Touch Me (Romance Lésbico)

By becccsstory

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(Conteúdo adulto. História original.) Emma está indo para a faculdade em uma nova cidade, longe de tudo que e... More

Personagens
Notas
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Agradecimentos
OFF - Grupo no Whatsapp

Capítulo 19

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By becccsstory

- O que a gente vai fazer? – Melinda perguntou com a voz abafada em seu pescoço.

Elas haviam acordado há pouco tempo, estavam nuas na cama, apenas aproveitando o momento, trocando carinhos e carícias, até que Melinda resolveu quebrar o silêncio com essa pergunta que Emma não sabia a resposta.

- Eu não sei.

- Você acha que teria alguma forma de... eu não sei, dar certo?

Emma suspirou fundo.

- Melinda, já tivemos essa conversa várias vezes. Eu não quero ter um relacionamento a distância.

- Eu sei... – a tristeza no tom de Melinda era inconfundível.

O coração de Emma apertou um pouquinho quando ela se percebeu naquela situação de novo.

Ver Melinda de novo, ter Melinda de novo, só fez com que todo o seu sentimento se reacendesse e agora ela tinha que passar por todo o processo de superação mais uma vez. Não que ela tivesse superado antes, mas agora seria ainda mais difícil.

Emma se perguntou se tudo aquilo era uma boa ideia. Ela não negaria que gostou da visita, que sua noite com Melinda foi incrível e que fez tudo valer a pena, mas um choque de realidade a invadiu naquele momento.

Por mais que Emma não quisesse pensar nisso, iria acontecer. Melinda voltaria para Stanfield, continuaria vivendo sua vida, sem ela. Elas voltariam ao mesmo ponto em que estavam quando se despediram da última vez.

Emma não tinha certeza se aguentaria passar por isso outras vezes. Por essa pequena tortura sempre que Melinda resolvesse visita-la. Como seguiriam em frente? Como viveriam suas vidas? Como superariam tudo aquilo? Seria impossível... Emma não podia ser egoísta a esse ponto. Ela sabia o quanto Melinda necessitava de alguém sempre com ela, lhe dando a atenção que ela merece, mas esse alguém não tinha como ser ela.

Como tudo isso passando em sua cabeça ela chegou à conclusão mais óbvia que ela poderia ter.

- Isso não pode mais acontecer...

Melinda a olhou, confusa.

- Como assim?

Emma queria olhar para ela, de verdade, mas não conseguia.

- Isso... A gente. Suas visitas. Não vai ser bom para nós duas. Eu quero que você siga em frente, quero que você seja feliz, e você não vai conseguir se isso continuar acontecendo. Não posso te prender a mim, não é justo. Precisamos colocar um ponto final nisso, Melinda. Não é justo para nós duas.

Dessa vez Emma a olhou. Ela esperou uma Melinda chorosa, com o rosto avermelhado e lágrimas escorrendo, mas não foi isso que viu.

- Eu sei. – Melinda sussurrou. – Eu sei de tudo isso. Eu só... – ela engoliu seco. – Queria que tudo fosse diferente.

- Eu também queria, acredite.

- Nós vamos ficar bem.

- Sim, vamos. – Emma concordou, apesar de não acreditar cem por cento nisso naquele momento.

- Eu vou pensar em você todos os dias da minha vida. Para sempre.

Emma franziu a testa e negou com a cabeça, sem querer acreditar naquilo, era melhor para sua saúde mental.

- Não diga isso. Se lembrar de mim ocasionalmente eu já fico feliz.

Melinda riu baixinho, uma risada triste, enquanto acariciava o seu rosto e lhe observava.

- Você marcou minha vida, Emma.

- E você a minha.

- Agora me beija de novo, pra eu lembrar desse beijo pra sempre.

Emma sorriu com os olhos e a beijou calmamente. Decorando cada movimento de sua boca e de sua língua, decorando seu gosto, seu toque, e percebeu nesse momento que o que Melinda falou não era exagero. Ela realmente iria lembrar dela todos os dias de sua vida.

Emma tinha o dia de folga, já que ela andava se esforçando tanto Madison não se importou em lhe conceder o dia para ela curtir com seus amigos. E foi isso que ela fez. Mesmo não tendo muito o que se fazer naquela pequena cidade. Ela tentou não focar no inevitável e aproveitaria os últimos momentos com seus amigos e com Melinda.

