Resort Paradise

Od goldenvantae-

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Jeon Jungkook, um massagista jovem, talentoso e muito requisitado, não pensava em outra coisa que não fosse r... Viac

Welcome to the resort

I Can See Paradise

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Od goldenvantae-


Geralmente a volta de uma viagem já costumava ser um saco por si só, mas Jungkook definitivamente não imaginava que a sua seria tanto assim. Os 330 km de distância entre Incheon e Busan deram mais de seis horas sozinho para que o loiro pensasse em tudo que vivenciou em suas férias.

Não podia ligar para ninguém e muito menos mandar mensagem por estar dirigindo. Porém precisava muito conversar com alguém e como não conseguiu, acabou chorando. Um choro longo e silencioso que por hora aliviou um pouco seu coração aflito.

A paisagem bonita gradativamente sendo substituída pelos prédios, grandes construções, asfalto. Assim como a coloração verde vívida dos campos que foi trocada pela cinza das cidades urbanas.

A realidade lhe atingindo aos poucos de que estava voltando para casa.

Sabia que a distância de moradia de ambos não era tão gritante assim, os dois ainda poderiam manter contato e se ver esporadicamente. Mas do que adiantaria?

Tinham seus trabalhos, sua rotina, seus horários e, mesmo que trocassem algumas mensagens não seria suficiente. Não, por que para Jungkook as coisas eram diferentes, estava apaixonado, já sabia disso antes mesmo de partir. Perder contato seria apenas uma questão de tempo e ficar idealizando sobre uma relação que não poderia ter só o machucaria mais.

A realidade só veio realmente à tona quando chegou em seu apartamento: vazio.

Tirando o cheiro não muito forte de mofo pela casa ter permanecido quase um mês fechada, tudo estava normal. Seu sofá estava exatamente do mesmo jeito, com as almofadas arrumadas por cor. A raque encostada na parede de frente do móvel — agora empoeirada — ainda continha a TV grande e seus vários funkos colecionáveis de séries, animes e filmes.

Tudo estava perfeitamente em seu devido lugar, menos Taehyung e de uma maneira ou de outra teria que lidar com isso como sempre fazia: trabalhando.

A adaptação de volta ao trabalho foi estranha. Logo em seu primeiro dia ele e Seokjin tiveram uma reunião para falar da mudança de carga horária e o número de clientes que o mais novo atenderia.

Os dois sabiam que não era saudável Jungkook se matar de tanto trabalhar e Jin sentiu-se satisfeito quando seu amigo aceitou sem pestanejar a redução de três horas diárias. Que resultaram em 21 horas a menos por semana e consecutivamente 84 horas livres por mês para que pudesse descansar.

Era um tempo considerável e que poderia ser muito aproveitado por Jeon, e era. No primeiro mês mantinha uma rotina diária de conversa com o Kim, às vezes por ligação e na grande maioria, por mensagens mesmo. Era contraditório fazer isso já que aliviava um pouco seu coração partido ao mesmo tempo em que a saudade fazia-o sofrer ainda mais.

Então o inevitável aconteceu: se afastaram com o tempo.

Conversar com Taehyung não estava o ajudando e sabia que não poderia sustentar isso por mais tempo, o fazia mal. Não queria ser um covarde e confessar seus sentimentos por telefone, pois sentia a necessidade de dizer pessoalmente. Entretanto, foi exatamente o que se tornou quando decidiu se afastar completamente. 

A princípio foi reduzindo o contato aos poucos por não conseguir se afastar mesmo querendo. Começou a inventar desculpas por estar tão "ocupado" e "sem tempo" para conversarem até que elas acabaram e ele simplesmente parou de responder o mais velho.

Taehyung continuou mandando mensagem por dias, semanas... Jungkook não queria ser babaca ao ponto de visualizá-las e não responder, mas também não se aguentaria, precisava ler o conteúdo delas nem que fosse para se martirizar ainda mais. Então desativou o visualizador e abriu o chat com urgência.

[Mensagem recebida de Tae hyung]:

Oii Jungkookie como você está?

[Mensagem recebida de Tae hyung]:

Sei que está ocupado, mas me manda mensagem quando puder

[Mensagem recebida de Tae hyung]:

Estou com saudades..

[Mensagem recebida de Tae hyung]:

Você sumiu. Está chateado comigo?

[Mensagem recebida de Tae hyung]:

Ei, podemos conversar? Quero te contar algo importante

[Mensagem recebida de Tae hyung]:

Acho que entendi

o problema sou eu?

[Mensagem recebida de Tae hyung]:

Tudo bem, se cuide Jungkookie


Quando viu a última mensagem já não tinha mais certeza se havia feito a coisa certa, mas agora não era como se pudesse voltar atrás. Quer dizer, ele realmente poderia se quisesse, mas, mais uma vez estava sendo covarde.

Bloqueou a tela do celular e se jogou na cama, obrigando-se a dormir para ao menos ter algumas horas livres de preocupações no mundo dos sonhos, onde se tivesse sorte, encontraria Taehyung.


Oito meses depois...

— Obrigado mesmo Kook, as minhas costas estavam me matando. — O ruivo sorriu completamente aliviado e satisfeito enquanto começava a se levantar com cuidado da cama de massagem.

— Não me agradeça Hoseok, só fiz meu trabalho. — disse gentil ainda de costas para o rapaz que vestia sua camisa amarela. — Só não exagere muito na prática de exercícios e levantamento de peso, evite também ficar muito tempo sentado ou deitado em posição desconfortável por muito tempo.

— Entendido, pode deixar. — Pegou sua bolsa que estava na cadeira próxima a si e deu dois tapinhas no ombro do amigo. — Até semana que vem.

— Até.

Esperou que seu amigo, e cliente de longa data, saísse para ir ao banheiro de sua sala para lavar bem as mãos e retirar todo o excesso de óleo que continham nelas.

