Uma Secretaria em Minha Vida...

By Beatriz_Trajano

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Allyson Parker é uma mulher jovem que conheceu muito cedo a dor da perda. Carrega consigo marcas do passado c... More

Voltei !
Sinopse
Elenco
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Bônus 1
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Aviso/Novidade
Bônus 2
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 39
Bônus - Passado
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50
Bônus 3
Capítulo 51
Capítulo 52
Recado!
Capítulo 53: Último Capítulo
Epílogo
AGRADECIMENTOS
Capas Oficiais

Capítulo 38

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By Beatriz_Trajano

Allyson Parker

Acordo com a deliciosa sensação de estar completa, mas a sensação boa logo se vai quando sinto meu corpo dolorido pela noite passada.

Mal posso acreditar, parece que a ficha ainda não caiu.

Me pego sorrindo feito uma boba e percebo que Scott não está ao meu lado na cama. Ele deve ter ido resolver alguma coisa.

Me levanto e sigo até o banheiro. Tomo um banho rápido, me troco e coloco uma saia jeans na altura dos joelhos e uma blusa branca.

Desço a procura do Scott e o encontro na cozinha. Sorrio ao ver que ele prepara nosso café da manhã e mantém sua concentração no espremedor de laranja.

Sigo em sua direção e abraço suas costas.

— Bom dia.

Ele não se assusta, se vira para mim retribuindo o abraço.

— Bom dia, amor. — Beija o topo da minha cabeça. — Não deveria ter acordado, eu ainda não terminei, queria fazer surpresa.

Sorrio boba.

— Já estou acostumada a acordar cedo, você sabe. — Lhe dou um beijo rápido e afasto nossos corpos. — O que eu posso fazer?

— Nada. Ficar sentada ali e esperar é tudo o que precisa fazer.

Reviro os olhos e começo a ajudá-lo.

Tomamos o nosso café e decido passar em casa. Mando uma rápida mensagem para Angel.

Aconteceu, Angel.♥️

Bloqueio a tela do celular quando vejo Scott vindo. É impossível não notar o tamanho do seu sorriso.

— Você não sabe nem disfarçar. — Empurro seu ombro levemente.

— Que culpa eu tenho se estou feliz? — Me agarra pela cintura.

— Você é um idiota.

— Posso até ser, mas sou um idiota apaixonado. Você não sabe o quão feliz estou por termos dado mais um passo.

— É recíproco, Scott.

(...)

Chego em minha rua e pergunto se Scott não quer subir, mas ele diz que precisa encontrar Alex, me despeço com um beijo e entro no prédio.

Não dá nem tempo de pegar as chaves e vejo a porta sendo aberta bruscamente.

— Me conta tudo, agora! — Angel gruta exasperada.

Río do seu desespero e já vou contando tudo desde o momento em que sai de casa.

— Ele foi tão carinhoso com você. Estou feliz pela minha irmãzinha, você merece tudo de bom mesmo.

Me abraça.

— Obrigada Angel, você também merece. — retribuo o abraço apertado.

— Glória ligou, perguntou quando iremos ao orfanato. Tem uma garotinha nova por lá.

— Por mim poderíamos ir agora.

— Perfeito então, vou me arrumar.

Enquanto espero Angel voltar, mando uma mensagem para Scott avisando que estou com ela e iremos ver as crianças.

— Estou pronta. — Ela aparece.

— Então vamos.

Descemos, pegamos um táxi e tagarelamos até chegarmos lá. Pagamos a corrida e descemos. Quando chegamos na porta, somos recepcionadas com carinho por dona Sofia.

— Que saudades de vocês, minhas meninas.

— Também estávamos, dona Sofia. — Nós a abraçamos.

— Onde estão os meus bebês? — já estou animada.

— Na brinquedoteca, eles ainda não sabem que vocês estão aqui.

— Então vamos até lá, quero meus pequenos. — Angel está tão animada quanto eu.

Seguimos em direção a brinquedoteca e vamos parando em cada canto já que sempre tem alguma criança passando.

Apesar de tudo o que eu passei, esse local me trás uma paz enorme, não foi desse orfanato que eu vim, mas foi de um que eu saí.

Quando os meus pais morreram, eu fui parar em um lugar para crianças onde era chamado de lugar dos rejeitados, porque ninguém os queriam mais.

Aquele lugar era um inferno, jovens batendo em crianças menores. Gritaria, xingos, uma verdadeira revolta.

Apesar de nada justificar a violência, hoje eu sei que aquelas crianças se revoltaram pelos comentários maldosos que as cuidadoras faziam, pela falta de carinho, mas quando eu apanhava, eu sofria calada e por um momento cheguei a cogitar a ideia de agir do mesmo modo, devolver na mesma moeda, mas não seria eu, não seria a criança que minha mãe tinha ensinado e aquela altura do campeonato, eu só queria lembrar dela.

