ESPELHO // Jikook Version

By -BabyBunny-

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[{CONCLUÍDA}] Desde pequeno, Park Jimin odiava a palavra casamento, e achava amor algo desnecessário para sua... More

Avisos
Prólogo
Capitulo 1- Mil oitocentos e trinta?
Capítulo 2 - Será que enlouqueci?
Capítulo 3 - Isso não pode ser verdade!
Capítulo 4- Não estou sozinho?
Capitulo 5- Confusão!
Capitulo 6- Primeiro passo!
Capítulo 7- Pequenos Gestos.
Capítulo 8- Sentimentos Confusos!
Capítulo 9 - Toques.
Capítulo 10 - Apaixonado!
Capítulo 11- Conversar!
Capitulo 12 - Beijo!
Capítulo 13 - Costrangimento e Ciumes
Capítulo 14 - Desejos Incontroláveis
Capítulo 15 - Discussão, Banho e Confissão
Capítulo 16 - Esteja Preparado
Capítulo 17- Se tudo o que eu posso ter...
Capítulo 18 - De corpo e Alma
Capítulo 19 - Antes do baile
Capítulo 20 - Revelando a verdade
Capitulo 21 - Eu acreditei em você!
Capítulo 22 - Preocupação!
Capítulo 23 - Jornada Concluída
Capítulo 24 - Desespero!
Capítulo 25 - Apenas Lembranças!
Capítulo 26 - Carta
Capítulo 27 - Reencontro
Capítulo 28 - Escolha
Epílogo

Capítulo 29 - Em casa

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By -BabyBunny-

Tirei os sapatos, que Taehyung insistiu que eu usa-se, tentando ganhar mais velocidade. Eu meio corria, meio andava. Parecia um pato descontrolado correndo atrás de uma minhoca voadora, mas a cada segundo, eu me aproximava mais de Jungkook. Meu coração saltou dentro do peito assim que avistei a casa grande, ainda cor de creme, ainda sem nem uma ação de desgaste. Tudo estava como deveria estar. Meus pulmões ardiam pelo esforço, mas eu não parei até praticamente arrombar a porta da sala e entrar feito um furacão, assustando Hyuna, SooHyun e Gomes, que tinha uma bandeja nas mãos e com o susto acabou derrubando tudo no chão.

- Hyuna! - exclamei sem ar.

  - Jimin? - ela perguntou, completamente desnorteada, enquanto me lancei contra ela. - Jimin!

  - Hyuna! Hyuna! - eu a apertei, soltando meus sapatos, meu celular, e o buquê, que caíram na bagunça de xícaras e açúcar. - Senti tanto sua falta! Muita mesmo!

  Eu a deixei e abracei SooHyun. Estava eufórico demais.

  - E também senti saudades suas, SooHyun. Não é estranho?

  Ela me abraçou meio sem jeito.

  - Acho que sim... - mas estava sorrindo.

  - Gomes! Como é bom ver essa sua careca outra vez! - eu disse, enquanto o esmagava com os braços. Ele ficou meio sem jeito, mas acabou retribuindo meu abraço. - Desculpe pelo susto...

  - Que bom que está de volta, senhor. - disse um pouco acanhado.

  - Onde ele está? - perguntei ainda ofegante.

  - No quarto. Ele não sai de lá. - Hyuna disse com os olhos arregalados, ainda surpresa com meu súbito aparecimento.

  Comecei a correr em direção ao quarto dele quando Hyuna gritou:

  - Não no quarto dele! Em seu antigo quarto.

  - Jungkook! - resmunguei, mudando de direção. Não me perdi dessa vez. Não me perderia nunca mais!

  Alcancei a porta e tentei abri-la, mas estava trancada com chave.

  - Vá embora! - gritou lá dentro.

  Meu corpo todo estremeceu ao ouvir sua voz, mesmo estando mais rude que de costume. Bati na porta com mais força.

  - Já pedi para me deixar em paz. - ele vociferou.

  Não desisti. Continuei batendo insistentemente até que ouvi sons de passos pesados e sua voz lamuriosa esbravejando outra vez.

  - Eu já disse para ir embora! - berrou ao abriu a porta. Seus olhos furiosos se arregalaram, depois ficaram confusos. O rosto abatido me examinou por alguns segundos.

Meu coração batia ensandecido dentro do peito. Ele estava ali, bem na minha frente!

  - Tem certeza? Eu vim de tão longe! Mas se quiser que eu vá emb... - não pude terminar, seus braços urgentes me puxaram para si e seus lábios esmagaram os meus com desespero.

