Dirty Laundry ✅

Autorstwa ohlulis

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Nina Houston-Löwe tinha uma grande meta para seu semestre na Oak: se tornar a melhor no seu curso e voltar pa... Więcej

intro
google.com/oak
prólogo
2. starboy
3. big three
4. cool kids
5. don't call me angel
6. so much that we could've said, so much that we never said
7. i guess i'm lying cause i wanna
8. i got issues, but you got 'em too
9. momma, I'm so sorry, I'm not sober anymore and daddy, please forgive me
10. make it two and we got a deal
11. i say don't let me go and you say why can't we be friends?
12. guess nothing in life's a mistake cause all wrong turns lead to you
13. it's just medicine
14. your right is wrong... but love never leaves a heart where it found it
15. another love
16. dry your smoke-stung eyes so you can see the light
17. if i knew how to hold you i would
18. i'm so into you i can barely breathe
19. are you scared of what's to come?
20. tell me I've been lied to, cryin' isn't like you pt. 1
21. tell me I've been lied to, cryin' isn't like you pt. 2
22. it's like I'm fighting behind these walls and hiding through metaphors
23. are you going to age without mistakes?
24. don't you dare look out your window, darling, everything's on fire
25. where do we go? tell me my fortune, give me your hope
26. oh you're in my veins and i cannot get you out
27. and now, it's time to leave and turn to dust
epílogo

1. there's a new girl in town

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Autorstwa ohlulis

— Então foi um ótimo dia, não é? Eu estava tão preocupada quando você não me atendeu, mas fico aliviada em saber que estava com seus novos amigos. Americanos são simpáticos? Eu aposto que sim, qualquer pessoa é mais simpática que os alemães...

Nina parou de prestar atenção um segundo na conversa da sua mãe, apoiando o celular no ombro enquanto murmurava 'uhums' quase inaudíveis no meio do falatório de Camille e tentava esvaziar a última caixa de papelão que tinha sido enviada da Alemanha com suas coisas.

Sua mãe, inglesa de nascença, tinha um ponto quando dizia que qualquer pessoa seria mais simpática que os alemães com quem ela cresceu. Mas Nina não se atreveu a corrigi-la e dizer que não estava com novos amigos, e sim com o grupo de calouros que eram três anos mais novos mas, assim como ela, novatos em Silvermount. Tampouco sabia se podia classificar seu primeiro dia como um ótimo dia, já que as quatro horas que passara no turno da tarde entre calouros foram tão exigentes quanto as aulas de ballet que fizera até três anos atrás.

Em algum momento Nina até pensou em burlar aquele tour obrigatório do campus, aceitando levar o dobro do tempo para chegar até o prédio do seu curso toda manhã se isso fosse necessário para se livrar dos gritos ansiosos e dos olhares atravessados que ela recebia por claramente não fazer parte daquele grupo. Era quase como se ela estivesse no ensino médio rodeada de alunos do fundamental que tinham metade da sua altura, ansiosos com a oportunidade de escrever de caneta pela primeira vez.

Mas Nina sabia que seria denunciada se desse um passo em falso para o lado, já que pareciam virar de minuto em minuto para checá-la só para se certificar que tinham olhado em sua direção por tempo o suficiente para gravar seu rosto.

Bem, talvez esse fosse o preço por ter uma reputação.

— ... e eu sempre soube que você se daria bem, Prinzessin. Eu e seu pai nós orgulhamos ao dizer que criamos vocês para isso, mas, escute, se a qualquer minuto você desistir dessa sua ideia maluca de conquistar o mundo saiba que...

Nina suspirou pesadamente e soube que sua mãe tinha escutado pelo murmúrio desgostoso que ela emitiu antes de continuar a falar. Era óbvio que Camille Houston não ia perder uma oportunidade de frisar mais uma vez que ela poderia voltar para a Alemanha assim que cansasse de correr atrás de uma carreira que nem seus próprios pais acreditavam.

