Todo machista será castigado...

By EvaKautora

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Em homenagem ao dia dos pais, postei uma história especial com um papai gostosão, mas sem noção! Dia 08/08/20... More

APRESENTAÇÃO
SINOPSE
CAPÍTULO 1 - PRIMEIRA MANCADA
CAPÍTULO 2 - O NÍVEL DA ENCRENCA
CAPÍTULO 3 - ENCONTRO FATAL
CAPÍTULO 4 - TIRO NO PÉ
CAPÍTULO 5 - PARTE 1 - ENTRE A CRUZ E A ESPADA
CAPÍTULO 5 - PARTE 2 - QUEM EXPERIMENTA, NÃO ESQUECE JAMAIS
CAPÍTULO 6 - DOIS PESOS E DUAS MEDIDAS
CAPÍTULO 7 - PALAVRAS PRONUNCIADAS NÃO VOLTAM
CAPÍTULO 8 - COMENDO O PÃO QUE A DIABA AMASSOU

CAPÍTULO 9 - FINAL

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By EvaKautora

Nosso conto especial do Dia dos Pais chegou ao final!

Já estou com saudades desse casal insólito e esse papai gostosão.

Mas meus queridinhos precisam dar lugar a outros personagens que virão em outras histórias.

Espero que perdoem o Gustavo, ele não é mau. É apenas equivocado! 😂😂😂

Vejam o desfecho!


Gustavo

A semana foi torturante. Tentei me concentrar somente no trabalho e na minha filha. Mas a Débora se insinuou em cada momento do meu dia com uma persistência sem trégua.

Pensei em procurá-la e passei em frente à oficina várias vezes, sem ter coragem de descer para receber outro fora. Ontem levei o carro para consertar o painel, conforme combinado. Tinha a esperança de que a encontraria. Mas ela não apareceu. Fugiu de mim novamente.

Agora, estou aqui sentado, tentando assistir a corrida de Fórmula 1, mas seu olhar gateado, seu cheiro e até aquela bunda com covinhas me assombram, deixando-me com uma mistura de tesão e dor de cotovelo. Tento me concentrar nas voltas do Lewis Hamilton na pista, mas não consigo.

Escuto o som de um carro estacionando em frente à minha casa e estranho. Havia uma visita programada de um casal de turistas ao alambique, mas o tour se iniciava pela sala de degustação lá embaixo, perto do centro de produção. E hoje eu não participaria. Transferi a tarefa para o meu gerente. Não estava com ânimo.

Levanto-me e vou à janela. Reconheço o Troller da Débora e meu coração dá um salto. Corro para abrir a porta a tempo de ver Débora, André e Betina descerem do veículo.

— Oi, pai. Seus visitantes chegaram. Agendei o tour para a Débora e o André. Consegui que ela encontrasse um tempo. Eles não poderiam deixar de conhecer o alambique da cachaça mais famosa de Paraty, né mesmo? — fala Betina toda sorridente e orgulhosa de sua façanha.

Fico lá parado, com cara de paspalho. Sou lerdo para reagir às situações inesperadas. É Débora quem toma a iniciativa.

— Oi, Gustavo. Betina insistiu que viéssemos. Ela queria muito que conhecêssemos o alambique. Ela tem muito orgulho do que você construiu — diz ela, aproximando-se de mim com aquela ginga no andar que eu achava linda. — Tudo bem pra você? Estamos incomodando?

— Incomodando? Não, claro que não. Estou surpreso, mas estou muito feliz que tenham vindo. Muito feliz mesmo.

Cumprimento o André e novamente me dirijo à Débora.

— Querem entrar um pouco antes de começarmos a visita?

— Não queremos incomodar. Prefiro seguirmos o roteiro oficial — Débora decide.

— Como preferirem. Venham por aqui, então. Vou levá-los à sala de demonstração e degustação, depois conheceremos o processo produtivo — falo, caminhando com eles pela alameda que leva aos lugares que mencionei.

Débora está ao meu lado enquanto André e Betina seguem na frente de mãos dadas. Estou desajeitado aqui ao lado da Débora. Sei que devo a sua visita ao poder de convencimento da Betina. Sei também que se ela aceitou vir é porque está menos hostil e refratária.

Estou enxergando a oportunidade, mas não sei como agarrá-la.

— Como foi na oficina essa semana? — inicio uma conversa despretensiosa.

— Tudo bem. Muito trabalho. Mas isso é bom. E você?

— Também tive muito trabalho, mas não o suficiente para me distrair os pensamentos de uma certa mecânica que me encantou e depois me deu um merecido pé na bunda. — Opto por uma abordagem direta e "sincericida".

— Se você sabe que foi merecido, do que se queixa?

