Stupid Wife (RABIA)

By ataradahh

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Você já se imaginou casada com alguém que você nunca suportou na vida? Rafaella Kalimann também nunca havia... More

Capítulo 01
Capítulo 03
Capítulo 04
Capítulo 05
Capítulo 06
Capítulo 07
Capítulo 08
Capítulo 09
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40

Capítulo 02

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By ataradahh


Minha cabeça estava latejando. Eu sentia meu corpo pesado, dolorido como se um caminhão tivesse passado por cima de mim.

Que porra de sonho foi aquele noite passada?

Abri meus olhos e me arrependi, a luz forte do quarto incomodou meus olhos. Voltei a fecha-los já xingando Renata mentalmente, com certeza devia ter sido ela que veio aqui e deixou a luz acesa. Quero saber quando ela irá parar com essa mania estúpida. Levantei da cama com os olhos meio fechados mesmo, entrei no banheiro e arranquei minhas roupas. Que horas são agora?

A água quente bateu contra meu corpo, gemi de satisfação. Era tudo que eu precisava. Abri meu olho esquerdo e procurei pelo sabonete. Desde quando essa bosta é azul? Ontem era laranja. Renata! Tenho certeza, ela precisa parar de invadir meu espaço. Esfreguei o sabonete nas mãos formando uma espuma, voltei a colocar o sabonete na saboneteira e passei as mãos com espuma pelo corpo, primeiro o quadril, barriga e subi para os... Espera aí! Arregalei os olhos e olhei para baixo.

― Meu Deus, eu tenho peitos! Eu tenho peitos. - eu estava incrédula, desde quando eu tenho peitos tão grandes e macios? ― Caralho! Que merda é essa? Será que eu ainda estou sonhando?

Eu estava assustada e hipnotizada ao mesmo tempo. Se isso é um sonho eu não quero acordar agora, é ótimo ter peitos tão gostosos de pegar assim. Fiquei os massageando com minhas mãos. Cara, isso é gostoso. Apertei meus mamilos entre meu dedo polegar e o indicador e os apertei, céus! É tão bom. Estava prestes a gemer quando ouvi a porta ser aberta, arregalei os olhos e soltei meus peitos imaginários, nem tão imaginários agora. Virei-me por reflexo, mas me logo arrependi.

― O que você tá fazendo aqui? - Bianca abriu e fechou a boca algumas vezes, seu olhar não saia do meu corpo nu e só então me dei conta da minha nudez. Minhas bochechas coraram e eu tentei me tampar da melhor forma possível. ― Bianca! Sai daqui, estrupício!

Eu queria gritar com ela e xinga-la, mas estava envergonhada demais para isso. Será que ela me viu massageando os peitos? Oh meu Deus, eu nunca mais vou conseguir olhar na cara dela outra vez. Se bem que isso não é de todo ruim.

― Eu-eu... Okay.

Derrotada e de ombros baixos ela virou-se e saiu do banheiro de cabeça baixa, mas voltou apenas para colocar uma muda de roupa em cima do cesto de roupas sujas. Bufei e neguei com a cabeça, essa garota está ficando louca. Eu quero saber quem foi o idiota que deixou ela entrar na minha casa.

Voltei ao meu banho, mas dessa vez não quis tocar naqueles airbags, eu faria isso depois. Apenas tomei meu banho e depois sai do box, me aproximei do cesto de roupas sujas, receosa eu peguei a muda de roupas que a psicopata deixou aqui para mim. Que louca.

Coloquei as peças íntimas sem nem me importar se eram minhas, mas deviam ser porque estava no meu quarto. Será que ela fuçou minha gaveta de calcinhas?! Não acredito! Eu vou matar essa garota. Vesti-me com a camisa do Santos, o short de algodão azul escuro e enrolei a toalha nos cabelos. Abri a porta do banheiro cheia de ódio, mas paralisei no lugar. Porra! Era aquele mesmo quarto, ontem não foi um sonho. Quer dizer, eu desmaiei? Bianca me sequestrou mesmo? Oh porra!

