Dirty Laundry ✅

By ohlulis

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Nina Houston-Löwe tinha uma grande meta para seu semestre na Oak: se tornar a melhor no seu curso e voltar pa... More

intro
google.com/oak
prólogo
1. there's a new girl in town
2. starboy
3. big three
5. don't call me angel
6. so much that we could've said, so much that we never said
7. i guess i'm lying cause i wanna
8. i got issues, but you got 'em too
9. momma, I'm so sorry, I'm not sober anymore and daddy, please forgive me
10. make it two and we got a deal
11. i say don't let me go and you say why can't we be friends?
12. guess nothing in life's a mistake cause all wrong turns lead to you
13. it's just medicine
14. your right is wrong... but love never leaves a heart where it found it
15. another love
16. dry your smoke-stung eyes so you can see the light
17. if i knew how to hold you i would
18. i'm so into you i can barely breathe
19. are you scared of what's to come?
20. tell me I've been lied to, cryin' isn't like you pt. 1
21. tell me I've been lied to, cryin' isn't like you pt. 2
22. it's like I'm fighting behind these walls and hiding through metaphors
23. are you going to age without mistakes?
24. don't you dare look out your window, darling, everything's on fire
25. where do we go? tell me my fortune, give me your hope
26. oh you're in my veins and i cannot get you out
27. and now, it's time to leave and turn to dust
epílogo

4. cool kids

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By ohlulis

— Então diga de uma vez por todas, como foram os três primeiros dias na Oak?

A atenção estava toda em Nina quando Olivia Evans direcionou aquela pergunta a ela, tomando um longo gole do seu drink em seguida. Se fosse no começo da noite, talvez a alemã ainda demonstrasse alguma timidez, mas naquela altura era como se as três já fossem amigas de infância.

E, assim como Claire dias antes, Liv não fez um grande caso dela ser quem ela era. Talvez ela tivesse perguntado nada discretamente em algum momento se ela já tinha ido a alguma premiação do melhor jogador do ano com seu pai, mas a pergunta era ingênua e não cheia de curiosidade sobre o resto da sua vida como filha de uma celebridade.

— De 0 a 10 eu diria que um sólido 6 e meio — Nina respondeu firme antes de dar de ombros. — Relações Internacionais é minha major e eu ainda preciso pagar umas matérias de economia que não tive na Alemanha, então a maioria dos meus horários são preenchidos com aulas. Mas as garotas não parecem tão simpáticas e os garotos parecem ter algum problema comigo...

Ela parou, dando mais gole na sua bebida antes de dar de ombros mais uma vez, como não se importasse.

Não estava exagerando. Realmente achou que mais pessoas seriam simpáticas como Claire e o convite para se reunirem no The Ivy House na sexta-feira foi tudo o que ela precisava depois de estar esgotada no fim da sua primeira semana de aula em Silvermount. Mas ninguém parecia interessado em fazer a política da boa vizinhança e isso ficava bem claro toda vez que ela chegava ao seu dormitório e não recebia nenhuma resposta ao 'boa noite' que oferecia a sua colega de quarto.

Não era pedir muito, era?

Quanto aos garotos, ela até já tinha recebido um olhar ou outro, por mais que isso estivesse longe das suas prioridades para o semestre longe de casa. Mas não deixava de ser extremamente esquisito como eles se afastavam como se ela fosse radioativa.

A não ser por... Bem, Leo Hawkins.

Mas ela não confessaria em voz alta que tinha pensado nele em algum momento depois da aula de segunda-feira ou do jogo de quarta.

— Eu ainda não entendo porque você escolheu ficar nos dormitórios e não fora do campus — Olivia comentou, oferecendo um olhar de pena na direção de Nina. — Lidar com toque de recolher, banheiros compartilhados e calouros em todo lugar... Eu saí do campus assim que entrei no segundo ano.

