploração pelo seu corpo essa parte nunca fica intocada.
Vida segura meu membro e encaixa em sua entrada, impulsionando seu corpo até me ter completamente dentro dela. Encaixo meus cotovelos um de cada lado do seu pescoço e com a boca encostada na dela, começo a me movimentar nos levando no caminho do orgasmo matinal. As palavras não são necessárias nesse momento, nosso amor é sentido a cada toque, a cada olhar ou beijo. Meus movimentos vão ganhando velocidade, seus gemidos ficam mais alto e o beijo ganha mais urgência. Desço minha mão pelo seu corpo, parando em seus seios e seguindo até a sua boceta para acariciar seu pequeno clítoris intumescido. Suas mãos passeiam pelas minhas costas, deixando marcas de sua unha em minha pele. Sinto sua boceta me apertar, mostrando que basta mais alguns golpes para ela se entregar ao orgasmo, o meu também está próximo e aumento minhas investidas para dar aquilo que nossos corpos clamam. Tampo sua boca com a minha no exato momento e, que ela alcança o clímax me levando junto segundos depois.
Caímos ofegantes na cama, completamente suados e saciados. Assim que minha respiração vai se normalizando, me deito de lado e fico contemplando a beleza da minha mulher, que está suada, vermelha e descabelada, mas nunca a vi mais linda do que agora.
- Por que está me olhando assim? -Ela pergunta se deitando de lado também.
- Estou admirando a sua beleza, esse olhar saciado, esse sorriso bobo. Você é linda todos os dias, mas assim, descabelada e toda vermelha por causa dos meus beijos, está mais linda ainda.
- Parece que alguém ainda está na vibe da lua de mel! -Ela diz me beijando rapidamente.
- Sempre estarei nessa vibe. Você tem noção do quanto me faz feliz? Como cada sorriso seu é importante para mim? Se alguém me dissesse que um dia eu viveria o que estou vivendo, diria que a pessoa estava mentindo ou ficando louca, mas aqui estou eu, deitado ao lado da minha Vida e completamente feliz. Eu sei que já te disse isso milhões de vezes, mas direi novamente; Você me salvou de um futuro preto e branco, me salvou de viver sozinho, me deu algo só meu. O seu amor e eu serei eternamente grato a você e ao destino, por ter te enviado para mim. Amo você minha Colorida.
- Mas é um infame mesmo, me fazer chorar uma hora dessas! -Ela diz me olhando toda séria. - Nós nos salvamos meu amor, eu salvei você e você me salvou. Jamais imaginei ter tudo o que estou tendo, você me deu algo também; me deu uma família incrível e principalmente me deu o seu amor, algo que ninguém além da sua família teve. Eu amo você Rabugento.
- Parece que não sou só eu que ainda estou em lua de mel! Agora vamos tomar um banho e ir atrás da nossa menina, a essa hora o pessoal já acordou e aposto que meu pai está brigando com a vovó por causa da Mayla.
- E você está doidinho para entrar na briga, não e mesmo?
- Claro, eu sou o pai e tenho prioridades. Já estou a muitas horas longe da minha princesinha, ela já nem deve mais se lembrar de mim.
- É pelo visto o drama pega! -Ela diz rindo e vai para o banheiro.
Depois de mais uma rodada de sexo embaixo do chuveiro, nós nos trocamos e vamos para a casa principal. Mal chegamos perto e já conseguimos escutar a algazarra da minha família na cozinha. Assim que entramos, todos param de falar e ficam nos olhando fixamente.
- O que foi? -Vida pergunta ao se sentar a mesa.
- Nada, só achamos que vocês iam demorar mais um pouco. -Minha mãe diz.
- Não, estávamos morrendo de fome e eu estou com saudades da minha filha. Alias, onde ela está?
-Aonde mais, com o urso ranzinza do seu pai! Se arrependimento matasse, eu estaria mortinha da Sila! Se eu soubesse que esse homem se tornaria um ingrato do cacete, jamais teria apoiado a minha filha a ficar com ele. -Minha vó diz emburrada. - Acho que ainda dá tempo de concertar essa merda! Yza...
- Termine essa frase Belle Reed, que em meia hora eu consigo uma interdição contra você! -Meu pai diz entrando na sala com a minha filha nos braços. - Entro com um processo de curatela, alegando insanidade e com um laudo medico na mão, ainda consigo te internar em um hospício e ainda afirmo que você é um risco para a família e contra si mesma.
