Não Confie Em Mim

Por kookiejar__

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conteudo adulto +18 Ele é o cara mais inteligente e nerd da escola, e ela a atleta mais dedicada e popular. O... Mais

Prefácio
Capítulo 1- O nerd e a popular
Capítulo 2- Crime
Capítulo 3- Ninguém vai acreditar na gente
Capítulo 4- Eu conheço alguém
Capítulo 6- Venha comigo
Capítulo 7- Parece uma ótima ideia
Capítulo 8- Uma noite de paz
Capítulo 9- Hora de voltar para a realidade
Capítulo 10- Verdades cruzadas
Capítulo 11- Algo a se admirar
Capítulo 12- Inocente
Capítulo 13- Lugar abandonado
Capítulo 14- Não confie em ninguém
Capítulo 15- Decifrando um pouco mais
Capítulo 16- O silêncio depois da meia noite.
Capítulo 17- A ligação.
Capítulo 18- O Melhor momento da minha vida.
Capítulo 19- O segredo revelado no escuro.
Capítulo 20- Do que você está falando?
Capítulo 21- O outro lado da história.
Capítulo 22- Você quer fazer isso? (+18)
Capítulo 23-Me diga como gosta
Capítulo 24- Acabar com isso
Capítulo 25- eu não confio em mais ninguém
Capítulo 26- Compartilhamos uma história
Capítulo 27- Prazer e culpa (+18)
Capítulo 28- Verdadeiros negócios +18
Capítulo 29- Punição
capítulo 30 -Não é uma opção

Capitulo 5- Como você faz isso?

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Por kookiejar__

Capítulo 5- Como você faz isso?

Já era de noite, Taehyung e Olivia andavam em direção a suas casas que ficavam na mesma rua. Hoseok tinha ficado para trás já que sua casa era em outro lugar mais afastado dali.

— Hoje o dia foi intenso — Taehyung disse puxando assunto com muito esforço. Para ele ser simpático ou ser sociável era algo difícil, ser tímido era uma barreira em sua vida.

— Para dizer o mínimo — Olivia respondeu distraída, enquanto admirava as luzes da rua.

Taehyung observava discretamente a moça, em como as coisas para ela era naturalmente fácil, Olivia parecia ser boa em tudo, socializar na escola, era excelente nos esportes, se vestia bem, conseguia falar com todo mundo. Uma simples conversa para Taehyung era extremamente difícil de se manter, parece que suas energias eram drenadas, mas para Olivia não, parecia ser tranquilo.

Taehyung queria aprender a ser mais sociável, e levar as coisas de maneira sinples, em algum momento de sua vida, isso poderia ser importante.

— Como você faz isso? — O menino perguntou sem perceber.

Olivia olhou confusa para ele, a rua escura iluminada por poucos postes ligados, estava silenciosa e vazia. Já era tarde e todos já estavam em suas casas descansando.

— Faço o quê?

— É tão popular? As coisas parecem sair naturalmente de você.

Olivia deu um sorriso sem humor, ela estava com o semblante cansado, aquilo tudo era na verdade muito difícil para ela, com seu namorado desaparecido, após o anúncio de Kylie, ele seria apontado com certeza como suspeito, mas era preciso desvendar tudo isso de forma rápida.

— Não é fácil, mas eu percebi que eu tinha medo de ser julgada e não me soltava, assim que parei de me importar com a opnião de quem não paga as minhas contas, eu só ajo do jeito que é confortável para mim, aconteceu das pessoas gostarem desse meu jeito.

— Entendo — respondeu o garoto, mas ele não entendia de verdade.

— Sabe Taehyung, as pessoas conseguem ser muito maldosas, qualquer erro dá margem para elas falarem o que quiserem de mim, eu não posso me importar com o que todos falam se não eu não viveria em paz nunca. Todos tem algo a dizer, cabe você querer escutar ou não.

Ela tinha razão, mas o menino não falou nada. O assunto se encerrou aos poucos, pois eles haviam chegado a sua rua, com um aceno breve de cabeça, se despediram, e cada um seguiu separadamente seu caminho para casa.