Jungkook me apertou muito, num abraço quase insuportável, mas não pude ficar mais agradecido. Queria que ele nunca mais me soltasse! Minhas mãos tocaram o máximo dele que conseguiram: seu cabelo, seu pescoço, seu rosto, seus ombros.

  - Jimin! - ele gemeu vez ou outra sem desgrudar os lábios dos meus.

  Senti minha vida se encaixar novamente, exatamente como eu me encaixei em seus braços. Tudo fazia sentindo outra vez.
Jungkook me beijou, ainda na porta do quarto, até que tudo ao meu redor se tornou um borrão giratório e eu fiquei sem fôlego. Sua boca deixou a minha, mas suas mãos não deixaram meu corpo, ainda me apertavam com urgência.

  - Você está aqui! - ele sussurrou colando sua testa na minha.

  - Estou! - fechei meus olhos inspirando, deixando seu cheiro invadir meus sentidos. Eu estava finalmente em casa. - Desculpe ter demorado tanto. Mas acreditaria se eu te dissesse que levei dois séculos para conseguir voltar?

  Ele levantou a cabeça e me encarou.

  - Como? - o sorriso não deixava seus lábios.

  - É uma longa história. - sorri, incapaz de não corresponder a seu sorriso.

  Ele alcançou a porta e a fechou, me puxando para dentro de meu quarto. Vi com satisfação que tudo ainda estava como deveria estar. Apenas meu retrato com o terno preto estava ali já terminado e uma garrafa quase vazia com um líquido âmbar fora colocada ao lado do vinho. Suspirei de alívio. Eu iria mudar o futuro. Ele não se acabaria em tristeza, eu não deixaria isso acontecer. Iria amá-lo tanto que o sufocaria de felicidade, seríamos felizes para sempre. Ficaríamos juntos para sempre.

  - Não estou com pressa. - disse ele.

  - Ele me procurou esta noite. Consertou as coisas. - falei apressado. Eu estava com pressa! Queria começar de onde paramos de uma vez por todas. Entretanto, ele fechou os olhos e suspirou.

  - Quanto tempo desta vez? - a voz embargada. Toquei seu rosto.

  - Não tem tempo. É definitivo desta vez.
  Ele abriu os olhos e eu sorri, seu rosto aos poucos se transformou. Um sorriso imenso apareceu ali enquanto ele entendia a nova situação.

  - Ficará aqui? - perguntou, parecendo não acreditar no que tinha ouvido. - Ficará comigo para sempre?

  - Essa é a ideia! Ele me deixou escolher onde eu queria viver. E escolhi viver aqui. Não poderei voltar nunca mais. - nenhuma gota de arrependimento em minha voz.

  Sua testa vincou.

  - Você abandonou toda sua vida por mim? - indagou, apavorado.

  - Não! Eu abandonei todo o resto para ficar com a minha vida! - eu o corrigi. - Você não entende? Não dá pra suportar viver longe de você.

  Ele assentiu, provavelmente sentia o mesmo.

  - Tem certeza do que fez? Que escolheu corretamente?

  - Jungkook, eu não tenho vida se você não estiver por perto. Simplesmente não rola! - sacudi a cabeça. - Sabia que isso deveria acontecer? Você e eu quero dizer?

  Suas sobrancelhas arquearam.

  - Deveria?

  - Sim, ele me disse que estávamos predestinados. E que, por engano, fui colocado na época errada. - eu ri. Era a minha cara estragar tudo me perdendo para variar. - Então ele me mostrou como deveria ter sido, quando estive aqui da primeira vez. E hoje me deu a escolha de viver onde eu quisesse. Então, Jungkook, vou precisar de sua ajuda outra vez.

  Seus olhos se arregalaram e seu rosto ficou tenso.

  - Ajuda? - ele repetiu com a voz instável.

  - É. Olha só, eu tô sem emprego, sem casa pra morar e os únicos amigos que eu tenho aqui são Hyuna, Gomes, Madalena e você. Talvez SooHyun também. Estava pensando se poderia me emprestar este quarto e me dar um pouco de comida até que eu arrume um jeito de ganhar dinheiro.

  Seu rosto se iluminou, o brilho prateado que senti tanta falta nos últimos dois meses apareceu em seus olhos.

  - Creio que posso lhe emprestar este quarto. Talvez possamos fazer um acordo quanto ao pagamento. - ele deslizou os dedos por meu braço e eu estremeci com o toque quente e suave.

  - Que tipo de acordo? - perguntei, minha respiração acelerando.

  - Humm... Talvez possa me pagar com beijos. - o sorriso malicioso que eu amava deu as caras.