— Da falta de oportunidade de me redimir.

Sem tecer comentários, ela olha de soslaio para mim, enquanto terminamos a caminhada até a sala de degustação. Lá dentro, várias prateleiras exibem nossos produtos atrás de um balcão onde são servidos alguns tira-gostos.

Eu sigo o roteiro oficial e apresento os diversos tipos de cachaça, explano sobre a diferença do aroma e sabor e ofereço salames, queijos e torresmo para acompanhar a bebida.

Continuamos o tour no galpão de produção onde faço outra palestra sobre os processos de envelhecimento em barris de carvalho.

Durante todo o tempo, eu aproveito qualquer oportunidade que tenho para me aproximar da Débora e falar bem próximo a ela. Eu quero sentir seu cheiro e a vibração que ela emana.

Essa energia que ela transmite me causa um furor único. Uma euforia como nunca senti antes com qualquer outra mulher. Tenho certeza de que ela também sente essa vibração, como se uma corda esticada fosse dedilhada.

O roteiro oficial termina e convido-os para almoçarem conosco: uma carne grelhada e uma salada de batatas. Dessa vez, não houve resistência. Sinto que estou ganhando terreno.

Ao chegarmos em casa, Betina convida o André para escutarem música no seu quarto.

Meu "velho eu" logo se manifesta e tenho vontade de proibir essa clássica desculpa para ficarem a sós e poderem usufruir de alguma intimidade, ou seja: dar uma sarrada.

Mas meu "novo eu" prefere dar um voto de confiança e deixar que a Betina faça suas escolhas.

Os dois somem no interior da casa e eu convido Débora para me fazer companhia enquanto preparo nosso almoço. Na verdade, a salada de batatas já estava pronta na geladeira. Apenas coloquei as fatias de picanha em uma chapa quente.

— Gustavo, tenho que dar meu braço a torcer, você é muito habilidoso na cozinha — Débora fala, sentada sobre a bancada da cozinha, enquanto espeta um pedaço de carne e passa no molho chimichurri para depois levá-lo à boca.

Sua boquinha abrindo-se para colocar o garfo trouxe-me lembranças deliciosas e meu apetite ficou aguçado. Eu queria muito, muito mesmo, poder experimentar aqueles lábios novamente.

Num ato de extrema bravura e coragem, ousei.

Enfiei-me entre suas pernas, aproximei meu rosto do dela, fitei seus olhos e pedi, humildemente:

— Por favor, Débora. Me dê uma nova chance. Prometo não decepcionar você nunca mais. Sou um homem desesperado. Faço o que você quiser. Apenas me deixe tê-la novamente.

Ela manteve seu olhar em mim, vagando pelo meu rosto até se fixar na minha boca.

— Sua sorte é que você tem uma filha maravilhosa que o salva... e também que é gostoso pra burro. Vem, me beija. Mostre como pretende se redimir.

Eu não espero um só segundo. Colo minha boca na dela, meu corpo no seu, e a beijo com sofreguidão. Com o desespero de um andarilho no deserto que encontra uma fonte de água, eu a bebo. Sugo seus lábios, sua língua, chupo sua saliva. Minhas mãos passeiam pelo seu corpo e as dela se enfiam em meus cabelos. Estamos ambos com muita sede.

— hum... hum

Ouço alguém pigarreando atrás de nós.

— Eu não queria ser estraga prazeres, mas a carne está queimando — diz Betina.

Eu me separo bruscamente da Débora para socorrer nosso almoço.

— Fico feliz que estejam se entendendo — diz minha filha com um sorriso matreiro. — Vou por a mesa enquanto vocês terminam aqui.

Débora e eu nos olhamos e caímos na gargalhada. Fomos flagrados como adolescentes. Essa sensação é ótima.

Sinto-me jovem e vivo.

Essa mulher chegou na minha vida para ficar.

Logicamente, precisarei evoluir e rever vários conceitos porque essa mulher fantástica não vai aceitar menos de mim.

Mas quero ser melhor para ela...

Quero ser melhor para a minha filha...

Serei grande para as pessoas que eu amo e também por mim mesmo.

FIM

________

É isso, gente!
Gustavo e Débora se despedem. 🥺
Espero que tenham se divertido e continuem acompanhando minhas histórias por aqui! 🥰
A próxima será ambientada na região da Toscana, na Itália!
Fiquem atentos!

ATENÇÃO:

Este conto foi publicado na Amazon, por isso terei que retirá-lo do Wattpad.

Na Amazon, ele pode ser lido gratuitamente pelo Kindle Unlimited!

CONTINUEM AQUI COMIGO, SOU MUITO FELIZ COM A PRESENÇA DE VOCÊS!

Obrigada.

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