Amor e Paixão no Caribe

By TaraClear

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Quatro amigas inseparáveis... Uma viagem inesquecível... Inseparáveis desde a infância, Tamara, Mallu, Anna... More

Cast
Epígrafe
Prólogo
Capítulo I
Capítulo II
Capítulo III
Capítulo IV
Capítulo V
Capítulo VI
Capítulo VII
Capítulo VIII
Capítulo IX
Capítulo X
Capítulo XI
Capítulo XII
Capítulo XIII
Capítulo XIV
Capítulo XVI
Capítulo XVII
Capítulo XVIII
Capítulo XIX
Capítulo XX
Capítulo XXI
Capítulo XXII
Capítulo XXIII
Capítulo XXIV
Capítulo XXV
Capítulo XXVI
Capítulo XXVII
Capítulo XXVIII
Capítulo XXIX
Capítulo XXX
Epílogo

Capítulo XV

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By TaraClear

➳➳


Tamara tentou de todo jeito recusar o dinheiro, mas Steve foi irredutível. Abriu uma conta no nome dela na mesma hora e depositou a quantia, que não era pequena.

A noite seguiu animada e eles finalizaram em uma boate, dançando e bebendo até de madrugada. O clima de paixão envolvia Tamara e Steve, e Mallu e Bucky, eles não se desgrudavam um minuto sequer. Chris ficou com uma garota na mesma boate, mas nada além de alguns beijos e amassos, Viviana não saía de sua cabeça. Tom também ficou alguém, para tentar justamente tirar Lívia da cabeça, o que não deu muito certo, a garota também aproveitou a noite dançando nos braços do rapaz que havia conhecido na boate, ele queria algo mais íntimo, mas ela não aceitou.

Anna Laura foi dormir na cabine de um rapaz que havia acabado de conhecer e acordou com uma baita dor de cabeça, não se lembrava de metade do que tinha acontecido na noite anterior. Andando descalça e meio trôpega, ela conseguiu chegar a sua cabine.
– Olha ela aí. – Viviana disse quando a viu a amiga entrar. – Estávamos preocupadas já.
– Sem sermão loira. – a moça se jogou na cama. – Não estou em mim.
– Deu para perceber, não sei por que vocês bebem desse jeito, misturam tudo.
– Eu não faço isso. – Lívia comentou rindo enquanto penteava os cabelos.
– Você vai para Cozumel? O navio vai aportar daqui a pouco.
– Sem chance, eu só quero dormir.
– Vai tomar um banho pelo menos.

Virando para o lado, Anna Laura já estava roncando em questão de segundos.
– Banho não vai rolar Viviana, pode esquecer. – Lívia comentou divertida.
– Percebi. Vou ver se as meninas já estão prontas.

Na cabine ao lado Tammy e Mallu terminavam de se arrumar.
– O Steve não quis mesmo o dinheiro? – a morena de cabelos cacheados perguntou rindo.
– Não, eu tentei de tudo, mas ele não quis nem saber. Ele abriu até uma conta no meu nome para depositar, você viu. – Tammy respondeu terminando de amarrar o biquíni.
– Vi, eu vi sim e quase não acreditei. – Mallu riu com gosto e a outra jogou o travesseiro nela.
– Para de rir Maria Luísa, o assunto é sério.
– Mana para de drama, aceita e pronto ué.

A garota sentou na cama cruzando os braços e fazendo bico.
– Mano como que eu vou aceitar uma quantia daquelas? Não tem lógica nisso.
– Nem tudo na vida tem que ter uma explicação sabia dona marrentinha? O Steve tem muito dinheiro e ele só quis fazer algo por você.
– Não gosto que sintam pena de mim. – Tammy rebateu azeda.
– Isso não quer dizer que ele sente pena Tamara, ele só quis te ajudar.
– Também não aceito caridade! Não estou na miséria para depender disso!
– Ai desisto! – Mallu jogou as mãos para o céu. – Você é teimosa demais amiga, eu hein! Teimosa, orgulhosa. Orgulho demais não faz bem a ninguém.

As duas ficaram em silêncio por alguns segundos.
– Olha só. – Mallu disse agachando na frente dela e apoiando os braços em suas pernas. – Se esse assunto te incomoda tanto, chega nele e pergunta qual o real motivo dele ter te dado o dinheiro, e se você não gostar da resposta, não aceite e pronto, simples assim, mas não fica pensando nisso, não coloca idéias nessa cabecinha linda porque você já sabe o que acontece.

