O Fruto do Nosso Amor - Versã...

Door Sofia_Angel2

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Im Hana e Kim Taehyung não estão preparados para a partida que a vida lhes decidiu pregar. Tudo parecia corre... Meer

Introdução!!
Capítulo 1 - 포기 - "Abandono"
Capítulo 2 - 고통 - "Dor"
Capítulo 3 - 운명 - "Destino"
Capítulo 4 - 휴가 - "Férias"
Capítulo 5 - 몰디브 - "Maldivas"
Capítulo 6 - 만남 "Encontro"
Capítulo 7 - 결정 - "Decisões"
Capítulo 8 - 유사성 "Semelhança"
Capítulo 9 - 데이트 - "Encontros"
Capítulo 10 - 불신 - "Desconfiança"
Capítulo 11 - 발견 - "Descobertas"
Capítulo 12 - 답글 - "Respostas"
Capítulo 13 - 딸 - "Filha"
Capítulo 14 - 직면 - "Confronto"
Capítulo 16 - 감정 - "Sentimentos"

Capítulo 15 - 가족 - "Família"

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Door Sofia_Angel2


Olá, olá!

Queridos, leitores...

Gostava de saber como todos se encontram, espero do fundo do coração que esta pandemia não vos tenha afetado de modo algum, e que todos estejam bem.

Nestes momentos incertos em que vivemos, eu desejo que todos encontrem força e ânimo para seguir em frente, esperando que o futuro se torne melhor e mais risonho.

Eu demorei um pouco para voltar a postar, devido a um problema que já está resolvido, espero eu.

Espero que gostem e que acima de tudo se divirtam a ler esta história.

Boa leitura...até já.


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Pov Hana

Não consigo parar de olhar para a minha pequenina, que dorme profundamente agarrada ao seu fiel boneco. Quando a fui buscar ao quarto onde o meu irmão estava hospedado, a minha princesa já dormia. Acho que demorei muito tempo à conversa com a Mina, depois do doloroso encontro que tive com o Taehyung. Não queria que a Minji se apercebesse no estado em que me encontrava, aliás, não quero que ela se aperceba das coisas más, apenas das boas.

Confesso que me senti um pouco aliviada quando me apercebi que ainda não teria que ter a importante conversa com ela. Ainda preciso de me organizar mentalmente para que consiga explicar tudo calmamente á minha menina, para que não venha a ser um choque para a sua pequena cabecinha.

Estou muito nervosa e apreensiva com esta conversa que terei que ter com ela. Pedi ao Taehyung para me deixar falar com a Minji primeiro. Eu conheço muito bem a minha filha, mas não sei como irá reagir quando lhe explicar que a partir de agora o Taehyung, o seu amiguinho, vai fazer parte da vida dela para sempre e que o mesmo é seu pai. Já tentei passar na minha cabeça milhares de maneiras de lhe poder contar isto sem a assustar ou a deixar confusa com tanta coisa a acontecer de repente.

Mas até agora, não me ocorre nada.

Estou com medo da sua reação. Ela ainda é muito bebé, apesar de muito inteligente e desenvolvida para a idade dela, não sei se a Minji terá a capacidade de perceber o que realmente está a acontecer. Mas não posso e nem devo exigir que venha a perceber tudo, apenas quero que isto não se torne algo negativo para si, mas estou confiante que irá ficar muito feliz quando eu lhe contar sobre o seu Appa.

Claro que ela já me perguntou algumas vezes sobre o seu pai. Apesar de pequenina, ela sempre se apercebeu que o seu Appa nunca esteve connosco. Quando ela me fazia perguntas relacionadas ao pai, nunca sabia o que lhe dizer, por isso, acabava por a distrair com outras coisas para que se esquecesse do assunto. Claro que fazer isto me deixa muito triste e fazia-me sentir ainda pior com tudo o que tive que fazer. Sempre soube e tinha a certeza que um dia teria uma conversa, muito sincera e verdadeira, com ela sobre o seu pai. Nunca a deixaria viver sem saber quem é o seu Appa.

Devia isso a ela e ao Tae.