— Ela quer o pacote completo de uma universidade americana — Claire explicou, porque já tinha feito a mesma pergunta para a alemã e se assombrado com a resposta. — Mesmo que isso inclua uma colega de quarto mal humorada e banhos frios se você esperar muito pela sua vez.

As duas fizeram expressões de pavor, como se o dormitório fosse a última escolha de qualquer pessoa que não fosse um calouro e não tivesse que obrigatoriamente viver ali, como o regulamento da Oak prezava.

Mas fazia sentido na cabeça de Nina, que tinha morado com os pais a vida toda e queria viver a experiência de ter que dividir alguma coisa. Tinha que dividir o banheiro com Libby, de volta à Alemanha, mas aquilo não chegava nem perto do banheiro compartilhado do seu andar no dormitório.

E todo o resto era ok, apesar dos pontos negativos que as outras meninas podiam levantar. A sala de estudos era confortável e era lá que passava metade do seu dia, conseguiu organizar seu quarto exatamente como queria e tinha tido a sorte de ter pego a melhor cama por ter chegado mais cedo.

Talvez fosse por isso que Tiana, a colega de quarto rabugenta, a odiasse, afinal.

— E eu não pretendo ficar por muito tempo — Nina voltou a comentar, dando de ombros assim que voltou a ter a atenção das duas, que discutiam o quão ruim tinha sido sua experiência nos dormitórios. — A semana de recrutamento está bem aí.

Como se ela tivesse falado um palavrão, ofendido alguém muito importante ou pisado na pata de um filhotinho, as duas a encararam com os olhos arregalados. Olivia, que estava terminando sua bebida, quase se engasgou, tossindo algumas vezes e chamando atenção das mesas ao redor da que elas estavam no bar universitário.

O que? — Houston questionou, arqueando as sobrancelhas em direção a elas. — Eu disse algo errado?

— Você vai participar da semana de recrutamento? — Liv parecia incrédula, não disfarçando o horror em sua face. — Sério?

— Você realmente quer entrar para uma irmandade? Tipo, de verdade? — foi a vez de Claire falar, com um olhar semelhante a outra e uma pitada de desgosto na voz.

Nina ainda não entendia a surpresa. As irmandades e fraternidades não deviam ser vistas com bons olhos dentro de uma universidade?

Quando ela descobriu a existência da Pi Beta, Kappa Gamma, Delta Sigma e Zeta Tau enquanto folheava o livro de boas vindas da Oak, ela só podia apostar que qualquer pessoa daria duro para participar de uma daquelas casas para garotas. Ela não tinha ficado muito impressionada com os vídeos e inúmeros vlogs que viu no Youtube sobre as irmandades e todas as tarefas que elas tinham que cumprir, nem se convencia muito sobre a espontaneidade das amizades que se formavam dentro da casa, mas Nina não precisava ir muito longe para saber que participar de uma delas era um acréscimo bom para seu currículo.

Ou seja, a grande razão dela estar ali. Preencher todos os espaços vazios do seu currículo com qualquer coisa que pudesse colocá-la em bons olhos quando ela fosse precisar dele, assim que começasse a aplicar os testes que a colocaria no rumo de responder internacionalmente pelo seu país.

— Ninguém em sã consciência quer estar em uma irmandade, Nina — Claire a explicou devagar, como se estivesse falando com uma criança de cinco anos. — O primeiro requisito para ser aprovada na semana de recrutamento é ser insuportável e ser uma baba-ovo, o que não parece ser seu tipo.

E não era. Respeitava as autoridades, mas nunca precisou se curvar ou elogiar demasiadamente alguém só para ganhar alguns pontos. Era, inclusive, algo que ela sabia que em algum momento poderia atrapalhar sua carreira.

Tinha vivido o suficiente para saber que conexões eram a chave de muitos degraus para o sucesso. E sabia que estar em uma irmandade, de onde já haviam saídos grandes figuras públicas, facilitaria sua vida.