Tammy riu de canto. Sua amiga tinha razão. Quando ela ficava com alguma ideia fixa na cabeça, aquilo acabava lhe fazendo mal. Precisava resolver esse assunto de uma vez e esquecer.

Viviana abriu a porta bem nesse momento.
– Atrapalho? – perguntou às duas amigas.
– Não. – Mallu respondeu levantando. – Tava só tentando enfiar juízo na cabeça dessa criatura.
– Boa sorte. – Vivi entrou e fechou a porta. – Você tentando com ela e eu querendo fazer o mesmo com a Anna e a minha irmã.
– Falando nisso... – Tammy comentou virando para ela. – Como ta a sua relação com a Lívia depois de ontem? A gente nem teve tempo de se falar depois.
– Igual à antes. Ela fala comigo, mas da para ver que ainda ta chateada, tomara que um dia ela me perdoe por ter feito isso.
– Ela vai sim amiga. – Mallu a abraçou de lado. – É só dar tempo ao tempo.
– Ontem eu fui falar com o Tom. – a loira soltou e as duas moças se entreolharam.
– Pra que? – Mallu a encarou.
– Eu senti que precisava fazer isso, falar com ele, tentar me desculpar.
– Mas não deu certo. – Tammy concluiu e ela assentiu. – Você pediu a ele para voltar com a Lívia?
– Pedi sim, mas ele disse que é melhor deixar como estar.
– Amiga você acabou de fazer as coisas piorarem, que a Lívia nunca saiba disso porque se ela souber, é aí que ela não vai te perdoar mesmo.
– Mallu tem razão. Vivi, ela não é um brinquedo que você manipula, e a vontade dela onde fica?
– Eu to me odiando tanto por ter me metido na vida dela gente. – a moça não aguentou e deixou as lágrimas aflorarem. Estava mais sensível por causa da gravidez e qualquer coisa a fazia chorar.
– Hei não fica assim, vem cá. – Mallu a abraçou tentando confortá-la. Tammy levantou se juntando ao abraço. – Viviana me prometa que não vai mais se meter nessa história? Deixe o destino, o tempo, a vida, eu sei lá o que se encarregar disso, mas não faça e nem fale mais nada.
– Eu... Prometo.

Lívia abriu a porta e viu a irmã chorando sendo consolada pelas amigas.
– Aconteceu alguma coisa? – perguntou preocupada.
– Não... – Viviana se apressou em secar o rosto. – Não houve nada, eu só estou sensível por causa do meu bebê e essas duas doidas me fizeram relembrar histórias de infância.
– Tinha que ser vocês. – Lívia disse rindo. – Vamos, o navio já vai aportar.
– Vou pegar minha bolsa.
– Cadê a Anna? – Mallu perguntou quando viu a amiga grávida fechar a porta. – Ela não vai?
– Anna ta numa ressaca daquelas! – Lívia disse rindo colocando os óculos de sol.

As quatro andavam pelos corredores do enorme navio.
– Sério?
– Muito sério Mallu, ela chegou ainda a pouco trocando as pernas e desabou na cama.
– Ela não acha que ta exagerando não?
– Eu tentei falar isso Tammy, mas sabe o que ela disse? Sem sermão loira e virou para o lado, e desmaiou.

As meninas deram risada.
– É bem a cara dela fazer isso. – Mallu comentou balançando a cabeça.
– Gente ela ta bebendo cada vez mais e misturando bebida pesada, não sei vocês, mas eu to ficando preocupada.
– Todas nós estamos loira, mas quando a gente vai falar, ela diz que é maior de idade e vacinada e faz o que quer.
– Bem isso. – Tammy concordou balando a cabeça.
– Ontem eu tava com ela na boate e ela tava no maior amasso com um carinha que a gente tinha acabado de conhecer, eles tavam quase se pegando na boate.

As três amigas se entreolharam.
– Aposto que foi na cabine dele que ela passou a noite. – Vivi comentou.
– Não tenha dúvidas disso maninha.

