wolf moon ✵ sterek

xbeauxny द्वारा

25.2K 2.5K 396

[ 𝐥𝐮𝐚 𝐝𝐨 𝐥𝐨𝐛𝐨 ] ❝e quando as chamas sobem, eu posso ouvir o choro de um lobo solitário❞ Scott McCall... अधिक

𝑾𝑶𝑳𝑭 𝑴𝑶𝑶𝑵
𝒆𝒍𝒆𝒏𝒄𝒐
1. prólogo
2. cara, aquele era o derek hale...
3. é o derek, ele é o lobisomem
4. não mais...
5. eu vi você no campo
7. não, você parou pra cozinhar no seu forninho de lobisomem
8. por que tá parecendo que você é o batman e eu sou o robin?
9. liga o carro ou vou rasgar sua garganta, com meus dentes.
10. ele tá começando a feder... a morte
11. fui eu
12. eu não vou assistir "diário de uma paixão" de novo
13. depende do que você considera como boa notícia
14. deu o nome da sua filha de "Stiles Stilinski"?
15. seu yoda eu vou ser
16. obrigado, mccall. obrigado.
17. não seja um lobo azedo
18. eu odeio seu chefe
19. você quer ouvir em espanhol? no.
20. tem certeza que era derek hale?
21. encontraram o derek?
22. me chama de biles, ou eu juro por deus que te mato
23. se você me ajudar a encontrar ele, te ajudo a matar ele
24. uma mordida, um arranhão...
25. "pai, derek hale tá no meu quarto traz sua arma?"
26. stiles, sai dai! é ele, ele é o alfa
27. acredite em mim, eu sei
28. e eu vou ter uma eternidade no menor círculo do inferno
29. bela jogada, scott, bela jogada.
30. estamos. fechados.
31. ele não tá apaixonado pela allison. não como o scott...
32. a medalha fields é o que eu vou ganhar
33. o usuario dele é allison? a senha dele é allison também?
34. stiles, você vai pra escola?
35. eu sou o alfa agora
next on: wolf moon

6. eu acho que é aconito

661 79 10
xbeauxny द्वारा



SEIS
S.S.


Scott simplesmente pirou. Largou sua bicicleta na escola, e me arrastou até o jipe, exigindo mais uma vez que eu o levasse pra antiga casa dos Hale. Olha, eu admito, estava com medo de negar isso a ele, mas também não queria ter saído da escola, respiro fundo, seguindo caminho pela reserva de Beacon Hills.

Ele me explicou por cima o que havia levado ele a essa decisão. Alguma coisa relacionada com a jaqueta que a Allison usou na festa, que nessa noite foi parar em uma árvore pra atrair Scott, e hoje estava no armário dela. Bom, isso pareceu enfurecer meu melhor amigo, que nem esperou eu parar o jipe pra sair jogando sua mochila no chão e gritando pela propriedade, que aliás, é privada, ainda não aprendemos essa lição.

— Derek. DEREK! — Saio do jipe, tentando acalmar o mesmo, não gostava nenhum pouco de estar aqui, meu pescoço coçava e isso me deixava desconfortável, olho Scott, que olhava em volta, como se cheirasse alguma coisa, tento sentir, mas acho que isso tá longe de algo que minhas habilidades possam sentir. Olho para onde o mesmo olhava, focando na terra que tinha um aspecto diferente das demais, olho novamente pra entrada da casa, vendo Hale ali. — Fique longe dela. — Derek começa a descer as escadas da varanda, sinto meu coração acelerar, olhando o mesmo se aproximar rapidamente de nós, olho para Scott que ainda gritava com o mesmo. — Ela não sabe de nada!

— Mesmo? E se ela souber? — Ele me encara, sinto que seus olhos não deixam de olhar pra mim, mesmo com ele falando diretamente com Scott, fico em silêncio com a citação de meu nome. — Acha que é só sua amiguinha Stiles, colocar lobisomem no Google, e já sabe todas as respostas, é isso? — Olho ele de cima pra baixo, como me sentindo ofendida, não queria dizer na cara do mesmo, não pensava que essa era uma batalha minha, respiro fundo, olhando Scott tenso. — Ainda não entende isso, Scott, mas estou cuidando de você. De vocês dois. — Ele termina me olhando, fico em silêncio, sentindo o corte no meu pescoço melhorar, e se isso não fosse apenas um corte? Eu teria lembrado de onde cortei isso, olho novamente para Derek, o mesmo olhava intensamente pra Scott, como se esperasse que o beta o atacasse. — Já pensou no que pode acontecer? Você tá no campo. As agressões começam. E você se transforma na frente de todos. — Mais uma vez me encontro sem palavras, eu já vi isso acontecer, naquele treino, tive que acordar ele dos impulsos com o extintor de incêndio. Vejo Derek abaixar e pegar o bastão de Lacrosse de Scott. — Sua mãe, todos os seus amigos. — Ele aponta o bastão no peito de Scott, tento dar um passo a frente, entrar no meio dos dois, mas Derek me lança um olhar que me faz ficar parda no mesmo lugar. — Quando eles verem você... — Derek mostra as garras, rasgando a rede do bastão de Lacrosse. — Tudo vai por água abaixo. — Ele joga o bastão pra cima, Scott o pega rapidamente, e como se fosse mágica, ele desaparece dali. Respiro fundo, e olho pra Scott.

