Não Confie Em Mim

By kookiejar__

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conteudo adulto +18 Ele é o cara mais inteligente e nerd da escola, e ela a atleta mais dedicada e popular. O... More

Prefácio
Capítulo 2- Crime
Capítulo 3- Ninguém vai acreditar na gente
Capítulo 4- Eu conheço alguém
Capitulo 5- Como você faz isso?
Capítulo 6- Venha comigo
Capítulo 7- Parece uma ótima ideia
Capítulo 8- Uma noite de paz
Capítulo 9- Hora de voltar para a realidade
Capítulo 10- Verdades cruzadas
Capítulo 11- Algo a se admirar
Capítulo 12- Inocente
Capítulo 13- Lugar abandonado
Capítulo 14- Não confie em ninguém
Capítulo 15- Decifrando um pouco mais
Capítulo 16- O silêncio depois da meia noite.
Capítulo 17- A ligação.
Capítulo 18- O Melhor momento da minha vida.
Capítulo 19- O segredo revelado no escuro.
Capítulo 20- Do que você está falando?
Capítulo 21- O outro lado da história.
Capítulo 22- Você quer fazer isso? (+18)
Capítulo 23-Me diga como gosta
Capítulo 24- Acabar com isso
Capítulo 25- eu não confio em mais ninguém
Capítulo 26- Compartilhamos uma história
Capítulo 27- Prazer e culpa (+18)
Capítulo 28- Verdadeiros negócios +18
Capítulo 29- Punição
capítulo 30 -Não é uma opção

Capítulo 1- O nerd e a popular

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By kookiejar__


Capítulo 1- O nerd e a popular

Jae e Olivia eram o casal mais popular da escola, ele era extremamente rico, bonito, se dava bem com todos, era do grupo de dança e com sua voz angelical, era sempre escolhido como cantor nas apresentações da escola. Olivia era referência de beleza, estilosa em seu próprio jeito, durona, sempre séria, mas ainda sim atraia amizades, era ótima nos esportes, em absolutamente todos, mas sua paixão era uma só, a corrida.

Todo garoto do colégio queria ser Jae e toda garota desejava ser Olivia. As modas eram ditadas por eles sem que precisassem falar nada, os alunos na escola observavam e copiavam como falar, se vestir ou locais para frequentar na cidade baseado no casal.

O terceiro ano do ensino médio tinha acabado de começar e todos estavam voltando das férias de fim de ano, o clima ainda estava animado, os alunos estavam descansados para o último ano escolar, porém tensos para os vestibulares de fim de ano, a espera para entrar em uma boa faculdade era grande.

Olivia e Jae conversavam no corredor em frente aos armários escolares.

— Então amor, você vai comigo para o camping no próximo fim de semana? Vai ser legal, eu, você, fogueira, barraca, muita bebida e sexo — Jae falou sorrindo enquanto esperava sua namorada, ele encostou o ombro no armário.

— Não sei, Jae — a menina procurava seu livro de história no armário, mas não achava.

— Vamos, Oli!— Ele pediu com tom de doçura na voz. Ela odiava aquele apelido, mas seu namorado insistia em chamá-la daquele jeito — Vai ser interessante — ele fez biquinho e se inclinou para mais perto da garota.

Olivia inspirou fundo, ela, ao contrário de todos, não havia descansado nada nas férias, teve que cuidar de sua mãe durante todo o verão, sua paciência estava curta e sua disposição era pouca. Mas queria passar um tempo de qualidade com seu namorado já que não o tinha aproveitado.

— A gente poderia passar o fim de semana na sua casa ao invés de ir pra essa viagem idiota — Olivia ainda mexia em seu armário ajeitando as coisas. Ela havia jogado uma isca, nunca havia entrado na casa de seu namorado e tudo bem que não fazia muito tempo que estavam juntos, mas ela sabia que esse não era o motivo.

Jae tinha vergonha dela e de sua mãe na verdade. No verão, Olivia tinha tentado manter seu namorado afastado de sua história de vida a todo custo, mas ele apareceu em sua casa de surpresa querendo levá-la para um passeio no parque e Olivia com toda resistência teve que explicar o porque não poderia sair com ele naquela semana. E não tinha sido nada agradável revelar a verdade.

— Você sabe que meus pais são chatos com isso, eles não permitem ninguém lá em casa — ele disse desviando o olhar, sua feição agora era séria.