Lívia deu risada, mas seu sorriso morreu ao ver Tom junto com os outros rapazes esperando por elas.
– Até que enfim. – Chris disse brincalhão. – Achei que teríamos que ir atrás de vocês.
– Você é tão engraçado Chris. – Mallu comentou sem achar graça nenhuma. Bucky a abraçou rindo.
– Eu sei que sou demais.
– Você se acha. – foi à vez de Tammy alfinetar o rapaz que fechou a cara.
– Eu sou obrigado a concordar. – Steve também abraçou Tammy dando corda às meninas.
– Liga não Chris, eu acho você demais.
– Valeu Lívia! – os dois fizeram um high-five e a galera riu.
– Acho que aquela garota de ontem a noite também achou você demais. – Bruce soltou arrancando mais risos de todos, exceto Viviana.
– OMG! Que história é essa Chris?! Eu quero saber tudo!

Não tinha como negar, Lívia era a mais divertida do grupo. Talvez por ser a mais nova e não ter tantas responsabilidades como os outros. Ela era leve, natural e meio rebelde, e Tom adorava esse seu jeito.
– Ah não foi nada demais, foram só alguns beijos. – Chris contou rindo.
– Não me pareceu isso, vocês estavam quase se engolindo.
– Eu concordo com a Tammy.
– Quem são vocês duas para falar algo? – Chris apontou para as duas amigas que riram. – Vivem grudadas nesses dois!

Steve e Bucky também riram.

Viviana estava um pouquinho incomodada em saber que Chris havia ficado com uma pessoa ontem à noite. Não que ela se importasse ou algo do tipo, mas ele sempre vivia atrás dela, querendo conversar ou simplesmente lhe dando atenção e parece que ele meio que tinha se cansado.
– Estamos quase chegando! – Lívia disse encostando a amurada e todos se aproximaram para olhar.

O La Reina Del Mar estava quase ancorando no porto de Cozumel, outro navio já estava parado lá, o cruzeiro da Disney.
– Gente que lugar lindo! – Tammy exclamou tirando os óculos escuros.
– Ta gostando? – Steve sussurrou em seu ouvido atrás dela.
– Muito! – ela virou para olhá-lo e lhe deu um beijo. – Tira uma foto comigo?
– Tiro.

O rapaz sorriu também tirando os óculos e eles tiraram uma selfie perfeita, com a ilha de Cozumel ao fundo.

A ilha pertencia ao território do México e era quase uma parada obrigatória dos cruzeiros. É um daqueles lugares que faz qualquer pessoa perder o fôlego, e com o grupo de amigos não foi diferente. A magnífica ilha é caracterizada pelo incrível cenário de praias de areias brancas e a água cristalina do mar do Caribe, e com a temperatura um pouco elevada.

O enorme navio atracou e os passageiros começaram a descer pela escada.
– Gente olha esse lugar, é lindo! – Lívia comentou dando um giro em torno de si mesma enquanto eles andavam pelo cais.
– Realmente é perfeito, pena que a Anna ta perdendo isso. – Mallu comentou um pouco triste.
– Por que ela não veio? – Bucky quis saber.
– Ressaca.
– Jeremy também não veio pelo mesmo motivo. – Tom comentou e eles se entreolharam com aquele clima estranho.
– Bom... – Vivi cortou o clima. – Se os nossos amigos não quiseram vir e perderam esse lugar incrível, isso é problema deles. Nós temos até as seis da tarde para aproveitar tudo isso.
– Nossa gravidinha tem razão. – Tammy concordou alegre. – Lívia o que tem pra gente fazer na ilha? Você é nossa consultora.

A garota riu gostando do comentário e pegou o celular para pesquisar sobre Cozumel e suas atrações.
– Podemos fazer isso em uma lanchonete? – Bucky perguntou arrancando mais risos do grupo. – To cheio de fome.
– Novidade né gato. – Mallu apertou as bochechas dele. – Vamos alimentar a criança.

Andaram pelas ruas próximas ao porto admirando a paisagem da ilha. A cultura maia estava presente em todo lugar. Cozumel preservava suas tradições proporcionando aos turistas a rica experiência de poder conhecer monumentos, ruínas, esculturas e ainda adquirir nas lojinhas e pequenas feiras espalhadas pelo lugar, artefatos de origem maia que ainda são produzidos pelos nativos da ilha até hoje.

Escolheram um restaurante com decoração nativa com vista para o mar caribenho e pediram um café da manhã caprichado.
– Gente eu achei algo. – Lívia comentou ainda olhando o celular, em seguida olhou para os amigos. – Mas não sei se todos vão querer fazer.