— Não é uma ideia maluca, mama — a interrompeu, não se preocupando em estar sendo rude. — É um plano de futuro. Assim como você é médica e o Papa foi um jogador de futebol ou qualquer coisa que ele faça hoje em dia. Você fala como se eu quisesse ser um astronauta ou estivesse escolhendo algo que não fosse real...

— Mas nós não podemos fingir que a diplomacia não seja quase isso...

Camille só parou de falar porque Nina a interrompeu, ocupando o lugar do seu pai em acabar com aquela discussão como ele costumava fazer sempre que o tópico 'o que você vai fazer com seu futuro' surgia dentro da casa dos Houston-Löwe. E, por mais que Marco Löwe pensasse exatamente como a esposa, ele ao menos preferia evitar brigas e guardar seus pensamentos para si.

Ele também nunca tinha pegado muito no pé de Nina, contrariando a sua mãe e todos seus quatro irmãos que reclamavam de preferência toda vez que ele aceitava tudo o que a primogênita pedia sem questioná-la.

'Você quer uma casa na árvore? É sua'.

'Adotar um gato mesmo que o cachorro da família odeie dividir atenção? Feito'.

'Sair da Alemanha para terminar a faculdade nos Estados Unidos? É óbvio que nós podemos ver como isso funciona.'

Naquela altura Nina imaginava que seu pai preferiria construir para ela mais dezenas de casas na árvore e adotar um canil inteiro a deixar sua primogênita passar um ano longe, mas sabia que no momento que algo entrava na cabeça de Nina Grace Houston-Löwe, não havia quem conseguia fazê-la mudar de ideia.

— Realmente preciso ir, mama — Nina falou antes de jogar a última caixa de papelão vazia no canto do quarto, trocando o celular de orelha. — Nos falamos depois, ok?

Ela esperou até a mãe se despedir e murmurar um 'eu amo você' antes de desligar, jogando seu celular de qualquer jeito na cama e fazendo o mesmo com seu corpo. Achou que depois de quatro anos na Universidade de Dortmund, na Alemanha, seus pais já teriam aceitado sua pretensão de ser diplomata. A chance talvez fosse tão pequena quanto a de um garotinho se tornar um jogador de futebol famoso, mas seu pai tinha sido um e jogado até pela seleção da Alemanha, certo? Isso deveria, de alguma forma, ajudá-la nos argumentos.

Ainda se aborrecia pela ligação quando ouviu duas batidas leves na sua porta, imaginando que poderia ser sua colega de dormitório que até aquele momento não tinha aparecido, deixando o seu lado do quarto indiferente assim como a parte de Nina estava quando ela chegara ali no dia anterior. Agora, ela já tinha preenchido a parede da escrivaninha de madeira com várias polaroides dos seus anos na Alemanha, forrado o colchão com uma colcha colorida e pendurado pisca-piscas no espelho que ficava de frente a sua cama. Alguns quadros também já estavam nas paredes e pequenas decorações enfeitavam todo o lugar que ela passaria alguns dias antes da semana de recrutamento.

Com sorte, atrás da porta não estaria nenhuma das garotas que quase tinham conferido até a etiqueta do sobretudo que ela vestia durante a visitação. Com muita sorte, seria alguém que não faria ideia quem ela era ou de onde ela tinha vindo.

Mas Nina não tinha certeza que já queria gastar sua sorte no primeiro dia de aula, ainda incerta do que viria a seguir.

— Por Deus, vocês não tem qualquer outro lugar para estar?

Abriu a porta em tempo o suficiente para ver a mulher que estava do outro lado gritar para os curiosos de plantão que começavam a se dispersar e sumir pelos corredores do dormitório feminino da Oak. Nina quase suspirou de alívio quando notou a expressão da mulher a sua frente, com belíssimos cabelos escuros trançados que iam até sua cintura, pele negra e olhos serenos que não pareciam prestes a julgá-la por boatos como os outros faziam até poucos minutos atrás.

Não demorou a reconhecê-la. Claire Duncan fazia parte da comissão de recepção que ela acompanhou mais cedo, sendo uma aluna de último ano como ela e que se parecia menos com filhotes energéticos de Golden Retrievers que o resto dos calouros que formavam o grupo.

