Todo machista será castigado...

By EvaKautora

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Em homenagem ao dia dos pais, postei uma história especial com um papai gostosão, mas sem noção! Dia 08/08/20... More

APRESENTAÇÃO
SINOPSE
CAPÍTULO 1 - PRIMEIRA MANCADA
CAPÍTULO 2 - O NÍVEL DA ENCRENCA
CAPÍTULO 3 - ENCONTRO FATAL
CAPÍTULO 5 - PARTE 1 - ENTRE A CRUZ E A ESPADA
CAPÍTULO 5 - PARTE 2 - QUEM EXPERIMENTA, NÃO ESQUECE JAMAIS
CAPÍTULO 6 - DOIS PESOS E DUAS MEDIDAS
CAPÍTULO 7 - PALAVRAS PRONUNCIADAS NÃO VOLTAM
CAPÍTULO 8 - COMENDO O PÃO QUE A DIABA AMASSOU
CAPÍTULO 9 - FINAL

CAPÍTULO 4 - TIRO NO PÉ

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By EvaKautora

Oiiii!
Neste capítulo, Betina e Débora se unem para encurralar o Gustavo!
Venham ver esse machista imprensado contra uma parede de mulheres poderosas!


Débora

Paro o carro em frente à sorveteria, mas me distraio com uma mensagem do celular.  Enquanto termino de conferir se é algo urgente, abro a porta e saio meio desajeitada com a bolsa em uma mão e o celular na outra. Confirmo que não é nada que precise ser atendido na hora e finalmente olho para o outro lado da rua.

Ergo os óculos de sol para ver melhor e logo localizo a Betina sentada à mesa e foco no seu companheiro para dar uma conferida na figura do tal pai.

Pela santa das mães que amam seus filhos... é o Gustavo. Fico tão surpresa que me enrolo toda com a bolsa, o celular, os óculos de sol e acabo deixando a chave do carro cair na rua de paralelepípedos.

Num ímpeto, eu me abaixo para pegá-las e, só depois, lembro-me do vestido um tanto curto. Céus! Acho que ofereci um espetáculo para o sogro da minha filha.

Olho para ele e vejo uma expressão de assombro, um reflexo da minha própria. Respiro fundo, faço cara de inocente desentendida e caminho com o André em direção a eles.

Ao me aproximar, ensaio um sorriso cortês para cumprimentá-lo. Mas ele ainda parecia perdido, com o olhar arregalado e o queixo caído.

Uau! Acho que nocautiei o sogro do André.

Será que teremos que ressuscitá-lo?

Resolvo dar-lhe algum tempo para se recuperar e opto por cumprimentar a Betina primeiro.

— Oi, Betina! Boa tarde — digo, abaixando-me para trocar beijinhos com ela.

Nesse ínterim, André se aproxima dele e oferece a mão para cumprimentá-lo de forma protocolar.

— Boa tarde, seu Gustavo. Tudo bem? Como está o senhor? — ele pergunta educadamente.

Gustavo, que parece finalmente sair do transe, levanta-se e cumprimenta-o, oferecendo a resposta tradicional:

— Estou muito bem, obrigado.

Eu me aproximo e estendo a mão para ele, puxando sua atenção de volta para mim.

— Ora, ora, se não é o Gustavo Bragança, meu mais novo cliente. Esse mundo é mesmo pequeno e a vida gosta de pregar peças. Eu moro aqui há tanto tempo e ainda não o conhecia. E agora, nos encontramos duas vezes no mesmo dia. Não é irônico? — pergunto.

— Muito irônico... você não faz ideia do quanto... — diz ele de maneira um tanto enigmática enquanto aperta minha mão, olhando fixamente para mim como se estivesse tentando buscar em mim aquela mesma pessoa que havia conhecido de maneira tão diferente pela manhã.

— Não acredito! Então foi na oficina da Débora que você levou o carro hoje cedo, pai? Que massa! Então vocês já se conhecem — intromete-se Betina, entusiasmada.

Gustavo, já senhor da situação, afasta uma cadeira da mesa e a oferece para que eu me sente. André senta-se em outra cadeira ao lado da Betina, passa o braço por sobre o encosto da sua cadeira e dá-lhe um selinho. Esse gesto não passa despercebido pelo pai que torce a boca em desgosto.

Constato que ele não está confortável com aquele namoro. Mas deduzo que a questão não é pessoal com o meu filho. Parece ser um caso típico de ciúme paternal.

— Sim, filha, por coincidência, hoje eu conheci a Débora na oficina. Mas não fazia a menor ideia que era a mãe do André... Aliás, não fazia ideia que o André tinha uma mãe tão jovem...  — ele diz, fazendo um galanteio.

— Pois é, seu Gustavo, minha mãe é mesmo muito jovem... é também linda e maravilhosa — meu filho completa o elogio.

— Haaaa... certos atributos da Débora ele estava mesmo reparando... — Betina diz, rindo-se.

