Namoradas, apenas - Posie -

Galing kay butterffly122

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Josie e Penélope superaram todas as dificuldades que enfrentaram, foram contra Lizzie, contra seus sentimento... Higit pa

O último primeiro dia
Areia movediça
Os dois lados da moeda
Frankenstein
A toca do leão
Chocolate
Bad boy
Monocromático
Limão e sal
Uma taça de champanhe
Uma garrafa de vodka
Pura indecisão
Arrepender-te-ia
Algodão doce
A ponta do iceberg
Mania
Massacre a luz do dia
Crepúsculo
Insulina
Washington
Novo e impulsivo
Apenas uma grade
Dias de sol no inverno
Waffles ou panquecas?
Os três mosqueteiros
Sua noite de sorte
3 vezes
Fim
Caça às bruxas
Maldito
Conto de fadas
Que fosse assim
Composé
Fio de ouro
AGRADECIMENTO
CONTINUAÇÃO

Transbordava

200 14 7
Galing kay butterffly122

- Vamos!- Penélope acendeu a luz do abajur fazendo Josie ter um susto.

- Penélope?- Josie forçou o foco e tentou se acostumar com a luz acessa.

- Vamos!- Sussurrou gritando, se é que era possível.

- O que você está fazendo?- Encarou a morena preocupada, seus olhos se acostumaram com a luz e seu cérebro estava acordando.

- Vamos, não tenho tempo para te explicar, te conto no caminho- Ela se levantou da cama e foi em direção a comoda de Josie, fazendo o mínimo barulho possível.

- Penélope, você está me preocupando- Olhou Lizzie de relance e percebeu que a loira dormia pacificamente- O que está acontecendo?- Levantou-se sentindo o gelado do chão contra seus pés descalços.

- Não temos tempo, eu te conto no caminho, prometo- Esticou a muda de roupa para a menina e sorriu.

- Penélope...- Seu coração começou a bater mais forte, correu até o banheiro depois de outra cobrança e se arrumou, indo o mais rápido que podia, ainda estava de noite, tinha que verificar que horas eram mas deveria ser madrugada por que lembrava de ter fechado os olhos a pouco tempo.

 Passou uma água gelada no rosto, ajeitou seus cabelos em um rabo de cavalo, fez sua higiene e vestiu-se com a roupa que Penélope havia escolhido. Encarou o espelho e saiu apressada, Park estava na porta do quarto, Lizzie ainda dormia, incrível. Foi até a sua cama e retirou seu celular do carregador, eram quase 4 horas da manhã, por Deus o que estava acontecendo?

- Pronta?- Park sorriu com a imagem.

- Sim- Esticou-se recebendo o selinho, sentiu o frio causado pelo orvalho, resolveu colocar uma jaqueta preta.

- Temos que sair logo- Agarrou a mão da menina e saiu a puxando pelos corredores.

- Sair?- Olhou em volta confusa enquanto era arrastada pelo colégio- Penélope, o que está acontecendo?- Mordeu os lábios nervosa, observou como o lugar podia ser assustador no meio da noite.

- Jojo- Parou em frente e porta da entrada- Você confia em mim?- Apertou a mão da menina com mais força e esperou ansiosa pela resposta.

- Eu... Estou com um pouco de medo de responder essa pergunta- Riu fraco, Penélope revirou os olhos e abriu a grande porta com um sussurro de palavras.

- Idiota- Saiu puxando a menina pelo gramado.

- Eu confio- Teve certeza que havia deixado claro, pois sabia que por baixo daquela casca dura e convencida, Penélope podia ser medrosa e insegura.

- Ótimo- Olhou em volta, verificando se elas estavam sozinhas- Vem!- Puxou ela por entre as árvores, o tão conhecido caminho- Passa- Puxou a cerca, dando mais abertura.

- Penélope Park- Encarou a menina, pensou duas vezes, olhou o colégio, foda-se, só se vive uma vez, passou pela cerca e segurou para que Penélope passasse.