— Eu fui uma Zeta Tau no meu primeiro ano — Liv comentou baixinho, com um olhar mais vago que assustado. — Era um pouco duro, então eu saí depois de uns meses... Mas eu gostava dos bailes e dos eventos, apesar disso.

Nina não ficou tão surpresa com a confissão já que, do muito que tinha lido, sabia que Olivia Evans se parecia muito com tudo o que encontro no site da Zeta Tau. A mais nova das irmandades tinha um grande histórico de formar grandes artistas e Liv, como aluna do último ano de história da arte, se enquadrava nos requisitos para ser uma delas.

— Por que infernos você quer estar em uma irmandade? — Claire fez a pergunta de um milhão de dólares. — Deus, você precisa ser mimada, egoísta e muito insuportável para estar lá. Não se ofenda, Liv, você escapou de lá.

— Não me ofendi — anunciou, dando de ombros antes de balançar o seu copo vazio. — Mas eu ouvi que as coisas mudaram desde que tentaram fechar as irmandades dois anos atrás, depois de Harvard.

— É uma coisa boa para ter no histórico — Nina respondeu como se fosse óbvio. — E é um bom lugar para fazer contatos também, com todos os eventos dos fundadores e as visitas dos ex-alunos. O fato de ter que comparecer a festas que lembrem o baile do colegial não me deixam feliz, mas os fins justificam os meios — ela deu de ombros com um mini-sorriso no seu rosto, variando o olhar entre as garotas. — Vamos lá, vai ser divertido! Eu posso convidá-las para os eventos fechados se eu entrar em alguma delas...

A tentativa frustrada de animar as meninas não se saiu como esperado e as expressões de desgosto continuaram ali.

— Você é tão legal para a vida grega, Nina — Liv foi a primeira a comentar, a sinceridade sempre presente nas suas palavras.

— Elas provavelmente vão te comer viva — Claire, ao contrário, usou do seu tom passivo-agressivo, mas Houston notou que o clima já estava mais leve. — Por favor, não me diga que o próximo passo é entrar para as líderes de torcida...

— As líderes de torcida não são tão ruins...

— Você se lembra da vez que uma delas beijou um ex de outra e elas literalmente deixaram ela cair de quase dois metros de altura? — Claire questionou Liv com horror, suspirando antes que começasse a discursar sobre quantos pontos errados havia naquele acontecimento.

O assunto não demorou a mudar e no outro segundo elas já estavam conversando sobre alguma aleatoriedade que as fizera rir, chamando atenção novamente de qualquer pessoa que passava pelo 'The Ivy House'. O bar, que ficava logo na saída do campus, estava lotado de pessoas que, como elas, frequentavam a Oak e tinham escolhido aquele lugar para comemorar o fim da primeira semana de aula.

Não tinha dúvidas que o dono do lugar tinha um bom rendimento só pelo movimento daquela noite e das incontáveis pessoas que continuavam a chegar no bar de pouca luz.

Nina passou um tempo admirando a decoração e o movimento e, quando voltou a prestar atenção a conversa, já não sabia do que Olivia falava. Ela mudava de assunto com uma rapidez inacreditável, gesticulando muito e balançando seus cabelos escuros curtos enquanto fazia isso.

— Juro, eu não consegui tirar os olhos dele — Liv continuava a falar, com um sorriso lateral nos lábios pintados em vermelho. — Infelizmente ainda não faço ideia de quem seja, mas acho que é calouro. Não está no meu prédio, ao menos. Mas o que você acha, Clair? Estou pensando em colocar cartazes por aí por você. Algo tipo: procura-se bonitinho sentado no banco durante todo o jogo dos lobos.

— Passo, Liv — Claire respondeu enquanto as outras duas sorriam, dando um gole na long-neck que estava em sua frente. — Não se preocupe, eu não estou solitária agora que você arranjou um namorado. Tenho muita coisa para preencher meu tempo...