Suspirou cansado, estava morrendo de sono já que na noite anterior havia ido dormir quase cinco da manhã depois de ficar longas horas jogando pela milésima vez seu jogo favorito: Resident evil 4.

Não era imprudente ao ponto de praticamente passar a noite toda acordado jogando quando teria que trabalhar no outro dia. A verdade era que teria dos dias de folga e por isso se permitiu ter essa pequena regalia. Mas precisou vir a clínica de massagem por apelo pessoal de Hoseok, que pediu este favor a Jungkook por ter dado mal jeito em suas costas em uma de suas aulas de dança.

Veio atender exclusivamente o amigo sem se importar, ainda teria muito tempo para dormir e descansar quando voltasse para casa. Estava no fim da tarde, em torno dos cinco e quarenta e cinco quando Jungkook terminou a sessão e o rapaz só conseguia pensar em como sua cama deveria estar tão macia naquele momento.

Como o expediente de todos os funcionários eram até às cinco e meia, Jin havia deixado o sócio responsável por trancar tudo. Estava tão compenetrado em sua tarefa que levou um susto quando seu celular tocou de repente, precisando respirar um pouco mais forte para se acalmar. Tirou o aparelho do bolso frontal de sua calça e o atendeu sem ao menos olhar o visor.

— Alô.

— Jungkook? É você? — Travou no mesmo momento em que ouviu a voz grossa tão familiar lhe atingir em cheio. — Alô!

— O-oi. — Sentiu sua garganta secar violentamente e seus batimentos cardíacos aumentarem muito.

Acabou ficando em silêncio.

— Sua voz está um pouco diferente. — Taehyung riu nasalado tentando esconder o nervoso que sentia. — Hm... estarei em Busan essa semana. Sei que tem um tempo desde que não nos falamos, mas gostaria de saber se podemos nos ver.

Houve outro momento de silêncio, mas este sendo várias vezes maior que o anterior. Jungkook podia ouvir a respiração do homem que esperava ansioso por uma resposta sua, que nunca vinha.

Depois de alguns minutos o moreno tinha receio de que o mais novo desligasse em sua cara, então esperou pacientemente por mais meio minuto antes de quebrar o silêncio.

— Está muito ocupado agora? Pensei em tomarmos um café, conversar um pouco. Estou com saudades. — A confissão que saiu em voz trêmula despertou o mais novo de seu torpor inicial, que tratou de responder Taehyung direito, mesmo que ainda estivesse abalado.

— Estou na clínica agora, mas se quiser posso te mandar o endereço da minha casa. — Estralou os dedos, apreensivo. Sentindo que a qualquer momento seu coração iria explodir.

— Não precisa se deslocar por minha causa, estou por perto e logo chego aí. — Fez uma pausa, esperando que o mais novo o enchesse de perguntas ou que negasse sua ida até ele. Mas como nada aconteceu, apenas continuou. — Até daqui a pouco Jungkook.

E simplesmente desligou, deixando Jeon a ponto de ter um ataque de ansiedade enquanto pensava em como Taehyung sabia onde ele trabalhava.


[...]

Jungkook guiou Taehyung até sua sala com o coração batendo a mil, podia sentir o par de olhos avelãs gravados em suas costas largas e saber que era observado deixava-o ainda mais nervoso.

Milhares de coisas se passavam por sua cabeça ao mesmo tempo e tal fato dificultava um pouco que o loiro organizasse seus pensamentos e sentimentos.

Precisavam conversar, já havia se passado tanto tempo e com certeza tinham muitas coisas para serem ditas e ouvidas. Jungkook se sentou em sua cadeira reclinável e apoiou suas mãos sobre a bancada da mesa de canto, tentando ao máximo disfarçar o leve tremor que elas possuíam.

Estava tão nervoso vendo o moreno sentado tão perto à sua frente que precisou respirar fundo e encarar o pequeno jardim através das persianas das paredes de vidro de seu fosso de luz.

Como sempre Taehyung estava lindo. Vestia uma camisa social preta com o primeiro botão aberto, dando um breve vislumbre da pele bronzeada e as clavículas expostas. A calça justa e o simples cinto de couro completaram o look inteiramente preto, que realçava sedutoramente o tom moreno de sua pele sedosa. Os cabelos continuavam compridos e com as pontas onduladas, quase na altura de seus ombros. Entretanto, a coloração estava ainda mais escura do que recordava, em um preto muito vívido e brilhante.

Demorou alguns instantes para sair do transe que nem sequer tinha percebido entrar. Haviam ficado muito tempo sem se ver então inconscientemente tentava memorizar cada novo traço seu, como as discretas ruguinhas que surgiam na lateral de seus olhos intensos nas vezes em que o Kim sorriu, ou a feição que agora era um pouco mais velha e máscula, deixando o homem ainda mais intenso.

— Jungkook? — O timbre rouco e melodioso acariciou os ouvidos do mais novo, que focou sua atenção ao rosto de Taehyung, se derretendo um pouco ao ver o tão bonito sorriso peculiar. — Quanto tempo não? Como você está? Você sumiu do nada, fiquei preocupado.

— Pois é. — Sorriu amarelo, completamente sem graça. — Hm... e-eu... eu estou bem. — Sentiu-se patético. Não queria dizer diretamente que veio o ignorando durante tanto tempo, apesar de que o homem já soubesse disso.

Estava sem palavras, nunca teve coragem para confessar seus sentimentos e muito menos confrontar o mais velho sobre os dele; não conseguia simplesmente dizer depois de meses que fugiu por estar perdidamente apaixonado.

Tinha sido covarde antes e a julgar pelo silêncio incômodo agora por não conseguir dizer seus sentimentos, estava sendo de novo.