— Nina Löwe, certo? — Claire falou, enquanto a observava de uma distância segura, não esperando sua resposta para continuar. — É óbvio que é. Eu segui os cochichos. Você sabia que três pessoas estavam literalmente com os ouvidos na sua porta antes que eu chegasse?

Nina não duvidava que aquilo realmente tivesse acontecido, dando de ombros antes de abrir mais a porta e deixar que Claire entrasse no seu quarto. Era meio óbvio saber em qual andar a alemã estava ocupando no dormitório já que era o mais movimentado, com garotas passando de um lado para o outro pela sua porta sem disfarçar os olhares curiosos que lançavam para o interior do ambiente enquanto Nina esvaziava as caixas que vieram longe. Essa parte realmente não estava prevista por ela, que escolhera por conta própria morar dentro do campus da Oak mesmo podendo ter optado por um apartamento fora dali, por ser uma senior.

Mas Claire não parecia muito interessada nela como os outros, o que fez com que a alemã relaxasse os ombros antes de respondê-la.

— Nina Houston. Eu prefiro meu nome do meio.

Ou, em outras palavras, ela já tinha passado muito tempo da sua vida na Alemanha vivendo às custas do sobrenome famoso do pai.

Marco Löwe tinha sido um jogador de futebol muito conhecido nos seus tempos áureos, mesmo que com uma carreira assombrada pelas lesões. Por ter construído toda sua carreira em um time de uma pequena cidade da Alemanha, Dortmund, sua família cresceu como os Beckham em Londres. Não era como se eles fossem famosos como seus pais, mas os Houston-Löwe eram reconhecidos em todos os lugares que iam.

As pessoas sabiam onde estudavam, conheciam sua casa e estimavam sua fortuna na internet. Era por isso que, um por um, os cinco desejavam deixar a casa dos pais para fugir de toda aquela atenção, o que fariam a contragosto de Camille e Marco.

Era por isso que Nina tinha assinado o sobrenome da sua mãe na matrícula e tinha escolhido ele para estar no seu crachá, na tentativa de passar despercebida como já tinha feito outras vezes usando esse mesmo método.

Okay, Nina Houston — a mulher frisou, e o sorriso que carregava no seu rosto demonstrava que ela entendia a escolha. — Você não está se sentindo em uma vitrine de petshop com todos esses curiosos?

Pela primeira vez em algum tempo, Nina sorriu verdadeiramente antes de assentir em confirmação. Era exatamente isso que parecia.

— Mas se isso te tranquiliza, acho que tem mais de uma dúzia de filhos de caras famosos por aqui, então provavelmente vão te esquecer em um segundo.

Talvez não fosse uma frase agradável, mas soou como melodia aos ouvidos de Nina. Naquele momento ela tinha todos os fatores para chamar atenção dentro do campus da Oak: era uma aluna de transferência externa, — e não eram todos os dias que havia uma alemã no campus —, vinha de uma família famosa e ainda não era conhecido o motivo da mudança radical, o que dava espaço para inventarem o máximo que podiam até alguém finalmente descobrir a verdade.

Ela tinha plena certeza que até tinha escutado alguém dizer que tinha algo em relação a uma expulsão da antiga faculdade ou algum escândalo que explodira nos jornais da Alemanha. Mas ninguém, até aquele momento, tinha perguntado a ela qual o real motivo de estar ali.

— Você vai sobreviver — Claire continuou e Nina mal percebera que tinha passado os últimos minutos sem expressão, encarando a mulher como se esperasse que ela explicasse sua presença. — Passei para deixar o manual de calouros que esqueceram de te entregar na matrícula, aposto que será útil para você.

— Obrigada — agradeceu em seu inglês quase perfeito, pegando o livro pesado que tinha o logo da Oak gravado na capa. — Claire, onde eu posso conseguir ingressos para o jogo de hóquei de quarta-feira?

Abraçava o livro enquanto falava, tentando usar o tom mais descontraído possível.

Tentou convencer a si mesma durante toda a tarde que não era para isso que estava na Oak, mas a ideia de ir ao jogo não saiu da sua cabeça desde que o pseudo-convite tinha sido feito por Leo.