— Eu nem sei como é a sua casa, não acha isso estranho? Sou sua namorada no final das contas, todo mundo sabe que a gente tá juntos, inclusive seus pais — A menina sabia que a mãe de Jae havia vistos os dois se beijando no jardim da escola depois do fim da aula antes das férias, era óbvio que a mãe detestava aquela cena, mas podia ser apenas um ciúmes materno bobo, ou ela sabia sobre a mãe de Olivia também porque Jae poderia ter contado para a mãe dele.

— Oli, vamos para a viagem... — Ele arrastou a fala, o olhar pidão voltou ao seu rosto agora com linhas de expressão mais suaves.

Olivia respirou fundo, achou o libro de história e fechou seu armário, se virou para o rapaz.

— Eu vou, mas você vai ficar me devendo uma música quando for um idol famoso.

Jae piscou e sorriu.

— Escreverei todas pensando em você — ele deu um beijo rápido na bochecha dela.

Olivia sabia que Jae era um playboy como dizem por aí, mas ela não se importava, não era como se fosse extremamente apegada em um romance do qual sabia que não iria durar após a escola, as pessoas a sua volta idealizavam mais o seu relacionamento do que ela mesma e Jae se sentia da mesma forma que Olivia, ela sabia, mas ainda sim, se esforçava para tentar ter algo normal em sua vida de adolescente.

Seu namorado estava interessado em se tornar trainee de uma empresa grande da indústria do k-pop, enquanto Olivia queria ser uma corredora profissional, treinava muito na escola para ganhar bolsa de esporte na faculdade e quem sabe um dia estaria nas Olimpíadas.

— Amei sua roupa, Oli — uma garota da qual Olivia não fazia ideia de quem era, disse, ela aceitou o elogio e sorriu um pouco sem graça. Honestamente a menina sabia que eram elogios apenas para se enturmar com Jae e ela, pois na verdade, seu estilo era bem casual, qualquer um podia ter. Olivia só colocava seu uniforme quando estava prestes a entrar nas aulas, para evitar que tarados a seguissem e soubessem onde ela estuda, dica de sua mãe, então ela estava sempre com uma roupa diferente ou com roupas de corrida antes do primeiro tempo da aula.

Olivia entrou na sala de aula e se preparou para a aula de história. Ela era uma aluna acima da média, tirava 7 às vezes até um 8, mas não era nem de perto igual ao maior nerd da turma que só tirava 10 e fazia tudo parecer ridiculamente fácil. Não leve nerd como xingamento, ele era bem popular entre as meninas, Kim Taehyung, o garoto com o QI mais alto da escola, o mais inteligente, ele só não se importava, ou não sabia que tinha esse certo charme, pelo menos essa era a leitura que Olivia fazia do menino.

Ele era muito calado, ninguém sabia o que fazia e gostava fora da escola, não tinha amigos ali, estava sempre lendo ou estudando em algum canto da escola. Ninguém mexia com ele exatamente, mas quando passava no corredor chamava atenção das meninas e alguns comentários maldosos de meninos populares eram feitos, simplesmente por inveja.

Era algo que intrigava Olivia, ele conseguia chamar atenção sem chamar atenção de fato, não gritava ou era espalhafatoso como os outros meninos, ele estava sempre só, sempre quieto.

A menina se pegou com um sorriso no rosto pensando em como ela mesma estava perdendo tempo observando um garoto comum que nunca nem havia olhado para ela na vida.

— Está feliz em me ver? — Yoongi sentou na cadeira atrás da moça.

— Eu não gasto meu sorriso com besteira — ela respondeu brincando, eles viviam alfinetando um ao outro, Yoongi era do time de futebol, mas também fazia aulas de canto junto com Jae.

— Você sabe que eu sou a sua besteira favorita — ele sorriu e se inclinou sobre a mesa para ficar mais próximo do ombro dela. Os dois viviam flertando, até o namorado de Olivia já tinha deixado de lado e não reclamava mais.

— Porque a gente flerta se obviamente a gente não gosta um do outro? — Olivia perguntou.

— Porque é divertido — o rapaz respondeu ainda com um sorriso malicioso no rosto.

Olivia deu de ombros e abriu seu caderno.

— Deve ser — ela disse sem humor, escreveu a data enquanto o professor pedia silêncio à turma para começar a aula.

***

Era hora de ir para casa já que não haveria treino de corrida naquele dia. A garota já tinha trocado de roupa antes de sair da escola para as peças básicas de sempre. Olivia costumava pegar o mesmo caminho todo dia de volta para casa, como não era longe, ia a pé mesmo. Todos da escola iam de Uber, táxi, os pais ou motoristas particulares iam buscar e levar, mas Olivia gostava de gastar o dinheiro de sua mesada que poupou com transporte em suas roupas e comida diferentes no fim de semana.

