O Fruto do Nosso Amor - Versã...

By Sofia_Angel2

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Im Hana e Kim Taehyung não estão preparados para a partida que a vida lhes decidiu pregar. Tudo parecia corre... More

Introdução!!
Capítulo 1 - 포기 - "Abandono"
Capítulo 2 - 고통 - "Dor"
Capítulo 3 - 운명 - "Destino"
Capítulo 4 - 휴가 - "Férias"
Capítulo 5 - 몰디브 - "Maldivas"
Capítulo 6 - 만남 "Encontro"
Capítulo 7 - 결정 - "Decisões"
Capítulo 8 - 유사성 "Semelhança"
Capítulo 9 - 데이트 - "Encontros"
Capítulo 10 - 불신 - "Desconfiança"
Capítulo 11 - 발견 - "Descobertas"
Capítulo 12 - 답글 - "Respostas"
Capítulo 13 - 딸 - "Filha"
Capítulo 14 - 직면 - "Confronto"
Capítulo 15 - 가족 - "Família"

Capítulo 16 - 감정 - "Sentimentos"

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By Sofia_Angel2

Olá, leitores!

Primeiramente quero pedir desculpa pela demora para postar um novo capítulo.

Não me senti muito inspirada estes últimos dias, mas espero ter recuperado a inspiração que precisava para continuar.

Espero que gostem deste capítulo...

Até já e boa leitura.

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Pov Hana

Enquanto me afastava deles, a vontade de chorar aumentava a cada passo que dava. Sentia-me a pior pessoa de mundo quando estava perto dele. Enquanto via a interação dos dois, um sentimento de culpa invadiu o meu coração, deixando-me ainda mais incomodada por estar perto deles. É como se eu não tivesse o direito de estar ali e testemunhar o amor que ambos necessitavam e que eu impedi desde do inicio, ao esconder tudo dele.

Não tenho coragem de olhar nos olhos do homem que mais amei e amo na vida. Não sou suficientemente forte para conseguir ver a dor e a deceção que eles carregam quando olham diretamente para mim. Sempre soube que assim que ele descobrisse tudo o que lhe escondi durante estes anos, que me sentiria desconfortável perto dele, não por sua causa, mas por saber que lhe causei muito sofrimento, mesmo não querendo.

Por estes motivos e outros, assim que o Taehyung chegou perto de nós decidi voltar para o hotel e deixá-los ali na praia, apenas os dois. É necessário que eles possam aproveitar este momento só deles, sem ninguém para interromper. Acho que a minha presença vai prejudicar qualquer envolvimento entre ele e a Minji e não é isso que quero. Acima de tudo, quero que a Minji tenha milhares de momentos fantásticos com o pai e para isso acontecer, tenho que me afastar.

Quando ele olha para mim, também consigo perceber o quão desconfortável ele se sente quando estou por perto. Compreendo perfeitamente e respeito o fato de ele me odiar e não querer olhar nem para mim. Não quero tornar este momento sobre mim e ele, mas sim sobre ele e a filha. Tudo o que importa é a Minji e a sua felicidade. É importante que a minha pequenina crie uma relação com o pai, que até agora nunca teve. Só quero que eles sejam felizes, sempre foi o meu maior objetivo e não vou parar de lutar para que isso aconteça. Se eu tiver que me afastar para que isso seja possível, que seja, eu afastar-me-ei.

– HANA! – Olhei para quem me chamava e prendi a respiração quando vi os meninos e algumas meninas se aproximarem. Estava tão concentrada e perdida em meus pensamentos que não reparei que já tinha chegado à receção do Hotel.

– Olá! – Abaixei a minha cabeça em um cumprimento, sentindo-me completamente constrangida.

– Está tudo bem? – Olhei para o Hoseok que me preguntou, amavelmente. Reparei que todos mantinham o semblante sério, principalmente o Jimin. Ele é um dos melhores amigos do Taehyung, deve estar neste momento a odiar-me.

– Sim, obrigada! – Respondi e ele assentiu.

– Olá, muito prazer, eu sou a Emma. – Uma menina apresentou-se e eu sorri ligeiramente.