Eu preciso ir embora, eu vou lá enfrentar a psicopata e exigir que ela me leve embora daqui. Minha mãe vai falar à beça no meu ouvido por ter perdido o teste de matemática.

Sai do quarto, a casa estava silenciosa. Quem será que mora aqui? Olhei pelas paredes e vi algumas fotos, quem eram aquelas pessoas?

- Essa parece a Manu, será que é Tia Daniela? Espera, por que tem uma foto da Tia Dani mais nova aqui?

Continuei olhando e vi Mariana, ou seria algum sósia dela mais velha? Que porra de lugar é esse?

Estava ocupada tentando pensar em alguma explicação, buscando na memória de quem talvez poderia ser aquela casa e porque tinha foto daquelas pessoas ali. Uma me chamou a atenção, era uma daquele mesmo menino que eu vi ontem, ou mais cedo, não sei. Ele está sentado no colo de uma mulher e... Espera! Soso? Mas isso é impossível, Sofia só tem 5 anos.

Quem é essa cópia mais velha da minha irmã mais nova?

Agora era certo, eu estava morrendo de medo. De repente uma alta campainha ressoou pela casa, é a minha chance. Corri em direção a escada, desci os primeiros degraus com cautela. E se for algum comparsa de Bianca?

- Você disse que iria comigo lá ver as coisas do Toni, Bianca, não fura comigo.

Mari! É agora, minha chance de fugir daqui. Desci o resto dos degraus correndo, só ele poderia me ajudar. Ouvi a voz de Bianca e a segui, logo cheguei em uma - enorme - sala de estar, Bianca falava e gesticulava para... Mari? Mas ela não era tão alta assim ontem na escola. Nem estava com os cabelos curtos, mas ela pode ter cortado, né Rafaella? Duuuh.

- Mari?

O chamei curiosa, ao ouvir minha voz os dois se calaram. Mari virou-se para mim e sorriu. Puta. Merda. Mas o quê? Desde quando ela parece tão mulher assim?!

― Rafaellinha, boa tarde. - veio em minha direção e me puxou para um abraço, ela estava mais forte também. Não retribui o abraço pois estava assustada demais. ― Será que você pode convencer a sua esposinha querida a me ajudar nas compras dos moveis para o quarto do Toni? O afilhado de vocês e minha esposa irão agradecer se formos logo.

Mas de que porra ele estava falando? Esposa? Minha esposa? Esposa dela? Quando ela se casou? Quando que...

- Que porra de brincadeira estúpida é essa?

Esbravejei fazendo-o saltar e me olhar sem entender. Ouvi Bianca suspirar pesado, mas estava ocupada demais tentando entender que porra de universo paralelo era aquele.

― Era isso que eu estava tentando te contar, irmã. - Bianca se pronunciou, olhei para ela que estava com o olhar perdido. ― Rafaella não está se sentindo bem hoje, eu não sei o que houve.



― O que houve? Sua estúpida, você me sequestrou e me drogou, isso houve! Tentei avançar para cima dela, que se encolheu surpresa, senti braços firmes em minha cintura. Era Mari me impedindo de matar a irmã dela.

Drogas te fazem alucinar tanto assim?

― O que houve? Como assim a Bianca te drogou e te sequestrou? Rafaella, por que ela faria isso com a própria esposa?

Mari soou brincalhona, Bianca deu um sorriso amarelo e assentiu com a cabeça como se concordasse com ela. Mas o que porra?!

― Você também está tirando uma com a minha cara? Desde quando eu sou casada com aquele estrupício ali?

Me soltei dela completamente revoltada, nem me importando com a expressão aparentemente magoada de Bianca. Por que elas estão fazendo essa babaquice comigo?

Mari tinha seu cenho franzido, parecia confusa. Olhou para Bianca e depois para mim, segurou minha mão esquerda e a levantou, deixando bem visível a gritante aliança de ouro em meu anelar esquerdo. Mas. Como. É. Que...?