— Ugh, mas você deveria ao menos convidá-lo para o open-house. Está confirmado esse ano, não está? — Liv questionou, fazendo Claire rolar os olhos.

A alemã não fazia ideia o que 'open-house' significava, mas não parecia bom pela expressão que surgiu no rosto de Claire.

— Você não está considerando estar presente nesse evento, não é?

Open-house? — Nina questionou, sem saber de onde aquilo vinha. — O que é isso?

— Ninguém te convidou? — Liv parecia surpresa e, no fundo, Claire também estava. — Nenhum veterano?

Nina negou, juntando as sobrancelhas em curiosidade. As meninas tinham assumido que, por ser nova no campus e chamar atenção em um raio de três metros, alguém teria chegado até Houston com um convite.

Claire até estranhou que o próprio Remi não a tivesse convidado.

Provavelmente ele se vangloriaria disso por eras.

— É uma festa idiota — Claire explicou, usando um tom cansado, como se ela já tivesse tido aquela conversa outras milhares de vezes. — Os garotos que moram fora do campus organizam. Acontece sempre no primeiro fim de semana de volta às aulas e o lugar fica lotado. Veteranos tem passe livre e calouros precisam ser convidados, uma ideia estúpida para que sejam muito mais mulheres que homens.

— Remi Vince criou essa regra — Olivia continuou e só a menção do nome fez Claire rolar os olhos mais uma vez. — Você estava no jogo de hóquei, certo? É o capitão. Ele, Leo e Nate são os anfitriões da festa.

Nina assentiu, e podia se lembrar de ter visto Remi encarando-a sem discrição no final do jogo.

E Leo... Bem, Leo estava sentado ao seu lado na aula de segunda-feira.

— Nate e Claire são irmãos — Liv esclareceu o que seria uma informação vital, continuando. — E Claire todo ano acha que nós não deveríamos ir para não concretizar o império Remi Vince, por mais que lote do mesmo jeito. Eles realmente sabem como dar uma festa — continuou, recebendo um olhar fervoroso de Claire. — Você sabe que é verdade, as festas deles são melhores até que as da Delta Sigma.

Claire nunca assumiria aquilo em voz alta. Ela tinha histórias suficientes com Remi para criar qualquer tipo de afeição por ele. Também nunca aceitaria que uma pessoa com o ego do tamanho do dele seria muito mais bem sucedida que qualquer outra que ao menos tentasse, só por ele ser herdeiro e já ter ganhado um prêmio de mérito por ter sido o melhor da turma no primeiro ano do curso, quando eles ainda estudavam juntos.

Nada era tão impossível ou tão caro para Remi Vince.

— Eu não vou impedir ninguém de ir, mas eu consigo pensar em diversas formas melhores de aproveitar a noite — Claire anunciou, mexendo nas suas tranças. — E eu disse ao meu irmão que vou chamar a polícia e vou fazer isso só para tornar a vida de Vince um pouquinho complicada.

— Mas eu provavelmente irei com o Gabe, então você pode ir com a gente se quiser, Nina. Desculpe por isso, Clair, mas é um grande evento — Liv se explicou assim que percebeu o olhar de julgamento vindo da amiga, apressando-se para mudar de assunto. — De qualquer forma, alguém quer mais uma bebida? Parece que você precisa de um refil, Nina!

Ela sorriu, levantando-se da cadeira em um pulo e puxando a alemã consigo em direção ao bar antes que ela ao menos pudesse responder.

— Mais um segundo ali e Clair me mataria com o olhar. Ela não gosta muitos dos meninos... Insiste que eles tornaram o irmão dela em um idiota que só pensa em futebol, festas e garotas... — ela pareceu pensar por um momento, dando de ombros. — Eu não sei dizer se isso é mentira, mas eles são legais... Apesar de, hm, tudo.