– Muito prazer, eu sou a Hana. – Ela sorriu e segurou a mão do Namjoon.

– Deves estar satisfeita, não é? – Olhei para o Jimin que falou e senti o meu coração bater mais rápido.

– JIMIN! – Namjoon falou pegando-lhe no ombro. – Não é altura para isso. – Abaixei o rosto envergonhada.

– Eu teria vergonha de andar assim calmamente como se nada tivesse acontecido. – Ele continuava a falar.

– Já chega, Jimin. – Desta vez, Suga, interveio.

– Vocês já se esqueceram o que é que o Tae sofreu por causa dela? – Fechei os olhos com força.

– Não nos cabe a nós julgar o que quer que seja! – Ouvi a menina que estava ao lado do Suga falar.

– Eu não estou a julgar, só estou a constatar os fatos. – Conseguia perceber a raiva que as suas palavras carregavam e isso deixou-me mais triste. – Nem coragem para olhar de frente tem. – As suas palavras pareciam punhais que cravavam em meu coração e me faziam sentir ainda mais fraca e envergonhada. Não o culpo por se sentir assim. Sem aguentar, corri em direção aos elevadores enquanto as lágrimas começavam a descer copiosamente. – ISSO MESMO, FOGE! É MESMO O MELHOR QUE SABES FAZER! – Ouvi-o gritar e logo entrei dentro do elevador.

Assim que as portas fecharam caí sentada no chão, perdendo todas as forças que ainda me restavam. Sentia-me a sufocar, com medo e acima de tudo humilhada. Eu sei que aquilo que fiz foi errado e devia ter confiado no Tae e na minha família, mas eles não sabem de tudo e não sabem daquilo que sofri sozinha. Não é justo me tratarem como uma criminosa, quando a única coisa que fiz foi tentar proteger quem amo.

Na altura fiquei com tanto medo do que poderia acontecer que não pensei duas vezes em fugir. Até hoje, só eu guardei o que realmente aconteceu para me fazer fugir sem pensar duas vezes. Nem a Mina, a minha melhor amiga, sabe aquilo que sofro em silêncio. Ninguém sabe do medo que tenho todos os dias que acordo, por isso, vivo com muito receio do que possa acontecer a partir de hoje.

Ainda tenho esperanças que o Taehyung não conte nada à empresa e que mantenha as coisas em segredo, por enquanto, não quero que as ameaças que tenho recebido ao longo destes anos aconteçam de verdade.

Ouvi as portas do elevador abrir e corri até ao meu quarto, deixando algumas pessoas que passavam por mim, curiosas. Entrei no quarto ofegante e logo fechei a porta com alguma força. Olhei para todo o quarto e reparei que estava sozinha. A Mina deve estar na piscina com o meu irmão, ainda bem, preciso de estar um pouco sozinha.

Andei calmamente até à cama e sentei-me, sentido as habituais dores no peito, quando sofro emoções fortes. Precisava acalmar-me para não piorar o meu estado de saúde.

Desde de pequenina, que sofro com ligeiros problemas cardíacos. Ao longo dos anos, consegui manter uma vida normal e sem muitos problemas. Sempre fui muito bem acompanhada e nunca tive problemas muito graves, mas quando sofre emoções muito fortes, o meu coração começa a bater mais rápido que o normal. Para muitas pessoas, isso não os prejudica em nada, mas para mim, torna as coisas muito complicadas. O aumento do batimento cardíaco, quando excessivo, faz-me ter dores que se tornam insuportáveis. A última vez que senti algo assim foi quando tive a Minji. Estava tão nervosa que assim que ela nasceu e ouvi o seu choro, desmaiei de dores. Já me habituei a viver com este problema, mas quando estes episódios acontecem fico com muito medo de algo mais grave acontecer.

Inspirava profundamente e expirava todo o ar, tentando relaxar. Os médicos sempre me avisaram que devia tentar desligar-me daquilo que me deixava nervosa. É o que estou a tentar fazer, mas logo ouvi o som de mensagens do meu telemóvel. Peguei na mala perto de mim e tirei o telemóvel. Assim que abri o mesmo, logo vi que tinha recebido duas mensagens de um número privado.

