Slap | KiHo

By loryroux

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Kihyun estava furioso. Tudo que ele queria era encontrar o foco de todo o seu ódio e repúdio e partir para v... More

Parte II
Parte III
Parte IV

Parte I

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By loryroux

Oi, amor

E oi gente.

Esse aqui é um dos seus presentes e eu to postando hoje porque acho que o último capítulo sai no dia do seu aniversário, certinho, se eu não tiver feito as contas errado. Acho que vou esperar um pouco mais pra boiolar como deve ser. Então por enquanto, espero que você goste do capítulo.

Aliás, o plot é seu. Então eu tentei fazê-lo com todo o carinho possível.

Te amo

Boa leitura

💢💋

Kihyun estava furioso.

As mãos estavam tremendo quando ele deixou o carro e foi absolutamente irresponsável ao estacionar — sequer tinha checado se havia puxado o freio de mão.

Ele deu passos apressados pela calçada e então parou, puxando o ar várias vezes seguidas, porque se sentia tão nervoso e irritado que seria capaz de matar alguém e não estava brincando.

Ele apertou os olhos que ardiam, ainda sem conseguir internalizar completamente tudo que havia descoberto naquele dia.

Acordou cedo por conta própria, como de costume e cinco minutos depois o despertador tocou com uma música tranquila dizendo-o que já não podia protelar sobre a cama. Ele se levantou, tomou um banho longo, preparou o café da manhã, regou a samambaia que havia na sacada e só então foi acordar o namorado.

John tinha o sono pesado, mas costumava acordar apenas quando Kihyun se inclinava sobre o colchão, soprava fraquinho em seu ouvido e deixava um beijo em suas costas. Ele dizia que aquele era seu despertador favorito e aquela rotina era uma das coisas que o Yoo mais gostava no seu dia.

Mas naquela sexta-feira, mesmo isso parecia um pesadelo.

Ele chegou cedo ao trabalho e Yeonjung, na recepção, o cumprimentou com simpatia, como em todos os outros dias. Kihyun estava atolado com um projeto e preferiu não sair para almoçar, tendo feito um lanche breve enquanto ainda trabalhava. Por isso apenas no fim da tarde, quando tudo já estava pronto, ele percebeu que seu celular tinha algumas chamadas perdidas.

Uma delas era de John, que foi seguida de uma mensagem curta ainda pela manhã.

"Baby, vou sair com os rapazes hoje, é aniversário do Jae", ele avisou.

Kihyun respondeu com um ok, sem fazer muito caso, porque ele sabia até mesmo onde os amigos de John gostavam de ir durante aquelas comemorações. O problema foram as outras mensagens do número desconhecido.

"Você é Yoo Kihyun?", uma das mensagens dizia "Eu preciso muito falar com você, me chamo Yoorim. Você pode me encontrar para o almoço? Talvez um café..." a última mensagem, no entanto, foi o que o deixou em alerta.

"É sobre o John"

Kihyun nunca tinha ouvido falar naquela pessoa e quando chegou à recepção, ainda confuso e curioso com aquelas mensagens, deu de cara com Yeonjung.

— Kihyun-ssi — a garota chamou — Uma moça veio visitá-lo no almoço. Mas como você não desceu...

— Ela disse o nome? — perguntou, interrompendo.

A mulher procurou pelo bloco de anotações sobre o balcão antes de responder.

— Yoorim — respondeu — Ela insistiu que devia vê-lo, mas eu disse que estava ocupado.

— Obrigado, Yeonjung. Eu vou resolver isso agora.

Pela urgência, e pelos horários das mensagens, Kihyun preocupou-se de que algo houvesse acontecido com o namorado. Por isso, em vez de simplesmente responder a mensagem, optou por fazer uma ligação para o número desconhecido enquanto deixava o prédio.

— Alô — disse, assim que a chamada foi atendida — Aqui é Yoo Kihyun. Você me mandou mensagens. Aconteceu alguma coisa?

— Aconteceu — a resposta veio sem nenhum cumprimento e clara o bastante para que Kihyun percebesse que a voz não saía apenas do aparelho.

Ao se virar na calçada, ele percebeu. A mulher ergueu o celular e então desligou a chamada, antes de se aproximar.

— Você tem um tempo?

Embora as perguntas tenham vindo como uma enxurrada assim que a viu, perguntando sobre a integridade física no namorado, Yoorim garantiu que nada havia acontecido com ele e insistiu para que fossem para um lugar mais calmo. Ela parecia até mesmo um tanto aborrecida enquanto o Yoo demonstrava tanta preocupação.

Apenas quando se sentaram dentro de uma cafeteria, a mulher empurrou para ele o próprio celular e disse a ele que devia ler todas as mensagens. Kihyun, ainda com a expressão desconfiada e confusa, inclinou a cabeça para fazer o que ela pedia sem tocar no aparelho sobre a mesa, de início.