Não era experiente com relacionamentos, teve poucos ficantes na época do colegial e seu único namoro sério quando adulto tinha sido um total fracasso. E pensando nisso, só naquele momento percebeu — ao encarar de volta o homem que não conseguiu tirar da cabeça desde que o viu —, que não tinha medo de ser correspondido, ou da distância atrapalhá-los, porque francamente até onde sabia, não estavam morando tão longe um do outro. No fundo tinha medo de entregar seu coração e mais uma vez ter ele quebrado.

— Não precisa me dizer algo agora se não quiser, só peço que me ouça. Prometo ser breve. — Fez uma pausa, respirando fundo antes de esticar seu braço para pegar na mão do outro. — Eu amo você. Caramba Jungkook, eu amo muito mesmo você.

Os olhos pretos de Jungkook se arregalaram no mesmo instante, a confissão havia o pego de surpresa. Sentiu-se ainda mais nervoso e agora tinha certeza que poderia facilmente enfartar, pois seu coração batia tão forte contra o peito que chegava a doer.

Respirou fundo e tentou se manter forte.

— Sabe Jungkook, acho que o ditado "Só dão valor depois que perdem" nunca fez tanto sentido 'pra mim. Quando passamos aquele mês juntos eu já deveria ter percebido meus sentimentos, nunca havia me sentido assim com ninguém antes. Mas essa foi bem a questão, nunca tinha sentido nada nem parecido então não sabia como lidar, na verdade nem sabia identificar bem o que era.

Entrelaçou os dedos grandes aos frios e pálidos de Jeon, acariciando sutilmente a costa da mão com seu polegar.

— Estava tudo uma completa bagunça em minha cabeça então parei de tentar entender e me permiti deixar viver o momento enquanto ele durasse. E quando ele acabou eu fiquei sem saber o que fazer. Depois que você saiu daquele quarto a ficha começou a cair aos poucos. — Fez uma pequena pausa, tomando um pouco de ar. — Achava que sentia sua falta porque havíamos virados bons amigos, e nossa, senti mesmo muita falta das nossas conversas.

— Aquela altura eu já tinha percebido que estava apaixonado, na verdade eu vinha negando isso para mim mesmo desde antes de você voltar, mas aí eu pensei "porque me preocupar? É só uma paixão, vai ser passageira". Então os dias foram se passando eu vi que estava completamente errado quando comecei a esperar ansioso o dia todo por uma mensagem sua, quando a saudade parecia que iria me sucumbir, ou em como eu pensava em você o dia todo, relembrando nossos momentos e em como era bom poder tocar você, ouvir sua voz...

— Estava pronto para me confessar. Mas então você sumiu, parou de me responder e novamente eu fiquei sem saber o que fazer. Depois de algumas semanas ficou evidente que você não queria mais contato e eu respeitei isso. Estava decidido a te esquecer, pois não tinha como saber se sentia o mesmo por mim e sinceramente, eu não sei por que pensei que conseguiria isso, desde o começo tivemos uma ligação muito forte, um elo, mas como disse antes: eu não sabia na época.

— Estava morrendo de saudades de você, então eu fiz uma coisa que jamais pensei. — Fez questão de ficar quieto por meio minuto, olhando bem nos olhos marejados e brilhantes de Jungkook. — Eu assisti Naruto. E sim, você tem razão, depois de um tempo você se acostuma com os gritos dele. — Riu contido.

— Sério? — falou pela primeira vez em minutos, a voz embargada denunciava ainda mais o choro que estava preso na garganta. — Tudinho?

— Sim Jungkook, até os filmes. — Sorriu feliz em ver novamente o sorriso de coelho que tanto amava e que sentia falta. Também por estar aliviado pela reação animada do mais novo ter quebrado um pouco a tensão. — Quer saber o que aprendi com ele?

— Ai meu Deus, quero.

— Aprendi que nunca devemos desistir dos nossos sonhos, e você Jungkookie... É o meu. — Levantou da cadeira sentindo suas pernas bambearem, estava muito nervoso.

Caminhou poucos passos até o mais novo e se agachou a sua frente, se esforçando para que o outro não percebesse o quanto tremia: — Eu viajei até aqui porque quero dizer olhando em seus olhos que quero namorar você Jungkook, quero poder conhecer você ainda mais, até mesmo seus defeitos e as pequenas coisas... Jeon Jungkook, namora comigo?

— Sim. — respondeu tão baixo que Taehyung só conseguiu ouvir por estar muito próximo.

Tinhatantas coisas para dizer, mas estava difícilformular qualquer frase, não era bom com palavras. Ainda assim, mesmo sabendoque o outro não cobraria a confissão de seus sentimentos por hora, queriaverdadeiramente fazer isso. E faria, daria seu jeito de expressar todo o amorque faltava explodir seu peito

Queria dizer naquele momento, aproveitar da ocasião para externar nem que fosse um pouco do quanto os sentimentos de seu amado eram recíprocos. Porém, se perdeu totalmente quando os braços quentes e firmes do Kim circularam suas costas em um abraço apertado.

Sentiu seu coração batendo ainda mais rápido e forte contra seu peito, quando finalmente se beijaram. A posição em que estavam não era lá uma das melhores, mas ambos correspondiam o ósculo lento com o melhor de si.

Fazia tanto tempo, tantos meses e, ainda assim os corpos se encaixavam perfeitamente, da mesma maneira como sempre fizeram. As línguas dançando uma sobre a outra de forma sutil, apreciando a sensação de saborear o gosto do céu da boca, que no momento possuía um sabor levemente salgado devido as lágrimas que Jungkook não conseguiu mais segurar.

Eram lágrimas de saudade, lágrimas de felicidade, lágrimas de amor.

Separaram-se ofegantes e nem foi preciso um beijo longo, a forma como se beijavam que era assim, intensa demais. Jeon aproveitou para se levantar e assim que fez, Taehyung desceu suas mãos fortes até a cintura fina do mais novo, apertando firme o local conforme inclinava seu rosto para atacar os lábios inchados novamente.