O meu corpo começou a tremer ainda mais, pois sabia muito bem que o conteúdo da mensagem seria assustador.

Anónimo

"Já a algum tempo que não te mandava mensagem!

Andei muito ocupado.

Espero muito bem que estejas a cumprir

o que te mandei fazer.

Reparei que mudaste de número...

Não me subestimes, eu descubro sempre tudo.

Se não, já sabes, quem sofre é a monstrinha."

Comecei a chorar ao ver a mensagem que recebi, mesmo que quisesse nunca me conseguia livrar destas ameaças. Abri a segunda mensagem e tremi assim que vi uma foto minha e da Minji, quando a fui buscar à escola, antes de vir para estas férias. Senti-me um pouco aliviada, por não ser uma da Minji com o Taehyung. Parece que a pessoa em questão, ainda não descobriu onde estou.

Aqui está o real motivo de ter feito o que fiz, sem pensar muito nas consequências do que estava a fazer. Esta é a verdade que ninguém sonha e que me atormenta estes anos todos. Ao longo destes anos, tenho vindo a receber mensagens deste género. Todas elas carregadas de ameaças. No início não me assustei, mas quando estas mensagens eram acompanhadas de fotos minhas, da Minji ou das pessoas que me rodeavam, comecei a perceber que estas mensagens eram realmente ameaçadoras.

Tudo começou no dia que descobri que estava grávida. O Taehyung tinha viajado para o Japão em tournée e eu estava em Seoul por causa da minha universidade. Fazia alguns dias que me sentia muito mal, vomitava sempre que acordava e passava os dias enjoada, mas o que me deixou mesmo em alerta foi a minha menstruação, que não descia e eu sempre fui certa. Por isso, com muito medo, decidi dirigir-me a uma farmácia e comprar um teste de gravidez. Não queria acreditar que estar grávida podia ser uma realidade da minha vida, mas assim que cheguei a casa e fiz o teste, essa possibilidade tornou-se real. O teste marcou positivo. Foi um misto de emoções que até hoje não as consigo descrever, mas uma coisa tinha a certeza, queria muito esta criança e ia contar tudo ao Tae, mesmo tendo medo do que podia acontecer ao nosso futuro, principalmente ao dele.

Estava muito confusa e não sabia o que fazer e muito menos com quem falar, por isso, decidi esperar o Taehyung voltar da Tour para conversar com ele e juntos decidirmos o que fazer. Mas enquanto vagava nesses pensamentos recebi uma mensagem que me deixou assustadíssima. A mensagem estava carregada de ameaças e com ela tinha uma foto minha a comprar o teste de gravidez e outra foto minha e do Taehyung enquanto nos beijávamos, e até hoje quero saber como conseguiram essa foto, pois sempre fomos muito cuidadosos em relação à nossa privacidade. Eles ameaçavam tornar tudo público e fizeram-me sentir muito mal por ser o motivo de destruir a carreira do Tae. Se isto se tornasse público, eu até podia dizer que o teste de gravidez era para outra pessoa, mas a foto onde estou eu e o Tae, não dava para disfarçar.

Eu nunca quis fugir, nunca quis esconder do homem que amo que carregava comigo o fruto do nosso amor. Mas as constantes mensagens deixaram-me desesperada e com muito medo, por isso, decidi fugir. Acima de tudo, queria que o Tae e a Minji estivessem em segurança e sei muito bem o que teria acontecido se isto tivesse tornado público.

Lembrar-me de tudo o que tenho vindo a sofrer e o medo que carrego, fez-me chorar ainda mais. Estou a sentir-me cada vez mais fraca e sem forças, conseguia ouvir as batidas aceleradas do meu coração e isso estava a assustar-me. Estava a perder o controlo, e ainda por cima, estava sozinha.

Ouvi de longe a porta do quarto abrir, mas estava tão fraca que não conseguia olhar para quem entrou.