Todos se entreolharam.
– É perigoso? – Bruce indagou já pensando no que seria.
– Talvez. – a garota sorriu misteriosa.
– Fala logo! – Mallu quase gritou arrancando gargalhadas.
– Calma apressada! Cozumel é bastante conhecida por ter a segunda maior barreira de corais do mundo, um lugar propício ao mergulho, mas... – fez uma pausa proposital deixando todos curiosos.
– Fala logo Lívia! – foi à vez de Viviana gritar ansiosa. A garota riu.
– Eu pensei em algo bem diferente. Alguém aqui tem medo de cavalo?

Todos se olharam sem entender.

Em Cozumel tem um parque chamado Chankanaab, localizado no interior do Parque Nacional Marinho de Arrecifes e lá os visitantes tem a oportunidade de realizar várias atividades estimulantes. E uma delas é andar a cavalo por dentro de uma área alagada em uma floresta dentro do parque. Os animais mergulham e as pessoas vão junto, segurando na cauda do animal. E foi justamente essa "atividade" que chamou a atenção de Lívia.
– Gente será que isso é seguro? – Viviana perguntou um pouco preocupada dentro de um dos jipes que os meninos tinham alugado.
– Maninha relaxa e curte tudo, olha só isso que maravilha, é uma viagem única.

Lívia estava mais que animada, todos concordaram com o passeio e estavam indo até lá. O restante do grupo vinha atrás no outro jipe. Ela levantou para observar e tirar foto de tudo. Nesse momento passaram pela cidadezinha de San Miguel de Cozumel, no centrinho da ilha.

Lá também ficava o terminal de ferryboats que funcionava trazendo e levando pessoas para o continente até Cancún. A cultura maia estava presente, mas nem por isso o lugar era menos desenvolvido. Havia de tudo um pouco, lojas de grifes famosas, joalheiras, bares, restaurantes e shoppings.

Como ela gostaria de parar e apreciar tudo aquilo, mas o tempo deles era limitado. Gostaria de poder voltar um dia e refazer o roteiro dessa viagem, mas dessa vez com calma.

Olhou para trás e viu que Tammy e Mallu também tinham levantado e acenou para elas, recebendo outro de volta.

As construções ficaram para trás à medida que eles avançavam. Logo se viu a placa com o nome do parque e uma área florestal totalmente preservada. A trilha por onde os veículos andavam era de terra como se eles estivessem dentro de uma floresta intocada. Pássaros cantavam e pequenos saguis pulavam de uma árvore para a outra.

Os jipes andaram por mais alguns metros e pararam. A galera desceu e eles combinaram a volta para daqui a três horas.

Uma moça que trabalhava no parque ia explicando tudo enquanto eles caminhavam até o local onde ficavam os cavalos.
– Tudo que vocês têm que fazer, é sair de cima do animal quando ele sair da parte rasa e começar a nadar, segurem na cauda e eles vão levá-los sem problemas. – a mulher explicou simpática.
– Eu to grávida, você acha que tem algum problema? – Viviana perguntou querendo muito fazer a travessia, mas com medo.
– Eu creio que não, todos os cavalos são mansos e os únicos acidentes que foram registrados foram algumas quedas de algumas pessoas que não sabiam nem montar no animal, você já montou antes?
– Já sim. – a moça respondeu mais confiante.
– Então não tem problema, eles não vão correr, no máximo trotar. Dois guias vão levá-los já que são um grupo grande. Vocês estão com sorte, o tempo estava fechado ontem e hoje já melhorou. Podem guardar suas coisas nos armários e levar as chaves, os cavalos já estão sendo preparados.
– Gente eu não sei se consigo fazer isso. – Bruce disse nervoso.
– Ah Bruce qual é, não vai amarelar agora não é? – Bucky zoou enquanto tirava a camisa e o sapato.
– Qual o problema? – Tammy perguntou se aproximando dele. – Você ta com medo?
– Eu tenho medo de cavalo, nunca montei nesse bicho.