- Josette Saltzman- Riu em fraco, passou e agarrou a mão da menina, andando até a calçada.

- Você não está em... Perigo, né?- Percebeu como Park olhava para os lados, sempre garantindo que elas estavam sozinhas e não estavam sendo observadas, agoniada pelas atitudes e atenta aos detalhes.

- Não- Riu em fraco, levantou a chaves e abriu o carro para que Josie pudesse entrar. Não comentaria que estava com uma sensação de perseguição porque não sentia necessidade, isso só deixaria Josie preocupada e o ponto desse dia era justamente o contrário.

- Vai me contar agora o que está acontecendo?- O carro começou a se movimentar, olhou para trás, algumas bolsas, coberta, travesseiro, ela arqueou a sobrancelha- Você está me sequestrando?- Arregalou os olhos para Park.

- Eu não te forcei a nada- Se fez de ofendida e depois riu.

- Meu pai vai ficar possesso...- Alcançou seu celular, começando a digitar.

- Não precisa se preocupar com o seu pai- Riu sapeca e observou a placa de Mystic Falls ficando para trás.

- O que você quer dizer com isso?- Não estava entendendo nada.

- Eu conversei com ele- Molhou os lábios enquanto começava um carinho na coxa de Josie- Não precisa se preocupar só... Aproveita- Olhou-a de relance, observou aquele lindo sorriso se abrir e seus olhos brilharem, ansiosos pelo futuro.

- Estou um pouco assustada- Riu fraco e começou a procurar uma rádio boa, o céu ainda estava escuro, a lua e as estrelas iluminavam a noite tão escura e o sedã fluía com delicadeza pela rodovia.

- Faz parte- Riu em fraco, entrelaçou os dedos com o de Josie e deixou um beijo na mão da menina enquanto prestava atenção na estrada- Tenta dormir um pouco, vai demorar- Riu de uma forma que Josie não entendeu- Eu peguei travesseiro e coberta, imaginei que você fosse gostar- Piscou seus longos cílios em direção a menina e continuou dirigindo.

- Longe?- Quão longe? Penélope não responderia, resolveu seguir o sugerido, esticou-se pegando os citados, ajeitou-se no banco e deixou que seus olhos fechassem, estava com sono.

*

 Josie abriu os olhos com calma, o sol brilhava forte pelo vidro causando reflexo, esticou-se sentindo o desconforto de dormir em um banco de carro, olhou em volta, elas estavam paradas, uma espécie de posto de gasolina, engoliu em seco e deixou as coisas de lado enquanto saia para esticar as pernas e procurar por Park.

 Poucas pessoas estavam no local e aquela cidade era provavelmente interiorana, nem um sinal de Penélope, puxou seu celular e pode perceber que já tinham se passado algumas horas, eram quase 9, piscou os olhos e olhou em volta mais uma vez, será que era lá a surpresa? O que tinha acontecido com Penélope?

- Você acordou- A morena de olhos verdes apareceu, tinha retirado a jaqueta jeans, que usava antes, por conta do calor deixando uma regata a vista- Bom dia- Esticou-se deixando um selinho na menina, Josie sentiu o gosto de café e sentiu seu estômago roncar.

- Bom dia- Estranhou a situação- Então... É aqui?- Riu fraco imaginando qual seria a surpresa.

- Oh não...- Riu mais alto- Ainda temos algumas horas de estrada- Piscou para Josie- Alias, deveríamos sair se não quisermos nos atrasar- Deu um gole em seu copo de café e foi em direção ao carro que mostrava uma leve sujeira de terra, diferente de quando ele estava no estacionamento, tão preto e brilhante.

- Atrasar?- Acompanhou a amada.

- Eu peguei um café para você e um bagel- Apontou para o porta copos- Achei que você não fosse acordar- Riu fraco colocando o cinto.

- Obrigada- Sorriu em direção a menina e alcançou o café sentindo o líquido esquentar seu corpo.

- Não precisa me agradecer, Jojo- Sorriu, Josie não pode deixar de notar como a menina estava sorridente, diferente, lindo, era diferente e lindo.

