Kendell Marano Parker.
Acordo, sentindo todo o meu corpo pesado feito pedra, forço a abertura dos meus olhos e me deparo com bastante iluminação, que me fez abrir e fechar os olhos várias vezes para ver se eu me habituava.
Acabei observando que estou num quarto chique!
Kendell, quarto do hospital é chique filha?
É!
Era grande, tinha uma tv pendurada na parede, mesinha com copo de água, tem uns botões ao lado da cama, tem uma outra porta cá dentro, e eu estava sendo injetada, tinha uma agulha no meu antebraço esquerdo que recebia uma coisa que estava dentro de um balão ou sei lá.
E me lembrei do tirotei que houve naquele lugar chique.
E eu tenho certeza absoluta que foi o Chris, porque quem mais haveria de deixar a ricaria toda lá para vir levar uma pobretona que nem a Kendell?
Ninguém, em sã consciência.
Do nada vejo um médico entrar, eu me recordo de tê-lo visto em algum lugar, só não me recordo qual.
- Boa tarde senhorita Kendell. - espera ele disse boa tarde?
- Olá, hoje já é outro dia? - questiono e acho que falei algo engraçado pois ele sorriu divertido.
- Sim, já. - ele responde, nossa eu dormi assim tanto.
- Às crianças estão bem? - me recordo deles de maneira súbita.
- Ah, sim. Eles estão com a psicóloga, depois virão vê-la. - ele responde, e menos mal.
- Ninguém se feriu? - questiono e ele sorri divertido.
- Não, não se preocupe. - ele diz e eu assinto. - Como a senhorita se sente? - ele questiona.
- Bem, dolorida e sinto meu corpo pesado. - respondo e ele anota.
Coisa chique.
- Qual é a última coisa que a senhorita se recorda? - ele questiona.
- De ser baleada. - respondo.
E ele continua com as questões dele.
- Eu irei analisar o seu estado para proceder com o seu diagnóstico. - ele diz e eu assinto.
- Tá, mas quando eu vou sair daqui? - questiono.
- A informarei após o diagnóstico. - ele diz e fazer mais o quê né. - Com licença. - ele diz e se retira e logo à seguir vejo a Jenny entrar com a Karine.
- Oh, Kendell! - a Karine diz vindo para perto de mim.
- Como você se sente Kendell? - a Jenny questiona e as duas estão com feições de preocupação.
- Eu estou bem! - respondo.
- Foi cá um susto! - a Jenny comenta.
E agora estou me sentindo mais importante que a Zerah da novela das 7 PM.
- Você está com fome? Deve estar... - a Karine diz e eu assinto.
- E estou mesmo. - respondo, porque sim.
- Vou falar com a infermeira. - ela diz e sai à procura da tal infermeira e depois noto a Jenny chorar.
- O que se passa Jenny? - questiono.
- Foi tão assustador te ver daquele jeito. - ela diz e olhem como ela se preocupa. - Porquê você não me contou desse maníaco? - ela questiona, se referindo obviamente ao idiota do Chris.
- Desculpa por não ter contado. Eu não sabia... - antes de eu terminar ela me abraça.
Estou sentindo dores, mas prontos... Suporto.
- Sinto muito... - ela diz meio chororô.
- Não sinta, está tudo bem agora. - digo. - E... você está me sufocando. - completo em meio aos seus apertos e ela se afasta rapidamente rindo.
- Daqui à pouco virão deixar a comida. - a Karine diz entrando e meu estômago pula de felicidade.
- Que bom! - respondo e ela sorri. - O médico disse que às crianças estão no psicólogo, tudo bem? - questiono.
- Tudo, é só para eles receberem um acompanhamento profissional, assim que terminarem a sessão eles vêm. - ela responde e por algum motivo na minha cabeça só aparecia...
Chefinho...
Chefinho...
Chefinho...
- O Liam ficou a noite inteira aqui. - a Jenny comenta.
Espera, eu pensei alto?
Não.
- Ai é? - questiono assim como quem não quer saber de nada, afinal não quero mesmo, e as vejo sorrir sapecas.