— Uau, isso foi, educativo. — Era bizarro, mesmo ele não estando mais na nossa frente, eu conseguia sentir sua presença, como se fosse, uma conexão, eu sabia que ele estava no andar de cima, nos olhando pelas frestas de uma persiana de madeira, queimada a muitos anos atrás. — Vamos sair daqui Scott, esse lugar me dá arrepios.

Entramos no jipe em silêncio, Scott joga suas coisas no banco de trás, enquanto eu dou a ré e começo a dirigir para longe dali. Passamos alguns minutos em silêncio, e quando estávamos prestes a sair da reserva, Scott quebra o silêncio.

— Eu acho que sei onde a outra parte do corpo tá. — Olho pra ele em choque, tentando me manter focada no caminho.

— O que? Você achou? Como? Onde? — Respiro, tentando me acalmar, encarando o mesmo, ele me olha torto, eu havia tomado meu remédio antes de ir pra quarta aula, então eu ainda estava muito agitada. — E sim, tomei um monte de ritalina...

— É algo na casa do Derek. — Pergunto o que era, assim que saímos da reserva, o mesmo me olha, puxando o bastão de Lacrosse pra tentar arrumar o estrago causado por Hale. — Tem algo enterrado lá... Senti cheiro de sangue.

— Isso é incrível. — Merda, não era incrível se ele tiver matado a garota. — Digo, é terrível. Sangue de quem?

— Eu não sei. — Ele me olha, largando o bastão. — Mas quando soubermos, seu pai vai prender o Derek. E daí, você tem que me ajudar a descobrir como jogar sem me transformar. Porque não tem como eu não jogar esse jogo.

— Então... Qual a próxima parada? — Pergunto pegando a estrada, o mesmo pensa por um tempo.

— O hospital. — Isso foi na verdade bem esperto, o necrotério era o lugar que armazenaram a outra metade do corpo, se Scott conseguisse farejar o cheiro, talvez tivéssemos alguma pista sobre de quem era o sangue no quintal.

Já tinha escurecido bastante, o caminho até o hospital memorial de Beacon Hills levou um certo tempo. Era bem rápido ir da minha casa até ele, mas da reserva até ele, era um certo tempo de estrada. Adentramos o prédio e eu logo vejo a indicação de onde é o necrotério, aponto pra Scott, e o mesmo segue naquela direção.

Dou alguns passos, pra ir até a sala de espera, e me deparo com Lydia Martin sentada em um dos bancos. A última vez que havia visto ela foi quando a mesma reclamou de seu relacionamento comigo na festa, me aproximo nervosa, querendo ou não, mesmo querendo sua amizade também, eu gostei dessa menina desde a terceira série.

— Oi, Lydia. — Ela me olha, tento pensar no que falar. — Você provavelmente não lembra de mim. Eu sento atrás de você em biologia. — Ela dá um sorriso, e eu levo isso como um avanço. — Também fui a pessoa que você chorou as pitangas naquela festa, você tava bêbada, então, provavelmente não lembra mesmo. Enfim, estava pensando que temos uma conexão. — Ela me olha confusa, e eu fico quieta por um tempo. — Implícita, é claro. — Ela volta a sorrir, e eu continuo. — Talvez seria legal nos conhecermos melhor. — Ela passa a mão no cabelo, tirando algo do ouvido.

— Perai, me dá um segundo. — Quando vejo, ela tira um fone bluetooth do ouvido, e eu percebo que tudo que eu falei nem tinha sido escutado. — Não entendi nada do que você falou. É importante?

— Não. — Digo gaguejando, ela me dá um sorriso fraco, e eu me afasto um pouco. — Desculpe. — Sento na cadeira do próximo corredor, pegando um panfleto qualquer, tentando esconder o resto de vergonha na cara que me sobrava. Um tempo depois, vejo Jackson se aproximando da mesma, Scott ainda não havia voltado, e bom, não posso deixar de ouvir a conversa dos dois.