  - De acordo! - eu disse, rapidamente me apressando em pagar adiantado.

  Obviamente, Jungkook aceitou sem relutância alguma meu adiantamento. No entanto, depois de alguns minutos ele interrompeu o beijo.

  - Então ficará para sempre? De verdade, senhor? - a felicidade estampada em seu rosto inflou meu coração até quase explodir. Era por isso que eu estava ali!

  - Pra sempre! Acho que desta vez terei que me habituar aos terno quentes de uma vez por todas. - franzi a testa.

  Seus olhos voaram instantaneamente para minhas roupas. Ele examinou cada linha de meu corpo, então seus olhos se estreitaram.

  - Onde estava antes de voltar para casa? - adorei a forma como ele usou a palavra casa, tão natural, tão seguro de que ali era minha casa. Exatamente como eu também sentia.

  - No casamento do Taehyung e do Yoongi. Foi hoje à noite. - sentir suas mãos descerem até minha cintura.

- Posso ajudá-lo a se livrar destas peças, se desejar. - a voz rouca contra minha pele mandou meu controle às favas.

  - Seria um alívio! - murmurei, fechando os olhos e prendendo minhas mãos em seu cabelo macio.

  - Será um prazer lhe ser útil, senhor. - e, com muita delicadeza, me levou para cama, onde minha vida finalmente começou.

  - Sabe o que eu estava pensando? - perguntei depois de um tempo. Jungkook sorriu largamente, virou-se na cama.

  - Não faço ideia! - e apoiou a cabeça numa das mãos para me observar.

  - Acho que talvez você possa me ajudar a desenvolver um projeto para um banheiro. Você desenha tão bem! Eu te explico como é e você pode fazer um esboço. Não pode ser tão difícil fazer algo parecido, já que conheço na prática como ele funciona. Talvez possamos encontrar um engenheiro para nos ajudar. - a casinha era a única coisa que me atormentava.

  - Podemos ver isso. - disse ele, pegando meu colar e o analisando com curiosidade. - J? - perguntou, arqueando uma de suas sobrancelhas perfeitas, um meio sorriso no rosto.

  - Taehyung me deu de presente. Tipo um colar de irmandade. Acho que ele pressentiu o que iria acontecer.

  - Contou a ele sobre mim? - Jungkook parecia não acreditar que eu tivesse contado sobre minha viagem maluca a mais alguém e ainda estivesse livre.

- É claro que contei! Taehyung é como meu irmão. Nunca escondi nada dele. E ele acreditou de primeira! - meus olhos se estreitaram, ele sorriu se desculpando. - O casamento foi tão bonito, Jungkook! Queria que tivesse visto, Taehyung estava tão lindo, tão feliz!

  Ele me olhou por um segundo, seus dedos brincando em minha barriga. Começava a ficar difícil conversar quando ele me tocava assim.

  - Ele parece ser uma bom amigo!

  - O melhor de todo o universo. - então me lembrei. - E você pode conhecê-lo! Quer dizer, por foto. Eu tirei algumas com o celular. Tá lá no chão da sala... - seria um problema se alguém o pega-se e me pergunta-se o que era.

  Sua testa se enrugou.

  - Você não sabe o que é uma foto, não é? - deduzi.

  Ele sacudiu a cabeça.

  - É um retrato mais fiel, como a capa do meu livro velho, lembra? - ele assentiu. - Posso ir buscar, se quiser. O celular só vai funcionar mais alguns dias, depois a bateria vai acabar e não terei como recarregar.
Tentei me sentar, mas ele me abraçou, me impedindo.

  - Pode me mostrar amanhã. Não vou permitir que saia daqui. - e me apertou mais forte. - Nunca mais! Além disso, posso conhecer Taehyung através de suas histórias, se quiser me contar.

- Claro que vou contar. Parece que terei muito tempo aqui dessa vez. - e sorri. - Mas agora é sua vez, me conte tudo que eu perdi O que aconteceu depois que fui embora?
  Ele ficou sério. De repente a diversão desapareceu de seu rosto.

  - Eu... Creio que nada aconteceu. - resmungou desconfortável.

  - Como assim?

  - Eu não estava muito atento ao que acontecia por aqui até esta noite. - falou envergonhado.

  Ele se sentou na cama, abraçou os joelhos e encarou a porta. Observei-o por um segundo, depois me sentei também, apoiando minha cabeça em seu ombro, acariciando sua nuca com meus dedos.

  - Foi tão ruim assim?

Ele apenas assentiu, ainda olhando para o nada.