Começaram um ósculo mais urgente e necessitado, as mãos bobas deslizando e apertando cada pedaço do corpo alheio que conseguiam alcançar. Prosseguiram se pegando por minutos, tentando matar a saudade que sentiram durante quase um ano.

Estavam necessitados um do outro.

— Tae... — Quase sussurrou quando desgrudou minimamente os lábios e corpos quentes. Estava quase sem ar. — Eu quero fazer uma massagem em você.

— Justo agora? — perguntou ofegante, aproveitando a pausa para recuperar o fôlego.

— Sim, justo agora.

E Taehyung cedeu, porque não conseguiu negar nada com Jeon o encarando com os lindos olhos brilhantes e seu sorriso encantador de coelho.


[...]

Taehyung tirava suas roupas sem muita pressa depois de entrar na porta ao lado oposta da mesa do mais novo e ter passado pelo pequeno e estreito corredor que o levou até a sala de massagem que Jungkook fazia suas sessões.

Como orientado à instantes atrás começou a tirar sua roupa, aproveitando para observar os detalhes do lugar onde estava. O quarto não era muito grande, mas a cor bege médio das paredes de gesso deixava o ambiente aconchegante. A parede lateral de frente para o corredor era revestida até a metade de um vidro impecavelmente limpo, possuindo um balcão grosso de mármore travertino embutido que ficava suspenso do chão. Em cima dele, em uma das pontas estava um estreito vaso retangular branco, que deveria ter em torno de 30 cm de comprimento e continha várias ramas de flor de cerejeira, que dava um toque bonito e delicado.

Ao centro do cômodo havia a maca de massagem. O tampo grande e largo tinha a cor marrom escuro e tinha apoio para o rosto. Os pés tinham formato de triângulo, com uma prateleira inferior ligada a eles que armazenava alguns itens e utensílios de massagem, tais como alguns recipientes fechados de óleos corporais e dois baixos cestos quadrados que tinham vários rolinhos de toalhas brancas esteticamente bem colocadas umas por cima das outras.

Como o bagunceiro que era, deixou suas roupas jogadas ao chão próximas de onde se despiu e caminhou nu até o móvel, agachando-se um pouco para pegar uma das toalhas. Subiu em cima da maca e sorriu quando se deitou de bruços e cobriu seu quadril com a toalha. O estofado era realmente confortável.

[...]

Assim que chegou à sala de massagem Jungkook tratou logo de encostar a porta, o rapaz não queria correr o risco de alguém os atrapalhar, não antes de realizar tudo o que pensou em fazer com Taehyung em cima daquela cama de massagem, então, mesmo sabendo de que era uma possibilidade muito remota serem interrompidos, — uma vez que os outros funcionários, inclusive Seokjin, já tinham ido embora — se certificou de trancar a sete chaves a grande porta envernizada de madeira.

Como havia orientado, Taehyung já estava deitado de bruços, praticamente nu se não fosse pela toalha branca que tinha lhe entregado anteriormente, que agora estava dobrada e cobrindo a região lombar e pélvica. A pele naturalmente bronzeada parecia ainda mais bonita e macia aos seus olhos, assim como mais dourada e reluzente, e Jeon não sabia se era devido a tonalidade da sala totalmente bege ou, se já havia esquecido de como era o tom vivo e brilhante tão característico, que tanto adorava nele.

Disposto a não perder mais tempo ficando ali parado como uma estátua, parou por alguns instantes de contemplar a bela visão que tinha para deixar o local com a iluminação adequada para o que fariam. E enquanto se certificava de acender todas as velas coloridas e aromáticas, Jungkook não percebeu um par de olhos cravados em si, admirando-o como se ele fosse uma rara obra de arte.

Para o mais puro deleite de Taehyung, o massagista estava descalço e sem camisa, vestindo apenas uma calça Saruel Skinny de moletom branco, o caimento era perfeito em sua cintura invejosa e nas coxas fartas; ah como ele queria poder apertar, arranhar ou simplesmente tocar superficialmente as pernas torneadas, sentia uma leve excitação só de pensar.

Analisando melhor o mais velho olhou-o de cima a baixo, vendo detalhadamente cada parte do corpo alheio; começando por seu cabelo, que estava dividido e com a franja quase toda para o lado, deixando a mostra sua testa bonita que deixava-o com um ar sexy e viril. Logo seus olhos foram até a charmosa pinta do pescoço, que fez Taehyung lamber os lábios pela vontade súbita que teve de mordê-lo naquela região. Então foi abaixando o olhar, passando-o rapidamente pelas clavículas fundas que tanto amava, ansiando pela hora de poder morder e chupar o lugar que Jeon era tão sensível, e enfim chegou na parte que mais chamava sua atenção naquele momento: o abdômen.

Não era como se Taehyung nunca o tivesse visto antes, entretanto, mesmo que visse mais de mil vezes, em todas elas ele sempre iria se perder em seu próprio mundo de pensamentos pecaminosos ao apreciar cada gominho perfeito, assim como as pintinhas que ficavam espalhadas por todo o local, o fazendo pensar que de certa forma, elas eram fofas demais para estarem em um lugar tão sensual.

Sabia que tinha que se manter quieto e com a respiração calma, para assim poder relaxar e aproveitar ao máximo todas as sensações que Jungkook iria o proporcionar hoje, mas como fazer isso quando ele está tão lindo e gostoso por todo aquele quarto? Pois é, era impossível. Talvez se fosse outra pessoa ali, ela obteria sucesso nisso, mais para Taehyung, que praticamente babava olhando os músculos tão bem trabalhados do outro se contraindo toda vez que o rapaz andava distraído e com uma caixinha pequena de fósforos nas mãos para acender todas aquelas velas aromáticas, era uma missão falha.

