Starlight ☆ | HOB [Modern Au]

By GegeXianle

6.7K 1.1K 7.6K

"Oh luz das estrelas, não chore Nós vamos fazer isso direito antes de amanhã Nós vamos encontrar um lugar ond... More

Demo Tape ~ Introdução
Track 1
Track 2
Track 3
Track 4
Track 6
Track 7
Track 8
Track 9
Track 10
Track 11
Track 12
Track 13
Track 14
Track 15
Track 16
Track 17
Track 18
B-Side 1
B-Side 2
B-Side 3
B-Side 4
B-Side 5
B-Side 6
B-Side 7
Other Side 19

Track 5

321 47 439
By GegeXianle

Nota da autora

Minha intenção inicial era alternar os capítulos, tipo um do Hua Cheng, um do Jun Wu, depois He Xuan e Qi Rong.
   Mas, tem detalhes que ainda não estão definidos e tenho dificuldade em seguir essa alternância.
    Então eu farei o seguinte, vou postar conforme for escrevendo sem alternar. O que eu tiver mais inspiração, escreverei... Os capítulos ficarão sortidos. Às vezes postarei dois do Jun Wu, de repente um do Hua Cheng... Vou deixar como surpresa.
   Mas fiquem tranquilos que não deixarei de explorar nenhum personagem. ^^"
   Obrigada verdadeiramente por lerem e acompanharem e perdoem as manias dessa autora.

Abaixo, a imagem do último  capítulo do Jun Wu, eu carreguei, mas não apareceu.

E agora vamos aos capítulos. 🌻
Hoje tem dois! (Estou terminando o segundo, daqui a pouco posto)
Boa leitura, viu?

🌟 . 🌟 . 🌟 . 🌟

As perguntas mais profundas, nem sempre tem uma resposta imediata

Não tinha conseguido dormir muito bem.

Assim que caiu a noite, Jun Wu sentou-se na varanda com o violão.

Mas, ainda que ouvisse os sons agradáveis da noite, o vento dócil da Aldeia Gangkou... Ele tirou alguns acordes soltos após afinar o encordoamento, acordes que ecoaram inconstantes na escuridão, uma escala aleatória e preenchida com sentimentos desconexos.

Mais cedo tinha ido a um armazém local comprar algo para comer e beber, principalmente se perdesse o sono de madrugada... O que era quase certo.

Jun Wu detestava ficar sem sono, rolando na cama sem uma posição confortável, alimentando pensamentos melancólicos, sentimentos duvidosos, saudades estranhas... Entre colichos inquietos.

Quando ele conseguia dormir pesadamente, geralmente faltavam duas horas para amanhecer.

E quando ele despertou no dia seguinte, foi com batidas persistentes na porta.

O dia estava bem claro, o sol adentrando timidamente ainda o quarto.

Ele acordou um pouco perturbado, sem lembrar no primeiro instante onde estava... Ah, sim.

A pousada Yulong, em algum lugar no fim do mundo.

Sentou-se na cama, passando as mãos nos cabelos negros, os dedos entre as madeixas longas, enquanto pediu para quem batia na porta:

— Só um momento, por favor!

Erguendo-se ainda um pouco ensonado, passando rapidamente os dedos para retirar qualquer vestígio de remela dos olhos.

Abrindo a porta.

Era o garoto da recepção, chamado Pei Su.

— Desculpe importunar tão cedo, Senhor Jun Wu. Mas, Huan Shui pediu para chamá-lo, me parece que ele será seu guia aqui no Distrito Anji.

— Importunar “tão cedo”, você disse... Que horas são agora?

Pei Su puxou a manga e espiou no relógio em seu pulso.

— Agora são sete e meia, senhor. Peço para ele voltar mais tarde?

— Não, não... Diga a ele que desço para encontra-lo em vinte minutos. Onde ele está exatamente?

— Está sob a sombra do antigo carvalho de fronte a pousada... Tem certeza que o senhor não precisa de mais tempo?

Jun Wu sorriu de lado, quase perguntou porque, mas era de se imaginar. Tinha acabado de levantar às pressas da cama depois de ter dormido míseras três horas, não devia estar com a melhor das aparências.

— Não, tudo bem... Pode dizer que o encontro em vinte minutos. Obrigado por ter o trabalho de me acordar, Pei Su.