― Desde nove anos atrás quando você disse sim?

Falou como se fosse óbvio. Meu estômago embrulhou na hora, outra vez. Senti que iria pôr tudo para fora e me afastei dela, mas ao invés de vomitar, eu apenas apaguei outra vez.

Lá vamos nós de novo.

//

Eu ouvia um monte de vozes, eu não conseguia identificar nenhuma. Por que meu corpo parece pesar uma tonelada. Onde estou?

- Rafaella? Você pode me ouvir?

Abri meus olhos e pisquei algumas vezes até me acostumar com a claridade. Minha visão demorou um pouco a focalizar, mas logo pude enxergar um cara loiro, vestido com um jaleco branco... Eu estou num hospital?

- Onde eu... - Senti minha garganta doer, pigarrei e me ajeitei melhor na cama - Onde eu estou?

- Você está no Hospital. - Uma mulher negra, o médica no caso. Ela é linda . - Eu sou a Dra. Thelma, ainda bem que você acordou. Sua esposa não para de perguntar por você.

Ela me informou e eu travei a mandíbula. Até ele com essa ideia de esposa? Mas que...

- Eu não tenho esposa nenhuma, não tenho nem idade para casar. Nem cursei minha faculdade ainda.

A Dra. Thelma me olhou confusa, leu algo na prancheta em suas mãos e depois veio para perto de mim. Ele começou a medir minha temperatura com uma mão, eu estava tentando entender aquele lance todo. Qual o problema das pessoas com minha temperatura?

- Você está sentindo alguma coisa? - neguei com a cabeça, eu só queria ir embora logo. - Rafaella, me diz uma coisa. - A Dra. sentou na cadeira ao meu lado, olhei curiosa para ela. - Qual é a última coisa que você se lembra?

Franzi o cenho, que diabo de pergunta era aquela?

― Eu me lembro de ter acordado essa manhã numa casa desconhecida com uma psicopata que todos ao redor insistem em dizer que é minha esposa.

Falei tudo num fôlego só. Eu só quero ir para casa, quero meus pais, minhas irmãs chatas. Eu nunca mais vou reclamar da minha vida, eu só quero tudo de volta no mesmo lugar.

― Antes, o que você lembrava quando acordou?

Estou confusa... Mas isso deve fazer parte de algum diagnóstico ou exame, sei lá.

― Eu me lembro de ter pegado carona com a psicopata que vocês dizem ser minha esposa, depois eu deitei na minha cama e apaguei... E ai, eu acordei naquela desconhecida essa manhã e está tudo estranho, as pessoas que eu conhecia parecem mais velhas e... O que está acontecendo?

Confesso que estou desesperada. Por que tudo parece tão estranho? Por que as coisas não parecem em seus devidos lugares? Por que eles insistem em me tratar como se eu fosse outra pessoa?

― Okay. - Dra. Thelma anotou algo em sua prancheta e depois se levantou. ― Eu vou chamar sua esposa e seus pais, acho que precisamos ter uma conversa.

Ela não é minha esposa! Mas espera... Meus pais? Ótimo! Vou poder voltar para casa.

Estava ansiosa, agora eu até sorria. Dra. Thelma abriu a porta e chamou pelos meus pais e pela psicopata. Primeiro a entrar foi Bianca, ela sorriu sem jeito e eu fechei minha cara. Depois foi a vez da... Mãe? Por que a senhora parece tão velha?

― Mãe?

Quase gritei, minha mãe, ou seja lá quem for essa pessoa, abriu um enorme sorriso e rapidamente até mim. Ela me abraçou com força e eu olhei por cima do ombro. Meu pai está grisalho desde quando?!

― Minha filha, que bom te ver acordada. Você nos deu um baita susto sabia? Quando Bianca me ligou eu achei que tinha acontecido o pior.

