{— Betty... espera... — Ele se ajoelhou na minha frente.}
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Sweet Pea e Reggie saíram do quarto. Jughead deitou na cama, cobrindo os olhos com o antebraço. Ele soltou um suspiro.
— Jughead, qual é... — Falei me sentando ao seu lado.
— Eu só me senti desconfortável com minha namorada de sutiã na frente de dois outros caras, Betty. Desculpa, mas se coloca no meu lugar. — Ele disse com a voz rouca.
— Tá bem... Se você se sente desconfortável, eu vou respeitar sua opinião. — Falei. Ele podia meio que estar certo dessa vez. — Mas não pense que isso te dá o direito de escolher que roupa eu devo usar, se está muito curto ou não... se começar com essa palhaçada, vamos ter problemas, porque isso eu não admito.
— Eu nunca fiz isso com você, e não vou fazer agora. — Ele falou.
— É bom mesmo. — Falei e lhe dei um beijo.
Ele me puxou, me fazendo sentar em seu colo. A voz de Verônica dizendo "viciados..." veio em minha cabeça.
Interrompi o beijo e soltei uma risada, encostando minha cabeça no ombro de Jughead.
— O que foi? — Ele falou sem entender, com um sorrisinho.
— Nada... — Falei acariciando e admirando seu rosto.
— Você tem compromisso hoje à tarde? — Ele perguntou.
— Sim... desculpa. — Falei.
— Ah... tudo bem. — Ele disse tentando não se demonstrar pra baixo.
— Eu estou brincando, besta. — Falei fazendo-o soltar uma risadinha. — Não tenho nada... por que?
— Você vai ver. Preparei algo para você. Eu ia te mostrar antes mas... a gente brigou e... você sabe.
— Tá bem... — Falei levantando do seu colo e indo até seu carrinho de remédios. — Toma, você tem que voltar a tomar seus remédios. — Falei pegando um comprimido e entregando para ele.
Ele o tomou junto com um copo de água que estava em sua cabeceira.
— Vou pegar minha roupa. — Falei saindo pela porta aberta de seu quarto, indo até o quarto de Sweet Pea.
Fui até minha gaveta, escolhi uma blusa branca de manga e uma calça jeans escura, junto a uma bota simples que estava no canto do quarto de Sweet Pea.
Coloquei a blusa e tirei meus shorts para colocar a calça. Escutei um assovio. Olha para trás, Jughead encostado no batente da porta, com um sorrisinho malicioso. Ele já havia colocado suas roupas para ir para a escola.
Revirei os olhos enquanto terminava de vestir minha calça e pegava as botas.
Jughead andou até a gaveta, pegando todas as minhas roupas de lá.
— Ei, o que tá fazendo? — Perguntei o seguindo até seu quarto.
Ele colocou as minhas roupas em uma gaveta vazia em seu guarda-roupa.
— Pronto. — Ele disse sorrindo.
— Qual a diferença de onde minhas roupas ficam? — Falei.
— A diferença é que agora elas estão no meu quarto... e eu vou poder ver você se trocando. — Ele falou mordendo os lábios e me agarrando pela cintura.
— Tarado. — Sussurrei em seu ouvido enquanto ele beijava meu pescoço.
Ele me pegou no colo, fazendo com que eu entrelaçasse minhas pernas em sua cintura.
— Juggie... — Falei. — Temos que ir para a escola.
— Merda. — Ele reclamou, me pondo no chão.
— Seu cateter está na sua gaveta? — Falei indo até seu guarda-roupa.
— Eh... não! — Ele me puxou pelo braço. Arqueei as sobrancelhas e ele me soltou. — Deixa que eu pego.
— Posso saber o por quê? — Perguntei desconfiada.
— Por que o que? — Ele disse abrindo sua gaveta, nervoso, e pegando seu cateter.
— Por que não posso ver sua gaveta?
— Você pode, só não tem nada pra ver aqui. — Ele falou colocando seu cateter.
— Licença. — Falei passando por ele.
Abri a gaveta e tinham alguns papéis escondidos sob as roupas dobradas.
— Betty... eu posso explicar! — Ele tentou falar.
— Escuta, Jughead. Eu não vou ler, porque eu respeito sua privacidade. Mas seja o que for que estiver me escondendo, estou muito decepcionada com você. — Falei entregando a ele os papéis e saindo do quarto.
— Betty, espera... — Ele falou.
Desci as escadas e sai da casa dele, batendo a porta. Jughead me segui até o lado de fora.
— Betty, me espera, por favor. — Ele falou tentando me alcançar, mas eu não parei. — Conseguiram pulmões compatíveis! — Ele gritou.