 A gêmea terminou de comer, pensou se deveria dormir mais, por mais sono que estivesse resolveu ficar acordada, talvez uma reação do copo de café. Organizou-se como pode e colocou o travesseiro e a coberta ao lado das mochilas, aonde estavam antes, se perguntar do que se tratavam as bolsas, ignorou, sabia que teria a resposta de tudo em pouco tempo.

 A música leve prevaleceu durante longo tempo, quando não, algum assunto corriqueiro ou uma piada boba que Josie lia no celular. A jovem Saltzman provocou Park pelo simples fato de ler e depois disso as coisas só se tornaram mais reais. Stamford, Bridgeport, New Haven, West Greenwich e então Cranston.

- Chegamos- Estacionou em frente ao local, engoliu em seco e observou o relógio, na hora.

- Penélope...- Sussurrou as palavras como se ainda processasse a imagem que via, era Brown, em sua frente, a menos de metros, Brown.

- Eu sinto muito por termos demorado tanto- Abriu a porta, saindo do carro- Eu pensei em pegar um avião mas seria muito mais complicado e...- Parou de falar quando viu o fascínio nos olhos de Josie.

- O que você fez?- Sorriu, ainda focada naquele lugar, era lindo, e real. Os tijolos avermelhados, os portões pretos, os alunos andando de um lado para o outro, por Deus, até as árvores pareciam mais verdes lá dentro.

- Eu queria uma visita para você mas eles falaram que as em grupo já foram e...- Josie a impediu de continuar.

- Penélope, isso é mais do que perfeito é...- Queria chorar, seria bobo se o fizesse?

- Na verdade, meu pai tem um amigo que é professor então eu consegui uma visita só para você- Josie parecia tão feliz, como um balde que transbordava, transbordava e transbordava, uma fonte infinita.

- Meu Deus!- Olhou o chão ainda tentando entender tudo o que estava acontecendo- Não precisava... O que... O que você fez?- Levantou o olhar e se aproximou com urgência.

- Vem!- Agarrou a mão da menina e foi em direção aos portões.

- Espera ai- Olhou em volta e respirou o ar, até isso era diferente- Eu...- Palavras fugiram de sua mente.

- Jojo, nós vamos nos atrasar- Ficava feliz de ver Josie feliz, era assustador.

- Eu...- Piscou algumas vezes- Eu te amo- Muito, ela amava muito, como se não coubesse em seu coração, como não coubesse em seu corpo.

- Eu também te amo- Sentiu a urgência de falar, para sempre, era a verdade, Josie era seu grande amor, sabia disso a muito tempo- Agora vem- Ignorou os gritos de seu coração e saiu de lá agarrada a menina.

 Deixou um beijo demorado enquanto observou a monitora a levar para longe, a filha do diretor iria conhecer o campus e ver algumas aulas. Park insistiu que ela fosse sozinha e ignorou a urgência em seu âmago por amar Josie, e como a amava. Piscou algumas vezes e continuou observando a paisagem mesmo depois da imagem da gêmea desaparecer, como se apreciasse um fantasma de ações.

 Elas tinham combinado de se encontrar no final da tarde, após o tour guiado, em um bar que ficava por perto, alguns estudantes costumavam ir lá então seria o ponto de encontro ideal. Aproveitou as horas livres para pegar algumas coisas para o seu pai, aproveitando a localização, e comeu, na emoção havia esquecido de almoçar.

 Passou em frente uma vitrine e sentiu-se tentada, era loucura, certo? Loucura, loucura, loucura. Entrou, passou a mão pela vitrine observou o velhinho a atender com calma e delicadeza, deixou que se coração a guiasse e temeu por tudo, temeu tanto que quase saiu de mãos vazias, mas não o fez, em um ato de impulso disse "Eu quero esse", e como ela queria aquele.