- Como se fosse capaz de uma merda dessas, isso não existe! Vai se fod... -Dona Belle não termina de falar, por que meu avô cobre sua boca com a mão.
- Ele é capaz sim, Belle. -Vida diz e começa a falar. - De acordo com o artigo 9º da lei 10.216/01 que estabelece a chance da internação compulsória, ela é determinada por um juiz competente. Depois de um laudo médico onde será constatado que você não tem domínio sobre sua condição, você pode sim ser interditada.
Todos olhamos abismado para a Vida, completamente surpresos por tudo o que ela acabou de dizer. É claro que como filha de advogado e de uma juíza, ela acabaria aprendendo sobre algumas coisas, mas não de numero de artigo e leis. Meu pai e meu tio Don, olham espantados para ela que nem se deu conta do que acabou de falar, ela só percebe quando acaba de fazer seu prato e nota o silencio que reinou na cozinha.
- O que foi? -Ela pegunta confusa.
- Vida, eu sei que como filha de advogados você acabou aprendendo algumas coisas, mas é um pouco incomum lembrar números de artigos e decretos. Como você sabe de tudo isso? -Tio Don pergunta curioso e preocupado.
- É um assunto que eu conheço bem, Donatello. Meu tio tentou todos os tipos de interdição contra mim quando meus pais morreram. Me acusaram de ser mentalmente incapaz de cuidar de mim mesma, depois disseram que eu tinha uma deficiência intelectual, me acusaram de estar dilapidando o patrimônio da família com drogas e bebidas e por ultimo entraram com a interdição compulsória. -Vida explica calmamente, como se fosse uma coisa normal.
- Pelo visto eles não conseguiram. -Meu pai responde irritado e enrega a Mayla para mim.
- E nunca iriam, Gael. Minha mãe era muito conhecida na cidade e meu pai também, a maioria dos colegas da minha mãe do meio judiciário me conheciam desde pequena. O juiz que estava julgando o caso e conhecia e até foi na minha festa de quinze anos, meu tio foi tão ganancioso que nem se deu conta que eu ainda nem tinha colocado as mãos no dinheiro, eu estava com muita coisa na cabeça para dar entrada nos papéis, quem me ajudou com isso foi a Vivian, amiga dos meus tios. É claro que eu estava perturbada, como o juiz mesmo disse na época, foi um acontecimento muito trágico para que eu me mante-se calma.
- A cada relato seu, minha vontade de encontrar seu tio só aumenta! -Falo revoltado.
O clima no café da manhã ficou meio tenso, mas graças a Peixinha, as coisas votaram a ficar leves. Alexia entrou toda decidida e lançou um olhar feio par o meu pai fazendo todos rirem dele. As crianças estavam tomando café na sala ao lado, já que a mesa da cozinha se tornou pequena com a quantidade de netos que foi nascendo.
- Bom dia pra todo mundo, menos para o Ursão da minha mãe! -Ela diz e vai se sentar no colo da Vida. - Olha Colorida do Juju, o meu pai é meu sabia? Mas eu divido ele com as minhas irmãs e com a nossa princesinha, por que ela é neném.
- Muito obrigada meu amor, mas me diz uma coisa, por que você não deu bom dia para o seu papai?
- Por que ele é um urso obtuso e egoísta. Ele tá de castigo sabia? Eu ouvi minha mãe falar que ele está de castigo sem amorzinho, então se a minha mãe não vai dar amor para ele, eu também não vou. Ele não deixa ninguém pegar a princesinha acredita?
- Óh meu Deus! -Tia Katrisca diz e todos riem da risada dela.
- Não pode ser egoísta, não é mesmo? -Eu falo depois de controlar a risada.
- Você também é egoísta Juju, nem divide a sua filha comigo. Eu sou a tia dela sabia?
- Claro que eu sabia meu amor, você é a tia mais linda do mundo.
- Tão mentiroso esse Juju, acho melhor você colocar ele de castigo Colorida, sem amorzinho igual a minha mãe fez! A tia mais linda é a ursinha do meu pai Juju, eu também não te dar o meu amor ursinho da minha mãe.
- Mas você é linda e eu te amo um montão. -Falo fazendo bico.
- É claro que eu sou linda e eu sei que você me ama, todo mundo nessa casa ama ué! -Ela diz com uma cara de entediada. - Colorida, você é a mãe da nossa princesinha, a Lou e eu pode brincar com ela na casinha da arvore?
