Pov Harry
-Seu primo? Tipo, primo?
Perguntei pausadamente, incrédulo em minha própria ignorância.
-Meu primo, primo. -riu- Desculpe pelo mal entendido, ele foi me visitar. Dar um apoio.
Peguei sua mão e pressionei meus lábios contra ela, com todo respeito e carinho.
-Porquê não me chamou?
Dei de ombros, a provocando.
-Perdi a vontade.
-Oh? Perdeu a vontade?
Me olhou ofendida.
-Acho que ficou com ciúmes, na verdade.
-Ciúmes? Eu
-Você, ciumento!
Ela gargalhou, me fazendo corar ainda mais. Cruzei meus braços, a fazendo rir ainda mais. Lauren delicadamente encostou seu queixo em meu ombro, me fazendo olhá-la pelo canto do olho.
-Tive um pouco de ciúmes sim, admito.
-Harry! Vamos!
A voz de Mary preencheu o ambiente. Fechei meus olhos em sinal de reprovação, Lauren apenas sorriu.
Entrelacei nossas mãos e atrai olhares, sorrisos.
-Eu gostaria de tentar algo diferente hoje.
Ajeitei a alça do violão em meu ombro, começando os primeiros acordes.
-Diego. -o olhei- Mais alto. Lauren, mais baixo.
...
-Harry, temos um problema. Grande problema.
-O quê? O que houve?
Perguntei sem muita preocupação, bebendo metade da garrafa de água em um gole.
-Não faça alarde...
Mary sussurrou, me preocupei. Nos sentamos na ponta da mesa, eu a olhava preocupado então.
-Acabamos de receber isso.
Ela rapidamente abriu o e-mail, revelando-me um texto. Em meu nome.
-O que... -a olhei- Como assim?
Um sentimento ruim tomava conta do meu corpo, enquanto que a ansiedade o dela.
-Não adianta ficar nervoso agora.
-Ele inventou isso tudo, Mary! Tirou da cabeça dele! Não temos tempo para isso!
Cochichei extremamente irritado, sentia as veias do meu pescoço pulsarem.
-Isso não pode chegar na mídia. Você sabe.
-São mentiras...
-E eu acredito em você, porém terá que se defender.
Ela dizia com olhos penetrados nos meus.
-Quando?
-No dia que você quiser, sendo dentro de um mês.
Pensei.
-Agora, eu vou agora.
-Oh, não, não mesmo.
Eu já havia levantado, mas ela parou em minha frente.
-Agora não. Você precisa de um advogado, precisa analisar a situação e o que vai falar para o juiz. Além do mais, precisa estar calmo!
Engoli a seco, sabia que ela estava certa. Sempre certa.
-Nós vamos contratar o melhor advogado. Lauren pode ajudar também.
Tudo que eu não queria era ter que envolvê-la em mais problemas.
-Eu sei que não quer... Mas ela foi mencionada...
-Tudo bem, eu vou pensar. Vou pensar.
Suspirei.
-Mantenha a calma, por favor, ok? Sabemos qual é a verdade, isso basta.
Fiz que sim com a cabeça, exausto daquele tipo de situação humilhante.
-Vá para casa, descanse um pouco. Te amo.
Sorri, era minha mãe na estrada.
-Você também, precisamos de boas horas de sono para não surtar com essas coisas. Te amo!
Ela retribuiu o sorriso, pegando suas coisas.
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-Sim, isso mesmo. Preciso o mais rápido possível, você pode vir ainda hoje?
Olhei o relógio, ainda com o telefone no ouvido.
-Certo, aqui conversamos então. Obrigado. Boa noite.