Mas sempre achei que ela era muito pequenina para perceber, por isso, nunca lhe expliquei com sinceridade as coisas. Sempre me custou muito, ver a minha menina olhar com muita atenção para os seus coleguinhas da escola que chegavam acompanhados do pai e da mãe. Ela olhava para eles com muita atenção e admiração e todas as vezes que isso acontecia o meu coração doía mais um pouco. Era nesses momentos que tinha vontade de pegar nela e correr até onde o Taehyung se encontrava e não pensar nas consequências dos meus atos.

Suspirei profundamente enquanto passava as mãos pelos cabelos sedosos da minha princesa, depositando um pequeno beijo na sua testa.

– Desculpa, meu amor!

Olhei para a janela e reparei que os primeiros raios de sol entravam pela janela, mostrando o nascer de um novo dia. Não consegui dormir nada durante a noite toda, estava muito nervosa e ansiosa para conseguir relaxar e adormecer.

Levantei-me devagarinho e peguei no meu telemóvel para ver as horas, que marcava seis horas da manhã. Caminhei calmamente até á janela do quarto e olhei para linda paisagem que os meus olhos testemunhavam. Inspirei profundamente e enchi-me de força para este dia que temo que seja um dos mais difíceis de enfrentar. Mas não posso mais esconder-me, tenho que finalmente enfrentar as consequências das minhas decisões, mesmo que isso possa magoar quem mais amo.

Olhei novamente para a minha princesa que ainda dormia serenamente e sorri. Olhar para ela torna tudo mais fácil, a minha princesa é tudo o que preciso para ter força para o que vem a seguir.

Decido tomar um banho e começar a preparar-me para levar a Minji até á praia. Como queria falar com ela, ao menos seja num ambiente agradável para as duas, por isso, acho que a praia é o melhor lugar para o fazer.

– Já acordada? – Olhei para a Mina que se espreguiçava na cama.

– Não consegui dormir nada. – Expliquei enquanto olhava para os biquínis da minha mala, tentando escolher um.

– Podias ter-me acordado. – Sorri ligeiramente.

– Já fizeste muito, amiga. – Ela sentou-se na cama e olhou para a Minji que ainda dormia.

– Vais falar com ela, hoje? – Perguntou-me.

– Sim, não vale a pena evitar essa conversa. – Confessei.

– Como é que achas que ela vai reagir? – Suspirei.

– Não faço ideia. – Olhei para a minha princesa. – Espero que fiquei feliz e que nunca me condene pelo que tive que fazer. – Senti as lágrimas invadirem os meus olhos.

– Hana! – Logo senti os braços da minha amiga á volta da minha cintura, envolvendo-me num abraço. – Não penses assim, amiga! A tua filha ama-te, ela nunca faria uma coisas dessas. – Suspirei.

– Estou a falar quando ela for mais velha, Mina. Tenho medo que me condene pelo que fiz e que não me perdoe. – Chorei.

– Não penses assim! – Pediu-me e eu assenti passando a mãos pelos olhos tentando limpar as lágrimas que teimavam em descer.

– Vou-me arranjar! – Ela assentiu. – Vou com a Minji para a praia hoje. – Expliquei.

– Queres companhia? – Perguntou.

– Não, vou apenas eu e ela. – Sorriu para mim. – Quero ter esta conversa calmamente com ela sem ninguém de perto. – Concordou comigo.

– Fazes bem.

...

– Mas que animação que vai para aqui! – O meu irmão comentou assim que entrou no quarto e viu a Minji aos pulos na cama, animada.

Ela tinha acabado de acordar e logo lhe contei que iriamos as duas á praia. Claro que ela ficou muito feliz e por isso começou aos pulos na cama enquanto batia palmas. Isto arrancou dos meus lábios os meus melhores sorrisos. Só a felicidade dela importa, neste momento.

– Vou á praia, tio! – Ela falou sorrindo.

– Mas hoje não era o dia de irmos á piscina? – Perguntou-me e eu sorri ligeiramente.

– Podemos ir ter com vocês mais tarde. – Comentei e ele assentiu.

– Estás bem? – Perguntou-me.

– Vou ficar! – Ele suspirou e sentou-se na cama da Mina.

– Hana, já coloquei as coisas da Minji na tua mala... AH! JB, bom dia! – A Mina sorriu assim que reparou no meu irmão, olhei para os dois e sorri.

– A tia está vermelha! – A Minji sussurrou ao meu ouvido e eu gargalhei enquanto a ajudava a vestir o vestido por cima do fato-de-banho.