- É! - a Jenny confirma e meu coração aumentou alguns batimentos cardíacos.
- Ele e o Loan só saíram agora, tinham alguns pendentes por assinar na empresa, depois passarão por cá. - a Karine diz e gente, a felicidade emana o meu corpo.
- Não precisavam ter se massado. - digo.
- Graças à Deus, eles estavam aqui! - a Jenny exclama me deixando intrigada. - Você perdeu muito sangue durante a madrugada, graças à Deus o Liam estava aqui para fazer a transfusão de sangue.
Para tudo!!!
Eu tenho sangue do chefinho correndo nas minhas veias?
É agora que eu fico rica, senhor?
Você poderia ter morrido Kendell!
Eh, já passou.
- Eu não sabia. - afirmo e elas assentem.
Ficamos conversando, e a comida chegou, junto de uma cambada de pestinhas e com direito presentes.
Nunca me senti tão importante.
- Depois eles fugiram... - o Heitor termina de contar a história. - Muito obrigada, por ter nos protegido. - ele diz e ai meu coração.
- Não foi nada meu bem, e não quero ver ninguém chorando senão ficam de castigo. - digo e eles riem.
- Dói muito? - a Kelly pergunta apontando.
- Não. - respondo.
Dói sim, filha! Dói muito.
- Licença. - a infermeira diz entrando no quarto.
- Peço para aguardarem por uns intantes na sala de espera. Precisamos trocar o curativo da paciente. - ela diz e eles assentem se retirando.
- Como está senhorita? - ela questiona.
- Estou bem e você? - questiono.
- Bem, obrigada. - ela diz pegando numas coisas aí.
- Será que eu não posso tomar banho antes de fazer o curativo? - questiono e ela assente.
- Pode, mas não sozinha. - ela diz. - Vou chamar mais uma colega. - ela diz e eu assinto.
Foi um processo, meu corpo dói que é um pesadelo.
Tomei banho com a ajuda das infermeiras, pelo menos parecia mais apresentável, me fizeram o curativo e voltei para a minha cama chique.
Essa cama muda de posição gente!
Assim que ela me ajuda a posicionar-me na cama, a porta abre revelando o Thor do Senhor Leão.
Vocês estão escutando o meu coração daí?
Ah espera, saiu pela boca.
Esse homem ficou aqui mesmo à noite toda?
Confirmem para mim!
Ele está impecável, nem olheiras tem, está bem arrumado, cabelo impecável, perfume que abraçou a minha alma.
Calma Kendell!
- Er... humn, com licença... - a infermeira estava vermelha e atrapalhada que saiu toda embolada fechando a porta atrás de si.
- Como você está, Kendell? - ah, escutaram a voz daí? Ele se aproximou da minha cama.
Esse perfume deve custar os olhos da cara.
- Bem obrigada, chefinho. - respondo olhando para sua cara bonita, não resisto.
- Obrigada por cuidar tão bem dos meus filhos. - ele diz e ainda preciso falar do contacto visual que ele mantém?
Não Kendell.
Ah tá!
- Não foi nada, eu me sentiria mal se acontecesse algo de mal com eles. - respondo e, pode ser impressão minha mas ele está me olhando com...
Carinho?
Não imagina coisas Kendell.
- E... obrigada por ter me doado sangue. - me recordo. - Talvez eu teria morrido senão tivesse sido o senhor. - digo brincando e ele sorri.
Caí!
- Bem, eu aceito outros tipos de agradecimento. - ele diz em um misto de sedução e brincadeira, o que não deixa minha coluna dolorida ficar imune de arrepios.
Logo à seguir entraram os outros todos, às meninas também vieram, mas tiveram que voltar com às crianças. Afinal de contas eles têm colégio...
A Jenny foi para o montro do chefinho que é para ajudar com às crianças, já que o Pedro está em viagem.
Fiquei na companhia do chefinho, do mister Loan, do avó dos pestinhas e da Karine.
{•••}
Hey meus amores! ❤
Sigam-me nas redes sociais para melhor interação:
INSTAGRAM: @nirvashirley
YOUTUBE: Nirva Shirley