Assim que acendeu todas as velas que estavam posicionadas em cima do balcão, das prateleiras, e no chão em torno da cama, apagou a luz da sala e seus olhos brilharam. Como planejado, o ambiente tinha ficado escuro e só se era possível enxergar por causa da iluminação das várias velas, algumas de cor vinho, outras amarelas, vermelhas ou até laranjas, mas que juntas formavam um belo tom vermelho acobreado, semelhante a cor do pôr do sol quando ele já está quase sumindo no horizonte.

Caminhou a passos vagarosos na direção do moreno com um sorriso tão largo que quase chegava a lhe doer as bochechas cheinhas, todavia sorriu ainda mais quando o outro o retribuiu com o tão amado e peculiar sorriso quadrado, que fez seu coração derreter como aquelas velas, se duvidar até mais.

Circulou a cama até que chegasse ao lado esquerdo dela, onde ficava uma simples cômoda móvel retrô, de três gavetas que Taehyung se quer percebeu quando observou o quarto. Abriu a primeira delas e retirou de lá um frasco de vidro de óleo de massagem de chocolate com pimenta e, o gel siliconado para mãos: Touch-me. Pegou as duas embalagens e levou-as consigo até a beira da cama, às colocando ali para que ficasse de fácil acesso para si. E sem pressa abriu o pote que continha o gel, que tinha como finalidade deixar sua pele mais macia para a massagem, despejou o líquido pastoso em uma quantidade razoável em suas mãos, esfregando-as uma na outra para em seguida tocar no pé alheio.

— A massagem é uma arte milenar usada para estimular e despertar diversas partes do nosso corpo. — Jungkook disse pausadamente cortando o silêncio, aproveitando para analisar de perto todo o corpo espetacular a sua frente, com um sorriso que deixava a mostra seus dentes proeminentes.

Taehyung respirou fundo.

— Existem vários tipos de modalidades: relaxante, terapêutica, regenerativa... — Fez uma pausa dramática e aplicou um pouco mais de pressão em suas mãos.

— Hmm — Taehyung suspirou assim que sentiu o toque suave das mãos geladas e macias começando a massagear seu peito do pé e a região plantar de forma circular.

— E até mesmo... — Fez uma pequena pausa — Erótica. — Enfatizou a palavra com uma voz mais rouca. — A prática da massagem erótica é capaz de facilitar os envolvidos a chegarem a um orgasmo mais intenso.

— Não vejo a hora de experimentar. — comentou empolgado não conseguindo conter a inquietação que sentia emergir de dentro de si.

— Calma lá apressadinho, — Um leve riso escapou de seus lábios rosê. — primeiro iremos iniciar com uma massagem básica. — Encarou por instantes as costas largas e impotentes. — Para aproveitar ao máximo a experiência, é importante que você se desligue dos fatores externos e não tenha pressa, tudo bem?

— Tudo. — Inspirou e expirou devagar, acalmando um pouco da ansiedade que sentia. — Tudo bem, eu consigo fazer isso. — afirmou em voz alta, tentando convencer a si mesmo.

— Okay, então vamos começar.

Jungkook sorriu suavemente levando toda sua atenção para os pés alheios, retomando com os movimentos leves e circulares, subindo e descendo sua mão desde a sola até a ponta dos dedos.

Como aprendeu em seu curso, a massagem nos pés ajuda a relaxar e a descontrair, porque eles possuem pontos específicos que através da reflexologia — uma prática terapêutica que consiste na pressão de pés e mãos para produzir efeito em outra parte do corpo —, aliviam a tensão do corpo. Sendo por esse fator que o rapaz sempre começava suas massagens com os pés. E se a região não fosse o suficiente para que a pessoa relaxasse, seguia para as outras zonas boas do corpo: pescoço e ombro.

Ouvia o outro soltando alguns leves arfares e relaxando toda a tensão de seu corpo e não poderia estar mais contente com isso, era sinal de que estava no caminho certo. O mais novo sabia o que fazia, era bom e experiente nisso, mas nunca deixaria de se sentir inseguro na presença tão marcante e naturalmente intimidadora de seu hyung, sempre sentiria que o outro merecia ter o melhor de si em tudo que lhe fizesse, então não pensou duas vezes antes de aumentar um pouco mais a pressão de seus dedos gélidos sobre a pele quente como o sol.

Depois de incontáveis minutos de puro relaxamento, Taehyung já ressonava baixinho com os olhos fechados e o corpo totalmente entregue, seus poucos pensamentos, se é que podia se chamar assim naquele momento, eram todos em volta de Jungkook e em como ansiava para que ele fizesse o que quisesse consigo, estava mais do que pronto.

Em um movimento suave Jeon levou suas mãos até o recipiente em que o óleo estava e as mergulhou até que ambas estivessem totalmente submersas e encharcadas com o líquido, ouvindo um gemido fraco quando encostou novamente na pele bronzeada.

Foi fazendo pressões com seus polegares em movimentos ascendentes e circulares, começando pela panturrilha, deslizando e subindo devagar até o topo da coxa, para depois descer e repetir o processo mais algumas vezes. Fazendo o mesmo procedimento na perna esquerda.

Ainda de olhos fechados, Taehyung estava tão inebriado com os toques doces e suaves que demorou pouco mais de quatro minutos para perceber que o mais novo havia repentinamente cessado seus movimentos. E antes mesmo que pudesse pensar em protestar contra a ausência dos toques alheios, respirou fundo sentindo Jungkook sentar em cima da parte posterior de suas coxas. O ato repentino o fez engolir em seco, pois, a pele quente e aveludada das fartas coxas alheias esfregaram-se minimamente nas suas, lhe causando sensações distintas que se somaram com o delicioso toque das mãos gélidas do acastanhado, que agora estavam espalmadas no centro de sua região lombar, arrepiando todos os pelos de suas costas largas.

Era apenas um toque singelo, mas que já havia o deixado totalmente entregue.