'Pare de ser idiota, Nina, ele provavelmente fez aquele convite para uma dúzia de pessoas', pensava quando notava que sua mente voltava aquele lugar, o que acontecera uma porção de vezes durante o dia.

Mas, antes que pudesse se repreender, percebia que novamente pensava em Leo Hawkins.

Porra. Ele e seu sorriso realmente surtiam um grande efeito.

— Estão esgotados, mas eu acho que consigo um para você com meu irmão — Claire respondeu, tirando o celular do bolso. — Ele mora com dois caras do time. Posso anotar seu número? Mando mensagem quando falar com ele.

Nina assentiu, aliviada de ver que ao menos mais alguém naquele lugar não a encarava como se ela tivesse feito algo muito errado. Como ela tinha escutado mais cedo, algumas pessoas até mesmo tinham certeza que ela tinha comprado a sua vaga no lugar, por mais que seu histórico impecável tenha dado muito mais trabalho para se obter que uma assinatura do seu pai em um cheque daria.

— Bem, eu preciso ir agora. Mas você pode me procurar se precisar de alguma coisa.

— Obrigada.

— Ah, e Nina... — Claire voltou a falar enquanto fazia o caminho para a porta, sorrindo sem mostrar os dentes para a alemã antes de continuar. — Apenas leve na esportiva, tudo bem? Algumas pessoas aqui tendem a ser realmente maldosas com os novatos que tem uma história de fundo.

Mama me criou para isso — brincou, trocando um rápido sorriso com Claire antes que ela saísse pela porta e desaparecesse pelo corredor.

Folheou rapidamente o livro que tinha recebido, um pouco mais animada do que tinha chegado da tour mais cedo.

Mas Nina não deixou de pensar na última frase que a americana tinha deixado no ar, antes de se despedir. Não imaginava o que exatamente Claire quis dizer com 'leve na esportiva', e não conseguia pensar muito além dos filmes de colegial quando se esforçava para planejar um cenário de brincadeiras maldosas que podiam atingi-la.

Eles não tinham mais 15 anos, certo? Colar um chiclete no seu cabelo e encher seu shampoo de tinta rosa parecia demais até para os calouros de 18 anos que ela tinha conhecido mais cedo.

E, bem, ela tinha experiência o suficiente com seus quatro irmãos em casa para saber como se virar na Oak. Henrik provavelmente ficaria orgulhoso se ela conseguisse reproduzir um dos golpes de luta que ele, mesmo sendo cinco anos mais novo, aplicava nela.

Esqueceu o aviso assim que seu celular vibrou, anunciando que ela uma última aula para assistir naquela segunda e ainda precisava saber exatamente como faria para chegar lá. Pegou seu sobretudo, jogou sua bolsa no ombro e abriu a porta do quarto, arqueando as sobrancelhas em surpresa assim que percebeu duas pessoas serem surpreendidas enquanto bisbilhotavam na frente do seu quarto.

Com um suspiro e uma expressão de poucos amigos enquanto caminhava pelo corredor, não deixou de se perguntar quando a fase de estar em uma vitrine de petshop passaria.

Ela realmente esperava que fosse breve. 

© instagram template by daeneryscrown


A atualização chegou um dia atrasado e eu peço desculpas por isso, mas eu ainda estava alterando algumas coisas no capítulo antes de ficar satisfeita com ele. Sou tão chata com começos, gente! Já reescrevi os quatro primeiros capítulos mais vezes do que posso contar a vocês. E, para compensar o atraso, teremos mais uma atualização antes da sexta-feira. Talvez segunda ou terça, ainda não tenho certeza. 

Mas espero que vocês tenham gostado de mais um capítulo. Se preparem para se apegar também aos personagens secundários em DL. Já deu pra perceber que a Claire é #sensatíssima, né? Hahahaha e esse final? Remi vai adorar saber que ela estará lá, mas e o Leo? (tam tam tam).

Obrigada por todos os comentários nos outros capítulos! Tanto carinho que eu fiquei toda boba lendo cada um deles. Gratidão ❤

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