– O que tanto se riem aí? – A Mina perguntou curiosa.

– Nada, tia! – Sorri.

– Agora a D. Minji vai lavar os dentinhos e podemos ir. – Ela assentiu e correu atá ao banheiro.

– Eu ajudo-a! – A Mina falou.

– Onde está o Jackson? – Perguntei curiosa quando ficámos sozinhos.

– Ele combinou com o Namjoon para conversarem. – Assenti um pouco mais aliviada, espero bem que ele se consiga resolver com ele. – Eu tentei falar com o Taehyung quando ele foi ver a Minji ao quarto. – Comentou.

– Como é que ele reagiu? – Perguntei.

– Acho que se a Minji não estivesse naquele quarto, tinha apanhado. – Fechei os olhos e suspirei.

– Desculpa, mano! – Ele sorriu ligeiramente.

– Não te preocupes com isso, Hana! Vai tudo se compor, ele precisa de espaço e tempo para colocar as coisas no duvido lugar. – Assenti. – Não sei se me vai perdoar, mas no lugar dele, faria a mesma coisa. Eu amo-te muito e isso nunca vai mudar. – Sorri e abracei-o sentando-me ao seu lado.

– Também te amo muito, mano! – Sorriu.

– Agora já podes visitar o pai e não te esconderes mais. – Assenti e sorri.

– Tens razão, as coisas vão mudar e eu nunca mais vou desaparecer. – Ele beijou a minha testa.

– Tio, não podes ficar triste. – A Minji apareceu com a Mina e olhou para nós. – Eu gosto muito de ti. – Ele sorriu e pegou-a ao colo, levantando-se com ela.

– O tio também, meu amor! – Ela sorriu e deu-lhe um pequeno beijo no nariz. – Não me esqueci que tínhamos combinado de nadar os dois. – Ela assentiu.

– Depois de brincar com a mamã! – Ele assentiu.

– Está bem, eu aceito. – Ela sorriu.

– Hana, se o Tae vier perguntar por vocês digo o quê? – Olhei para a Mina que me perguntava.

– Dá-lhe o meu número de telemóvel. – Pedi e ela logo assentiu. – Vamos, amor? – Ela assentiu pegando logo no seu balde da praia. Peguei também na mala que tinha feito para as duas e a sacola com algumas comidas que pedi no serviço de quartos. – Até logo, se acontecer alguma coisa, liguem-me. – Despedi-me do dois.

– Estaremos na piscina! – Assenti e logo saí do quarto com a minha princesa.

...


POV Namjoon

– Conversa com calma! – A Emma pediu-me antes que saísse do quarto. – Tenho a certeza que ele foi apanhado de surpresa também nesta história toda. – Assenti ligeiramente abraçando-a.

– Quando acabar a conversa, eu ligo-te. – Ela assentiu.

– Vou-me arranjar com calma, não tenhas presa. – Dei-lhe um selinho. – Amo-te. – Sorri e voltei a beija-la.

– Eu amo-te mais! – Voltou a beijar-me fazendo-me rir. – Posso ir? – Ela negou e continuou a beijar-me. – Vá, deixa-me ir. – Ela sorriu.

– Até já! – Despedi-me e logo saí do quarto.

– Bom dia!

– AHHHH! – Gritei com o susto e logo vi o Jackson encostado á parede do corredor. – Que susto. – Dei-lhe um pequeno murro no ombro e ele sorriu ligeiramente. – Não tínhamos combinado na esplanada perto da piscina? – Perguntei-lhe.

– Estava com medo que mudasses de ideia, por isso, vim ter contigo. – Suspirei.

– Eu nem devia falar contigo. – Comecei a andar e ele logo me seguiu.

– Eu sei, mas eu fui apanhado nisto de repente. – Carreguei no botão do elevador e ele logo se abriu. – Eu fiquei entre a espada e a parede, Namjoon. – Olhei para ele e reparei que estava um bocado nervoso.

– Mesmo assim, devias ter-me digo alguma coisa. – Carreguei no botão que nos levaria á esplanada.

– Não me cabia a mim fazê-lo. – Por mais que me custe a aceitar, ele tem razão.

– Vamos! – Assim que as portas abriram andámos até á esplanada e logo nos assentamos numa mesa um pouco afastada.

– Bom dia, o que vão desejar? – O rapaz que trabalha nesta área perguntou.