***

Olivia rondava todas as redes sociais na esperança de saber alguma notícia sobre Jae, mas não havia nada além de comentários maldosos sobre como o rapaz era suspeito por ter fugido e como as pessoas "sempre" desconfiaram da popularidade dele.

"Ele era legal demais, bizarro", alguém comentou.

"Todo mundo sabe que idols são doidos, usam muitas drogas, não duvido ter matado o próprio pai" outro comentário dizia.

Aquilo deu um aperto no peito de Olivia, ela começava a duvidar das coisas que pensava e conhecia sobre seu próprio namorado.

Será que Jae seria capaz de matar alguém? E não qualquer um, e sim o próprio pai?

Já era tarde da noite, mas ela não estava preocupada, pois era sexta e o fim de semana permitiria a ela dormir até mais tarde.

Olivia com certeza iria se encontrar com os meninos para investigar mais o caso, agora era algo pessoal, haviam pessoas das quais ela se importava que estavam envolvidas. Ela precisava saber se seu namorado era vítima ou culpado.

O celular dela começou a vibrar, alguém estava ligando.

A essa hora?

A menina pensou enquanto pegava o celular.

— Alô?

— Oli, bora sair, tá todo mundo aqui reunido na casa do Yoongi — um menino falou, Olivia não reconheceu a voz dele, mas reconheceu a do próximo.

Alguém pegou o celular e falou.

— Oli, vem pra cá! Eu quero te ver — Yoongi disse animado e levemente bêbado.

— Vou pensar — ela estava sem graça de recusar, estava chocada que as pessoas estavam pensando em festa enquanto tudo isso acontecia na cidade, parecia mesmo uma alucinação que apenas Olivia via.

Ninguém que se dizia amigo dela perguntou uma vez sequer como estava se sentindo em relação a tudo isso, ou se desmostraram preocupados com Jae. A popularidade mascarava a falsidade de todos. Por mais que não se sentisse completamente confortável no grupo dos populares, ainda tinha uma pequena esperança de maior empatia dos colegas.

— Veeeem — a voz dele já indicava que ele tinha bebido mais do que devia.

— Ok — a menina disse sem ter certeza.

Ela desligou o celular, levantou da cama, olhou as horas no aparelho, era meia-noite, a mãe já estava dormindo pesado por conta dos remédios. Olivia resolveu colocar uma calça jeans para complementar a blusa preta larga que estava usando para dormir.

Saiu de casa sentindo o vento morno batendo em seu rosto, era verão e o tempo estava agradável a noite.

Pensou em vários motivos pelos quais estava indo para a casa de Yoongi naquele momento, mas o mais importante era que a menina precisava saber o que estavam falando de Jae, e se alguém tinha mais informações para ela, em uma cidade tão pequena todo mundo sabia de alguma coisa.

***


—Oliii! — Yoongi que já estava super bêbado falou arrastando o "i" do nome. Olivia odiava ainda mais aquele apelido porque tinha sido seu namorado que havia dado a ela e agora ele estava desaparecido com o pai morto, aquilo causou um aperto em seu peito.

— Você deveria estar bebendo? Você é menor de idade — ela olhou para o copo cheio de cerveja.

— Para de ser chata, todo mundo aqui vai fazer dezoito ano que vem, alguns já até tem, vem beber algo — Yoongi puxou Olivia pelo braço e a levou até a cozinha onde havia mil copos descartáveis sujos de bebidas diferentes.

Olivia aproveitou que uma menina distraiu Yoongi com uma breve pergunta e pegou um copo d'água para fingir que estava bebendo vodka. Ela não gostava de beber, além dos efeitos colaterais, ela não gostava de ter seu rendimento comprometido na corrida.

— Oli, você vem para piscina com a gente? — Algumas perguntaram, Olivia não conhecia nenhuma das meninas que a convidaram, mas elas aparentemente sabiam que Olivia era, as meninas não esperaram resposta, tiraram suas roupas e pularam de calcinha e sutiã na água.