Minha mãe? Segurava meu rosto em suas mãos, seus olhos brilhavam por trás do óculos de grau. Ela parece feliz em me ver, isso é bom.

― Não nos assuste assim, Rafinha.

Papai veio até mim e bagunçou meus cabelos. Eu ainda estava tentando assimilar que meus pais envelheceram pelo menos uns dez anos em uma noite só. Como?!

― Sr. e Sra. Kalimann, nós precisamos conversar sobre o caso de Rafaella. - Dra. Thelma disse e meus pais assentiram, logo dando as mãos e olhando para mim. Sorri mesmo confusa. ― Você também, Srta. Kalimann-Andrade.

Chamou por Bianca? Kalimann-Andrade? Mas o que porra?

― Kalimann-Andrade? Como é que é?!

Explodi, estava cansada dessa bosta toda. Se até meus pais estão participando disso deve ser um tipo de BBB, porque até envelhecer eles, envelheceram. Mamãe e Papai olharam confusos para mim, Bianca estava mais chateada do que confusa.

― É sobre isso que eu quero conversar.

― Rafaella, por que está falando assim com sua esposa?

Minha mãe repreendeu-me com o olhar. Mas como ela pode dizer isso? Por quê?

― Sra. Kalimann, sua filha está sofrendo de um caso de perda de memória a longo prazo.

Cruzei meus braços ouvindo toda aquela baboseira, queria ver até onde eles levariam essa merda toda. Olhei para os lados em busca de alguma câmera, mas não encontrei nada. Onde elas estão?

―... e tudo que ela se lembra é de estar no colegial, foi o que ela me disse.

― Eu estou no colegial!

Exclamei impaciente, Dra. Thelma apontou com a cabeça para mim e meus pais olharam para mim, Bianca também mas, ela não conta. Os rostos deles três tinham a mesma expressão: medo e surpresa.

― Rafaella em que anos nós estamos?

― Em 2006.

Respondi como se fosse óbvio e revirei os olhos. Que saco. Bianca abaixou a cabeça e mamãe levou as mãos até a boca. Que porra é essa?

― Rafaella - Dra. Thelma veio para perto de mim e sacou um aparelho celular de dentro do bolso. Ei! Quando lançaram celulares tão finos assim? Aquilo era um celular? ― Por favor, leia em voz alta em que data estamos.

Meus olhos faltaram saltar das órbitas.

― Ci-cinco de novembro de dois mil e vinte?! Que merda é essa?

Gritei exasperada, amedrontada. O que era aquilo? Que porra era essa? De onde saiu esses celulares finos, por que mudaram as datas do calendário?

― Nós estamos em dois mil e vinte, filha.

Papai disse quase sem voz, mamãe já estava chorando agarrada ao pescoço dele e Bianca... Eu podia ver seus ombros balançando conforme ela soluçava.

Que cena toda é essa? Eles deveriam ser atores.

― Você está querendo me dizer que eu dormi durante quatorze anos? - minha voz era sarcasmo puro, já deu esse show. ― Ou melhor, eu me teletransportei para o futuro? Oh meu Deus, chamem a imprensa. Eles precisam saber disso.

Fingi afobação, eu queria que aquela palhaçada toda acabasse logo, só queria ir para casa, aturar a cobrança dos meus pais, minhas irmãs chatas e os professores chatos da escola. E claro, odiar Bianca Andrade, porque sempre foi meu melhor passatempo.

― Não, Rafaella. Você não se telestransportou no tempo, isso nem é possível ainda.

Dra. Thelma esclareceu. Rolei os olhos e bufei, minha cara deveria ser puro tédio.

― Então o que aconteceu com os quartoze anos que se passaram sem eu ver?

A Dra. respirou fundo e olhou para os meus pais e Bianca antes de voltar a olhar para mim e responder completamente sério, tão sério que chegou a me fazer arrepiar.

― Eles sumiram da suamemória, você simplesmente não se lembra de nada do que aconteceu nos últimos quatorzeanos

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