Os movimentos simples e suaves deslizavam sutilmente do meio das costas até a lateral, de maneira tão leve e macia quanto uma pluma. A pressão foi variando desde as leves até as mais firmes conforme Jungkook ia percebendo em quais locais o corpo abaixo de si eram mais sensíveis, assim como também variou os tipos de toques — intercalando entre toques mais simples até batidinhas leves ou de força média dependendo da região. E por ali o mais novo permaneceu massageando e acariciando com toda sua paixão, repetindo seus movimentos e ouvindo com prazer cada arfar, suspiro ou até mesmo alguns gemidos contidos que escapavam pecaminosamente da boca bem delineada, apreciando as inúmeras sensações que a voz rouca lhe causava.

Não aguentava mais, precisava o olhar.

Sem perder mais tempo findou os movimentos que fazia para se retirar de cima do outro com cuidado, sorrindo bobo logo em seguida ao ver Taehyung se virar devagar para se deitar de barriga para cima. No mesmo instante em que o outro se ajeitou, os olhos grandes e pretinhos de Jungkook buscaram automaticamente o par de olhos avelãs, estes que já estavam cravados em si de uma maneira tão intensa que fizeram suas pernas perderam quase toda a força.

Ainda desnorteado pelo efeito daqueles orbes tão intenso sobre si, teve que fazer demasiado esforço para conseguir desviar seu olhar, uma vez que novamente se encontrava entorpecido pelas duas constelações presentes em seus olhos brilhantes; piscou suas pálpebras devagar e como se estivesse despertando de um transe, soltou o ar que nem tinha percebido prender. Enquanto Jungkook se esforçava para não o olhar e conseguir se manter em pé, Taehyung fazia exatamente ao contrário, fitava-o dos pés a cabeça como se estivesse com fome e o mais novo fosse seu prato preferido prestes a ser "comido" na hora do jantar.

Acabou rindo um pouco sozinho com o pensamento, já que de certa forma a situação de Jungkook poderia ser realmente interpretada em um sentido literal da palavra. Mas tão rápido o riso se iniciou, tão rápido se desfez assim que sentiu a toalha ser retirada lentamente de sua cintura, sendo jogada no chão com delicadeza por seu dongsaeng, que lhe encarava com um olhar felino e um sorriso avassalador.

Suspirou fundo e logo depois engoliu em seco quando viu Jungkook lentamente abaixando sua calça e revelando uma cueca boxer branca que marcava tentadoramente uma semi ereção. Salivou fixando seu olhar no corpo bonito e atlético que tanto lhe fascinava no mesmo instante que o outro desviou rapidamente do seu, apenas para levar as mãos gélidas em formato de concha dentro do recipiente.

Levou as mãos cheias do líquido e se aproximou do quadril do outro, inclinando a ponta dos dedos para frente e deixando cair vagarosamente em filete, o óleo afrodisíaco sobre a virilha de Taehyung, que gemeu baixinho pela excitação que sentia.

Jungkook mal havia começado, entretanto já sentia como se sua sanidade mental andasse em uma fina e tênue corda bamba, sabia que qualquer mínima ação do mais novo o enlouqueceria, mas de uma coisa era certa, nada em sua vida havia o preparado para as coisas que fariam naquela sala.

Um arrepio gostoso percorreu todo seu corpo e uma pontada de excitação fisgou forte em seu ventre assim que as mãos incrivelmente macias tocaram sua virilha lentamente. O calor da região chocava-se contra a temperatura das mãos alheias, que em si só já eram um pouco gélidas, mas que agora pareciam muito mais devido ao óleo. A respiração — que já se encontrava longe de estar normalizada — estranhamente fazia subir e descer seu peito no mesmo ritmo da massagem que recebia como se fossem conectados e isso só aumentava o prazer sentido.

Fechou seus olhos e mordeu com demasiada força seu lábio inferior, os dedos experientes deslizavam e apertavam a região com maestria, fazendo-o se remexer um pouco inquieto pela proximidade em que eles passavam por seu membro duro, porém sem de fato o tocar ali. Era um pouco frustrante, é claro, mas em contrapartida, era muito mais excitante ficar na expectativa, suspirando fundo toda vez que um movimento passava a milímetros de seu pênis.

Não era costumeiro o mais velho sentir-se ansioso por algo, mas alguns sintomas como: boca seca, respiração rápida e ofegante, palpitações e certa euforia, denunciavam toda sua inquietação ao ver Jungkook subindo novamente sobre si e se ajeitando no meio de suas pernas, deixando o rosto angelical na parte interna de suas coxas. A proximidade fazia com que o outro sentisse a respiração suave batendo contra sua intimidade, que lhe dava um frio gostoso na barriga causado pelo choque térmico da lufada de ar quente em cima do líquido gelado.

— Hmm...

Taehyung gemeu baixo quase em um sopro de voz assim que os lábios róseos tocaram sua virilha sutilmente. A textura única da boca macia ia fazendo uma trilha molhada de saliva que o torturava, deixando-o ainda mais ansioso quando a bochecha do mais novo roçou algumas vezes em seu saco escrotal e no membro ereto. Gemidos e arfadas escapavam involuntariamente conforme as mãos experientes faziam pressão com os polegares em movimentos circulares, intercalando entre os de pinça, que traziam uma ardência excitante. Beijos e mordidas também eram depositados em sua zona sensual tornando tudo ainda mais erótico para o moreno, que deleitava-se com o prazer que sentia.

— Ohhh Jungkookie...

Gemeu arrastado quando foi massageado suavemente em sua genital, respirando fundo quando finalmente sentiu as mãos grandes circulando seu falo e o apertando com uma leve pressão, antes de iniciar um sobe e desce deliciosamente lento, masturbando-o com paixão.