– Dois sumos de laranja, por favor! – O Jackson respondeu e o rapaz logo seguiu para fazer o nosso pedido.

– Á quanto tempo sabias disto? – Perguntei-lhe.

– Apenas alguns dias, para falar a verdade, só descobri quando o JB me convidou para esta viagem. Eu pedi-lhe para não se aprofundar em detalhes, mas percebi logo que a Minji era filha do Tae. – Suspirei. – Eu sabia que o JB ainda tinha contato com a irmã, mas ele nunca nos contou nada além disso, nunca pensei muito sobre o assunto. Ele apenas tinha comentado connosco. – Concordei.

– Tu mentiste-me, Jackson. – Ele assentiu um pouco triste. – Eu fiz-te perguntas das quais inventastes uma história, quando podias ter-me dito a verdade. – Concordou.

– Eu sei, Nam. Mas põe-te na minha situação, eu vim apenas de férias, nunca pensei que vocês também estariam aqui. Fui apanhado nesta bola de neve, e confesso que fiquei com medo de me envolver de mais. – Ouvia-o com atenção. – A Hana suplicou para que ninguém contasse nada. – Assenti. – Além disso, é o JB. Se fosse ao contrário, farias o mesmo por qualquer um dos teus colegas de banda. – Olhei para ele e suspirei. Ele tem razão, por eles era capaz de qualquer coisa.

– O Tae está muito magoado.

– Eu sei, eu no lugar dele também estaria. – Suspirei e logo vi o rapaz trazer os nossos sumos.

– Obrigado. – Agradeci.

– Eu só quero que percebas que nunca foi a minha intenção me envolver nisto e acima de tudo mentir. – Sorri ligeiramente.

– Tudo bem, eu até te posso perdoar pelo que fizeste, mas sabes que com o Tae não vai ser tão fácil. – No fundo sabia que ele não tinha culpa nenhuma, sim mentiu e isso é mau, mas na situação dele, faria o mesmo.

– Como é que ele está? – Perguntou-me.

– Confuso, irritado, magoado. – Suspirei. – Nunca vi o Tae assim. – Confessei e ele assentiu.

– Esta história é muito confusa, Namjoon. Eu até percebo o que ela fez e porque o fez, mas será que a Hana está a dizer toda a verdade? – Olhei curioso para o meu amigo.

– Como assim?

– Será que a Hana se foi embora apenas por causa da gravidez?

– Não estou a perceber onde queres chegar, Jackson. – Confessei.

– Tem de haver uma coisa mais forte, Nam. – Ouvi-o com atenção. – Do pouco que convivi com a Hana percebi que ela não tinha apenas medo que o V-ssi descobrisse que ela estava aqui. Existe algo mais que a assusta e posso apostar o que quiseres que é mais grave do que pensamos. – Sentei-me melhor na cadeira.

– Estás a tentar me dizer que existe outro motivo que a levou a abandonar o Tae enquanto estava grávida? – Perguntei.

– Eu sou muito observador, assim como tu, e posso dizer com clareza que tem algo a mais. – Tirei os meus óculos de sol. – Não é nada normal, ela nunca disse ao JB onde é que estava, até hoje ele nunca soube onde ela vivia. – Arregalei os olhos.

– Eu pensava que ele soubesse onde é que ela estava. – Negou.

– Não, o JB sempre sofreu muito com o desaparecimento da irmã. – Fechei os olhos nervoso. – Ela tinha muito medo que alguém descobrisse do paradeiro delas. – Suspirei.

– Não sei, Jackson. – Bebi um pouco do meu sumo. – Mesmo que isso possa ter acontecido, ela devia ter confiado no Tae. – Concordou.

– Bom, isto sou eu a divagar. – Concordei. – Vai ver é só coisa da minha cabeça. – Sorri.

– Acho que desta vez, estás enganado. – Concordou.

– E então, amigos de novo? – Gargalhei ligeiramente.

– Tudo bem, Jackson. Amigos de novo. – Ele sorriu. – Vais ter é que correr muito para o Tae te perdoar também. – Ele suspirou.

– Eu vou dar o espaço que ele precisa, depois eu falo com ele com mais calma. – Assenti.

...


POV Hana

– Omma, olha a conchinha! – Sorri quando ela caminhou até mim e se sentou na toalha onde estava.