O rapaz replicou em resposta “como quiser” e foi fechando a porta após executar uma discreta vênia.

Jun Wu tocou o próprio rosto, olhando pela porta de vidro o dia ensolarado... Então esse era o nome todo de seu guia.

“Huan Shui”, ele repetiu em voz baixa para si mesmo, pouco antes de ir até o quarto de banho contíguo ao aposento que ocupava.

*************

Ainda não estava muito quente, mas gostava de ficar sob a sombra, observando o sol adentrar pelas ramas mais altas.

Como o carvalho era bem antigo, ele tinha galhos grossos que apontavam em diversas direções, para cima e para baixo. A madeira escura, alguns desses galhos tinham um aspecto curiosamente retorcido e na parte mais alta de sua copa, ouvia-se os pássaros.

Huan Shui desencostou do carvalho assim que avistou o forasteiro hospedado na pousada Yulong vir em sua direção.

E o forasteiro em questão era mais alto do que ele, usava uma camisa de malha degradê em tons de branco e azul, gola canoa. Jeans claro justo e botas.

Os dois trocaram olhares ao passo que Jun Wu se aproximava e Huan Shui o olhou em silêncio dos pés a cabeça.

— Bom dia, não pensei que viesse tão cedo.

— Achei que quisesse aproveitar seu dia, porque... Aposto que ontem, passou o resto do dia no quarto da pousada.

— Na verdade... Fui até um armazém comprar algumas coisas.

Huan Shui desviou o olhar por um momento e Jun Wu olhou para ele ainda com mais vontade, dessa vez seu guia estava vestindo uma bata em tecido fino num tom que flutuava indeciso entre o verde e o azul. O cabelo dele estava preso numa trança mais firme, mas alguns fios de cabelo fino flutuavam em torno de seu rosto... Jun Wu apenas conseguiu pensar em como ele devia ficar de cabelo solto.

— Sério? E aonde quer ir? Fez algum plano de viagem ao vir para cá?

— Não, nenhum... Vim por indicação de uma conhecida. Antes de irmos a algum lugar, me acompanha no desjejum? Eu acordei a pouco e não comi nada.

Huan Shui apoiou as mãos nos bolsos traseiros da calça, olhando Jun Wu de soslaio.

— Eu já comi... Quer que eu o encontre mais tarde?

Jun Wu não deixou que o olhar dele se desviasse do seu de novo, ele se aproximou um pouco mais, por mais que Huan Shui estabelecesse um certo distanciamento entre os dois.

— Não. — Havia algo de imperativo apenas nesta negativa. — Estou dizendo que quero sua companhia para o desjejum. Pode começar a cobrar seus honorários a partir de agora se quiser... Leve-me a algum lugar que sirva um bom café da manhã.

O rapaz esquadrinhou seu rosto mantendo suas próprias feições introspectivas, tirando as mãos dos bolsos num gesto suave, pensativo.

Os dois saíram dos arredores da pousada, Huan Shui foi na frente e os dois caminharam cerca de dez minutos, havia uma pequena lanchonete com simpáticas mesinhas de madeira clara, toalhas de linho, porta guardanapos feitos de bambu.

Jun Wu pediu panquecas e Huan Shui apenas aceitou uma laranjada.

Podiam ocupar a mesma mesa, mas o rapaz que era seu suposto guia, estava distante... Mais do que o usual.

Mastigou um pedaço de panqueca que levou ao boca com o manejo do kuaizi e suspirou discreto a olhar para ele.

— Huan Shui... Tem algo incomodando você? Mal tocou no seu suco.

Geralmente a voz de Jun Wu soava com certa gentileza, bastante educada. Às vezes mais firme e caprichosa quando queria algo, mas nunca rude ou desagradável.

O rapaz que olhava alheio para outra direção, fitou primeiro as prórias mãos em seu colo semi escondidas pelas mangas folgadas da bata e devagar, ergueu seu olhar a encontrar os olhos de Jun Wu.

— Já que perguntou... Eu não sei qual é a sua. — Huan Shui disse baixo, mas algo sério e retraído. — Você não precisa de um guia... Precisa? Nem sabe o que veio fazer nesse lugar.

Era verdade e essa observação surpreendeu Jun Wu. Antes de responder, ele tomou um gole de seu próprio suco, com o kuaizi ainda entre os dedos.