– Hana, o que se passa? – Senti o corpo todo tremer, não estava a conseguir controlar-me. – Hana, fala comigo. – Olhei para quem me chamava e vi a Mina ajoelhada á minha frente.

– Dói! – Falei entre a respiração e logo senti as forças desparecerem.

– LIGA PARA UMA AMBULÂNCIA! – Ouvi-a gritar provavelmente para o meu irmão e logo tudo ficou negro.


POV Mina

– Nem acredito que me esqueci do telemóvel este tempo todo. – Constatei enquanto olhava para dentro da minha mala.

– Eu disse-te para te certificares se tinhas tudo. – O JB falou enquanto carregava no botão do elevador.

– Eu fiquei nervosa. – Ele sorriu ligeiramente.

– Eu estava bem. – Suspirei, lembrando-me da briga que ele teve com o Taehyung.

– Fiquei com medo de vocês se matarem ali. – Ele assentiu e suspirou.

– Eu sabia que ele poderia reagir assim. – Assenti. – Não sou ninguém para o julgar pelo o que fez. – Sorri ligeiramente.

– Tu não existes, isso sim. – Ele gargalhou.

Logo as portas do elevador abriram e andámos até ao meu quarto. Peguei no cartão que abre a porta e esta logo se abriu. Assim que entrámos reparei logo na Hana que estava sentada na cama, agarrada ao peito enquanto chorava.

– Hana, o que se passa? – Ajoelhei-me depressa do seu lado. – Hana, fala comigo. – Olhei para o JB e ele olhava para a irmã, assustado.

– Dói! – Ela tentou falar e logo percebi do que se tratava.

– LIGA PARA UMA AMBULÂNCIA! – Gritei para o JB assim que a Hana desmaiou nos meus braços. Ele logo correu até ao telefone do quarto ligando talvez para a receção.

– Eu preciso de uma ambulância com urgência. – Ouvi-o falar e comecei a chorar enquanto deitava a Hana no chão, tentando perceber o que se passava. Conseguia sentir o seu coração acelerado, deve ser a sua arritmia.

– Por favor, Hana! – O JB ajoelhou-se perto da irmã.

– Eles estão a caminho. É o coração? – Perguntou-me sabendo do problema de saúde da irmã.

– Ela tem arritmia cardíaca e quando se enerva muito, o coração dela não aguenta. – Expliquei com calma passando as mãos pelo rosto branco da minha melhor amiga.

– Então piorou o problema de coração dela. – Assenti.

– Nada de muito preocupante, mas emoções forte deixam-na assim. – Suspirei.

De repente bateram á porta do quarto e o JB abriu logo a porta, entraram os paramédicos do hotel e com eles estava um homem que vestia uma bata branca.

– Boa tarde, o que se passou? – O homem perguntou enquanto tirava algo da sua mala. Reparei no seu crachá e logo vi que era o médico de serviço do hotel.

– Ela tem arritmia cardíaca, o coração dela está muito acelerado. – Expliquei.

– Muito bem! – Ele colocou o estetoscópio no seu peito e olhou o seu relógio.

– De fato, está muito acelerado. – Suspirei agarrando com força a mão da Hana. – Por quanto tempo a jovem está desmaiada? – Perguntou-me.

– Uns minutos, não sei precisar quantos. – Ele assentiu e fez sinal aos paramédicos.

– A paciente precisa de ir para o hospital, aqui não tenho o que preciso para fazer alguns testes. – Eu assenti.

– Mas é muito grave? – O JB perguntou enquanto víamos os homens colocarem com calma a Hana na maca.

– O desmaio é a forma que o corpo encontrou para a proteger de uma possível paragem cardíaca. – Arregalei os olhos e coloquei a mão na boca.

– Os batimentos estão a voltar ao normal, mas preciso de fazer mais testes. – Assenti. – Por isso, é melhor irmos para o hospital. – Concordei.

– Eu posso ir com ela? – Perguntei nervosa.

– Apenas uma pessoa. – O paramédico respondeu-me e eu assenti olhando para o JB.

– Eu vou lá ter, preciso de encontrar o Taehyung por causa da Minji. – Concordei.