Depois veio a Angel, a conheci quando pude frequentar a escola e apenar de ser uns anos mais velha, nos tornamos amigas. Eu sempre tive uma conexão muito forte com ela, e quando veio a notícia de que seus pais queriam me adotar, foi um dos dias mais felizes da minha vida. Eu lembro da felicidade que eles tinham em estarem me recebendo na família e eles me acolheram como se eu realmente tivesse sido filha deles desde que nasci.

E essa felicidade toda foi durando por quase um ano, até o acidente. Meu novo pai, sempre viajava a trabalho e nós sempre o acompanhávamos, mas nesse dia, eu fiquei doente. Meus pais não queriam me deixar, mas ele precisava ir até a outra cidade e minha mãe precisava o acompanhar. Angel se recusou a ir e acabou ficando comigo na casa da vizinha.

O que era pra ser uma viagem rápida, acabou demorando um dia inteiro e quando veio a notícia que nossos pais tinham sofrido um acidente de automóvel, meu mundo caiu pela segunda vez. Assim como meus pais biológicos haviam morrido em um acidente de carro, meus pais adotivos também.

Angel ficou sem chão e eu achei que ela jamais fosse me perdoar, que colocaria a culpa em mim mas ela fez o contrário, disse que só tínhamos uma a outra e jamais iria me abandonar.

E assim foi, voltei ao sistema e ela entrou. Nunca fomos adotadas, por sermos mais velhas. Quando teve idade pra sair de lá, Angel me levou junto, naquele lugar ninguém liga se você sai ou não, eles não se importam.

Como Angel sempre esteve comigo, aí sim que não se preocuparam mesmo. Nós mudamos de cidade e ela logo arranjou um lugar para nós. Começou a trabalhar e me colocou pra estudar. E assim fomos vivendo.

Quando eu tive a ideia de ser voluntária, ela adorou e disse que também faria esse trabalho. E hoje nos não vivemos sem essas crianças.

Chegamos a porta da brinquedoteca e avistamos nossas crianças. Quando um dos meninos nos vê ele grita.

— Tia Ally. — Sorrio e logo os pares de olhos vão em nossa direção.

— Tia Angie. — Gabi, uma menina que chegou a pouco tempo levanta depressa.

As crianças correm para nossos braços.

Retribuo cada beijinho e vou escutando as novidades que eles tem pra contar enquanto eles almoçam.

Depois de muita conversa, dona Sofia nos chama para falar de Alice, uma menina que chegou mas não se enturma bem. Pedimos para ir até o quarto e procuro pelas camas até encontrar uma menina de cabelos castanhos sentada de costas na última cama.

Me aproximo e aos poucos vou adiantando sua beleza, ela tem um cabelo liso ondulado, muito parecido com o meu, sua bochecha é gordinha e quando me vê logo ficam rosadas. Olho seus olhos e percebo que estava chorando.

— Olá. — ela quebra o silêncio.

— Olá. — Lhe dou um sorriso amigável. — Qual o seu nome?

— Alice. — ela suspira.

— Muito prazer pequena, eu sou a Angel.

Percebo que ela só acena em concordância com a Angel.

— Quantos anos tem, pequena?

— Quatro. — Me olha como se estivesse me estudando.

— Uma mocinha.

— Eu posso fazer uma pergunta? — Suspira.

— Claro. — Eu e Angel falamos ao mesmo tempo.

— Meu papai e a minha mamãe me abandonaram aqui por que não me queriam? Se for isso, fala pra eles que agora eu me comporto tia, eu vou ser uma mocinha. — Ela funga. — Trás meus papais de volta.

Ela começa a chorar e imediatamente eu a abraço e é inevitável não me emocionar.

— Oh pequena. — beijo seu cabelo. — Vai ficar tudo bem.

— Porque eles me deixaram aqui tia?

— Meu amor, eles não te abandonaram. Deus precisou deles e os chamou, eles viraram estrelinhas no céu. — Angel fala com sua voz meiga, mas seus olhos também estão marejados.

— Então pede pra Deus me levar também tia, eu também posso virar estrelinha pra ficar com meus papais.

Voltamos a consolar Alice e aos poucos ela vai se acalmando. Dona Sofia disse que sua mãe morreu quando ela tinha dois anos e um tempo depois, seu pai também faleceu.

Ela pulou de mão em mão na própria família, mas ninguém tinha tempo pra cuidar dela então a deixaram aqui.

