Meu Blues

By lennorebeattrice

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[Concluída ✓/Revisando] Capa feita pela: @knsdesign ❤️ deem uma olhadinha no trabalho dela, pessoal, é simple... More

Dedicatoria
Epigrafe
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Anos atrás
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Anos Atrás
23:22 PM
Anos Atrás
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LEIAM, por favor
00:00 PM - William
Epilogo
Agradecimentos

23:10 PM

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By lennorebeattrice

23:10 PM

— Tudo bem, eu começo... — diz ele, pensativo.

Observo cada movimento seu executado, enquanto as lembranças do passado surgem-me a mente gradativamente, fazendo-me lembrar de acontecimentos e conversas que já não recordava há bastante tempo. Posso me ver ao lado de Marine agora, sentadas na praça de alimentação do shopping. Era para estarmos discutindo sobre o trabalho em grupo de biologia. Mas. em vez disso, enquanto esperávamos as outras meninas que faziam parte do grupo chegar, já achando que elas não viriam mais, conversávamos sobre tudo e, ao mesmo tempo, sobre nada em específico. Marine falava sobre a festa que tinha ido com seu namorado, Timóteo. Havia sido na casa de Lídia, por que os pais dela tinham viajado. É claro que William estava lá, e Marine não parava de dizer o quão havia sido muito incrível e o quão o som que os meninos fizeram fora surpreendente e delicioso.

— Ok, já que eu acabei dando o exemplo sobre música, acho que é uma boa ideia começar com algo em relação a isso. — ele diz, sorrindo. Eu retribuo-o, pois estou ansiosa para saber onde esse jogo irá nos levar, e se irá nos levar a algum lugar. — A minha banda favorita, apesar é claro de ser bem fácil de notar, é Guns N Roses. — ele dá de ombros, com um sorriso que, no momento, parece o mais fofo do mundo.

Eu sorrio também, contagiada por ele. Se controla, digo a mim mesma, fazendo-me acordar do transe que pareço entrar sempre que ele sorri desse jeito. Pelo menos, sempre que ele sorri desse jeito desde que estamos aqui.

É claro que eu sei que essa é a sua banda favorita, apesar de que isso tenha ficado claro pelas inúmeras vezes em que o vi usando a camiseta da banda, fuçar suas redes sociais e ouvir seus covers também o entregou. Não me orgulho de ter xeretado-o, na verdade, lembrar disso está me causando uma sensação de vergonha crescente.

— Eu também gosto. — digo, o que lhe arranca um sorriso — A minha banda preferida é, desde a adolescência, na verdade, Kings Of Lion, mas confesso que Green Day está meio que empatado. Acho que sempre que ouvir alguma música dos dois vai ser como voltar no passado.

William concorda, sorrindo.

— Então talvez eu tenha um empate também, entre o Guns e Pink Floyd. — diz ele e continua logo em seguida, completando — Na verdade, qualquer banda de rock dos anos 80 e 90. Sempre serão as melhores.

Estou mordendo os lábios e concordo com um aceno de cabeça.

— Partilho da mesma opinião. — exclamo, o que lhe arranca outro sorriso. — Então por que uma banda de blues e não de rock?

O questionamento surge em minha mente de repente e, quando percebo, já escapou dos meus lábios.

— Na verdade tocamos tanto o blues quanto o rock. — ele lança e, arqueando a sobrancelha em seguida, questiona — Mas por que a pergunta? Conhece nosso som?

Estou começando a ficar roxa de vergonha. O que eu falo agora? De fato, eu não deveria saber disso. Nós não nos vemos com frequência há bastante tempo, nem frequentamos os mesmos lugares, além da faculdade, mas ainda é recente e essa é a primeira vez que estamos nos vendo em uma festa desde então. Eu sei que eles possuem uma banda de blues por que já fucei as redes sociais dele incontáveis vezes e eu sei que que eles tocam o rock também, bandas antigas, fazendo alguns covers em alguns bares da cidade, mas então por que eu perguntei?

"Não seja tão dura consigo mesma. Só estava curiosa e só quer saber um pouco mais sobre ele. Esse tipo de coisa acontece. Relaxa, você vai conseguir arranjar algum argumento válido para sair dessa."