— Filha, pare com isso. Você vai constranger a Débora.

— Que foi, pai? Admita que reparou no "lindo vestido" da Débora — Betina diz, enfatizando o "lindo vestido" com um tom muito suspeito.

— Você acredita, André, que ele me fez trocar de roupa para vir conhecer sua mãe? Ele achou que o meu vestido era curto demais... pode?

Gustavo olha para a filha em total desespero, quase em súplica para que ela se calasse. Mas a Betina tem a língua solta e não tem freios. Eu gosto disso nela. Graças a essa tagarelice, eu capto a situação.

Já sofri muito preconceito e sei o que os homens pensam de mulheres que usam roupas ousadas. Por isso presto meu apoio total a qualquer mulher que tenha sido, de qualquer forma, tolhida de sua liberdade de escolha.

Olhando para a Betina, faço um comentário solidário:

— A roupa é também uma expressão da personalidade da pessoa, Betina. Eu também não gostaria que tentassem me impor algum estilo que não fosse o meu ou me tolhessem a liberdade de escolha — digo, mandando meu recado.

— Espere um pouco, eu não estava tentando impedi-la de se expressar ou ser quem é. Eu só não queria que ela ficasse exposta e se arriscasse a ser mal interpretada — argumenta Gustavo, dirigindo-se a mim.

— É, né, pai... porque, para os homens, mulher de roupa curta é desclassificada, né?  — Betina continua, contando com minha presença ali para dar-lhe suporte.

Resolvo entrar de cabeça na discussão e, para ser bem enfática, levanto-me para mostrar-me toda. Passo a mão pela minha saia, dou uma voltinha em torno de mim mesma, exibindo-me para ele, e pergunto:

— Gustavo, você acha que eu sou desclassificada?

Ele se engasga com a água que estava tomando e fica sufocado, tentando puxar o ar. Quase tenho pena dele, não fosse o fato de que acho bem merecido. Por uma questão de humanidade, eu bato em suas costas e ergo seus braços para que ele volte a respirar. A cena chama a atenção do Tota que vem em seu socorro também. O André se junta a nós e uma certa comoção se forma.

Aos poucos, Gustavo retoma a respiração e se acalma.

— Tudo bem, pessoal. Já estou bem. Muito obrigado pela ajuda, mas agora podem voltar a se sentar... — ele fala, puxando o ar bem fundo para os pulmões. — Tota, pode nos trazer o cardápio de sorvetes?

E assim a discussão morre ali. Fazemos nossos pedidos, conversamos assuntos banais e tomamos sorvete como se nada tivesse acontecido.

Mas a prova de que a carne é fraca é que, em alguns momentos, pego-me fazendo uma pequena apreciação dos músculos que saltam da camiseta regata do Gustavo, do seu pescoço largo e do movimento do pomo de Adão. Quase suspiro ao ver a ação da sua língua envolvendo e lambendo o sorvete. Imagino-o usando aquela habilidade em mim.

Tudo parece tranquilo até que o outro assunto controverso, aquele que nos levara ali, aparece na pauta.
— Pai, a Débora alugou uma casa de praia para o fim de semana e me convidou para ir. É aqui pertinho. Vão também mais dois amigos nossos da escola e a Solange. Posso ir também? — a esperta da Betina pergunta na cara mais santa do mundo.

Novamente acuado pela filha, o Gustavo me olha, espreitando minha reação. Percebo que ele está maquinando alguma desculpa para negar o pedido. Então resolvo interceder.

— Gustavo, será um prazer ter a Betina conosco no fim de semana. Ela é um amor de menina, e eu ficarei muito feliz se ela puder ir — falo com o olhar mais meigo que consigo fazer, considerando que não tenho meiguice nenhuma estocada.

Ele abriu e fechou a boca algumas vezes e começou a balançar a cabeça numa negativa.

Num rompante, resolvo usar uma última cartada... claro que é somente no interesse de ajudar o André.

— Logicamente, o convite se estende a você. Você e a Betina serão muito bem vindos à praia.

_______

Gostaram da ousadia da Débora?
E esse convite para o fim de semana na praia, será que foi um tiro no pé?
Vai dar mal ou vai dar ruim? Kkkk

DEIXEM SEUS COMENTÁRIOS E ESTRELINHAS!

Até os próximos capítulos, agora na casa da praia!

🌼🌼🌼🌼🌼😃

ANTES DE SAIR, CORRE NESSE LIVRO TOP DA WILMA HECK E BAIXE NA SUA BIBLIOTECA!


☘Mente pra mim☘

Ele acordou de um coma e se deu conta que estava casado.
Daniela é linda! Meiga e gentil.
Mas ele não lembra dela.
E desconfia que tudo não passa de uma farsa.
Decidido a encontrar provas sobre essa trama Pedro acaba se apaixonando pela mentirosa.
E agora a verdade é necessária ou a mentira é mais agradável de viver?
Mente pra mim. É uma trama apaixonante e vai fazer você querer ler sem parar.

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