Eu parei de andar. Me virei e o olhei ofegante. Dei uma corridinha até ele. O beijei com intensidade, explorando cada canto de sua boca.
Ele soltou um sorriso quando nossos lábios desgrudaram depois de um longo tempo.
— Por que não me contou? — Perguntei ofegante, encostando minha testa na dele.
— O hospital me avisou ontem de manhã. Eu ia te contar hoje à tarde. — Ele falou me puxando mais para perto.
— Juggie, isso é ótimo! — Falei o olhando nos olhos.
— Faço a cirurgia hoje à noite. — Ele falou cabisbaixo. — Desculpa não poder ir para o baile.
— Jughead, você conseguiu o transplante! O que importa a merda de baile idiota? — Falei sorrindo para ele.
Ele acariciou meu rosto.
— Eu nunca vou parar de te amar... sabe disso, não é? — Ele falou acariciando meu rosto.
— Sei... — Assenti sorrindo. — Eu também vou te amar sempre.
[...]
As primeiras aulas foram exaustivamente chatas. Jughead não podia trocar suas aulas novamente, então ficaríamos sem nenhuma aula juntos até o final do ano. Isso era tortura.
Fiquei tão aliviada quando o vi me esperando na porta da sala quando bateu o sinal do intervalo.
Aí, eu sou tão derretida por ele... como pode?
Fomos até o refeitório, quando estávamos no meio dele, Jughead parou e disse:
— Betty... espera... — Ele se ajoelhou na minha frente.
Meu coração começou a querer sair para fora do peito. Eu comecei a tremer. Quase dei um soco na cara dele quando ele começou a amarrar o sapato.
— Agora vamos? — Ele disse se levantando.
— Você é tão idiota! — Falei rindo.
— O que foi? — Ele se fez de inocente.
— Nada, esquece. — Falei.
Ele começou a rir e eu revirei os olhos.
Nós sentamos na mesa. Além no nosso grupinho, Toni estava lá também, interagindo com todos.
Jughead e eu nos sentamos na mesa. Verônica e Cheryl nos olharam estranho.
— Ué vocês dois... — Cheryl disse soando mais como uma pergunta.
— É... — Dei um sorrisinho e Jughead deixou um beijo na minha bochecha.
Elas deram sorrisinhos.
— Agradeça a Deus por não ter dormido na mesma casa que eles! — Sweet Pea falou.
— Eu sinceramente nem sei como a Betty não ficou rouca. — Reggie falou e eu revirei os olhos.
— Misericórdia. — Cheryl disse.
— Viciados... — Verônica disse baixinho, me fazendo rir.
— Aproveitando para anunciar aqui, porque eu só estava esperando esses dois chegarem... — Sweet Pea disse indicando eu e Jughead. — Bom... Eu e Toni estamos, oficialmente, juntos.
Formei um "o" com minha boca, surpresa.
— Meu deus! Que bom! — Falei animada.
— Ai! Finalmente meu irmãozinho desencalhou! — Cheryl falou animada batendo palminhas.
— Estou feliz por vocês! — Verônica disse com um sorrisinho sincero no rosto.
— Me declaro tocha humana. — Reggie disse.
Olhamos confusos para ele.
— Casal... — Ele apontou para mim e Jughead. — Casal... — Ele apontou para Cheryl e Verônica. — Casal... — Ele disse apontando para cada Toni e Sweet Pea. — E... Reggie. — Ele apontou para si mesmo, fazendo com que todos caíssem na gargalhada.
— Bom... — Jughead falou depois de um tempo. — Já que entramos nessa de anúncios, eu queria dizer que... — Ele deu uma pausa. — Eu consegui um transplante. Vou fazer a cirurgia hoje à noite.
— O que? — Verônica arregalou os olhos. — Meu deus Jughead, que bom! — Ela disse indo até ele e o dando um forte abraço.
— Tá chega, já pode me soltar. — Ele riu. Verônica se sentou novamente.
— Meu deus, que bom que conseguiu! — Sweet Pea disse.
— Fico muito feliz por você, mano. — Reggie falou.
— Que horas você entra para a cirurgia? — Cheryl Perguntou.
— As oito da noite. — Juggie respondeu.
Dei um beijo em seu pescoço e apoiei minha cabeça em seu ombro.
— Vamos estar lá. — Sweet Pea disse.
— Não, gente. Hoje é o baile. — Jughead falou.
— Que se foda a merda do baile. — Reggie falou.
— Hoje é a sua cirurgia! Você acha mesmo que a gente não vai ficar do seu lado? — Verônica falou.
— Fato! — Cheryl falou.
Dei um sorrisinho para Jughead.
— Obrigado, gente. De verdade. Vocês são incríveis.
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