- Não senhorita, ela... -Começo a negar, mas a Colorida me cutuca e me olha feio.
- Claro que pode, mas eu também posso brincar com vocês? -Vida pergunta.
- Pode, mas só se colocar o Juju e castigo igual o meu pai! -Alexia retruca e olha feio para o meu pai que tenta segurar o riso.
- Juju, você está de castigo e vai ficar sem amorzinho. -Vida diz brincalhona.
- Isso mesmo! -Alexia grita batendo palma. - Agora vou comer meu bolo que a minha vó fez e depois nós vamos brincar, ok?
- Muito ok da vida toda! -Todos falamos juntos e depois disso ela sai da cozinha e nós caímos na risada.
- Essa ai é pior que a Luna quando era pequena. -Dylan diz rindo.
- A fadinha só queria saber de bichos, já essa ai está me levando a falência com esse negócio de ser confeiteira e a louca da mãe é pior ainda, por que aplaude tudo o que ela quer. -Meu pai diz.
- Como se você fosse diferente! -Minha mãe retruca. - Não fui eu que gastei horrores montando bancada de cozinha para ela e nem é para mim que ela faz pão de mel com utensílios de ultima linha. Até grade para secar o chocolate você comprou!
Meu pai pelo menos tem a decência de ficar envergonhado o que causou a risada em todos na mesa. Minha vó se aproveita da minha distração para tentar pegar a Mayla de mim, mas eu percebo a sua intenção e antes que ela consiga eu afasto a bebê dela.
- Nem vem vovó, a senhora ficou com ela ontem desde que chegamos. Agora é a minha vez de ficar com ela, esse foi o nosso combinado lembra? A senhora fez da vida de todos um drama dos infernos quando as crianças foram nascendo, eu já sei todos os seus truques e nem adianta me jogar o olhar cheio de lagrimas por que não vai colar.
- Tomar no tubico! Que inferno do cacete, eu cuido, dou carinho, faço coisas gostosa, dou todo o meu amor e o que eu recebo em troca? INGRATIDÃO. Essa é a palavra certa, nem posso curtir a minha primeira bisneta em paz, eu, uma idosa a beira da morte que está quase tocando as mãos do criador. Me leva Deus, já que nem posso paparicar a minha primeira bisneta! -Minha avó elevou o drama para outro patamar.
- Puta que pariu, quando penso que o drama da família alcançou o ápice, minha linda sogra mostra que estava enganada. -Tia Hanna diz rindo. - Idosa Belle? Sério isso? Você está cheia de saúde e da de dez a zero em cima de todas nós. Só de ficar perto de você sinto todos os meus ossos estralarem como se fossem um biscoito de polvilho.
- Senhor, tenha piedade de mim! Olha o que me espera na velhice, uma Belle Reed só que em uma versão pior. -Meu pai lamenta.
- Velha é teu rabo tatuado! Me respeita rapaz, posso estar passada, mas garanto que ainda dou trabalho para o Will na cama. -Minha vó solta e todos protestam.
- Mãe!
Lila quase passa mal de tanto rir, mas consegue pegar a Mayla do meu colo para que eu possa pegar a minha mulher, que está deitada no chão, passando mal de tanto rir. Mas eu ainda consigo escutar o que a Lila fala para a minha filha.
- Bem vinda a família princesinha D'Ávila, acostume-se que é dai para pior. A loucura é o requisito importante para entrar nessa família, mas acho que você se sairá muito bem, já que sua mãe é uma versão melhorada da sua avó Yza. -Lila diz e eu olho para o meu pai, que assim como eu, está ajoelhado no chão tentando levantar a minha mãe que está deitada rindo de tudo.
Olho para a cena na minha frente e depois olho para mim e para Colorida, a cena é a mesma! Só muda que o meu pai é mais rabiscado do que eu e tem, tem barba e é muito mais musculoso do que eu. Como se sentisse o meu olhar sobre ele, meu pai me olha e sorri.
- Se eu sobrevivi, você com certeza também irá. Só se finja de surdo e cego em algumas situações e você ficará bem. -Ele diz rindo baixinho e pega minha mãe no colo e eu o imito.
- Eu te amo Rabugento, melhor família de todas! -Vida diz sem folego.
- Também te amo me amor.
Eu tenho que concordar com ela; minha família é a melhor de todas!