For Every Chance

By AllMeryt

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Lan Zhan sentiu uma parte de si mesmo morrer junto com o seu amor naquela noite.... o mundo era cinza e perde... More

The Malice of the Past
Pumping Adrenaline
Inevitable Things
Reality and Hallucination
Not Necessary
Honest Feelings
Almost Everything in Place
Say My Name
One Mile at a Time
Leave in the Past
Perhaps it Can Flourish in Winter.
"The Dead Don't Tell Stories."
"Blood Doesn't Define Loyalty"

Moments of Hope

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By AllMeryt

Lan Zhan tem lembranças desagradáveis... Ao mesmo tempo seu coração bater mais forte com a esperança de que aquele na sua frente seja Wei Ying, seu Wei Ying.
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Antes:

 Cientistas, a muito tempo, constataram que os adrenalina era responsável pelo o aumentos da frequência cardíaca, aumento de força, liberação de glicose no sangue, dilatação arteriolar no músculo esquelético… ou seja, deixava o corpo humano frenético. Ligado e, aparentemente, pronto para tudo. 

 Mas Lan Zhan não se sentia pronto para nada daquilo. Na verdade ele sentia seu coração se esforçando para pular de seu corpo por conta do medo. Seus olhos estavam focados na BMW preta, tão escura quanto uma noite sem luar, que acelerava para longe dele.

 Wei Ying sempre teve a tendência de correr como se sua vida dependesse disso.

 Hoje dependia, ele não pôde deixar de pensar enquanto sua atenção vagou pelo retrovisor, vendo que havia mais quatro carros atrás deles, até mesmo a Lamborghini púrpura de Jiang Cheng, que liderava todo aquele caos sobre rodas.

 Ele nunca tentou fingir que gostava do irmão de seu namorado. Nunca. Lan Zhan apenas o suportava porque Wei Ying o considerava muito e o mesmo ficaria chateado se Jiang Cheng aparecesse morto e ele fosse o responsável. Sinceramente, toda vez que herdeiro Jiang insultava ou fazia seu amor ficar magoado ele tinha vontade de enfiar uma bala naquele rosto azedo.

 Lan WangJi sentia que deveria ter feito isso mais cedo, porque agora o mesmo homem cujo ele poupou a vida tantas vezes, estava junto das pessoas que tentavam matar o pai do seu filho. E céus… Ele estava tão puto com tudo isso. No entanto, ele precisava proteger seu Wei Ying antes de tudo.

 Pela janela aberta seus olhares se encontraram e… aquilo doeu. Doeu ver aqueles olhos acinzentados cheio de dor, olhos esses que eram tão cheio de alegria… o encarou com tanto amor em diversas oportunidades, luxúria, carinho, devoção e promessas…

 Wei Ying sempre foi alguém tão cheio de energia, extrovertido e agora… e agora aqueles mesmos olhos mostravam o fantasma desse homem. Consternado. Um olhar de despedida e que parecia lhe dizer: Eu te amo, obrigado por me amar também… me desculpe por isso!

 Lan WangJi mal notou quando começou a chorar. Sua garganta doendo com o bolo que se formava nela. Ele queria gritar um: Eu te amo! Você não precisa me agradecer por nada! Você não precisa se desculpar por nada! Isso não é preciso entre nós! Por favor, por favor! Venha comigo, vamos fugir! Não se vá!

 Mas ele implorou horas antes e eles ainda estavam ali.

 Foi por conta da adrenalina que ele não sentiu a dor da pancada contra a janela quando o Yiling Laozu empurrou seu carro, o desviando do caminho… mas isso não o impossibilitou de ver a Lamborghini assumindo o seu lugar e batendo na BMW, atrás o suficiente para empurrar sua traseira, fazendo com que o automóvel escuro perdesse a aderência na estrada da montanha e... e...

— Wei Ying!!— Ele gritou, o tempo parecia ter parado… tudo parece desfocado, tudo menos o carro de seu Wei Ying, que acelerou para fora da estrada e ceder a gravidade da montanha, caindo e sumindo no breu.

 Ou ele desmaiou.

Sim, ele desmaiou em algum momento, seus sentidos escurecendo o suficiente para ele ser uma bagunça perdida quando ele conseguiu cambalear para fora do carro. 

— Wei Ying… Wei Ying! — Chamou, as lágrimas escorrendo por seu rosto como chuva. Estava chovendo? Ele não saberia dizer. — Wei Ying! Wei Ying… Isso não… — Ele se ajoelhou na beirada da estrada, se curvando ao ponto de que ele poderia cair facilmente. — Não, Não! Não! Não! — Repetiu, mas ali estava… rastros de destruição até os rochedos abaixo. Pneus arrancados. Ferragens. Seu Wei Ying estava ferido antes de entrar no carro… ele… ele tinha como sobreviver? Wei Ying poderia estar vivo? Ele… Ele tinha que estar, ele não poderia o deixar… E-Eles… 

— WangJi! Não! — Ele nem percebeu que se inclinava demais na borda até que braços o envolveram, o contendo. Era Lan XiChen. Lan Zhan não se importou. Ele queria seu Wei Ying, não seu irmão. — Por favor… não podemos fazer nada. Não podemos fazer nada irmão, meu irmão… não….