Nina sorriu sozinha, não podendo dizer que se surpreendia muito em descobrir que aqueles eram os amigos de Leo. Ele não parecia um idiota, mas certamente tinha a aparência, o currículo e o potencial ego de se tornar um.

E enquanto ela pensava sobre isso e questionava mentalmente se devia perguntar de Hawkins para Olivia, ela o viu.

Atrás do balcão do bar, preenchendo dois shots de tequila enquanto batia papo com duas meninas que logo se despediram e tomaram o mesmo caminho que a multidão fazia dentro do Ivy.

Parecia que Leo se materializava em todo lugar que ela ia. Na aula de segunda-feira, no jogo de hóquei, agora, atrás do bar do campus.

Mais uma vez, não assumiria em voz alta, mas aquela era uma boa visão.

Se ela mantivesse o olhar fixo nele, como tinha feito quando o sinal tocou na aula, ela tinha a sensação de que Leo Hawkins era uma bagunça. Com os olhos escuros que desafiavam qualquer íris clara que ela já tinha visto antes, a mandíbula marcada, alguns sinais pequenos espalhados pelo seu rosto e uma ruguinha entre as sobrancelhas que se formava sempre que ele estava muito concentrado como naquele momento ou durantes as aulas de Econ121, e ela não tinha certeza se ele percebia que fazia isso. Mas então ele sorria, e se tornava calmaria. As rugas no cantos dos seus olhos, os dentes brancos alinhados e as covinhas que se formavam em suas bochechas...

Damn, ela precisava ocupar sua mente com algo que não o envolvesse.

— Ele trabalha aqui? — a pergunta era quase retórica, mas Olivia estava perto o suficiente para escutá-la, seguindo o olhar de Nina para saber de quem ela falava.

— Alguns turnos durante a semana — respondeu e a alemã levou o olhar até ela, curiosa. — Esse é Leo Hawkins. Você já o conheceu?

— Ele está na minha turma de Econ121, uma das que eu preciso fazer para concluir o semestre — Nina respondeu antes de dar de ombros, desconversando assim que as duas encostaram no balcão e Leo, a alguns passos dali, notou sua presença.

— Oh, verdade. Boatos que ele já perdeu essa matéria duas vezes — Liv murmurou baixinho em direção a Nina, deixando um sorriso crescer em seus lábios assim que percebeu que Hawkins caminhava em direção as duas. — Ei, Leo. Como foram as férias?

— Mais do mesmo, Liv — Leo respondeu com um sorriso simpático, levando o olhar até Nina. — O que eu posso fazer por vocês?

— Ela precisa de um drink. Um bom drink.

Leo sorriu para as duas e assentiu, piscando simpaticamente para Nina antes de se virar para ficar de frente a imensidão de opções de bebidas que havia nas prateleiras do The Ivy House.

Gos-to-so — Olivia mexeu os lábios olhando para Nina, apontando com a cabeça para Leo enquanto ele ainda estava de costas.

Nina deixou que uma risada escapasse dos seus lábios, desviando o olhar do corpo de Hawkins assim que ele se virou, olhando diretamente para ela e estreitando as sobrancelhas em curiosidade. Liv tinha razão. Ela já tinha notado o seu corpo atlético na aula que tiveram juntos mas naquela noite, que ele vestia apenas uma blusa branca que deixava seus braços a mostra e, a cada vez que ele mexia, seus músculos ficavam em evidência, Liv ratificou seu ponto.

— Gin? — Hawkins perguntou ao colocar o copo na frente de Nina, olhando diretamente para seus olhos enquanto ela assentiu. — Destilados ou fermentados?

Ela deu de ombros como se não se importasse, passando a língua pelos lábios antes de respondê-lo, fingindo não ter percebido o momento que ele deixou, nada discretamente, que seus olhos caíssem para sua boca.

Faça o seu melhor.

— Desafio aceito.

