— O que você encontrou? - Pergunto sentando ao lado de Bailey.
— Boa Tarde Joalin está tudo bem, obrigada por perguntar. - Bailey Responde irônico.
— Boa Tarde Bailey agora me diz o que você encontrou. - Digo e Bailey revira os olhos.
— Lívia Lester é o nome da dona da Clínica, ela a criou no intuito de ajudar as pessoas que passavam por problemas com drogas como a esposa dela. - Bailey diz.
— O que mais? - Pergunto.
— Procurei algo que envolvesse a família Deinert-Plotikinova e a única coisa que encontrei foram investimentos e uma foto. - Bailey diz.
— Que foto? - Pergunto.
— Essa. - Bailey diz mostrando o celular.
Uma mulher de cabelos escuros e olhos extremamente verdes sorria abraçada com Amélia que também tinha cabelos escuros na foto. Outra mulher de cabelo encaracolado sorria mostrando o anel no dedo.
— Quem são elas? - Pergunto.
— A primeira não sei mas a última é a professora de literatura do colégio. - Bailey diz.
— Onde você encontrou a foto? - Pergunto.
— Facebook, data de postagem a 5 anos atrás, a legenda dizia "Espero firmemente que um dia possamos repetir essa foto, espero um dia ser boa o suficiente pra voltar a vida de vocês!" e foi a clínica que postou em nome dela. - Bailey diz apontando para a mulher de olhos verdes.
— Então é ela está internada na clínica, ela é a Sra Plotkinova. - Digo.
— Elas são muito parecidas, Amélia e Meghan. - Bailey diz.
— Meghan Plotkinova, precisamos pesquisar sobre ela. - Digo pegando o celular de Bailey.
— Antes você vai me dizer o porquê dessa pesquisa toda. - Bailey diz pegando o celular de mim.
— eu estou curiosa ué. - Digo tentando pegar o celular de volta mas ele se esquiva.
— Você não vai tentar usar essa informação pra prejudicar alguém ou vai? - Bailey Pergunta arqueando a sombrancelha.
— Claro que não. - Digo.
— Então porque você quer tanto saber sobre essa mulher? Porque quer saber tanto sobre a vida dela? - Bailey Pergunta.
— Eu não sei, só sinto que preciso descobrir. - Digo.
— O que você acha que vai encontrar? Ela pode ser somente uma pessoa com problemas, não é uma bomba. - Bailey diz.
— Se não fosse uma bomba porque Edgar ficaria tão preocupado em saber o que eu ouvi na ligação? - Pergunto.
— A sua mãe é uma jornalista que tinha como objetivo de carreira destruir a vida das pessoas especialmente Amélia. - Bailey diz.
— Eu não sou a minha mãe, não quero usar Isso pra destruir a vida de alguém. - Digo.
— Mesmo que esse Alguém seja a Sina? - Bailey Pergunta.
— Eu não odeio Sina, odeio o fato de Josh gostar dela. Eu nunca usaria seja lá o que a gente descobrir pra machucá-la, eu já fiz isso com as minhas próprias palavras e eu não me senti bem. - Digo.
— O que você acha que a gente tem que fazer agora? - Bailey Pergunta.
— Amélia e Edgar estavam falando de alguns documentos no dia em que os espionei, talvez se eu procurá-los...
— E se aparecermos para uma visita à Meghan? - Bailey propõem.
— Nunca nos deixariam entrar, não somos parentes. - Digo.
— Deve ter algum jeito. - Bailey diz.
— Claro que deve ter um jeito fora da lei de entrar. - Digo.
— Não vou ser preso pela sua curiosidade e maluquice não. - Bailey diz e rio.
— Você também quer saber a verdade por traz de tudo isso se não não terá feito a pesquisa pra mim. - Digo.
— só fiz porque você é extremamente persistente e não iria desistir tão fácil dessa pesquisa. - Bailey diz.