– Que linda! – Sorri e ela colocou junto das outras que apanhou. – Estás a gostar da praia? – Ela sorriu.

– Muito! Eu gosto do som das ondas, mamã. – Concordei e olhei para o mar extenso á nossa frente. Hoje a praia estava calma, apenas algumas pessoas estavam á nossa volta.

– Eu também! – Ela olhava com atenção para as conchas e sorriu pegando numa e mostrando-me.

– Achas que o amiguinho vai gostar desta, Omma? – Senti o meu coração bater acelerado e senti que era o momento de ter a conversa com ela.

– Acho que ele vai adorar, fofinha! – Ela sorriu animada. – Amor, gostas muito do Taehyung? – Ela olhou para mim.

– Gosto muito, mamã. – Senti os meus olhos arderem com o aparecimento de algumas lágrimas. – Ele é muito amiguinho e tem as mesmas pintinhas que eu. – Gargalhei ligeiramente.

– Minji, lembras-te quando me perguntaste onde é que estava o Appa? – Ela olhou séria para mim e assentiu ligeiramente.

– Já sabes onde está o Appa da Minji? – Fechei os olhos.

– Já! – Ela arregalou os olhos e ficou a olhar para mim.

– Amiguinho? – Perguntou e eu arregalei os olhos assustada. – O amiguinho é o meu Appa? – Comecei a tremer, assustada. Como é que ela conseguiu juntar as peças tão rápido. – É que eu queria que o amiguinho fosse o meu appa. – Senti uma lágrima escorregar pelo meu rosto.

– É, meu amor! O Taehyung é o teu pai. – Ela ficou a olhar para mim e não disse nada. – A mãe ficou muito assustada quando descobriu que tu eras a minha sementinha. Minji, o teu Appa é uma pessoa muito importante e na altura, ele trabalhava muito para conseguir realizar o seu maior sonho. – Ela escutava tudo com atenção olhando profundamente para os meus olhos. – A Omma decidiu que era melhor ir para longe dele. – Ela franziu os olhos.

– O Appa não gosta da Minji? – Neguei logo.

– Claro que não, amor! Ele ama-te muito, princesa. A mãe é que nunca contou ao Tae que tu eras a nossa sementinha. – Ela assentiu ligeiramente.

– Tu fugiste, Omma? – Arregalei os olhos e suspirei.

– Sim! – Ela colocou as mãozinhas juntas.

– A Minji está triste. – Ela começou a chorar e eu peguei-a logo no colo e ela escondeu o rosto no meu pescoço.

– Não chores, amor! Desculpa, desculpa. – Eu dava-lhe beijinhos na testa na esperança que ela ficasse mais calma. – A Omma adora-te, filha. Nunca queria que tu e o Appa sofressem, amor. – Ela suspirou entre os soluços do choro.

– A Minji não quer ficar mais longe do Appa. – Abracei-a com mais força e senti-me a pior pessoa do mundo, a pior mãe, a pior mulher.

– Nunca mais, princesa. A partir de hoje o Appa vai sempre estar ao pé de ti. – Ela olhou para mim e eu limpei as lágrimas que teimavam em cair pelo seu pequeno rosto.

– A Omma também? – Assenti.

– A Omma não vai a lado nenhum. – Ela sorriu ligeiramente e beijou-me na bochecha.

– Não vais ficar mais triste, Omma? – Neguei. – Onde está o Appa? – Limpei as lágrimas e suspirei.

– Acho que deve estar no hotel, amor! – Ela levantou-se.

– Ele não pode vir brincar aqui com a Minji? – Olhei para ela, confusa. – Eu queria brincar com o Appa. – Olhei para todos os lados um pouco perdida. Devia ter pedido o seu numero de telemóvel.

– Fazemos assim, vamos até ao Hotel e vamos procurar o Appa. Que tal? – Ela assentiu e sorriu. Ela olhou para mim e logo me abraçou com força.

– Amo-te, Omma! – Sorri e abracei-a com mais força. – És a melhor mamã do mundo. – Senti um alivo atingir todo o meu corpo. Era tudo o que precisava ouvir agora, era tudo o que mais fazia sentido para mim, no meio desta tempestade toda.