Quem também sempre pegava o mesmo caminho que ela era Kim Taehyung, os dois moravam na mesma rua, lados opostos e algumas casas de distância, mas podiam se considerar vizinhos.

Ele parecia ser de uma família boa, unida, bastante rica. Ao contrário da garota, Olivia tinha apenas a mãe, de vez em quando a enfermeira que também recebia para limpar a casa durante a semana, e dar os remédios.para a mãe, o resto ficava por conta da própria menina. Sua mãe tinha bastante dinheiro, o que era ótimo, mas o que a menina queria era outra coisa, voltar a ser como era antes, ela e sua mãe coatumav ser muito amigas, porém não era mais próximas depois do que aconteceu na empresa e seu pai deixou as duas.

Sua mãe sofria de ansiedade generalizada extrema e não saia mais de casa, tinha medo de tudo e de todos, crises de pânico horríveis aconteciam só de colocar o pé no jardim da casa, passava o seu tempo do lado de dentro olhando a TV falar sozinha em qualquer programa que estivesse passando, ou ficava deitada na cama olhando para o teto, sua mãe parecia sempre estar off, fora do mundo real, tinha medo da própria sombra e não olhava mais nos olhos da filha.

Vivia trancada havia alguns anos, Elizabeth o nome da mãe de Olivia, tinha se aposentado mais cedo do trabalho em uma grande empresa de Engenharia, o que fazia de sua aposentadoria ser muito alta, mantendo uma ótima vida para ambas, a menina não podia reclamar de recursos.

Mas dinheiro não era tudo, ela tinha aprendido aquilo. Nem os remédios que comprava, nem os psiquiatras e psicólogos que pagava eram o suficiente para trazer sua mãe saudável de volta, a menina nunca tinha entendido qual trauma poderia causar aquele comportamento em uma pessoa, mas sempre que questionava a sua mãe, ela apenas ignorava a menina.

A mãe que ela amava passar um tempo de qualidade quando era mais nova não existia mais, Olivia sentia falta da mulher sorridente e animada que sua mãe era, sempre chamando ela e seu pai para ir em parques e piqueniques, era ótimo, até que um dia isso mudou de repente e Olivia nunca soube o porque, seu pai foi embora depois que sua mãe ficou assim e nunca mais falou nem com elas. A menina sabia que o pai tinha uma nova família agora e que todo mês depositava a pensão na conta dela, mas era apenas isso e mais nada.

Era uma parte de sua vida que tinha ficado em segredo para todos, mas algumas pessoas sabiam, como Jae e alguns vizinhos que gostavam de fofocar, Olivia sabia que falavam mal de sua mãe por ai, chamav ela de louca, desquitada, inventavam histórias, mas o que ela poderia fazer? Sempre que podia, desmentia algo, mas logo surgia fofoca nova, era um ciclo sem fim

Olivia se sentia presa, mas ninguém sabia disso, para todos na escola sua vida era perfeita, ela era linda, rica e talentosa, ninguém suspeitava que a mãe tinha uma doença mental grave. Agorafobia era o que haviam diagnosticado ela, medo extremo de sair na rua e algum tipo de estresse pós-traumático que os profissionais falaram, mas aquilo de nada ajudava, não tinha cura, então Olivia só vivia da melhor maneira possível, do jeito que dava, fingindo ser forte.

***

O dia estava meio cinzento, nuvens finas preenchiam o céu e o vento soprava uma brisa gelada. Taehyung estava caminhando devagar na rua, indo em direção a sua casa, estava lendo mais um artigo sobre astrofísica, mas sua cabeça já começava a doer, tinha passado o dia lendo e nem nas aulas de hoje ele tinha prestado atenção, já sabia o conteúdo que o professor passava, o que tornava o aprendizado na escola entediante.

Porque ele não pulava para a faculdade? Seus pais não queriam, achavam seu filho quieto demais e insistiam que ele ficasse na escola para interagir mais com meninos da sua idade e ser mais social, para eles não era sobre pular etapas e chegar mais rápido no final, era sobre a jornada. Seus pais às vezes tinham uns discursos prontos de post do instagram na ponta da língua e aquilo o irritava, mas ele já tinha acostumado, era o jeito deles de amar o filho.

Mal sabiam eles que Taehyung não falava com ninguém, nem faria questão de tentar, que às vezes era zoado pelos populares da escola e nenhum professor gostava dele por ser sabichão. Ele tinha dois amigos, um online que se chamava Kim Namjoon do qual ele sempre jogava os jogos de tiro online e outro que era seu vizinho da rua de baixo, Jung Hoseok, que era o mais novato na cidade, mas ele era muito extrovertido e havia se aproximado de Taehyung mesmo contra a vontade dele, porém agora ele gosta da companhia.