Eles logo saíram do quarto e eu segui mesmo atrás, verificando desta vez que tinha tudo comigo, tanto os meus documentos como os dela. Tremia ao ver a minha amiga desacordada. Fui tão ingénua em pensar que ela estava a levar as coisas até bem, mas pelos vistos está a sofrer e muito.


POV Taehyung

– Eu gosto da cor vermelha. – Sorri enquanto caminhava com a Minji de volta para o hotel.

– A minha cor favorita é o roxo. – Ela sorriu enquanto comia o gelado que lhe comprei à saída da praia.

Estivemos um pouco os dois na praia e conversamos sobre várias coisas. Estou curioso para saber tudo sobre a minha pequenina. Quero saber do que mais gosta, do que menos gosta, do que a faz feliz, do que ela tem medo, dos seus sonhos.

Tudo, eu quero saber tudo sobre a minha filha.

Estou tão feliz por causa desta princesa, acho que nem consigo explicar por palavras o quão feliz estou. É um sentimento novo e tão forte. De um momento para o outro, a Minji tornou-se o centro da minha vida. Confesso que estou um pouco apreensivo com o futuro, mas ao mesmo tempo cheio de força para enfrentar o que quer que venha me atingir. Basta olhar para o sorriso desta princesa, que todos os receios e medos, desaparecem.

– Porquê o roxo, Appa? – Acho que ainda não me habituei a ouvi-la chamar-me de pai, mas estou a adorar.

– Tem um significado importante para mim e para umas pessoas muito especiais para o Appa. – Ela concordou.

– Posso conhece-las? – Sorri animado para ela.

– Mas é claro, um dia apresento-te a todas elas. – Ela concordou. – E porque é que gostas tanto do vermelho? – Perguntei-lhe.

– Eu gosto do vermelho porque o TATA é vermelho. – Sorri animado.

– Então escolhi a cor certa para ele? – Ela concordou.

– Vamos ter com a Omma? – Perguntou-me.

– Sim, princesa. Vou-te levar até à mãe. – Ela assentiu e suspirou. – O que foi, amor? – Ela olhou para mim e reparei que os cantos da sua boca estavam sujos. Ajoelhei-me perto dela e limpei-a com um lenço que tinha no bolso.

– A mamã está muito triste, não é? – Olhei para ela sem saber o que dizer e suspirei. – A Minji não gosta de ver a mamã triste. – Sorri ligeiramente.

– Eu sei, linda. – Ela sorriu e olhou para trás de mim, admirada. – O que foi? – Olhei para onde ela olhava e reparei que estávamos perto da entrado do hotel e o JB corria até nós um pouco nervoso.

– TIO!

– Olá, princesa. – Falou mostrando-se nervoso.

– O que é que queres? – Perguntei rude.

– Graças a Deus que vos encontro. – Ele suspirou. – Não ouviste o telemóvel? – Perguntou-me.

– Estava no silêncio, não queria que ninguém me interrompesse. – Falei normal enquanto me levantava.

– Eu preciso de falar contigo. – Suspirei e voltei a dar a mão á Minji começando a andar para a entrada do hotel. – Por favor, preciso que fiques com a Minji. – Olhei curioso para ele e reparei que o mesmo olhava para a sobrinha que estava distraída com as flores da entrada do hotel.

– O que é que se passou? – Perguntei.

– TAEHYUNG. – Olhei para quem me chamava e logo avistei o Jin Hyung e a Jisoo, que caminhavam até nós. – Tudo bem? – Perguntou-me um pouco apreensivo, ao nos ver aqui.

– Eu preciso de falar com o Taehyung com urgência. – Reparei que estava mesmo muito nervoso. – Podiam só levar a Minji um pouco com vocês, não quero que ela oiça. – Olhei para o JB e comecei a ficar alarmado com o seu estado.

– Olá, tios! – A Minji falou para os dois que logo sorriram.

– Queres ir com a tia Jisoo ver aquelas flores? – A Jisoo que se apercebeu que algo se passava, perguntou, apontando para um pequeno jardim perto de nós.

– Vou escolher a flor mais bonita para dar à Omma. – Ouvi o JB suspirar ao ouvir a Minji falar isso.