A Angelina mais nova diz, sorrindo em minha direção enquanto tenta me transpassar que tudo vai ficar bem.

"Não, olha o que você fez! Nossa, que vergonha! O que você vai fazer agora?"

A Angelina mais velha, com a voz cheia de acusações está falando autoritária, como se apenas ela fosse a sensata.

Sua fala me deixa nervosa, sinto como se o mundo estivesse apoiado sob as minhas costas.

Olho para as duas. A Angelina adolescente está com um olhar que tenta me impulsionar, enquanto a outra, a mais madura, balança a cabeça de um lado para o outro, como se eu fosse a pessoa mais estúpida do mundo.

— Angelina? — William me chama.

E agora? Estou suando.

— Thalia comentou algo sobre. — digo entre dentes, tentando me safar desta.

William possui um olhar que transmite dúvida, contudo, ele diz em seguida, acalmando meu coração e mente, mesmo que só um pouquinho:

— Ah sim, faz sentido.

Eu balanço a cabeça, e, para que a situação não fique ainda mais estranha, exprimo:

— É a minha vez — ele concorda com um aceno de cabeça — Sou apaixonada por filmes antigos. — digo, por que é a primeira coisa não comprometedora que atravessa a minha mente entre pensamentos desconexos e difusos que a cercam.

— Eu também gosto. — ele está sorrindo novamente e me pergunto por que não estou tão relaxada quanto ele.

Parece-lhe tão fácil.

— Qual o seu filme preferido? — de repente, ele pergunta.

— O Clube dos Cinco. — respondo — Apesar de ter algumas cenas bem machistas, adoro a forma com a qual quatro pessoas de universos diferentes conseguem se entender tão bem em tão pouco tempo.

— Eu nunca assisti — confessa ele.

— Devia, é muito bom. — impulsiono — A trilha sonoro é maravilhosa.

— Talvez eu vá assisti-lo assim que sair daqui, então. — diz ele.

Eu sorrio. Ele também.

O barulho da chuva aumenta ao mesmo tempo em que o compasso do meu coração.

— Eu esqueci de dizer, mas Kings Of Lion também fez parte da minha adolescência. — ele solta rápido — Eu era viciado na banda.

Estou sorrindo novamente.

— De quem é a vez? — questiono.

— Eu não sei. Não estou prestando atenção neste detalhe. — confessa, rindo logo em seguida - Você quer continuar ou eu continuo?

— Pode ser eu. — estou me soltando novamente, e a ansiedade está menor — Quando mais nova eu também queria montar uma banda.

— Sério? — sua expressão de surpresa intensa me arranca um sorriso sincero, e é impossível que ele também não sorria.

— Sim, mas foi só um surto passageiro. De qualquer forma, a minha voz não é nenhum pouco afinada e eu nunca tentei tocar algum instrumento. — confesso, e ele sorri novamente, balançando a cabeça de forma a confirmar que me entende — Depois disso, encontrei paixão em outra coisa.

— Em que? — sua curiosidade fica transparente em seu tom de voz.

— Em escrever. Eu encontrei meu amor pela escrita. Na verdade eu já o tinha antes, mas ele se intensificou depois que eu tirei essa ideia de banda e tudo o mais. — dou de ombros. Não sei por que estou lhe contando isto, mas é incrível como a cada segundo que passo ao seu lado faz eu me sentir mais confortável.

Tenho vontade de contar-lhe tudo a meu respeito, mas sei que não posso. Seria meio estranho, afinal, não nos conhecemos o suficiente para isso.

— Então você escreve? — há algo diferente em seus olhos, e confesso que não consigo distinguir o que possa ser. Isso me deixa um pouco desconfortável, por que a intensidade em seus olhos está maior, e me vejo, pela primeira vez em muito tempo, envergonhada na frente de algum cara.

— Sim. — simples, respondo-lhe.

Depois de o que julgo ser alguns segundos de silêncio, arrumando a postura, ele continua:

— E escreve sobre o quê? — a curiosidade está ainda mais inflada em sua voz.

Estou envergonhada. Por que fui tocar nesse assunto?

— É algo muito pessoal. — digo, mordendo os lábios.

Me sinto elétrica. Há algo diferente no ar, e a leveza parece imperar finalmente entre nós.

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bjxs,

Triz

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