Eles tinham muito em comum, como o fato de não serem populares e nem se darem bem com as garotas. A diferença é que Hoseok ainda tentava, Taehyung já tinha largado essa ideia de se envolver com alguém.

Abaixando as folhas do artigo para finalmente prestar atenção no caminho para sua casa, Taehyung reparou na menina de preto que andava na mesma direção que ele, mas no lado oposto da calçada. A rua de carros que separava eles estava vazia, sempre estava, as pessoas naquela cidade preferiam ficar em casa, nada permanecia aberto até mais tarde, não tinham baladas ou muitos bares por lá.

Taehyung se pegou reparando nos detalhes do rosto da moça. A menina tinha traços leves, parecia ser mais nova, mas tinha a mesma idade que Taehyung, 17 anos, ele sabia porque ela tinha as mesmas aulas que ele. Tinha um corpo bem atlético, cabelos lisos, castanhos claros, que batiam na altura do pescoço em um bonito corte chanel. Era realmente bonita, mas Taehyung não sabia o porquê estava pensando nisso. Apesar de séria, ela não dava medo, passava uma imagem de pessoa focada, era como se ela tivesse em um mundo próprio assim como ele, sempre pensando em algo que não era a realidade, Taehyung se identificava com aquilo.

Ele sabia o nome dela, mas não lembrava, o cérebro de todo mundo fazia isso, informações consideradas inúteis são descartadas e ele tinha muita coisa na cabeça de suas leituras diárias.

A menina olhou para ele no instante em que ele ainda a encarava, Taehyung tentou disfarçar olhando para a frente, mas falhou quando tropeçou na lixeira que tinha na calçada e caiu de joelhos no chão.

— Você tá bem? — A moça parou de repente e perguntou ainda do outro lado da rua. Ele não estava, mas não diria aquilo.

— Sim! — Ele gritou a mentira para que ela ouvisse, o menino limpou a garganta para disfarçar a vergonha, fez o mesmo com a calça e seguiu em frente, já estava quase em sua casa, ele não voltou a encará-la, mas sabia que a menina havia entrado cinco casas antes da dele e que ele poderia sofrer a vergonha alheia sozinho agora.

***

— Oi bebêzinho — a mãe de Taehyung disse super animada assim que ele pôs os pés em casa.

— Oi mãe — O menino respondeu em um tom monótono. Sua mãe o tratava como um grande bebezão, ele odiava, mas sabia que era o jeito dela expressar amor, então não ficava reclamando.

— Ei rapaz, como foi o dia hoje? Quebrou muitos corações? — O pai dele falou da sala. O seu pai era muito elegante na aparência, trabalhava com pessoas importantes na empresa transportadora que fundou, estava sempre de terno bem cortado, mas seu humor era o típico tio do "pavê ou pra comer?" terrível. Era doloroso, o bom humor dos pais.

Taehyung subiu para o seu quarto no segundo andar da casa, largou a mochila no chão e se jogou ainda de uniforme na cama arrumada.

— Ei seu merda! — Hoseok disse sentado no parapeito da janela do quarto que sempre ficava aberta.

— Já disse pra você parar de escalar minha casa — o menino reclamou para o amigo.

— Estava na esperança de te ver trocando de roupa — Hoseok levantou as sobrancelhas em tom de piada.

Taehyung começou a desabotoar a calça jeans.

— Ei! ei! Eu tô brincando, guarda a anaconda só pra você — Hoseok disse colocando a mão na frente do rosto para cobrir a cena.

Taehyung deu um pequeno sorriso, ele gostava de Hoseok porque ele era simples e não tentava parecer inteligente para se encaixar ao amigo. Hoseok só era ele mesmo, divertido, avoado, magrelo e virgem, isso era algo que ele mesmo sempre gostava de frisar para Taehyung.

"Eu não aguento mais essa vida de virgem solitário, quando chegará a minha vez?"

Reclamava Hoseok quando passava uma menina bonita na rua.

— O que você quer? — Taehyung perguntou ainda com tom entediado.

— Eu tenho algo interessante para a gente fazer hoje — O menino de cabelos pretos e sorriso brilhante se aproximou sentando-se na cama.

— O quê? — Taehyung colocou os braços atrás da cabeça para apoiar no travesseiro. Ele sabia que provavelmente Hoseok queria correr atrás de alguma garota nova da cidade, tinha aquele olhar de animação somente quando via uma menina de saia.

— Resolver um crime.

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