Levantei-me da toalha e comecei a juntar as coisas para irmos ao hotel procurar o Taehyung. A Minji deve estar em pulgas para estar com ele e não vou mais impedir para que ela passe o tempo que quer e precisa com o pai. De repente ouvi o telemóvel tocar e peguei logo no mesmo, reparando que um número não identificado me ligava.

– Estou?

– Vocês estão onde? – Senti um arrepio pela minha espinha assim que ouvi a sua voz.

– Estamos na praia perto do hotel, mas vamos voltar agora. – Respondi.

– Não precisam, eu vou aí ter. – Respondeu e desligou a chamada.

Suspirei por causa da frieza com que ele me falou, mas estava á espera do quê, flores e beijinhos... é claro que não. Voltei a estender a toalha e a Minji olhou curiosa para mim.

– O Appa vem aqui ter. – Ela sorriu animada e logo pegou na conchinha que escolheu para ele.

– Ele vai gostar do presente, não é? – Assenti.

...


POV Taehyung

Não consegui dormir a noite toda, apenas conseguia pensar o quanto a minha vida vai mudar a partir de hoje. Confesso que ser pai é uma coisa que sempre quis na vida, além de ser cantor, ser pai é um dos meus maiores sonhos. Mas não contava em ser pai de uma menina de quase 5 aninhos com 25 anos, mas apesar de tudo, a felicidade de ter a Minji como minha filha é muito grande.

Não sei o que vai acontecer futuramente, mas agora apenas quero estar perto da minha filha e conhecer tudo sobre ela. Quero ser o pai que ela merece e precisa. Quero estar presente em tudo o que for importante para ela. Quero ser igual ao meu pai, que sempre me apoiou em tudo e sempre me amou pelo o que sou. Quero ser o seu herói, o seu melhor amigo, o seu tudo.

Por falar em pais, a minha mãe vai ficar doida quando descobrir que é avó. Acho que nem consigo imaginar qual será a reação deles quando lhes contar. Não vou faze-lo já, até porque isto não é uma conversa para se ter ao telemóvel. Preciso de me organizar primeiro, preciso de fazer as coisas com calma e ponderação. Está muitas coisas em risco, mas o que mais me preocupa é o bem-estar da minha princesa.

Olhei uma última vez para o espelho e peguei nas minha coisas antes de sair do quarto. Disse aos rapazes que queria passar algum tempo com a Minji, por isso, eles decidiram ficar pela piscina, quem sabe mais tarde, eu vou ter com eles.

Saí em direção ao quarto da Hana e arrependi-me de não ter ficado com o número de telemóvel dela, assim sabia onde estaria a minha filha, sempre que quisesse saber.

Assim que cheguei á porta do quarto delas, bati na mesma e esperei alguém abrir. Assim que voltei a bater outra vez, a porta abriu e logo vi a Mina, a melhor amiga da Hana.

– Bom dia.

– A Minji? – Perguntei-lhe logo, não me importando em estar a ser um pouco rude.

– Ela saiu com a Hana. – Suspirei e logo reparei que o JB também estava no quarto.

– Ela levou a Minji para a praia para poderem conversar sobre ti. – Ele falou e eu apenas sorri ironicamente.

– Não me lembro de te ter perguntando nada. – Respondi.

– Se quiseres posso-te dar o número de telefone dela. – Olhei para a sua amiga.

– Do que é que estás á espera, então? – Ouvi o JB suspirar.

– Tu não precisas de falar assim com ela, Tae. – Fechei os olhos e olhei para ele entrando dentro do quarto. Eu sei que a amiga dela não me deve nada, até porque nunca a conheci, mas mesmo assim, não consigo ser simpático.

– Não me chames assim. – Ele concordou. – Só pessoas que gosto é que me chamam assim. – Olhar para ele custava-me muito.

– Está aqui. – Olhei para a Mina e ela estendia-me um papel. Peguei no mesmo e reparei que tinha o número da Hana escrito nele, com isto, logo me dirigi á saída.

– Sabes que mais cedo ou mais tarde vamos ter que conversar. – Ouvi-o dizer e fechei as mãos com alguma raiva.

– Conversar sobre o quê? – Perguntei olhando com raiva para o mesmo.

– Por favor, vocês estão muito nervosos, essa conversa pode esperar. – Ouvi a Mina falar, mas continuava a olhar para ele.

– Eu percebo que estás magoado e ferido, mas não precisas de ser assim com as pessoas. Tu não és assim. – Sorri.