— Ele aplicou? — Ouço a voz de Lydia, olho disfarçadamente, e vejo Jackson movendo seu braço, como se estivesse com dor.

— Ele disse para não acostumar, mas uma dose não mata. — Ele responde, fico em silêncio, tentando disfarçar com o panfleto em mãos.

— Devia tomar uma antes do jogo. — Jackson parecia irritado com o comentário, ela tava pedindo pra ele praticar doping? — Os profissionais sempre fazem isso. Quer ser amador de colegial? — Lydia cruza os braços. — Ou quer se tornar profissional? — Quando eles começam a se beijar, é a minha dica de parar de olhar, reviro os olhos, voltando meu olhar para o panfleto, não posso deixar de olhar quando eles começam a se afastar dali, sinto o panfleto ser puxado de minhas mãos, e viro meu olhar encontrando Scott na minha frente.

— Deus, você me assustou.

— O cheiro era o mesmo. — Me levanto o olhando.

— Tem certeza? — Ele afirma com a cabeça, e eu não sei o que pensar. — Ele enterrou a outra parte do corpo na propriedade.

— O que significa que podemos provar que ele matou a garota. — Afirmo com a cabeça, andando pra saída.

— Vamos usar isso.

— Como? — Respiro fundo, olhando para trás, parando e encarando o mesmo.

— Me diz uma coisa antes. — Ele me olha curioso, precisava saber o porquê ele queria fazer isso, o real motivo. — Você tá fazendo isso pra deter o Derek ou por que quer jogar e ele não deixou?

— Tem marcas de mordidas nas pernas, Stiles, mordidas. — Ele me olha de cima pra baixo, e me dá um sorriso torto. — Você tá defendendo ele?

— Eu... Olha, tudo bem. — Ele permanece em silêncio, esperando minha resposta. — Vamos precisar cavar.

Deixei Scott na tarefa de conseguir as pás. Primeiro deixei ele na escola, pra que ele levasse sua bicicleta pra casa, depois voltei pra casa, precisava trocar de roupa, botas de salto alto eram estilosas, mas não pra cavar uma cova, meu pai estava na delegacia uma hora dessas, e se tudo fosse como Scott planejou, ele estaria na antiga propriedade dos Hale daqui uma hora.

Tiro as botas, colocando meu All Star preto que estava do lado da cama. Precisava que nada desse errado aquela noite, mas mesmo sabendo o que iríamos fazer, e confiando no Scott, minha mente não deixava de pairar sobre a questão, e se estiver errado? E se ele não for um assassino? Ouço meu celular vibrar em cima da mesa onde meu computador e metade das folhas com a pesquisa que fiz sobre lobisomens estava.

Vou até ele e vejo que é Scott. "s.m. — tô te esperando do lado do jipe, peguei as pás no caminho", respondo rapidamente que já vou descer, colocando o celular no bolso de trás da calça, pegando minhas chaves do lado do computador, não pude deixar de dar mais uma olhada pra pesquisa, uma folha em específico.

"Todos os lobisomens possuem um companheiro (mate), e eles têm uma conexão para o resto da vida. Depois dos 18 anos os lobisomens costumam encontrar seus companheiros existem registros que pode acontecer de encontrarem tendo menos de 18. Eles reconhecem seu companheiro a primeira vez que seus olhos se cruzam, essas relações de lobisomens e companheiros, é um vínculo extremamente poderoso. Os companheiros são marcados pelos lobisomens, é feito de diversas formas como: predominando seu cheiro no companheiro, ou marcando com um arranhão, algo leve e delicado, muitos lobisomens marcam com uma mordida, nada que vai transformar o companheiro em um".

Meu coração gela, quando eu releio essa parte. Ou marcando com um arranhão, merda, eu só podia estar imaginando coisas, não seria possível que Derek tenha me reconhecido como sua companheira, ou é? Sinto meu celular vibrar, e me lembro que precisava descer pra encontrar Scott, tento tirar isso da minha cabeça, se, e somente se eu fosse companheira dele, eu estaria seguindo Scott na maior traição possível.

Havia estacionado o jipe alguns metros da casa. Podia ver o carro preto na entrada, significando que ele ainda estava lá, ficamos dentro do carro com o farol desligado por um tempo, até vermos o mesmo sair da casa e entrar no carro, dirigindo pra longe dali, dou partida novamente, aproximando o jipe da casa,

Saímos do carro, pegando as pás. Isso parecia errado, não só errado, ilegal, ainda estávamos em propriedade privada, acompanhei o caso Hale nos arquivos do meu pai, Derek tinha mais alguns dias com a propriedade até que ela fosse finalmente propriedade do Estado. Ainda era dele, então, se isso fosse um tiro no escuro, era bom ser a filha do xerife, não é? Pego a lanterna que Scott me entregava, ligando a mesma e indo até o lugar que Scott indicou.