– Vamos então. – Elas logo se afastaram. O Jin Hyung ficou connosco, deve estar com receio do que possa acontecer entre nós.

– Eu já te disse que não quero falar contigo. – Falei nervoso.

– Vamos ter calma! – Jin Hyung pediu.

– Eu só vim avisar que a Hana teve que ir de urgência para o Hospital. – Arregalei os olhos.

– Como assim, o que é que aconteceu? – Perguntei preocupado.

– Mas ela está bem? – O Jin Hyung perguntou.

– Não sei! – Suspirei. – A Mina foi com ela na ambulância, vou agora também para o hospital. – Não sei o que estou a sentir, mas estou com algum medo.

– O que é que aconteceu? – Perguntei de novo e ele suspirou.

– O coração dela. – Arregalei os olhos e logo me lembrei do problema de saúde que ela tem desde de pequena. – Ficas com a Minji? – Pediu-me.

– Não, eu vou contigo. – Respondi e ele arregalou um pouco os olhos. – Eu vou com ele, tomem conta da Minji. – Pedi ao Jin Hyung e ele logo concordou.

– Vai descansado! – Falou. – As coisas da Minji como é que conseguimos? – O JB tirou um cartão do bolso e deu-lhe.

– Este é a chave do quarto delas. – Jin assentiu. – As meninas saberão ajudar. – Ele olhou para mim.

– Não precisas de ir, Taehyung.

– Estamos a falar da mãe da minha filha, JB!


Pov Jin

Contei por alto à Jisoo o que se tinha passado com a Hana e ela ficou um pouco assustada, assim como eu. Mas tentamos não mostrar isso à pequenina que nos olhava com alguma curiosidade. Sorri ligeiramente ao me lembrar do dia que conheci o Tae e podia jurar que o olhar é o mesmo. Sem dúvida nenhuma, a Minji é uma pequena fotocópia do nosso TaeTae.

Fomos até ao nosso quarto e a Jisoo dirigiu-se até ao quarto da Hana para pegar em algumas coisas que precisaríamos para a Minji, como roupa e os produtos de banho dela e claro o seu TATA. Não sabíamos quanto tempo teríamos que ficar com ela, por isso, mais vale prevenir que remediar.

– Tio Jin, onde está a Omma? – A Minji perguntou-me assim que entramos no quarto. – E o Appa? – Ela segurava a minha mão com cuidado.

– Eles tiveram que ir resolver uma coisa de pessoas crescidas. – Ela assentiu e olhou para mim.

– Os tios, onde estão? – Perguntou referindo-se aos meninos e sorri animado.

– Devem estar nos seus quartos, mas podemos combinar e ir todos comer juntos, que tal? – Ela assentiu animada.

– Tio, tu disseste que me ias mostrar os amiguinhos do TATA! – Ela falou e eu concordei logo.

– Vais ver como o RJ é muito fofinho! – Ela sorriu e sentou-se no sofá que tinha no quarto. Fui buscar o meu iPad e liguei-o colocando uns vídeos que tinha da BT21.

Passado alguns minutos, a Jisoo entrou no quarto e sorriu ao nos ver entretidos com os vídeos. Reparei que tinha com ela uma mala com algumas coisas da Minji e colocou tudo sobre a cama.

– Pelo sim, trouxe um pijama também. – Falou e eu levantei-me, deixando a Minji curiosa com os vídeos.

– Fizeste bem.

– Será que ela está bem? – Perguntou-me sussurrando para que a Minji não se apercebesse.

– Espero bem que sim! – Ela assentiu e suspirou. – Eu vou ligar ao Namjoon e explicar o que aconteceu. – Ela concorda.

– Eu vou lhe dar um banho e depois vais tu. – Concordei e dei-lhe um pequeno selinho.

– Princesa, vamos tomar um banho? – A Minji olhou para a minha menina e assentiu. – Depois vamos comer com os tios todos. – Ela bateu palmas animadas e deu a mão á Jisoo e logo entraram no banheiro.