 Seu coração entrou em disparada depois que saiu da loja, tinha feito aquilo? Tinha mesmo? Ela se parabenizava pelas loucuras, mas aquela... Aquela era um outro nível de loucura... Sorriu com a ideia, não deixaria o medo a parar, não dessa vez. Olhou o relógio e percebeu que o tour de Josie deveria estar acabando, deixou as compras no carro e foi até o barzinho, como combinado, pediu uma cerveja e sentou-se no balcão observando o jogo de futebol na tela, estava bem vazio, aproveitou o momento de solidão.

- Penélope... Meu Deus...- Estupefata.

- Oi...- Ela estava tão feliz- O tour acabou na hora- Encarou de relance o relógio que ficava sob o bar.

- Foi... Perfeito- Exclamou- É tudo tão perfeito- Balançou as mãos enquanto expressava-se- Como... Como eu imaginei- Seus olhos brilharam e Penélope sabia que aquela era a Josie de 12 anos falando.

- Eu fico muito feliz- Deixou um beijo nos lábios da menina e apontou para a cadeira ao seu lado, pediu um refrigerante com um balançar de mãos e encarou a namorada à espera da história porque a conhecia bem demais e sabia que ela iria falar por horas a fio sobre cada coisa que conheceu naquele lugar.

*

 Josie começou a falar sobre as curiosidades do local, como sua guia foi atenciosa e como aquele lugar era cheio de história. Em seguida, falou por longos minutos sobre as várias livrarias, sobre as mais de 250 edições especiais que estavam em pose da universidade. Ela terminou o refrigerante elas pediram algo para comer pois já estava ficando tarde.

 Depois disso vieram os departamentos e as infinidades de escolhas, não tão infinitas, obviamente, mas vastas, um currículo impecável, Josie falou com calma sobre os laboratórios, indo de Química até o Programa de Literatura e Artes, de microbiologia até Estudos religiosos, não pode deixar de citar que assistiu parte de uma aula sobre ética e que tinha que confessar como se imaginava lá dentro, sendo uma deles. Uma deles.

 Falou sobre o ativismo presente na universidade, os institutos e as iniciativas, tudo com um brilho nos olhos que Penélope nunca tinha visto durar tanto. Comentou sobre a possibilidade de continuar sendo líder de torcida, torcendo pelo time da faculdade, Brown Bears. Detalhou cada evento, o dia de convocação, fim de semana dos pais e as reuniões semanais.

 Park ouviu tudo com muita atenção, não prometia ter entendido e de fato escutado tudo, a jovem Saltzman tinha o dom de ficar muito atrativa quando falava sobre algo que gostava, era tão certeira em seus argumentos e nos momentos que ficava confusa, raros, conseguia buscar em sua própria mente a resposta, era como uma obra de arte.

- Providence parece ótima- Abriu o folheto e passou os olhos rapidamente pelas letras- Os parques, as bibliotecas... E, claro, Brown- Riu fraco fechando o folheto- Eu estou falando muito?- Encarou a namorada preocupada.

- Não, pode falar o quanto você quiser- Sorriu e deu um gole em sua cerveja, observando cada movimento de Josie, gravando como eles eram.

- Eu estou... Anestesiada?- Riu repousando as brochuras sob o balcão.

- Eu fico muito feliz de saber que você gostou- Piscou algumas vezes e pegou a mão de Josie, necessitando contato.

- Gostei? Eu... Eu amei, Penélope- Riu do próprio comentário, podia até imaginar o próximo comentário da morena de olhos verdes sendo sobre sua nerdice, estava empolgada com uma universidade, teria que aceitar as provocações- Mas...- Pensou duas vezes se deveria dizer o que queria dizer.

- Mas...?- Insistiu que terminasse.

- Por que?- Olhou-a no fundo dos olhos.

- Como assim "Por que"?- Desviou o olhar bebendo mais de sua cerveja.

- Por que me trouxe aqui hoje?- Estava curiosa pela reposta, de qualquer forma, já tinha começado.

- Porque eu sei que é o seu sonho, eu sei que você quer Brown- Terminou a cerveja- Você pode enganar a Emma e outras pessoas, mas eu sei o que você quer- Respirou fundo sabendo o que estava por vir.