— Espera, algo tá diferente. — Scott fala, olhando o local que iríamos cavar.

— Diferente como? — O olho torto, largando a mochila que eu carregava no chão, sendo seguida pelo mesmo.

— Não sei. — Ele começa a cavar, e eu respiro fundo, não acredito que estávamos fazendo isso. — Vamos terminar logo com isso.

Passamos bons minutos cavando aquele buraco. Minhas costas doíam de ficar abaixada naquela posição, enquanto Scott parecia determinado e não se importava. Minha mente girava naquela pergunta que fiz quando estava em casa, faria sentido sobre o porquê não tinha curado ainda, o porquê eu senti o corte, e logo depois vi ele conversando com Allison. Me incomodava o fato, de eu estar ali cavando, e não ter comentado nada do que descobri com Scott

— Isso tá demorando demais. — Resmungo para o mesmo não parar, já estávamos na metade, deixar assim ia só deixar óbvio o inevitável. — E se ele voltar.

— Damos o fora daqui. — Digo afundando a pá na terra mais uma vez, minha calça já estava toda suja, e eu havia começado a ficar com frio.

— E se ele nos pegar?

— Tenho um plano pra isso. — Ele pergunta qual, e eu o olho atravessado. — Você corre pra um lado, eu corro pra outro, quem ele pegar primeiro, que pena.

— Odiei esse plano. — Afundo a pá mais uma vez, ignorando o mesmo, sinto a pá bater em algo duro, e logo digo para Scott parar. Nos abaixamos depois de lavar as pás, passando a mão sobre a superfície, tentando limpar, tinha uma corda, que Scott começa a desamarrar. — Mais rápido. — Começo a desamarrar também, tentando ir o mais rápido possível.

— Tô tentando. Ele tinha que amarrar tão forte? — Adrenalina é tudo que eu sinto, medo podia estar misturado nisso tudo, e se ele voltasse? E se ele fosse realmente um assassino? Quando finalmente conseguimos desamarrar, Scott abre o pano, revelando a metade de cima de um lobo, levantamos no susto e eu não posso deixar de soltar um grito. — Mas que merda é essa?! — Grito, nenhum de nós estava no buraco mais, minhas mãos tremiam e eu estava muito nervosa.

— É um lobo. — Seguro a vontade de soltar um comentário sarcástico, olho para o mesmo respirando fundo.

— É, eu vi. — Tento me acalmar. — Pensei que tinha dito cheiro de sangue humano.

— Disse que algo tava diferente.

— Isso não faz sentido. — Digo tentando juntar os pontos, isso não poderia ser por causa de um lobo, Scott continua olhando o lobo, quando afirma que precisamos sair dali, afirmo com a cabeça. — Tudo bem, me ajuda a cobrir isso, okay? — Scott começa a empurrar a terra, e eu fazia o mesmo, até que avisto uma flor, plantada muito próximo do buraco.

— Qual o problema? — Scott pergunta, aponto para a flor.

— Vê aquela flor? — Quando o mesmo me pergunta o que é, sei que ele provavelmente pensa que eu sou maluca. — Acho que é wolfsbane.

— O que é isso? — Olho pra ele, não consigo acreditar que ele que vira o lobisomem, e eu que sei mais sobre.

— Nunca viu "O Lobisomem" — Ele nega. — Lon Chaney Jr? Claude Rains. — Ele bufa, perdendo a paciência. — O clássico original dos filmes de lobisomem?

— Não! O quê?

— Está tão despreparado pra isso. — Me aproximo da flor, ignorando os protestos de Scott, puxo ela pra cima, vendo que a mesma tinha uma corda amarrada nela, puxar ela toda demorou um tempo, e parecia que a corda tinha sido colocada em espiral. Eu li sobre o que as espirais significavam pros lobisomens, vingança.

— Stiles... — Me aproximo do buraco novamente, segurando a corda com a flor, quando olho para dentro, vejo a imagem que eu mais temia, a outra metade do corpo da mulher. Guardo a corda na mochila, correndo pro jipe e jogando no banco de trás, precisávamos ligar pro meu pai. Já era de manhã quando a polícia chegou, estávamos encostados no jipe, trocamos nossa roupa antes de ligar pra eles, e agora víamos meu pai e outro policial acompanhando Derek até a viatura.