Os meninos explodiram em gargalhadas, até Lívia tentava não rir, mas estava falhando nisso.
– Não sei o que estão achando engraçado, isso é normal! – Tammy estava zangada e encarava Steve que parou de rir na hora.
– Vixi, se ferrou! – Bucky zoou o amigo, mas percebeu Mallu o encarando com uma sobrancelha arqueada e os braços cruzados.
– Não liga para esses idiotas. – Tammy se voltou para o amigo. – Bruce eu entendo seu medo e se você não quiser ir tudo bem, mas vai perder a chance de fazer algo novo e incrível, andar a cavalo traz uma sensação libertadora, eu adoro.
– Ela tem razão cara. – Vivi também se aproximou. – Olha quanta coisa legal a gente fez esses dias, aproveitamos ao máximo.
– Isso aí, e eu sei que dei um pouquinho de trabalho, mas valeu a pena cada minuto e não se esqueça que no próximo sábado tudo isso vai acabar e vão ficar só as lembranças.

As palavras de Tamara tocaram fundo em Steve que se deu conta do quanto o tempo tinha passado rápido, ainda mais quando estava perto dela. Os acontecimentos da viagem voltaram em sua mente como um flashback. Ela caindo em seu colo, o primeiro beijo, o desmaio em seus braços depois de ter misturado os remédios com álcool, ela quase caindo do navio, a primeira vez que fizeram amor. Tudo isso tinha marcado ele de uma forma que seria impossível esquecer.
– Aí cara, eu sei que a gente zoa e da risada, mas só queremos o seu bem. – Bucky também se aproximou.
– Totalmente, e não esqueça que a Nat mandou você se divertir. – Steve disse divertido.
– Você tem razão. – Bruce levantou se sentindo animado. – Eu vou.
– Uhull! – Lívia gritou e assoviou empolgada enquanto todos batiam palmas.

Depois de guardarem tudo, foram para onde os cavalos estavam. Todos colocaram os coletes salva-vidas, era obrigatório usá-los.

Steve se aproximou de Tammy, o que ela havia dito sobre o fim da viagem estar próximo não saía de sua cabeça.
– Quer ajuda? – perguntou vendo-a segurando no cabresto do animal.

Tammy o olhou com um sorriso sapeca e deu impulso montando com agilidade no enorme animal que nem saiu do lugar. Steve assoviou surpreso.
– Ajuda pra? – a garota debochou. – Esqueceu que eu passava as férias em uma fazenda Evans? Eu to na minha área.

Ela piscou para ele e fez o cavalo marchar.
– Abusada ela não? – Viviana comentou vendo a amiga dando voltas com o animal, dava para notar o quando ela estava feliz.
– Muito, mas eu gosto desse jeito abusado. – Steve respondeu com os olhos fixos nela.
– É bom ter minha velha amiga de volta, ela sempre foi assim, livre.
– E não é que ela manda bem mesmo. – Chris comentou surpreso se aproximando dos dois.

Lívia também montou junto com Mallu e as duas seguiram Tamara.
– Elas sempre mandaram bem. Tammy, Mallu e Anna são excelente amazonas, eu que não gostava muito de cavalo. E minha irmã parece que também se apaixonou.
– Vamos ver se eu ainda lembro como se monta. – Steve comentou fazendo os dois amigos rirem e foi montar também.
– Você está bem? – Chris perguntou encarando Viviana.
– Estou e você?
– Bem.

Ah com certeza deve estar bem, como ontem à noite por exemplo. Viviana pensou.

Eles não haviam se falado depois de ontem à tarde e tinha ficado um clima um pouco estranho.
– Melhor irmos, nós somos os últimos. – a moça disse se afastando e tentando expulsar da mente as imagens que teimavam em se formar, de Chris beijando outra. Parecia até ciúmes, o que era ridículo!

Um dos guias seguiu a frente do grupo, os cavalos andavam devagar um atrás do outro. A paisagem era simplesmente de tirar o fôlego. A tonalidade das folhas das árvores era de um verde intenso e elas faziam sombra para o sol que brilhava lá em cima.
– Pena que não trouxe meu celular, isso aqui é incrível. – Lívia disse extasiada soltando o cabresto do animal e abrindo os braços inspirando o ar puro da mata.

Tom a observava admirando o quanto ela ficava linda em cima de um cavalo, uma bela amazona.

Chris também admirava a irmã da moça. Seus longos cabelos loiros estavam presos em um rabo de cavalo e brilhavam sob os raios de sol que às vezes entravam pelas frestas das árvores.