– Eu não tenho direito de ser rude com quem me magoou, mas vocês tiveram todo o direto de me fazerem de palhaço. – Suspirei com alguma raiva. – É melhor sair daqui antes que faça algo que me arrependa. – Ele agarrou a minha mão.

– Se me bateres te fará sentir melhor, então fá-lo. – Fechei a minha mão com mais raiva ainda.

– JB, por favor parem.

– Eu confiei em ti. – Falei com raiva e o mesmo olhava para mim sem pestanejar. – Eu falei tudo o que sentia, tu sabias tudo aquilo que sofri e mesmo assim conseguiste mentir-me na cara. – Ele suspirou.

– A Hana é minha irmã, Taehyung. – Fechei os olhos. – Desculpa dizer-te isto, mas faria tudo de novo. – Sem perder tempo dei-lhe um murro certeiro no nariz.

– PAREM! – A Mina entrou no nosso meio, impedindo que me chegasse mais perto dele. Eu sabia muito bem que ele não ia ripostar, não teria coragem de o fazer. – JÁ CHEGA! – Ela olhou para mim com o olhar suplicante. – Por favor, já tens o número dela. – Ela pediu apontando para a porta.

– Nunca mais fales comigo. – Falei e logo saí do quarto fechado a porta com alguma força.

Todo o meu corpo tremia de raiva, eu não sou uma pessoa violenta, mas confesso que as minhas emoções estão todas num nível extremo. Não consigo ter controlo de nada, nem dos meus pensamentos quanto mais dos meus movimentos e ações. Claro que bater-lhe não melhorou nada a situação, apenas serviu para libertar um pouco a raiva que estou a sentir neste momento.

Respirei calmamente tentando manter a calma, entrei no elevador e olhei para o papel que a Mina me deu. Peguei logo no telemóvel e marquei o número na mesma hora e liguei.

– Estou? – Suspirei assim que ouvi a sua voz.

– Vocês estão onde? – Perguntei mantendo-me frio.

– Estamos na praia perto do hotel, mas vamos voltar agora. – Respondeu.

– Não precisam, eu vou aí ter. – Falei e logo desliguei a chamada. Posso até estar a ser bruto e insensível, mas é a maneira que encontrei de me defender e além disso não devo nada a ninguém, por isso, vou agir como quero e bem me apetece.

Antes de seguir para onde elas estavam, voltei ao meu quarto para buscar algumas coisas que me faltavam para puder levar para a praia. Caminhei calmamente tentando voltar a manter a calma, depois daquele momento com o JB, fiquei um pouco fora de mim. Assim que cheguei, olhei com calma pelo areal na tentativa de as ver e logo as avistei, estavam um pouco afastadas das pessoas que se aglomeravam na areia mais perto da entrada.

Suspirei e andei calmamente até elas, sorri ligeiramente ao ver a minha pequenina que sorria, animada, enquanto mostrava algo que tinha na mão á sua mãe. De repente parece que todos os problemas e todos os maus sentimentos que estava a sentir a momentos atrás, dissiparam ao ver a minha princesa.

Ela é perfeita e minha.

Não podia estar mais feliz por ser pai deste pequeno anjinho. É um sentimento profundo e intenso que sinto a aumentar cada vez mais e não quero que pare de crescer, nunca.

– Bom dia! – Falei assim que cheguei perto, elas olharam admiradas para mim.

A Minji arregalou os olhos e logo olhou para a mãe que apenas assentiu sem dizer nada. A minha princesa começou a andar até mim e logo me ajoelhei na areia para ficar ao seu alcance. Ela olhou profundamente para mim e eu fiz o mesmo, mantendo um ligeiro sorriso no rosto.

Ela já sabe, já sabe que sou o seu Appa.

Ela passou a mão pelo meu rosto e eu sorri ligeiramente, sentindo as lágrimas invadirem os meus olhos. O meu coração batia nervoso e ao mesmo tempo uma alegria profunda o invadia a minha alma. Ela é minha, quanto mais olhava para ela mais certezas tinha que o meu mundo estava na minha frente.

– Appa! – Deixei as lágrimas escorrerem e logo a abracei.