Ela estaria mentindo se falasse que a resposta de Leo não fez com todos seus pelos se arrepiassem, iniciando uma luta contra seu próprio desejo de desviar seus olhos dos dele. Só esperava que suas bochechas não estivessem rosadas, apesar de senti-las queimar.

Nina estava tão preocupada em não deixar que ele percebesse sua momentânea timidez que desviou o olhar de Leo, perdendo o momento que, ao se virar para pegar mais algumas coisas para colocar na bebida, ele tirou o celular do bolso, digitando o mais rápido que podia.

Leo: Yo, Nina está aqui.

Leo: Talvez você possa vir e convidá-la para a festa.

Leo fingiu ponderar entre os ingredientes que deveria escolher até o momento que o celular voltou a vibrar, olhando discretamente por cima do seu ombro para ver Nina conversando com Liv antes de checar sua tela.

Remi: Merda, estou malhando.

Remi: Faça isso por mim. Acho que ninguém a convidou ainda.

Leo: Provavelmente porque você já deu seu recado.

Leo: Idiota.

Remi: ;)

Remi: Hawkins, faça a merda do convite. Faça isso pelo seu amigo <3

Leo: Idiota.

Leo: Me deve uma.

Ele se virou, escorregando o celular para dentro do bolso antes de mexer mais algumas vezes no drink colorido antes de colocá-lo na frente de Nina, vendo-a sorrir discretamente em agradecimento.

— Escute, Houston — Leo chamou antes que ela pudesse virar de costas, engolindo em seco assim que ganhou sua atenção. — Tem um festa no sábado...

A festa — Olivia o corrigiu, arqueando as sobrancelhas em direção a Nina antes que ele voltasse a falar.

— E nós temos essa regra um pouco estúpida de que veteranos têm que convidar calouros e...

— É a tradição — Liv o interrompeu mais uma vez e dessa vez os dois, Leo e Nina, a endereçaram olhares mortais que a fizeram levantar as mãos em sinal de rendição. — Ok, desculpa.

— Então esse é um convite — Leo terminou, voltando o olhar para Nina. — Se você quiser ir. Vocês três na verdade, mas a Liv já sabe disso e eu não acho que a Claire vai aceitar a oferta.

Ele sorriu, seus olhos escuros se apertando com o gesto de uma forma adorável que fez os lábios de Nina esboçarem um meio-sorriso também.

— Vou pensar sobre o assunto, Hawkins — ela respondeu antes de passar a língua pelos lábios, dando de ombros. — Obrigada pelo convite. E pela bebida.

Levantou o copo em direção à ele, um instante antes de encarar novamente seus olhos escuros e se virar, caminhando de volta para a mesa tentando ignorar o quão acelerado seu coração estava e o quanto suas bochechas deveriam estar vermelhas.

— Puta merda, Nina Houston — Liv falou assim que elas estavam distantes o suficiente para Leo não ouvir o que falavam, arregalando os olhos ao encará-la. — Você sentiu essa puta tensão sexual?

É. Nina tinha que assumir que o bar não tinha subitamente ficado quente por nada.

Perdoem a demora! Fiquei presa em uma faxina eterna aqui em casa e tive que revisar o capítulo rapidinho para que pudesse sair antes das 21h. Agora que todos os personagens principais e secundários foram apresentados, a diversão irá começar! Ansiosíssima pelo open-house e para ver como a história nina-leo-remi vai se desenrolar (não custa nada lembrar que a história não vai ter triângulo amoroso, ok? hahaha nunca foi minha intenção e vocês vão entender melhor toda a relação no próximo capítulo).

Obrigada por todo o carinho e os comentários que vocês estão deixando! Fico muito feliz lendo cada um deles <3 (e ufa, posso dizer que os capítulos de apresentação ficaram pra trás e agora me sinto muito mais confortável com a escrita dos próximos. Mal posso esperar para compartilhar com vocês!)


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