Ele lança um olhar para Scott, que fica quieto e depois olha pra baixo. Havia mais policiais olhando o local onde achamos o corpo, fico inquieta com tudo isso, parece tão errado. Dou a volta no jipe, indo em direção a viatura que acabaram de colocar Derek, ouço os sussurros de protesto de Scott, e mesmo assim avanço na viatura, abrindo a porta e me sentando, olhando para a parte de trás assim que fecho a porta atrás de mim.

— Ok... Só pra você saber, não tenho medo de você. — Talvez um pouco, penso, o mesmo permanece em silêncio, seus olhos verdes âmbar me encaram como se eu tivesse cometido um pecado. — Só quero saber umas coisas. A marca que você fez no meu pescoço, significa alguma coisa pra você, não é... Companheiros... — Ele me olha torto, talvez surpreso.

— Acho que existem coisas maiores do que isso em jogo. — Ele responde, sem tirar o olho de mim, respiro fundo, queria conversar sobre isso, mas não era a situação ideal. — Nós podemos conversar sobre isso outra...

— Não importa. — Respondo rápido, cortando ele. — A garota que você matou... Era loba. Mas ela era diferente, não era? Quer dizer, ela podia se transformar em uma loba de verdade, e eu sei Scott não pode. — Ele permanece em silêncio, respiro fundo, não sabendo quanto tempo teria até que alguém me visse aqui dentro. — Foi por isso que você matou ela?

— Por que você tá se preocupando comigo, se é seu amigo que tem um problema? — Respiro fundo, soltando a grade que dividia os bancos da frente com os de trás. — Quando ele se transformar, o que acha que farão? Hein? Incentivarão? Não posso impedi-lo de jogar, mas você pode. — Ele aproxima o rosto da grade, consigo analisar cada detalhe dele, indo do maxilar perfeito até os dentes similares com os de um coelho. — E, acredite... É melhor impedi-lo.

— Eu confio em você. — Digo firmemente, e o mesmo parece surpreso, sinto o arranhão no meu pescoço arder, como se isso indicasse uma conexão, não tenho muito tempo pra pensar nisso, quando ouço a porta da viatura abrir e meu pai me puxar pra fora. Ele fecha a porta com força, me levando um pouco mais a frente, olhando pra mim com raiva.

— O que acha que tá fazendo? — Bufo, tentando pensar em uma resposta que não parecesse absurda.

— Tentando ajudar.

— É? Que tal ajudar me falando como chegou aqui? — Olho meu pai, e dou um sorriso de lado.

— Estávamos procurando a bombinha do Scott. — Digo firme, e o mesmo me olha torto.

— E quando ele perdeu ela? — Ele me pergunta, e as palavras deslizam da minha boca como se fosse água.

— Na outra noite.

— Na outra noite quando estava procurando pelo corpo? — Digo que sim, e o mesmo me olha decepcionado. — Na outra noite quando disse que estava sozinha, e ele estava em casa.

— Sim. — Digo com convicção, mas logo percebo a enrascada que me meti, droga... — Não, merda.

— Mentiu pra mim.

— Depende de como você define mentir. — Digo olhando para o chão, e o mesmo bufa.

— Eu defino como não contando a verdade. — Ele me olha torto, tentando esconder o sorriso que tem no rosto. — E como você define?

— Reclinando seu corpo em uma posição horizontal? — Faço um trocadilho com a palavra lying que em inglês, pode ser usada tanto quando para mentira, quanto para deitar.

— Dá o fora daqui.

— Com certeza. — Digo indo até o jipe, esperando finalmente poderíamos ir embora.

पढ़ना जारी रखें

आपको ये भी पसंदे आएँगी

9.3K 509 25
Tanjiro era um garoto muito gentil, bonito e amigável.Mas algo aconteceu com esse garoto!?leia para saber. Eu tirei a ideia de uma história ok. Dange...
19.6K 1K 20
Lucerys é capturado pelos Verdes após sua queda. Quando Aemond é designado como seu guarda constante e, portanto, companheiro constante, o romance qu...
Meu Destino Mariah द्वारा

फैनफिक्शन

1.2M 68.9K 85
Grego é dono do morro do Vidigal que vê sua vida mudar quando conhece Manuela. Uma única noite faz tudo mudar. ⚠️Todos os créditos pela capa são da t...
1.1M 53.5K 73
"Anjos como você não podem ir para o inferno comigo." Toda confusão começa quando Alice Ferreira, filha do primeiro casamento de Abel Ferreira, vem m...