Eram diversas mensagens carinhosas, utilizando um apelido conhecido.

— O que é isso? — ele perguntou, seriamente e a mulher confirmou depois de um suspiro que aquelas mensagens eram de John.

— Nós vínhamos nos relacionando há mais ou menos três meses — ela explicou — Nos conhecemos em outra cidade. Ele disse que estava viajando à trabalho. Mas... Comecei a ficar desconfiada de algumas coisas.

A mulher explicou como ele parecia confundir o gênero dela ao enviar mensagens, passando a usar apelidos sem gênero depois dos ocorridos, como sumia completamente durante à noite a menos que estivesse em sua cidade assim como se recusava a levá-la até a casa dele sob diversas desculpas. Também a havia convencido de que ele não possuía redes sociais porque não gostava de usar. Essa, no entanto, foi sua maior falha já que a moça havia ouvido o som da notificação em uma das vezes em que ele havia ido passar a noite com ela.

Enquanto tomava coragem para rolar as mensagens para baixo no celular da garota, Kihyun fazia uma conta mental percebendo que os dias onde eles marcavam encontros eram exatamente os dias em que ele estaria supostamente indo viajar a trabalho.

Por último, a mesma mensagem que havia enviado para o Yoo estava no celular dela, sem nenhuma resposta.

— Como vou saber que isso é real? — ele ergueu o queixo; nervoso, mas ainda orgulhoso demais para se mostrar quebrado.

Yoorim, então, saiu do aplicativo de mensagens e entrou na própria galeria de fotos, mostrando as diversas que havia tirado com John.

— Eu postei algumas dessas, mas ele disse que não tinha redes sociais — explicou mais uma vez — Procurei pelo nome dele na conta de uma amiga, e percebi que não o encontrava pela minha própria porque ele tinha me bloqueado para que eu não o encontrasse. Foi então que eu vi você.

Kihyun ergueu o olhar do celular, com todas aquelas fotos e encarou a mulher que mordeu os lábios, parecendo magoada e triste.

— Eu não sei que decisão você vai tomar agora — ela disse, de forma suave — Mas eu precisava te contar ou nunca iria viver em paz com a minha consciência. Eu não o confrontei ainda porque fiquei com medo de que ele apagasse tudo e me fizesse passar por mentirosa, mas agora mesmo, eu vou acabar com tudo isso — ela pegou de volta o aparelho celular — Me desculpe. Eu não queria fazer parte de uma coisa tão suja.

Kihyun não a respondeu. A mente trabalhava, perguntando-se há quanto tempo John vinha fazendo aquele tipo de coisa no último ano, que era o tempo de relacionamento que tinham.

Haviam passado a morar juntos depois de seis meses e Kihyun, mesmo sendo tão cirúrgico, jamais havia desconfiado do namorado. No entanto, não seria cego o suficiente para não acreditar em todas as provas que aquela mulher havia exposto.

E não existia nada que Kihyun odiasse mais do que traição.

Quando eles deixaram o estabelecimento, Kihyun foi direto para dentro do carro e socou o volante tantas vezes que machucou os nós dos dedos. Recebeu uma ligação do melhor amigo, Minhyuk, questionando sobre seu atraso porque tinham combinado de se encontrar naquele dia e acabou despejando sobre ele todas as informações com tanto ódio e de forma tão atropelada, que o outro quase não conseguiu entender.

— Kihyun, onde você está? — o Lee perguntou, do outro lado da linha, nervoso.

— Estou indo matar aquele imbecil — respondeu e ouviu apenas seu nome ser chamado novamente, sem tempo para dar ouvidos a qualquer conselho sensato.

Desligou a chamada e dirigiu de modo inconsequente pelas ruas até parar diante do pub conhecido. A tarde já havia ido embora e ele sabia que ainda que fosse relativamente cedo, o namorado já devia ter chegado com os amigos para comemorar.

As mãos ainda tremiam e ele ignorou as novas chamadas de Minhyuk, entrando de uma vez no lugar. Não estava tão cheio ainda e Kihyun deu passos duros por todo o lugar enquanto procurava pelo outro e, como um estalo, o viu do outro lado do balcão do bar, de costas para si.

Ele deu uma risada de puro ódio enquanto seguia firmemente até alcançá-lo. Não houve palavras. Ele apenas pesou a mão no ombro forte e virou-o sem esperar nem mesmo um segundo para descer a outra palma com tudo em seu rosto.

O barulho foi tão alto que sobressaiu a música do ambiente e todos ao redor olharam em sua direção. Kihyun estava prestes a gritar, a fazer a cena que fosse preciso.

Mas as palavras sumiram de sua boca enquanto os olhos escuros o encaravam de volta; o rosto vermelho em completo choque.

Porque aquele não era John.

///

ROI

Espero que você tenha gostado, meu bem.

E a todos que chegaram também. O próximo sai na sexta-feira. 

Beijo e até lá <3

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