Onde estavam os pais de todo mundo? Que caos.

Mas se tinha algo que Olivia havia aprendido convivendo com adolescentes ricos e sendo ela mesma uma, os pais com dinheiro só tinham filhos para agradar uma sociedade que exige uma família tradicional perfeita, mas por trás, as fofocas e reuniões de condomínio mostravam como eram ausentes na vida desses adolescentes, alguns chegavam a ser violentos e egoístas com seus filhos.

Pai de Olivia era um exemplo disso. A mãe da menina nunca havia pedido dinheiro a ele, mas o colocou na justiça quando abandonou a própria família por motivos desconhecidos. A mãe de Olivia tinha feito aquilo só para que ele sentisse como é ter obrigações, mesmo que seja apenas com a lei obrigando-o a ter um mínimo contato com a filha.

Olivia respirou fundo, ela sentiu falta da sua mãe forte que não tinha medo da própria sombra, da mãe que a defendia e dava colo quando a menina estava triste. Essa mãe tinha existido, mas não aparecia havia anos.

— Você sabe onde tá seu namorado? — Um garoto alto e magro, que sempre andava com Jae pelos corredores da escola falou interrompendo os pensamentos de Olivia. Ela não fez questão de gravar seu nome e ele percebeu.

— Jimin, prazer — ele disse com um certo sotaque, o menino esticou a mão e ela respondeu ao cumprimento.

— Eu acho que ele está com a mãe — Olivia disse sem graça, pois estava mentindo, não sabia de nada.

— Ah que bom, achei que ele estava ainda no SPA.

— SPA? — Olivia disse sorrindo tentando disfarçar que não sabia da informação.

— Fui na casa dele, e a mãe disse que ele estava no SPA fora da cidade, que ele precisava relaxar.

— Eu entendo, também preciso — a menina deu um sorriso meigo — você sabe qual o nome do local? Eu to precisando muito de um tempo off da escola — ela já odiava a personagem que interpretava naquele momento.

O garoto deu um sorriso de lado e deu um gole em sua bebida, ele era bonito e sabia disso, com seus cabelos castanhos, lisos, levemente compridos, e sua pele sem nenhuma marca de espinha, o que era raro para um adolescente, todo mundo prestava atenção nele na escola, menos Olivia.

— Eu super entendo, eu estava animado para o acampamento, mas foi adiado e talvez nem aconteça mais por causa dessa merda toda.

— Então...

— O quê? — O rapaz perguntou.

— O nome do SPA.

— Ah sim, é R. Care.

Care de cuidado em inglês?

— Isso mesmo.

Olivia sorriu satisfeita.

— Muito obrigada, Jimin. Ai eu estou tão estressada, sabe? Ser estudante é muito difícil cara, imagina quando a gente trabalhar? — Disse a menina tentando se adequar ao padrão mimado dos outros.

— Nem me diga, meu pai é chefe de polícia e ele tá super estressado e me estressa junto. Disse que ainda estão estudando o caso da morte, pra que né? O cara já morreu, foda-se — Jimin riu de forma desengonçada, mas Olivia ficou séria, ela estava com raiva como nada importava para aquelas pessoas.

Talvez fosse ela que se importava demais? Não sabia, estava cercada de futilidade, talvez isso estivesse afetando seus pensamentos.

— É... — Ela respondeu sem humor. Jimin voltou a beber e o silêncio se instaurou entre os dois, a cabeça de Olivia estava em outros lugares.

— Me passa seu número? — Olivia pediu, surpreendendo o rapaz.

— Não perde tempo, né? — Ele deu um sorriso safado — gosto assim.

Olivia se segurou para não revirar os olhos ou fingir uma cara de vômito. Em vez disso, sorriu amigavelmente na tentativa de parecer um flerte.

Eles trocaram números de telefone. O rapaz achou ótimo, pois Olivia era linda e popular, e a menina estava satisfeita porque conseguiria ter um possível contato dentro da polícia caso precisasse.

Agora sentia que poderia dar andamento para descobrir que merda estava acontecendo naquela cidade.

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