Seu corpo se encontrava tão necessitado que somente a breve estimulação seria o suficiente para enlouquecê-lo. Não sabia dizer se era pelo fato de estar há algum tempo sem transar, ou então, porque cada célula sua parecia clamar desesperadamente por Jungkook, mas o prazer que sentia se multiplicava duas vezes mais, a cada vez que as mãos do outro desciam sobre sua extensão.

A masturbação que há minutos atrás tinha começado lenta e calma, havia se transformado em movimentos firmes e rápidos e Taehyung não conseguia fazer outra coisa que não fosse gemer rouco de olhos fechados, tentando de todas as formas segurar a vontade imensa que sentia de gozar. O peito subindo e descendo rápido devido a respiração completamente irregular, os fios grudados na testa causado pela fina camada de suor que escorria por suas têmporas e o corpo contorcendo-se pelo êxtase o denunciavam, iria gozar. Mas segundos antes de libertar todo seu prazer, Jeon parou repentinamente seus movimentos, interrompendo seu ápice e fazendo o mais velho soltar um gemido de frustração, mas ao mesmo tempo, de alívio, já que queria gozar apenas dentro do outro.

Com um sorriso travesso nos lábios, Jungkook levantou e virou um pouco seu corpo, esticando seu tronco 'pra trás para pegar o recipiente de óleo e o erguer até a altura de seus ombros, virando o vidro e derramando o líquido por todo seu tronco enquanto encarava intensamente os olhos de seu hyung.

— Porra Jungkook. — praguejou e engoliu em seco sentindo seu pau latejar.

Ficou totalmente afetado pela visão luxuriosa do óleo escorrendo lentamente pela pele alva e musculosa do loiro a sua frente, seus olhos acompanharam hipnotizados cada gota deslizar majestosamente pelo corpo malhado e bem definido. Foi abaixando seu olhar e sua boca salivou ainda mais ao constatar que a cueca branca — agora encharcada pelo líquido — havia ficado com o tecido transparente o suficiente para o permitir enxergar a cor vermelha da glande inchada de Jungkook.

Deixou a vasilha no canto na cama de massagem e voltou a ficar por cima de Taehyung, mas dessa vez, ao invés de continuar com uma massagem ou masturbação, apoiou suas mãos uma em cada lado das coxas bronzeadas e inclinou seu rosto para a barriga fofa, beijando-a bem abaixo do umbigo. Foi trilhando uma série de beijos molhados por toda a barriga e abdômen, subindo cada vez mais enquanto deslizava a boca e o peito sobre o moreno, raspando suas unhas curtas pelas laterais do corpo abaixo de si.

Quando finalmente chegou ao pescoço, investiu com mordidas e lambidas por todo o local, arrancando gemidos sôfregos do outro que usou seu último resquício de sanidade para levantar um pouco seu tronco e levar as mãos grandes e ossudas até o cós de elástico da cueca do Jeon, retirando com um pouco de dificuldade a única peça de roupa que o impedia de se deleitar com a visão do belo corpo nu, de seu amante.

Não aguentavam mais, precisavam ter mais contato.

Aproveitando a posição em que Taehyung estava, Jungkook apoiou as mãos nos ombros largos e passou suas pernas uma de cada lado da cintura do outro. O Kim que já estava ansioso e um pouco afoito para sentir o mais novo novamente, posicionou o membro duro sobre a entrada do loiro. Ambos respirando fundo quando Jeon lentamente foi sentando em seu colo.

Não haviam feito qualquer tipo de preparação, mas o óleo que cobria todo o pênis do Kim trazia uma sensação muito mais suave conforme ia deslizando para dentro do interior apertado.

Assim que entrou por completo, recebeu apertos fortes em seus ombros e foi agraciado com alguns gemidos sôfregos que Jungkook soltou ao começar a se movimentar muito lentamente sobre ele. O corpo formoso subia e descia em um ritmo agradável para ambos, eram movimentos calmos — uma vez que o loiro precisava se acostumar com o incômodo e a dor inicial —, mas que incendiavam os dois de maneiras diferentes.

Os movimentos iniciais dos primeiros minutos iam ganhando mais intensidade conforme a dor do mais novo foi sendo substituída pelo prazer, que quanto mais sentia, mais rápido se empenhava em cavalgar, transformando o quarto em uma espécie de melodia erótica pelos sons dos gemidos e corpos se chocando.

Estavam em puro êxtase. Mas ficaram ainda mais quando Taehyung sentou-se mais ereto, aproximando assim os corpos quentes e suados. Seus braços rodearam as costas do outro a sua frente e o apertaram em um tipo de abraço, colando os troncos nus. Jeon aproveitou a proximidade para tombar sua cabeça no vão do pescoço bronzeado, inalando o cheiro delicioso de lavanda enquanto gemia manhoso no ouvido do moreno, arrepiando todos os pelos de sua nuca.

As mãos grandes foram deslizando pelas costas largas até chegarem na cinturinha fina, apertando com força quando Jungkook rebolou sem pudor algum em seu colo, aumentando ainda mais o prazer que sentiam, apesar de agora os movimentos serem mais lentos. Tentando descontar em algum lugar o prazer que sentia, o loiro apertava os bíceps torneados do mais velho enquanto sua clavícula era maltratada com beijos e chupões fortes, sentindo seu corpo queimando ainda mais por esfregar quase que desesperadamente sua ereção gotejante na barriga fofa. Aos olhos de Taehyung, o rapaz a sua frente sempre seria atraente, mas ao vê-lo com os fios grudados na testa e os olhinhos fechados enquanto soltava gemidos manhosos da boca vermelha e inchada, ao mesmo tempo em que o acolhia de maneira tão deliciosa e necessitada, o davam-no certeza de duas coisas. A primeira era que Jungkook é a própria personificação da palavra luxúria e a segunda, que iria gozar como nunca antes.