- Me desculpe, Jungkook. Eu tentei encontrar o fado desde o momento que voltei para o meu século, mas ele não estava em parte alguma! Até fui internado na ala psiquiátrica depois de uma pequena confusão e, se não fosse o Yoongi ter me visto e av...

  - Fado? - ele me interrompeu, os olhos descrentes.

  - Não me olha assim outra vez! Estou falando a verdade!

  Ele piscou, parecendo atordoado.

  - Fado? - repetiu.

  - Ele tinha que ser alguma coisa, não tinha? Fala sério, quantas pessoas você conhece que tem o poder de mandar alguém para outra época? Eu não conhecia nenhuma até pouco tempo atrás!

  - Mas... Fado?

  - Eu sei. Eu acho que é tipo uma fado madrinho ou fado padrinho... E não faço ideia de por que eu tenho um. Mas agora eu entendo melhor tudo o que aconteceu, como ele agiu, o que ele fez. Ele me disse que você e eu deveríamos nos conhecer e, por um erro de logística, por assim dizer, não havia essa possibilidade. Como ele me procurou, imagino que fui eu que acabei indo parar no lugar errado. E se ele tivesse usado uma abordagem mais direta, tipo dizer logo de cara que eu devia vir para cá e conhecer o amor de minha vida, eu tenho certeza que teria dito "vai se fuder!" e fugido como um doido. Eu não pensava em amor, Jungkook, não queria me envolver. Mas então eu te conheci e me conheci melhor. Descobri que eu queria sim, queria muito estar loucamente apaixonado. - beijei seu ombro. Ele sorriu um pouco. - E voltar para o meu tempo também foi muito... Esclarecedor. Eu poderia ter seguido com minha vida se eu quisesse. A dor teria que diminuir depois de um tempo, ou eu me tornaria mais forte a ela, ou essas baboseiras que as pessoas dizem pra animar quem está sofrendo. Só que eu não queria seguir em frente. Ficar longe de você me fez ter ainda mais certeza de onde eu realmente queria estar. Você não pode imaginar o estado em que eu fiquei quando vim até esta casa e a encontrei mudada, envelhecida, vazia, o Hyun me mostrou sua carta e os quadros, mas eu...

- Minha carta? - inquiriu, tão surpreso, que eu tive que rir.

  - Você escreveu uma carta pra mim. Acho que quando tinha trinta anos.

  - Escrevi? E o que eu escrevi nela? - indagou surpreso.

  - Pensei que fosse morrer de tristeza naquele dia. - eu disse, sacudindo a cabeça. - Você escreveu que ainda me amava, que ainda me esperava, que estava tentando fazer uma máquina do tempo! Depois, Hyun me contou o que tinha acontecido com você. Foi o pior dia da minha vida, juro que desejei estar morto pra não ter que ouvir aquilo! - sacudi a cabeça, a lembrança ainda fazia meu peito doer.

  - Nunca mais diga isso! Não posso sequer imaginar que você... Nunca mais repita isso! -  ralhou, o rosto sério. Então, uma pequena ruga surgiu em seu cenho. - O que foi que aconteceu comigo?

  - Não importa mais! Não vai mais acontecer. Eu nunca mais vou sair do seu lado!

  Ele beijou minha testa. Tentei distraí-lo com assuntos mais leves.

  - Sabia que eu conheci o seu sobrinho-neto. Sobrinho-tataraneto.

  - Meu sobrinho?

  - Ele é um cara muito bacana. Tem o sorriso de Hyuna.

  - Você conheceu... O neto... De Hyuna? - perguntou descrente.

  - Tataraneto. Maluco, né? - e ri.

  - Ela se casará, então? - e também sorriu.

  - Sim. Eles se apaixonaram no... Quer saber? Acho melhor as coisas seguirem seu rumo. Não quero interferir em mais nada. Ela será feliz, é o que importa certo?

  Ele assentiu e depois voltou a ficar sério.

  - O que foi? - perguntei tocando seu rosto.

  - Lembra-se da última vez que dançamos? - e me observou com olhos intensos.

  - Claro que sim. - me lembrava de absolutamente tudo, até mesmo da cor rosada do pôr-do-sol. Não entendi a expressão de seu rosto. Era uma lembrança feliz.

- Lembra-se que lhe fiz uma pergunta? - seus olhos fulguraram nos meus.

  Ah! Isso!

  - Lembro. - murmurei incapaz de desviar meus olhos.

  - Não podemos viver dessa forma, Jimin! Não posso viver sob o mesmo teto que você desse jeito. Não é honrado de minha parte. Arruinaria a sua reputação e a de Hyuna.