Por mais que Emma não quisesse pensar nisso, acabou acontecendo, o dia passou, o tempo passou e eles logo foram embora. Ela se sentiu vazia de novo. Aquela mesma sensação de quando ela tinha voltado há dois meses atrás. Se perguntou se seria melhor que nada daquilo tivesse acontecido. Talvez sim.

Emma não estava planejando isso, mas Melinda e ela se falaram por uma semana inteira, todos os dias, quase que o tempo todo, até que Emma percebeu mais uma vez que isso só iria lhe machucar mais. De novo elas tiveram que passar pelo processo de pararem de se falar todos os dias, de dependerem uma da outra, porque a distância era uma inimiga infalível nesse relacionamento.

- Você quer ir pra uma festa comigo?

Alexia tirou Emma de seu devaneio enquanto ela limpava o interior de um copo por mais de cinco minutos.

- Você quer mesmo ir pra uma festa comigo? – em três meses que elas se conheciam essa era a primeira vez que Alexia chamava Emma para algo, e foi realmente inesperado.

- Não muito, mas eu não sou tão má, quando eu vejo uma pessoa triste eu tento ajudar e... Ok. Não é nada disso. Eu só quero ir com alguém e fazer ciúmes pra minha ex namorada.

Emma deu uma risadinha mesmo sem ter achado graça.

- Você tem uma ex namorada?

- Qual a surpresa? Acha que é a única lésbica na face da terra?

Mais uma risadinha.

- Não, só to surpresa de não saber disso antes.

- Se não quiser ir pode continuar vivendo como um robô todo dia pensando na sua ex que ta vivendo a vida dela em outro estado. Você quem sabe.

Alexia era realmente cruel quando queria, mas Emma estava começando a se acostumar com isso. Não era a primeira vez que ela falava algo do tipo sobre Melinda, desde que Emma havia desabafado uma única vez com ela, o que claramente foi um erro. Mas no fundo Emma sabia que Alexia estava certa. Não tinha que parar de viver por causa de todo o ocorrido. Se a única forma de viver no momento era ir para uma festa com uma garota que era a rainha da grosseria só pra fazer ciúmes para sua ex namorada, que seja. Emma não viraria um robô.

- Ok. Onde vai ser?

- Vou te passar meu endereço por mensagem, esteja lá às 22h de amanhã. Não precisa se arrumar muito, é algo casual.

Era segunda feira, o Poison não abria nas segundas, Emma poderia ficar bebendo cerveja sozinha e assistindo tv por horas como fazia em todas as suas folgas, mas hoje seria diferente. Ela estava estranhamente animada para aquilo.

Ela chegou na casa de Alexia dez minutos depois do combinado e com certeza já seria o suficiente para uma reclamação. As reclamações de Alexia eram tão frequentes no trabalho que Emma já não se importava mais, havia acostumado.

Emma estava esperando com o motorista de aplicativo dentro do carro quando Alexia saiu pela porta de sua casa. Emma nunca tinha visto Alexia sem as roupas do trabalho ou roupas do dia a dia, e a vendo agora com um curto vestido preto e usando maquiagem era quase difícil de lhe reconhecer, parecia uma irmã gêmea, só que simpática, ela até tinha um pequeno sorriso nos lábios avermelhados.

Emma saiu do carro e manteve a porta aberta para Alexia entrar.

- Obrigada. – Alexia sorriu com os olhos, agradecendo e entrando no carro.

Emma ficou confusa com aquela reação, não era o que ela esperava, mas entrou no carro mesmo assim, se sentando ao lado de Alexia.

- Ok, quem é você e o que você fez com a Alexia?

O motorista iniciou a viagem. Quando Alexia riu Emma ficou ainda mais confusa. Ela parecia outra pessoa. E seu perfume era incrível.

- Você sorri? Sério, quem é você?

- Eu estou de bom humor.

- Algum motivo em especial?

- A Megan vai ver que eu estou muito bem sem ela e vai dar uma boa olhada no que perdeu. Mal posso esperar.

Emma revirou os olhos.

- Por um momento eu esqueci o motivo de você estar indo pra essa festa.