— Eu tenho que ver! M-Me solta! Ele não pode estar morto!— Se debateu, ignorando a umidade das lágrimas contra seu ombro. — Ele não pode...— Repetiu, se sentindo fraco quando uma picada foi sentida em seu pescoço.— Nós… temos um filhXiCh… — Murmurou, não conseguindo mais lutar.— Eu... não... consigo sozinho….

 A última coisa que ele escutou antes de tudo sumir fez seu coração virar poeira de vidro. Ele sentiu o vazio, somente o vazio.

— Wei Wuxian morreu!

Atualmente:

Lan Zhan não notou o que lhe trouxe de volta a realidade até alguns segundos depois, quando escutou novamente. Era uma risada… era uma risada familiar…

Era…

Um frio percorreu seu corpo, o paralisado no meio das pessoas. Aquilo era uma alucinação? Aquela era… a risada de Wei Ying? Seu Wei Ying?

Antes que notasse ele já se movia para frente, parando na borda do círculo de pessoas, caçando o dono daquele som. Até que ele viu.

Não, não era era uma alucinação… 

Não podia ser… aquela fita.

Havia um homem em cima do carro, um Mustang, sentado, pernas um pouco espalhadas para conseguir equilíbrio, óculos pendurado na camisa de malha vermelha… ele… era familiar. Mesmo com o cabelo cortado… era… não… não, não podia ser .. ou podia? 

— Wei Ying.— Sussurrou, sua voz quase não escapando dos lábios.

 O carro começou a desenhar um zero no próprio lugar. Era uma manobra louca, durou apenas um minuto, mas o homem em cima do carro conseguiu, e parecia em êxtase… o que o fazia mais familiar ainda. Ele viu aquela expressão deleitosa tantas vezes no passado, depois de uma corrida, ou um treino, quando a adrenalina estava alta no sangue e ambos estavam quentes.

 Lan WangJi não soube como se sustentou de pé quando o homem a metros ergueu o olhar para a plateia e o encontrou. Olhos cinzentos como nuvens de tempestade o encaravam… A boca do mesmo se abrindo levemente para completar a expressão surpresa.

Wei Ying. Era seu Wei Ying.

Ele tentou avançar, mas parou quando um outro homem, sem camisa, e que ele reconheceu como o mesmo que controlava o Mustang, tirou Wei Ying do estupor, atraindo a atenção para si mesmo. O homem sem camisa falou algo para ele, arrancando um sorriso forçado e o mesmo encaixou o óculos escuros sobre os olhos.

 Lan Zhan recuou alguns passos, temendo que seu amor planejasse sumir ao se sentir pressionado. Como uma fera acuada. Hanguang-Jun definitivamente não gostava da ideia de precisar pisar em ovos, mas ele esperou treze anos por seu Wei Ying… trezes anos de merda, ele poderia esperar um pouco mais. Apenas mais um pouco.

Céus… Wei Wuxian estava vivo!

Vivo!

Claro que estava vivo. Ele nunca tinha perdido as esperanças, não quando ele soube que o corpo do mais novo nunca fora encontrado nas ferragens ou aos arredores da maldita montanha… Lan Zhan se permitiu acreditar na possibilidade de Wei Ying estar vivo e assim ele viveu, pelo filho deles e por ele mesmo.

— Papai? — A voz de Shizui o chamou e logo Lan Zhan sentiu o peso de uma mão no seu antebraço. — O senhor está bem?

— Hum. — Assentiu, reunindo a sua máscara fria e centrada mais uma vez. Ele podia ver nos olhos macios de seu filho que o mesmo não acreditava nele… ainda havia preocupação ali, mas seu a-Yuan decidiu deixar de lado, aquela não era hora e nem lugar para isso.

— A corrida já vai começar. — Avisou, soltando seu braço, mas sua atenção foi brevemente para o lugar onde ele viu Wei Ying sumir. Lan Zhan não teria dificuldade em admitir que havia parado de correr a um tempo… não era prazeroso como no passado, não desde Wei Ying, não havia mais desafio… até hoje.

 Não estava em seus planos entrar na largada, mas seus planos não tinham incluído que seu amor, que estava morto por treze anos, aparecesse ali.

— Eu vou correr no seu lugar, a-Yuan. — Comunicou, voltando a encarar seu filho, que agora tinha o cenho franzido mais uma vez. — Você pode correr na próxima, eu apenas… preciso fazer algo.

— Pai?— O mais novo perguntou, aquele tom de preocupação mais uma vez ali. — O que aconteceu?