Sorri ao ver o cuidado da Jisoo com a pequenina e fiquei de coração cheio. Ainda bem que ela ainda não notou a falta da mãe, espero bem que consigamos a distrair até termos mais noticias. Sentei-me na cama e liguei ao Namjoon, precisava lhe dizer o que estava a acontecer.

– Hyung! – Ele atendeu.

– Namjoon, aconteceu uma coisa séria. – Falei olhando para a porta do banheiro para ter a certeza que elas não saíam.

– O que é que foi agora? – Ele suspirou do outro lado da linha.

– A Hana sentiu-se mal e foi para as urgências do hospital.

– O QUÊ? – Ele gritou e tive que afastar o telemóvel do ouvido. – Como assim, ela está bem? O Tae já sabe? – Suspirei.

– O Tae foi com o JB para o hospital. Quando estávamos a chegar ao hotel eu e a Jisoo vimo-os na entrada e ficámos com a Minji. – Expliquei.

– O Tae também foi? – Perguntou admirado.

– Claro, ficou muito nervoso e não pensou duas vezes. – Ele suspirou. – É melhor irmos jantar todos juntos. Precisamos distrair a pequenina. – Expliquei.

– Claro, fica combinado. Eu ainda estou com os rapazes aqui na piscina. – Sorri ligeiramente.

– Bom, então despachem-se. – Falei e logo desliguei a chamada.

...


POV Taehyung

Esta espera está a deixar-me louco. Desde que chegámos ao hospital que não temos notícias nenhumas da Hana. A Mina, que a acompanhou até aqui, disse que a mãe da minha filha permaneceu desacordada o caminho todo até ao hospital. Que assim que chegaram, a levaram para algum lugar e até agora não teve notícias. Em todo o momento permaneci em silêncio apenas absorvendo tudo o que eles falavam.

Estou preocupado, seria uma pessoa muito insensível se não o tivesse. Não consigo explicar o que estou a sentir no momento, apenas quero que ela esteja bem e que nada de grave tenha acontecido. Ela pode ter errado muito comigo, mas o que menos quero é que ela sofra desta maneira. Sofrer a ponto do seu coração não aguentar de tanta dor.

Suspiro profundamente e passo as mãos pelo meu rosto, na tentativa de acalmar este turbilhão de pensamentos e sentimentos. Nunca pensei que estaria a viver isto tudo nestas pequenas férias. Estou tão cansado, fisicamente e emocionalmente, que parece que estive numa semana normal de trabalho.

– Desculpa incomodar-te, mas tens notícias da Minji? – Olhei para o JB que se tinha sentado perto de mim.

– Os rapazes estão com ela. – Respondi calmamente e ele assentiu.

– Se quiseres voltar para estares com ela, podes ir. – Neguei.

– Não saio daqui até ter notícias da Hana. – Ele sorriu ligeiramente e assentiu. Ele permaneceu ao meu lado, em silêncio, sobre o olhar atento da Mina. – Não precisas de ter medo, não lhe vou voltar a bater. – Falei para ela e a mesma arregalou os olhos.

– Desculpa, não foi a minha intenção. – Ela desviou o olhar e eu sorri ligeiramente.

– Andas a treinar? – Olhei para o JB que me perguntou. – Não é por nada, mas jurei que me tinhas partido o nariz. – Fechei os olhos e suspirei.

– Nada que não merecesses. – Encostei-me na cadeira da sala de espera. – Estava com tanta raiva que fiquei cego. – Não acredito que estou a ter uma conversa civilizada com ele.

– Tens razão, mereci. – Cruzei os braços por cima do peito. – Mas acho que fazias exatamente a mesma coisa se estivesses no meu lugar. – Fechei os olhos.

– Talvez sim, talvez não.

– Nunca foi minha intenção magoar-te. – Olhei para ele. – Nunca soube onde a Hana estava, só nestas férias é que descobri onde elas têm vivido. – Olhei para a Mina e ela assentiu.

– Tu sabias que ela esteve grávida de mim e que tinha uma filha minha. Como é que conseguiste esconder isto de mim? – Perguntei-lhe começando a ficar nervoso.