- Cornell é uma ótima faculdade- Defensiva.

- Ela não é nem uma Ivy League- Esbravejou.

- Penélope- Repreendeu-a.

- Olha... Não estou dizendo que a Cornell é ruim, só estou dizendo que você quer ir para Brown, eu sei... Você sabe- Lembrou de como as coisas estavam a segundos atrás e desejou uma máquina do tempo.

- As coisas não são tão simples- Desviou o olhar.

- Elas deveriam ser- Punitiva.

- Mas não são!- Brava, no mesmo nível.

- Você não quer ir para Cornell- Simples e direto- E sabe disso- Semi cerrou os olhos praguejando as palavras que saiam de sua boca- É medo?- Merda, merda, merda.

- Eu...- Era, era medo, sabia- A única covarde que foge todas as vezes que o assunto faculdade aparece é você!- Os ânimos esquentavam.

- Eu não quero falar sobre isso- Respondeu a altura, percebendo a leve atenção que chamavam do resto do bar, que agora, estava mais cheio, devido o horário.

- Nós não temos mais opção, Penélope- Deixaria suas frustrações saírem, já estavam guardadas há muito tempo- Como você quer que eu escolha uma faculdade se eu não sei para onde você vai? Por Deus... Eu não sei nem aonde você quer ir- Ela era uma namorada ruim? Era isso?

- A minha decisão não pode afetar a sua- Era a verdade, por mais dolorida que fosse- É o que você quer, o que você planejou com 12 anos, Josette- Sua expressão marcada mostrava a certeza de suas palavras, não era álcool, não tinha desculpa.

- Como a sua decisão não vai afetar a minha, Penélope?- Seus olhos encheram de lágrimas e Josie praguejou sua fragilidade.

- Você quer Brown- Olhou-a nos olhos, aproveitando o resquício de coragem que tinha.

- Eu quero!- A veia em sua testa apareceu- Feliz?- O biquinho- Eu quero!- E então a primeira lágrima escorreu.

- Josie...- Soltou o ar que prendia em seus pulmões e segurou as lágrimas.

- O que você quer?- Elas soavam tão... Agressivas.

- Oh Jojo...- Esticou-se, secando a lágrima.

- O que você quer, Penélope?- Insistiu, teria suas respostas naquele dia, não sairia do bar sem elas, sem entender as risadas sarcásticas, os comentários maldosos do Sr. Park ou os olhares confidenciais com Derek.

- Não é sobre o que eu quero- Seus ombros relaxaram e sua postura se desfez.

- O que?- Olhou em volta, confusa.

- Eu...- Tudo acabaria depois daquelas palavras, Park sabia- Meu avô estudou na NYU, assim como meu pai e meus tios- Encarou Josie- Eu não tenho escolha, meu destino já estava traçado antes mesmo de eu nascer- A filha desviou o olhar, Park entendeu e não cobrou, entendia.

- E você não pensou em dizer isso antes?- Esbravejou ainda encarando o chão, tentando segurar as malditas lágrimas.

- Esse é o trato, Josie- Mordeu os lábios- Eu tenho o ensino médio e depois...- Perdeu as palavras porque ainda não tinha aceitado o próprio destino.

- Quem é covarde agora?- Cuspiu as palavras enquanto pisava forte para fora do bar.

- Josie!- Gritou e saiu atrás da menina, jogando uma nota qualquer sob o balcão que deveria cobrir a conta.

- Fica longe!- Gritou antes que Penélope sequer tentasse se aproximar mais.

- Josie?- Seus olhos se encheram de novo e ela sabia que dessa vez não conseguiria segurar.

- Fica longe!- Mais algumas lágrimas caíram e Josie sabia que agora era questão de segundos para a enxurrada.

- Eu não queria falar por isso!- Apontou para as duas- Eu sabia que seria o fim!- Olhou para o céu de relance e sentiu seu coração bater mais forte do que nunca.