— Ohh Jungkookie. — O apertou forte ajudando-o com as mãos a quicar mais rápido em seu pênis. — Ah que d-delícia... Oh céus... Eu... Ahhhhhh... Eu acho que v-vou... Puta merda.

— Vai gozar hyung? — sussurrou com uma voz sensual, sentando com ainda mais vontade e levando o outro ao delírio.

— U-uhum. — Jogou sua cabeça para trás gemendo rouco já sentindo seu ápice chegando. Porém, pela segunda vez naquela noite, Jeon interrompeu seus movimentos e o impediu de ter um orgasmo, se retirando do moreno, este que olhou incrédulo para o mais novo. — Porque fez isso? Eu já estava quase.

— Hoje você só vai gozar quando eu deixar Taehyung. — ditou autoritário avançando nos lábios carnudos sem ao menos esperar por uma resposta, iniciando um beijo afoito com direito a línguas brigando por espaço e mordidas fortes que causavam um leve ardor.

— É por isso que eu amo fazer amor com você baby. — disse ofegante em meio ao beijo que trocavam, fazendo com que os dentes se chocassem com o sorriso simultâneo que ambos deram.

Finalizaram o ósculo com alguns selinhos quando o ar fez-se ausente em seus pulmões. Após alguns segundos recuperando o fôlego ambos não encontravam-se mais tão ofegantes, mas Taehyung, ao ver Jungkook ficando de costas empinando para si completamente exposto, roubou-lhe todo o ar com a maravilhosa visão que tinha do mais novo.

Mesmo atordoado o moreno não tardou a posicionar-se atrás do Jeon, apoiando sua mão direita na cintura fina enquanto a outra deslizava espalmada, pressionando a espinha com o polegar. De joelhos e com as pernas juntas Jungkook se curvou totalmente diante dele, que lentamente o penetrava devagar por trás e controlava o corpo abaixo de si com as mãos.

Com essa nova posição Taehyung ganhava uma experiência sensorial mais profunda, dando ainda mais prazer a seu amado conforme acertava com mais facilidade a próstata do outro, que gemia sôfrego com a cara amassada contra o estofado da cama de massagem. O ritmo rápido fazia com que o quarto fosse novamente preenchido pelo som dos corpos se chocando e dos gemidos que os dois deixavam escapar.

A iluminação baixa, as velas, o cheiro de suor misturado a sexo, os sons dos gemidos, os arfares, a posição em que estavam e o óleo de massagem que deixavam os corpos lisos e escorregadios demais fazia com que todo o cenário ao redor deles proporcionasse o sexo mais prazeroso que já praticaram. Encontravam-se em uma espécie de frenesi, não queriam parar e mesmo que quisessem não conseguiriam ainda, pelo menos não até que seus corpos atingissem o prazer almejado, prazer esse que estava cada vez mais próximo.

Estavam tão conectados e imersos um no outro que não precisou uma palavra ser dita para que Taehyung soubesse qual seria a próxima posição desejada pelo outro. Então tratou de se retirar logo de dentro de Jeon e deitar de lado na cama, ato esse que foi repetido pelo mais novo, que deitou de costas para si. Automaticamente o Kim colou seu peito nas costas fortes a sua frente, depositando selinhos e mordidas fracas na nuca alheia enquanto sua mão direita ia deslizando lentamente pela lateral do corpo esguio e arranhando a pele leitosa.

E novamente naquela noite Jungkook foi deliciosamente invadido enquanto arfava e mordia seus lábios, descontando todo prazer que sentia ali. Mas diferente de todas as outras vezes, agora o ritmo da penetração se mantinha devagar, já que ambos tentavam retardar o orgasmo que estava muito próximo. Todavia, o mais novo — que já sofria com os beijos, mordidas e lufadas quentes de ar que Taehyung depositava em sua nuca — se viu completamente mergulhado em prazer quando a mão grande do outro foi deslizando devagar de seu quadril até chegar a sua ereção, iniciando uma masturbação torturante.

Os movimentos lentos das penetrações pareciam sincronizados com os da estimulação que recebia em seu membro, que estava a ponto de desfalecer pela sensação deliciosa da mão quente deslizando com a pressão que considerava ideal, em movimentos majestosos de sobe e desce.

Permaneceram assim por vários minutos até que as paredes internas do mais novo passaram a apertar ainda mais o pênis do moreno, que com o prazer sentido sendo aumentado em demasiada intensidade, sentiu necessidade de mais contato. Tanto que por esse motivo interrompeu seus movimentos com a mão e começou a passá-la pelo corpo do outro, apertando com força as nádegas e coxas firmes assim como outros lugares do corpo alheio.

Subiu seu braço pela barriga definida até que sua mão alcançasse o peito e fizesse pressão ali, colando ainda mais os corpos para que assim pudesse sentir as peles quentes deslizando uma na outra de maneira erótica enquanto esfregava-se quase desesperado em Jungkook. Este que por sua vez, gemia sem parar a medida que arqueava seu quadril com força para seu hyung, ajudando-o a acertar seu ponto de prazer conforme o membro alheio penetrava-o mais fundo.

— Ohh... Jungkookieeee... — O Kim gemeu rouco e alto ao pé de seu ouvido ao chegar a seu limite e gozar violentamente dentro do outro. Sendo acompanhado pelo loiro que também chegou a seu ápice quando todos seus pelos corporais se arrepiaram e uma forte fisgada queimou em seu baixo ventre assim que ouviu o gemido grave, tendo espasmos em seu corpo que enfraquecia gradativamente depois da sensação arrebatadora do auge de seu prazer.

Ambos estavam cansados, como se acabassem de ter voltado de uma grande batalha, então permitiram-se desabar na cama e permanecer por ali mesmo, recuperando suas respirações até que suas forças fossem o suficiente para levantarem e tomarem um banho longo e relaxante.

Ainda tinham muito o que conversar, resolver, viver. Mas agora que estavam juntos teriam todo o tempo do mundo.

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