Alexia não respondeu, apenas deu uma nova olhada no espelho, se ajeitando, se é que tivesse algo fora do lugar.

- Há quanto tempo vocês terminaram?

- Dois meses.

- É recente. Mas qual foi o motivo?

- Você é muito intrometida, não acha?

E ali estava ela, a velha e insuportável Alexia, por baixo daquela maquiagem bem feita e daquele vestido decotado.

- Enfim, em certo momento da festa, eu quero que você me beije, espere pelo meu sinal. Tenho que pensar numa palavra chave...

- O que? Eu não vou te beijar.

- Porque não? – Alexia bufou de raiva. – Foi pra isso que eu te chamei, pra fazer ciúmes a ela. Você precisa colaborar.

- Sem beijo. Eu não vou fazer isso.

- Um selinho?

- Alexia, não.

- Emma! Por favor!

- Não adianta. Pra começo de conversa você nem merece um favor meu. Já estou fazendo muito te acompanhando nessa festa.

- Você é insuportável.

- Aprendi com a melhor!

As duas viraram os olhos e Emma se arrependeu naquele momento de ter aceitado esse maldito convite, mas era tarde demais. Felizmente levou apenas uns cinco minutos para elas chegarem no local da festa. Quando elas desceram do carro, Emma olhou ao redor. Nunca tinha visto esse local antes, talvez porque na época em que ela morava na cidade ela era muito nova pra frequentar lugares como esse. Era um parque perto de um extenso rio, havia uma grande fogueira e luzes penduradas em árvores. Uma cabine de Dj era responsável pela música eletrônica que tocava. Por um pequeno momento de devaneio ela procurou seus amigos com os olhos. Idiota.

- Ok. Hora de deixar nossas diferenças de fora e fingir que nos gostamos, ok? - Alexia falou enquanto ajeitava seu decote.

- Sem beijo.

- Eu entendi da primeira vez que você falou, não sou surda.

- Que bom pra você.

Alexia suspirou.

- Essa vai ser uma longa noite...

- Concordo.

Depois daquilo, Alexia se transformou em uma pessoa completamente diferente. Elas foram andando ao redor, Alexia cumprimentava seus amigos e conhecidos com um sorriso de orelha a orelha, apresentando Emma (algumas vezes) enquanto não achava seu alvo principal. Ela se quer disfarçava que estava procurando a tal da Megan, perguntando a todo mundo que ela falava se tinha a visto.

Emma conseguiu umas bebidas fortes para aguentar a noite, mas sabia que não ia durar muito naquele lugar. Por mais que a vibe fosse legal, a música ok e as pessoas simpáticas, Alexia conseguia estragar tudo com sua ignorância quando elas ficavam sozinhas, então Emma começou a evitar isso.

- Megan!

Emma olhou em direção à garota que Alexia chamava tão simpaticamente enquanto terminava mais um copo de bebida. Megan era uma garota bonita, tinha longos cabelos escuros que batiam em sua cintura, mas suas roupas não eram nada femininas. Megan se aproximou, com uma acompanhante.

- Há quanto tempo! – Alexia a abraçou forçando simpatia, mas Megan parecia estar na mesma que ela.

- Ei, sumida! Como está?

- Eu estou ótima! Tudo está indo muito, muito bem. E você? – Alexia tentou ser o máximo convincente ao falar isso.

- Tudo certo.

- Oh! – Alexia virou para Emma. – Essa é Emma, minha...

- Amiga. – Emma a interrompeu e estendeu a mão, Megan apertou de prontidão. – Prazer em te conhecer.

Alexia olhou para Emma sorrindo como uma psicopata e arregalou um pouco os olhos, como uma ameaça. Emma apenas sorriu.

- Essa é a Peach. É a minha... Quem sabe, futura namorada? – Megan sorriu e olhou para a sua acompanhante com um olhar apaixonado, se aproximando dela quase lhe beijando. A tal da Peach sorriu envergonhada.

- Bebê... Para, eu sou tímida. – ela sussurrou. – Prazer em conhecer vocês.

- Igualmente. – Emma falou para quebrar o gelo.

- Bom, agora eu vou... Eu tenho que ir... Ali. Foi muito bom te ver de novo, Megan.