- Por que você não me contou?- Tentou enxugar o rosto mas as lágrimas estavam caindo em uma velocidade maior.

- Eu...- Não sabia, porque ela nunca teve que contar para ninguém, porque sempre só afetava ela, Josie mudava tudo.

- Covarde!- Cuspiu- Covarde!- Tentou engolir o incômodo em sua garganta achando que facilitaria mas só piorou.

- Eu mereço isso- Secou a lágrima que caiu o mais rápido que conseguiu.

- Eu...- Abriu a boca buscando as palavras- Eu...- Olhou para cima e desejou sua cama, seu pai, sua irmã, qualquer lugar menos aquele.

- Josie...- Não sabia nem por onde começar.

- Quer saber? Não é nem a NYU o problema... O problema é a mentira... Nós estamos sempre brigando! Sempre!- Começou a andar de um lado para o outro, impaciente, enquanto mirabolava com a avalanche de pensamentos.

- Eu não tenho escolha!- Gritou- Esse foi o trato que eu fiz- Cerrou os punhos com força- Eu fiz!- Estava ofegante- Você nunca esteve nele... Nunca esteve no meu futuro mas...- Seus lábios tremeram com a frase, um futuro sem Josie, Park não era sequer capaz de imaginar.

- Você!- Apontou enquanto seu rosto encharcado que escorria demonstrando todos os seus sentimentos- Você e seu jeito!- Olhou para o chão desistindo- Eu cansei, Penélope- Estava cansada de fato, seu cérebro gritava por um momento, por uma pausa, por paz.

- Você...- Pensou no que falaria- Você quer terminar?- Parte de Penélope cogitava um "Sim" mas estava corajosa naquele dia e acreditou que o "Não" seria tão certeiro como das últimas vezes.

- Eu...- Sim, ela queria, naquele momento queria, mas e depois?- Não sei- Mordeu os lábios e encarou o movimentado bar- Não consigo confiar em você- Fechou os olhos com força- Depois de tanto eu só...- Ela podia usar a magia para teletransportar.

- Depois de tanto?- Não entendeu.

- Você me humilhou na frente de um bar inteiro, Penélope!- Gritou com todo o ar que tinha em seus pulmões.

- De novo isso? Eu já pedi desculpas!- Sentiu uma urgência em socar algo- Você vai sempre falar sobre isso? Quantas vezes vou ter que pedir desculpas?- Mais lágrimas escorreram, xingou Josie mentalmente porque ela tinha a feito fraca.

- Vá a merda- Mostrou o dedo do meio.

- Aonde você está indo?- Correu atrás dela.

- Embora- Não olhou para trás- Fica longe!- Não queria proximidade alguma.

- Embora?- O que?- Está de noite- Encarou o céus sem estrelas, iria chover.

- Vou pegar um avião- Sim, era uma boa ideia.

- Josie!- Alcançou o seu braço.

- Fica longe!- Repeliu-se, correndo para longe.

- Já está tarde- Apontou para o céu- Eu prometi para o seu pai que ia te levar e te devolver inteira!- Cruzou os braços- Você não vai em lugar nenhum sozinha- Pode respirar.

- Eu te odeio- Park sentiu aquilo em seu coração, aquele não tinha sido como os outros, não era brincadeira, aquele era real, era raiva, era decepção, era tristeza e era sofrimento.

- Eu sei- Bufou olhando para baixo- Eu aluguei um hotel, nós podemos passar a noite lá e depois...- Josie a interrompeu.

- Amanha cedo nós saímos- Foi em direção ao carro da maneira mais fria que conseguiu, mantendo a maior distancia possível.

 Penélope encarou as chaves do carro e pensou em como o mundo era doido, em um minuto, estava bebendo cerveja e admirando Josie falar sobre o seus sonhos, e em outro, elas estavam gritando uma com a outra na frente de um bar universitário. Respirou fundo e foi até o carro, deu partida e percebeu que Josie encarava a janela, e foi assim até o hotel, não a olhou uma só vez.

 Penélope temeu por seu coração.

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