 Shizui sempre foi esperto, desde quando Wei Ying o trouxe, dizendo que o adotaria… uma criança tão esperta, Lan Zhan era orgulhoso do filho que conseguiu criar, ainda mais quando ele via algumas semelhanças com Wei Ying e com ele mesmo.

 Claro que a-Yuan sabia do seu outro pai, sabia o que as outras máfias fizeram com ele… Lan WangJi teve que contar para o proteger. Shizui caminhava para ser um adulto perspicaz, afinal… ele era seu herdeiro de Hanguang-Jun e filho do Yiling Laozu.

 As pessoas temiam Hanguang-Jun e os outros líderes preferiam o evitar desde que todos que apresentavam uma ameaça a sua família, morriam. Jiang WanYin e Jin GuangYao estavam na sua lista… mas eram cautelosos. O Jiang apenas não estava morto porque ele prometeu a Jiang Yanli que não mataria o único irmão que havia restado.

 Para a sua infelicidade, porque a raiva por WanYin nunca diminuiu.

— Nada que você deva se preocupar. —Tranquilizou, relaxando. —Eu apenas acho que encontro um conhecido. Vá se divertir, sim? 

— Hum… tudo bem?— Soou mais como uma pergunta, mas Shizui decidiu largar, confiando em seu pai. — Boa corrida, a-Die!

—Tenha cuidado por aí. — Instruiu, mas estava agradecido pela felicitação antes de ir para a própria BMW branca, ele tinha controle o suficiente para não bater a porta forte demais, mas as suas mãos o denunciavam.

Elas tremiam.

Vamos Lan Zhan. Você não é assim… você precisa ser calmo. Wei Ying estava vivo, você o encontrou e não vai o perder novamente… isso não vai acontecer. 

Seus pensamentos continuavam subindo e descendo como em uma pista de skate enquanto ele guiava o carro para o lado do mesmo Mustang de minutos atrás.

Seus dedos estavam tão apertados no volante encouraçado que as juntas ficaram mais pálidas do que eram. No entanto… ele soube que estava sendo observado assim que um formigamento em sua nuca começou. Sútil…

Instintivamente ele olhou para o lado, encontrando orbes tempestuosas o encarando, uma miríade de sentimentos que ele não poderia nem começar a separar antes do mesmo olhar para HuaiSang.

HuaiSang… ele sabia que aquele era Wei Ying, não sabia? Claro que sabia, Nie HuaiSang sabia de tudo do submundo, mesmo que se fizesse de desentendido ou não parecesse representar uma ameaça.

O Nie era amigo de seu amor… claramente havia algo na raposa que se destacava e isso só pareceu vir a tona com a morte de MingJue.

Respirando fundo ele voltou a atenção para a pista, arrumando a marcha. Uma coisa de cada vez… ele precisava respirar, nada melhor do que uma corrida. Uma corrida ao lado de seu Wei Ying.

 O leque de HuaiSang cedeu e ele acelerou, sua mente agindo quase no piloto automático. Quase. Isso foi o suficiente para Wei Ying vencer.

 Ele nem vai fingir que não notou o súbito surto de desempenho que a outra BMW teve… ou que o barulho do motor era macio demais até mesmo para o modelo. Obviamente Wei Ying havia feito sua mágica no carro, deixando-a como o verdadeiro tesouro que todos cobiçavam no passado, o que fez todos os filhos da puta gananciosos, que tentaram o matar, chorar por não testar nada mais do que ferragens de Stygian.

 Ao fim da corrida ele não saiu imediatamente do carro e sim se direcionou a BMW para um ponto mais longe do vencedor, ele agradecia todas as sessões de meditação para controlar impulsos que seu tio o fazia praticar quando criança, ele não queria assustar Wei Ying.

 Claramente o mais novo tinha algum motivo para não ter o procurado em anos. Ele conhecia o... namorado, eles ainda eram?... bem o suficiente para isso, e sabia que o mesmo agia por impulso as vezes.

Muitas vezes.

Ele saiu do carro assim que o desligou, seus olhos varrendo a multidão de pessoas desconhecidas a procura do seu filho… mas ele tinha um azar do caralho, ou sorte, de o encontrar com o outro pai Wei Ying.

Ele sonhou tanto com a oportunidade de ver eles juntos, lado a lado…

— Wei Ying. —Chamou, sua mão indo instintivamente para o pulso do mais baixo antes de olhar para Shizui, que parecia surpreso. 

 Lan Zhan não precisou abrir a boca para transmitir a mensagem: Não nós siga, eu explicarei depois.

Ele precisava ter uma conversa com a mãe do seu filho, bem, sim, mãe… uma piada antiga deles, porque a-Yuan o chamava de a-Niang quando mais novo.

Céus… seus dedos estavam formigando onde tocava a pele de Ying e ele sabia que qualquer que fosse a resposta, ele não seria capaz de sentir raiva do namorado. Nunca. 

Aquele era seu Wei Ying.

Sua alma gêmea.

Pai de seu filho.

Seu melhor amigo.

E o único que ele amaria romanticamente em toda a vida.

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