— Por que acha que eu não preciso de um guia?

— Simples... — Huan Shui fitou por um momento sua laranjada. — Aqui não há necessariamente “lugares turísticos”, embora há lugares bonitos... E você não se perderia com tanta facilidade, porque aqui pode parecer o fim do mundo, mas é bem sinalizado... Se você se manter nas trilhas principais não tem como se perder.

— Não quero que me mantenha nas trilhas principais... Quero que me leve a lugares escondidos.

Jun Wu replicou abrindo um sorriso discreto, num pretexto convincente... Ou, era o que pensava.

— Não... É mentira sua.

Ao rebater o dito, Huan Shui levantou-se, mas não abandonou de imediato a mesa.

— Huan Shui... Sente, por favor.

O rapaz apertou um lábio no outro e obrigou-se a ocupar novamente o lugar, quando um de ses pés estavam voltados para a saída do estabelecimento.

— Por que seria mentira? Diga... Somente quero desfazer o mal entendido.

— Primeiro... Não existem guias turísticos nessa região, porque essa aldeia vive de agricultura e agropecuária e em segundo... Como você contrata um guia por um valor exorbitante, sem ao menos saber se há algo na província para ser visto?

Jun Wu pretendia se manifestar, mas Huan Shui encostou a ponta de seus dedos contra os lábios dele num gesto repentino, impensado.

O que causou em Jun Wu um tremor interno, uma estranha sensação de Déjà vu.

Sua mão atônita se moveu e segurou-lhe nos dedos, numa parte da palma e mais que depressa, Huan Shui puxou sua própria mão de volta... numa reação tímida.

— Além disso... Ontem você disse que o guia só poderia ser eu. Por que? Da onde me conhece?

Jun Wu hesitou, porque sua razão não era plausível, embora sentisse dentro de si que era mais forte do que tudo.

— Não vai me dizer? — Huan Shui insistiu, tão seriamente, mas sem erguer a voz. — Achei que quisesse esclarecer... Mas, não tem nada a ser esclarecido, tem? Detesto que mintam para mim.

Jun Wu sentiu-se desalentado diante do tom da voz usado por Huan Shui... Era um desalento que beirava ao desespero. Porque quanto mais conversavam, mais parecia-lhe um reprise.

Mas, como? Era a primeira vez que vivia esse instante e mesmo assim, era tão duplamente real.

Porém, como explicar que estava agindo estranhamente por conta de algo que sentia e o conduzia? Era como seguir um pirilampo dentro de uma imensa escuridão.

— Acho que não posso dizer... Porque nem eu sei ao certo. — Jun Wu tentou refletir, mas de imediato sentiu-se mal com sua própria resposta.

— Mas, eu sei.

Huan Shui tornou a se erguer, mas dessa vez nada o convenceria a sentar novamente.

— Não é um guia que você quer... É um acompanhante! E isso... Eu não posso ser.

— Huan Shui... Por favor.

— Não... Não tem mais acordo entre nós dois, é evidente que você está no lugar errado.

Tendo o dito, Huan Shui deixou em definitivamente a mesa e por conseguinte a lanchonete e apenas dentro de um pequeno instante ele olhou para Jun Wu, antes de sumir de seu campo de visão.

Naquele instante, Jun Wu chegou a ameaçar a levantar para impedir que ele se fosse.

Mas, retrocedeu em seus atos quando caiu em si.

Ele ainda não tinha as respostas que Huan Shui queria... Havia somente as panquecas solitárias em seu prato, um suco de laranja intocado, que iria amargar estagnadado de fronte a uma cadeira vazia.

Continue Reading

You'll Also Like

75.7K 4.6K 51
Minha primeira história !Lembrando que tudo que estiver colocado aqui é totalmente ficção
2.4M 227K 86
Com ela eu caso, construo família, dispenso todas e morro casadão.
110K 19.6K 36
Bárbara organiza casamentos. Não só esse tipo de celebração, mas todos os tipos de festas que se possa imaginar, mas os casamentos... Ah... Os casame...
142K 19.2K 67
S/N Peña, uma brasileira de 21 anos, é uma jovem estudante de Direito, sargento e pilota da Aeronáutica Brasileira. Além de tudo, ela é convocada par...