A área alagada logo chegou o e o guia explicou para eles se segurarem com cuidado aos animais, pois o terreno era escorregadio.

Os cavalos entravam devagar em uma espécie de lago formado pela água do oceano. O trecho até o outro lado da ilha não era longe, mas cansativo para atravessar nadando, por isso tinham que ir devagar. Um a um os animais foram entrando e caminhando dentro da água até não conseguir mais alcançar o fundo e nadar.

O guia que estava na frente gritou para eles descerem dos animais e segurarem na cauda.

Era uma experiência única nadar com cavalos, os animais tinham mais força e vigor que o ser humano e "arrastavam" eles sem problema.

Tammy fechou os olhos e se deixou levar, a água estava um pouco fria, mas o sol quente compensava com aquele calor delicioso. Os meninos também estavam adorando, Bruce pensava que com certeza se arrependeria muito se não tivesse ido.

Os cavalos alcançaram a parte rasa e eles montaram novamente saindo da água.
– Uhull! – Lívia comemorou empolgada e o grupo todo entrou na onda.
– Gente isso foi incrível! – Mallu disse com um sorriso enorme. – Eu já andei muito a cavalo, mas nunca tinha feito isso.
– Foi muito bom mesmo! – Bucky estava na mesma empolgação que ela.
– Eles são extraordinários. – Tammy acariciou o animal em que estava montada.
– Perdeu o medo Bruce? – Tom perguntou divertido.
– Totalmente! – o doutor Banner era um dos mais animados. – Eu concordo totalmente com a Tamara, os cavalos são magníficos!
– Isso porque hoje foi a primeira vez que ele montou, e pelo visto gostou né Bruce?
– Gostei sim Viviana, gostei muito.

O grupo riu da empolgação do cientista.
– Vamos deixar os animais pastarem e descansarem um pouco para voltarmos. – o guia explicou e eles desceram dos animais.

Tiraram os coletes e foram curtir a prainha formada na pequena ilhota.
– Tudo bem? – Steve perguntou chegando perto de Tamara. Eles estavam na parte rasa na água enquanto os outros brincavam de pique-pega.
– Ta, eu só me cansei um pouco. Vem cá.

A moça abriu os braços e Steve deitou entre suas pernas apoiando a cabeça em seu peito. Tammy o envolveu com os braços.
– Eu adoro ficar assim com você sabia. – o rapaz comentou fechando os olhos e aproveitando aquela proximidade.
– Eu também. – Tammy sorriu de leve acariciando os cabelos loiros.
– Hoje você comentou sobre a viagem estar acabando.

Os dois ficaram em silêncio e Steve ergueu a cabeça olhando-a nos olhos.
– O que eu falei foi verdade, hoje é nossa penúltima parada, depois das Bahamas na sexta é direto para casa.

Isso era algo que não podia ser negado, a viagem estava acabando e eles não queriam se afastar um do outro.
– Tudo que eu vivi com você nessa viagem foi perfeito Steve. – ela acariciou o rosto dele, seu coração se apertava só em pensar em como seria a despedida, mas precisava ser forte, ela sabia que esse dia chegaria. – Eu nunca imaginei viver tudo isso, sentir o que senti com você, eu só tenho que te agradecer por tudo...
– Não fala isso! – Steve disse fechando os olhos e encostando a testa na dela.
– O que? – Tammy perguntou num sussurro.
– Como se fosse uma despedida.

Os lábios ansiosos provaram um do outro, saboreando, explorando, querendo arrancar uma resposta. As mãos ávidas apertavam e acariciavam ao mesmo tempo.

Tammy o abraçou como se sua vida dependesse disso e saberia que iria sofrer, mas faria tudo de novo, porque com Steve aprendeu o verdadeiro significado do amor. Seu coração magoado e ferido havia se apaixonado por ele, não sabia em que exato momento isso tinha acontecido, talvez quando viu seus lindos olhos azuis pela primeira vez a beira daquela piscina. Demorou a entender o que sentia, mas agora sabia que era amor. Amar não é sofrer, amar é se doar, é se sentir feliz pelas conquistas do outro. Steve conheceu seu lado mais obscuro e mesmo assim escolheu ficar.

Depender do sorriso de alguém para iluminar o seu dia, isso é amor e nada mais importava, se Steve estivesse bem, ela ficaria bem.


➳➳

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