— Mente mais vai. - Digo rindo.
— Eu não minto. - Bailey diz.
— Pois é senhor não Minto, você vai ter que mentir pra conseguir descobrir o que os Deinert Plotkinova escondem - Digo.
— E se no final não for nada importante? - Bailey Pergunta.
— A gente pelo menos vai ter uma boa História de investigação pra contar. - Digo.
— E na pior das hipóteses vamos ter a experiência de ser fichados pela polícia. - Bailey diz.
— Viu emocionante. - Digo.
Suspirei pesadamente. Eu estava disposta a ir tão longe por algo que no final podia ser nada?
Invadir o escritório do meu chefe e tentar roubar documentos dele é crime e se eu fosse pega provavelmente seria demitida?
E o que eu faria depois com as informações? Contaria a verdade? E se a verdade fosse machucar alguém? Eu estaria pronta para fazer isso?
— Você tem espírito de jornalista. - Bailey diz.
— Deve ser de família, minha mãe disse que quando ela estava grávida de mim e do Noah e descobria alguma matéria nós dois sempre chutavamos a barriga dela. - Digo.
— Você seria jornalista como a sua mãe? - Bailey Pergunta.
— Nunca parei pra pensar nisso, meu sonho de verdade sempre foi ser detetive. - Digo.
— É exatamente o que estamos fazendo agora. - Bailey diz rindo.
— Se eu for detetive vou lembrar dessa nossa investigação como a primeira da minha vida e consequentemente a mais importante. - Digo.
— Espero que me dê os créditos pela pesquisa. - Bailey diz.
— Vou dizer que tive um parceiro irritante e inteligente que me ajudou bastante. - Digo.
— Ei eu não sou irritante. - Bailey diz.
— Você está se iludindo. - Digo.
— Pensei que uma das coisas que temos em comum era a nossa ilusão. - Bailey diz.
— Isso com certeza é uma das maiores coisas que temos em comum. - Digo.
— Pelo menos eu tenho a plena certeza de que nunca vou ter algo com Shivani, ela é lésbica e eu claramente não sou uma garota, agora é só superar. - Bailey diz.
— Superar é a pior parte principalmente quando você se sente sozinha sem ninguém pra contar as suas frustrações. - Digo.
— Você pode contar as suas amigas. - Bailey diz.
— As duas únicas amigas que eu tenho tem concelhos totalmente diferentes. Uma diz pra eu superar e a outra diz pra eu seguir em frente mas não perder a esperança. - Digo.
— Parece que elas não te entendem. - Bailey diz.
— Eu sempre fui o alicerce entre as duas. Em quanto a Any faz merda pra cassete a Diarra é toda certinha e sempre sabe o que fazer e no caso eu tento ser certinha acabo fazendo merda e nunca sei o que fazer. As vezes me sinto sozinha mesmo com elas. - Digo.
— Eu entendo você, entendo o que é gostar de alguém que nem se quer pensa em você, entendo o que é amar o que criei de uma pessoa, talvez seja essa a maior coisa que temos em comum. - Bailey diz.
— Você sempre sabe o que dizer, parece até que ensaiou isso. - Digo.
— Eu acho que só falo o que sinto e se você quiser posso ouvir você sofrer pelo Josh por horas, não vou te deixar sozinha. - Bailey diz.
— Eu nunca me sinto só quando estou com você, as vezes sinto até que estou completa, como se você fosse a outra metade sofredora que eu precisava. - Digo.
— Isso soa muito como se fossemos amigos a tempos. - Bailey diz.
— Quem sabe possamos ser amigos, assim no futuro eu vou poder te mostrar o meu distintivo. - Digo.
— Amigos então. - Bailey diz estendendo a mão.
— Amigos então. - Digo apertando a mão dele.
— Você pode contar comigo quando estiver triste. - Bailey diz.
— Você pode contar comigo
Porque eu posso contar com você. - Digo.