– A Hana conseguia sempre nos convencer a não contar nada. Ela chorava desesperadamente e dizia que tu nunca podias descobrir nada, para o teu bem e principalmente da Minji. – Suspirei profundamente, ouvir estas coisas magoam ainda mais o meu coração.

– Isso não faz sentido nenhum. – Confessei. – O máximo que podia ter acontecido, era a empresa me pedir sigilo absoluto sobre o assunto e teria que as esconder durante um tempo. Mas como me conheces, eu nunca faria tal coisa. – Ele assentiu. – Ninguém lhes ia fazer mal nenhum e se tivesse que desistir de tudo por elas, fazia sem pensar duas vezes. – Eles olharam para mim e sorriram.

– Eu acho que não foi apenas o medo de te contar que a fez fugir. Tem mais alguma coisa da qual nem eu sei. – Olhámos curiosos para a Mina que tinha acabado de afirmar a sua desconfiança.

– Como assim? – Perguntei.

– Posso estar muito enganada, mas a Hana não está a contar tudo. Durante estes anos a Hana viveu com medo de tudo e de todos. Apesar de estarmos longe e a probabilidade de alguém a reconhecer ser muito mínima, ela vive com muito medo. – Olhava com atenção para a Mina, ouvindo com cuidado o que nos contava. – Muitas vezes apanhei-a a chorar agarrada ao telemóvel, após receber umas mensagens. Até hoje não consegui descobrir do que se tratavam essas mensagens, mas sei que as mesmas deixam a minha amiga muito assustada e preocupada. – Fiquei um pouco em alerta com o que acabei de ouvir e olhei para o JB.

– Sabias disto? – Perguntei e o mesmo nega.

– Estou a ouvir pela primeira vez. – Ela olhou para a Mina. – Porque é que nunca me contaste a tua desconfiança? – Perguntou-lhe.

– Como dissestes é apenas uma desconfiança, pode nem ser nada. – Suspirei.

– Temos que falar com ela e perceber o que realmente se passa. – Olhei para o JB e assenti concordando com ele. – Desculpa. – Olhei para o mesmo e suspirei.

– Tu magoaste-me muito, JB. Eu confiei em ti com tudo o que tinha. Confiei que assim que soubesses algo sobre a tua irmã, eu seria o primeiro que correrias para contar a novidade. – Ele abaixou a cabeça. – Mas também percebo que por um irmão fazemos qualquer coisa, mesmo não concordando com eles. Não te julgo, mas não me peças para me sentir bem com isto tudo quando não o sinto. Eu também fui enganado e sabes o quanto sofri com isto tudo. – Assentiu.

– Eu sei, só te peço que tentes ter uma conversa civilizada com a Hana. – Ele pediu. – Que a deixes explicar tudo como realmente aconteceu, tenho a certeza que ela ainda te ama muito. – Fechei os meus olhos com força, mas não disse mais nada.

Ouvir isto deixa o meu coração agitado, não vou ser hipócrita e dizer que já não sinto nada pela a Hana, o que eu e ela tivemos foi algo muito forte. Ela foi o meu primeiro e verdadeiro amor, nunca senti nada assim por mais ninguém. Mesmo depois de ela ir embora, o meu amor por ela só aumentava, mas ao mesmo tempo fui criando um sentimento de raiva e desilusão para com ela. Neste momento não sei como me devo sentir, mas uma coisa tenho a certeza, é que sinto algo e sinto muito.

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Então o que acharam?

Estavam à espera desta reviravolta... tem sempre algo a mais.

Espero que tenham gostado.

Sintam-se à vontade para comentar e dizerem-me o que estão à achar.

Lembrando que sempre que quiserem falar comigo, podem recorrer às mensagens privadas. Tentarei responder a todas.

Obrigada por todo o carinho.

O Fruto do nosso amor com o personagem Harry Styles, já conta com mais de 1 MILHÃO de leituras.... dá para acreditarrrr. Eu ainda não estou em mim, e todos os dias continua a crescer. Obrigada, Obrigada, Obrigada.

Beijinhos e até ao próximo capítulo.

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