Como pode uma família dar as costas quando mais precisa?
São esses tipos de coisas que me corroem por dentro.

Sofia diz ter ficado impressionada, porque no pouco tempo que Alice está aqui, ela não tem interagido bem, mas comigo foi diferente.

Chega uma mensagem no meu celular e vejo ser Scott.

Ally, ainda está no orfanato?

Sim Scott, ainda estou aqui. - respondo.

Pouco tempo depois a resposta chega.

Será que eu posso ir aí conhecer suas crianças? Seria um prazer.

Sorrio como uma boba. A pouco tempo atrás o convidei e ele disse que assim que fosse possível, faria questão de vir conhecê-las.

É claro que sim, estou te esperando.❤️

— Ei. — cutuco Angel que também estava concentrada no celular.

— Hum?

Estranho sua reação.

— Scott está vindo pra cá. Ele quer conhecer o orfanato.

— Que ótimo. Sei como isso é importante pra você. — da um meio sorriso. — Você pode voltar com ele? É que eu preciso ir pra casa resolver um assunto.

— Angel tá tudo bem? — me preocupo.

— Tá, tá sim. Só preciso ir em casa.

— Você sabe que eu sei bem quando está mentindo, não é Angelique?

Revira os olhos.

— Eu sei, eu sei. Mas tá tudo bem, só preciso ir.

Me despeço dela e sei que isso tem a ver com o seu relacionamento, mas não vou me meter. Quando ela se sentir a vontade, ela falará.

Pouco tempo depois sou informada que Scott esta na entrada, sua passagem é liberada e logo ele chega até a área da tv.

As crianças o cumprimentam e ele interage super bem com elas. Interrompi o falatório dando um beijo em seu rosto e uma enxurrada de comentários sobre nós dois aparecem.

Scott também conheceu a dona Sofia e eu também quis apresentá-lo a Alice. Que para nossa surpresa, agiu normalmente com ele e até o apelidou de titio Scott.

Foi lindo ver.

Nos despedimos das crianças com a promessa de que logo voltaremos e no final, ganhamos um beijo de Alice.

— O que achou das crianças? — Perguntando enquanto ele dirige.

— Foram as melhores mini pessoas que já conheci.

Dou risada de seu comentário.

— Não tiro sua razão, ela são mesmo maravilhosas.

Como sei que Angel provavelmente está em casa com Gustavo, acabo indo para a casa do Scott.

Chego e logo percebo que Susan ainda não voltou.

— Eu preciso de um banho, me acompanha?

— Não mesmo.

Jogo beijinhos para o ar e vou em direção a cozinha. Tomo um copo de água e começo a lembrar da noite passada.

O que aconteceu comigo, eu achei que jamais iria acontecer por ser tão, travada. Mas aconteceu, e ter Scott por inteiro, dentro de mim, foi uma das melhores sensações que já tive na vida.

Subo para o quarto e escuto o barulho do chuveiro, vejo seu celular apitando indicando que uma nova mensagem chegou mas não vejo.

Não demora muito até que Scott saia do chuveiro com uma toalha envolta da sua cintura e outra em seu pescoço. Seus cabelos molhados respingam e a água de seu corpo que ainda não foi seca, escorre lentamente pelo seu peitoral.

— Não me olha desse jeito. — Ele quebra o silêncio.

— E tem como?

— Allyson, Allyson. Não brinca assim comigo.

— Assim como, amor? — Mordo os lábios e passo a unha pelo seu peito, fazendo ele se arrepia.

Gente? De onde saiu essa Allyson e o que você fez com a outra?

— Eu avisei.

Scott toma minha boca em um beijo avassalador, carregado de desejo. Eu retribuo na mesma intensidade, pois o quero mais que tudo.

Ele retira a toalha de sua cintura e fico impressionada.

Isso tudo estava mesmo dentro de mim?

Como se lesse meus pensamentos, ele responde:

— Não tenha medo amor, garanto que hoje vai ser mais gostoso do que ontem. — volta a mordiscar a minha orelha fazendo o meu corpo se arrepiar por inteiro.

O ajudo a espalhar minha roupa pelo quarto enquanto vamos em direção a cama, depois de gemer muito por ter Scott sugando minha intimidade, ele pega o pacote de preservativo e sem mais delongas, se enterra dentro de mim.

(...)

Olá meninas, gostaram do capítulo? 🔥

Primeiramente um feliz ano novo para todos, que esse ano seja abençoado para todos nós ❤️

Eu espero que estejam todas muito bem e que não tenham desistido do livro.

O que acharam da Alice? Doeu ver aquelas palavras.

Por favor não se esqueçam de votar e comentar se estão gostando.

Beijão, até o próximo capítulo ❤️

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