- Oh! - murmurei meio inseguro. Não tinha pensado nisso. - Posso... viver na pensão por um tempo até conseguir um trab...

- Não foi isso que eu disse. - ele me interrompeu, sacudindo a cabeça. - Você não entendeu! Não quero que seja meu amante. - meu coração se transformou numa britadeira assim que entendi o que ele me dizia. - Quero que seja o dono desta casa, assim como já é de meu coração. Quero que seja oficialmente meu e que todos saibam que existe um novo Senhor Jeon.

  - Ah, pelo amor de Deus! É mesmo necessário me chamar de Senhor Jeon? Me faz parecer um velho de sessenta anos! - ele arqueou as sobrancelhas. - Se você está pensando em me pedir em casamento, acho melhor excluir essa coisa de senhor do acordo.

  - Não quer ser meu marido, então? - vi a dor cruzar seu rosto.

  - Não! Quero dizer, sim! - ele piscou confuso. Tentei ser mais claro. - Claro que eu quero ser seu marido, Jungkook! Mas não vão me chamar por aí de Senhor Jeon. Não vão mesmo! Já vou ter que usar aqueles ternos quentes e me virar até que você me ajude com o projeto do banheiro, então, vê se não complica ainda mais as coisas pra mim. Acho justo que você também sacrifique alguma coisa.

  De jeito algum eu iria me transformar no Senhor Jeon!

- Entendo. Então, supondo que eu consiga fazer com que as pessoas não lhe chamem de Senhor Jeon, aceitaria se casar comigo, senhor? - ele tentou bravamente não sorrir.

  Parecia estar se divertindo muito. Pensei por um segundo.

  - E se você me ajudar a construir o banheiro! - esclareci meus termos.

  Ele deliberou por um momento, tentando manter a fachada de negociante, mas os cantos de sua boca teimavam em subir.

  - Muito justo!

  - E já sabe que eu não entendo nada sobre comandar empregados, entreter convidados e essas baboseiras todas. Não sou um jovem preparado!

  - Ah! Não diga isso, senhor, você consegue entreter qualquer pessoa que o conheça. E seus talentos são infinitamente mais interessantes que os de qualquer outro jovem que eu conheço. - Jungkook se virou até seu rosto ficar bem próximo do meu. - E então?

- Então o que? - repliquei, enquanto me deleitava com a visão de seu corpo nu. Jungkook era perfeito! O corpo mais perfeito que já tive o prazer de ver sem roupas. Tudo nele era perfeito, absolutamente tudo.

  Ele revirou os olhos.

  - Será meu marido?

  - Sim! O marido mais despreparado que alguém já viu. - Puta Merda! Como eu iria fazer isso? - O mais atrapalhado, desastrado e esquisito que já se teve notícias por aqui.

  Ele sorriu aquele sorriso de fazer minha cabeça girar.

  - O mais petulante, complicado e teimoso, não se esqueça. O mais lindo também! - adicionou carinhoso.

  - Sabe bem onde está se metendo, não sabe?

  - Jimin, não tenho escolha! Meti-me na maior confusão de minha vida quando parei para ajudá-lo. - eu fechei a cara. Ele riu. - E vou agradecer todos os dias por ter feito isso.

  - Vamos ver se ainda vai pensar assim daqui a alguns anos!

  Ele riu e tocou meus lábios suavemente com os seus. Reagi imediatamente, deixando os pensamentos de lado, enquanto sua boca faminta mordiscava meu queixo.

  - Há mais alguma coisa que deseje? - e, delicadamente, me deitou na cama.
  Seus lábios desceram até meu pescoço, fazendo minha respiração voar. Continuou descendo um pouco mais.

  - Não. Acho que é tudo. O banheiro e meu nome. - estava muito distraído com suas carícias, mas, com algum esforço, me concentrei em sua pergunta e me lembrei da mais importante de minhas condições. - Não, espere! Tem mais uma coisa sim!

  Ele levantou a cabeça e me olhou nos olhos, a testa enrugada.

  - E qual seria?

  - Será que não dava para me casar com você e continuar sendo seu amante? Eu gosto de ser amante! - e me abracei a seu pescoço. - Gosto demais!

  Vi o sorriso malicioso transformar seu rosto, os olhos brilhando prateado. Seu corpo quente rolou sobre o meu me afundando um pouco no colchão.

  - De acordo! - concordou sem hesitar.

Último capítulo da fanfic amores,amanhã eu posto o Epílogo pra finalizar de vez essa fanfic.
Espero que tenham gostado!!
Beijos!!

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