– Estou aqui, fofinha. – Ela agarrou com força o meu pescoço e começou a chorar. – Não, não, princesa. – Fiz com ela olhasse para mim e ela tentou limpar as suas lágrimas com as pequenas mãos. – Não chores, amor. – Ela sorriu ligeiramente e eu ajudei-a a limpar as suas lágrimas.

– A Omma disse que tu és o meu Appa. – Olhei para a Hana e ela estava com a cabeça baixa e não olhava para nós. – Não fiques triste com a Omma. – Ela pediu-me e eu suspirei.

– Falamos disso depois, pode ser? – Perguntei-lhe um pouco admirado com a sua capacidade de perceber as coisas. A minha filha é mais madura do que pensei que era. – Estás feliz? – Perguntei-lhe.

– Muito, agora tenho um Appa e uma Omma. – Sorri concordando com ela.

– E muitos tios também. – Ela sorriu ainda mais.

– Eu tenho um presente para ti. – Ela falou e logo correu até á Hana, que até agora não falou nada, e lhe deu uma pequena concha. – Eu apanhei esta concha, agora. – Sorri e ela deu-me a pequena concha.

– É linda, princesa. – Ela sorriu e olhou para a Hana.

– Estou com fome, Omma.

– O que queres comer? – Perguntou-lhe enquanto pegava numa bolsa que estava perto dela.

– Fruta. – A Hana assentiu e logo tirou da bolsa uma caixinha com algumas frutas. A Minji sentou-se perto dela e esticou as mãos cheias de areia.

– Olha essas mãos cheias de areia, amor. – Olhava com atenção para as duas e confesso que ver a Hana tão atenciosa para com a nossa filha deixou-me feliz e de coração cheio. Apesar de tudo, nunca duvidei que um dia ela seria uma ótima mãe.

– Posso ir lavar as mãos á água? – Perguntou-lhe animada. A Hana olhou para o seu lado e pegou no balde de areia que estava perto dela.

– Podes limpar aqui, que ainda tem água. – A Minji olhou para ela curiosa e a Hana sorriu. – Sua espertinha, depois de comeres as frutas vamos á água. – Ela gargalhou fazendo-me sorrir.

– Já está! – Ela mostrou as mãos. – Omma, vou sentar ao pé do Appa. – A Hana olhou para mim e eu estendi a minha toalha dando espaço para a Minji se sentar perto de mim. A Hana estendeu-me a caixa com as frutas e eu peguei na mesma.

– Morangos! – Ela falou assim que abri a caixa.

– Também gosto muito de morangos. – Ela sorriu e deu-me um morango á boca. – Hum, que bons. – Ela sorriu e também comeu um.

– Eu vou voltar para o hotel. – Olhei para a Hana e só agora é reparei que ela chorava, mas logo disfarçou para a Minji não perceber.

– Omma, mas eu quero ir á água. – A Minji falou olhando para a mãe.

– Podes ficar com o Appa! – Ela olhou para mim e eu percebi que ela queria deixar-me um pouco a sós com a Minji.

– Posso? – A Minji olhou para mim e sorri.

– Claro que sim, amor! – Ela assentiu e voltou a comer os morangos.

– As coisinhas dela estão nesta mala! – Ela colocou a mala perto de mim. – Se for preciso alguma coisa, podes ligar-me. – Em todo o momento, notei, que ela evitava o meu olhar.

– Tudo bem! – Respondi-lhe seco, mesmo que não quisesse, era mais forte que eu.

– Até logo! Minji, meu amor, porta-te bem.

– Sim, mamã!

Olhei enquanto a Hana se afastava de nós e senti o meu coração apertar. Por mais que estivesse magoado e triste com ela, não quero que se afaste cada vez que eu estiver por perto. Ela não é alguém que posso simplesmente apagar da minha vida, apesar de o querer fazer muito isso porque me magoou, a Hana é mãe da minha filha e a mulher que eu mais amei na vida.


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Então...o que acharam?

Mais uma vez, gostaria muito de saber a vossa opinião sobre a história.

Espero que estejam a gostar e sintam-se na liberdade de comentar sempre que quiserem.

Bom, até ao próximo capítulo...

Continuem saudáveis e lembrem-se sempre de usar as máscaras e acima de tudo manter a distância uns dos outros.

PROTEJAM-SE A VOCÊS E QUEM MAIS AMAM!

P.S: A foto de capa é a Hana! (É assim como a imagino, a Sowon!!)

Beijinhos!!!

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