Alexia mantinha o sorriso de orelha a orelha, mas logo se virou e saiu andando com pressa. Emma podia apostar que o sorriso não durou um segundo depois que ela se virou.

- Ela é a...

- Alexia, a própria.

- Oh, ta explicado.

O casal fuxicava, mas não baixo o suficiente. Emma franziu o cenho tentando entender o que se passava ali. Ela deu um sorriso falso para o casal como uma despedida e logo foi atrás de Alexia, que foi para longe, se escondendo atrás de uma árvore. Quando Emma se aproximou, ela podia ouvir os pequenos soluços.

- Ei...

- Me deixa em paz, não preciso ouvir gracinhas agora.

Alexia tentava enxugar as lágrimas sem borrar sua maquiagem.

- Eu não vou falar gracinhas. Eu só...

Alexia respirou fundo.

- Eu estou bem, sério, não se incomode. Só preciso respirar um pouco.

- Quer um pouco? – Emma ofereceu seu copo que estava quase vazio, mas o que importava era a intenção.

- Não, eu não bebo.

Mais uma franzida de testa para Emma, que não sabia dessa informação sobre Alexia. Todo dia aprendendo uma coisa nova.

Emma não deveria se importar, mas não estava gostando de ver Alexia nesse estado. Sabia o quanto era ruim sofrer por um amor impossível, mais do que ninguém.

- Olha... – ela bebeu o resto da sua bebida antes de continuar. – Não fica assim. Você não pode dar esse gostinho pra elas. A gente veio aqui pra você mostrar a ela que você está bem, não é? – mesmo claramente sendo uma grande mentira, pensou Emma, mas não falaria. – Então engole o choro, levanta essa cabeça e vamos pra lá. Você vai dançar, conversar, mostrar que precisa de muito mais pra te abalar. Ok? Ela não pode ganhar.

Alexia respirou fundo, dessa vez com o choro mais controlado. Depois de se ajeitar mais um pouco ela olhou para Emma.

- Ok. Você tem razão uma vez na vida. – uma ajeitadinha no vestido e no decote. – Como eu estou?

- Deslumbrante. A garota mais linda da festa.

Alexia virou os olhos e Emma percebeu que ela estava se recompondo.

- Também não precisa exagerar.

Ela não estava exagerando.

- Ok, você está bonitinha. Agora vamos pra lá.

Enquanto elas andavam de volta, Alexia tentava disfarçar sua cara de choro, mas estava imperceptível.

- Levanta a cabeça. – Emma a lembrou.

Alexia obedeceu. E o resto da noite foi muito diferente do que Emma esperava. Elas se divertiram (ou apenas fingiram), dançaram (ou tentaram) e beberam (bom, Emma bebeu. Pelas duas, diga-se de passagem).

Em um canto a ex de Alexia e sua atual estavam abraçadas, trocando beijos e carícias. Estaria tudo bem, mas Megan vez ou outra fuxicava com sua namoradinha e olhava para Alexia, seguido de várias risadinhas. Emma virou o restante de bebida que tinha em seu copo. Ela queria ir lá e tirar satisfações com a garota, mas não valeria a pena, isso só faria Alexia ficar pior. Então fez o que não planejava fazer antes.

Emma foi até Alexia, segurou firme em sua nuca e a virou, dando uma boa visão para Megan e sua namorada.

- Emma? – Alexia ficou confusa no primeiro segundo, mas logo sorriu, entendendo o que Emma estava fazendo.

Ela sorriu de volta e beijou Alexia da melhor forma que pôde, dando um pequeno show não só para Megan, mas pra quem tivesse perto. Alexia agarrou sua blusa e a puxou com vontade, devolvendo o beijo com intensidade.

Por um momento Emma esqueceu do motivo daquele beijo e apenas aproveitou. Alexia tinha a boca delicada, mas sabia exatamente o que estava fazendo. Explorando a boca de Emma com a língua ousada.

O beijo durou mais do que o esperado e Emma não soube realmente o motivo, mas elas se beijaram várias vezes durante a festa. Em certo momento elas já não estavam mais vendo Megan ou se quer pensando sobre ela, mas continuavam a se beijar intensamente sem motivo aparente, além daquele de que os beijos estavam sendo melhores do que elas esperavam.

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