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Olivia F
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—Tem certeza que ele pode ir para casa doutor? —termino de dobrar a calça de Henry e guardo dentro da mochila olhando o médico nervosa.
Uma semana não é muito pouco?
—Olivia eu estou bem, ótimo, novo em folha. —Henry murmura terminando de amarrar o sapato e faço uma careta para as costas dele.
Mas quando era eu a internada ele queria que eu ficasse meses na cama de hospital! E eu nem em coma fiquei!
—Não falei com você, falei com o D.O.U.T.O.R. —falo pegando a mochila colocando no meu ombro e cruzo os braços ao ver o médico rir segurando o papel com a liberação de Henry.
—Ele está ótimo Srt.Fraser, os exames estão perfeitos e não há sequelas. Ele pode voltar a trabalhar amanhã mesmo.
Nem fodendo!
—Obrigado Doutor. —Henry pisca vindo até mim com aquele sorriso divertido na boca e rosno irritada.
Ele estava apagado a menos de dez dias e eu chorando porque ia desligar os aparelhos.
—Você tem licença de mais um mês, nem pense em voltar para aquela delegacia! —aponto um dedo para ele antes de sair do quarto batendo meus pés irritada.
James e Gina disseram que precisavam ir trabalhar, Marianne inventou um passeio com o Kal e Peter ainda não tinha aparecido. O que sobrou para mim cuidar do idiota resmungão que parecia um bebê de 1,85 de altura.
O PIOR É QUE ELE TINHA PEDIDO PARA A ENFERMEIRA AJUDAR ELE NO BANHO! NO BANHO! FILHO DA PUTA!
—Liv. —Henry vem atrás de mim e paro na recepção com o papel da alta dele entregando e meu cartão para pagar o que faltava. —O que você está fazendo?
—Pagando a conta. O que parece? —viro o rosto vendo a expressão confusa dele e suspiro relaxando um pouco. —Seu seguro só pagava até certo ponto, e eu queria que você recebesse o melhor tratamento. Já tive essa discussão com meu pai e sua mãe, e ganhei as duas vezes. Vai tentar discutir?
—Não, obrigado. —recebo um beijo na bochecha e relaxo perdendo um pouco minha expressão irritada. —Por tudo bonequinha, de verdade.
—Não agradece Henry, vai me fazer chorar. —resmungo passando um braço na cintura dele como posso. —Podemos ir para casa? Quero passar o dia agarrada em você e falando sobre tudo.
—Podemos, estou com saudade do meu garotão sabe. —suspiro concordando, o médico não deixou Kal ficar perto do Henry por causa de alguma infecção ou sei lá.
—Ele deve estar destruindo algum quintal nesse momento. —pisco guardando minhas coisas na bolsa e saio do hospital com ele pegando a chave da caminhonete no meu bolso.
—O que você faz com as chaves? —Henry tenta pegar, mas sou mais rápida fechando a mão.
—Vou dirigir, o que parece? —ergo uma sobrancelha curiosa.
—Você? Dirigir? — ele ri não parecendo acreditar e coloco minhas mãos na cintura.
—Eu dirigi aquela caminhonete nos últimos três meses Cavill, está duvidando de mim? —ergo uma sobrancelha séria.
—Seu pai é realmente louco. —ele volta a tentar pegar as chaves e escapo.
—Você escutou o médico, melhor não dirigir por uns dias. Respeite isso. —caminho para onde a caminhonete estava com ele atrás de mim. —E não reclame! Vamos. —tiro o alarme entrando no carro.
Henry solta um resmungo alto do lado de fora antes de entrar no lugar do carona, observa o painel limpo com álcool e todo organizado, faz uma careta e coloca o cinto. Rio pra mim mesma colocando o cinto com calma alisando minha barriga no movimento, suspiro e ligo o carro saindo da vaga com cuidado sentindo os olhos dele em mim.
—Você ainda não me contou como descobriu a gravidez. —Ele cruza os braços olhando a estrada e sorrio triste me lembrando.
—foi no dia do sequestro. —suspiro lembrando do meu medo naquele dia. —Carol me fez fazer uma dezena de testes, todos deram positivo. Eu ia te ligar, mas pensei em algo melhor, mandei a mensagem pra você me encontrar e fui a uma loja...eu...—respiro fundo me concentrando na estrada e sinto a mão de Henry segurar minha coxa, aquilo me acalmava. —Eu comprei uma roupinha, era muito lindinha, você ia amar Henry.
—Hey, está tudo bem. Eu estou feliz e bem agora. Estamos bem e vamos cuidar dos nossos pacotinhos juntos. —Henry aperta minha coxa sorrindo daquele jeito e sorrio de volta concordando.
—Vamos. Você vai mimar eles e eu vou tentar controlar a bagunça. —resmungo olhando a estrada e logo suspiro pegando a mão dele. —Eu te amo.
—Eu também te amo bonequinha.
{...}
—Então você resolveu esconder a gravidez de todos por minha causa? —Henry me observava curioso e concordo devagar. —Porque?
—Porque você era a pessoa mais importante, é a mais importante na minha vida. Você já sabia de alguma forma o que estava acontecendo, e eu achei injusto alguém descobrir antes. São nossos filhos. —explico sorrindo manhosa olhando a estrada perto de casa já. —Eu só contei a Lauren e a faculdade, sua mãe descobriu sozinha e acho que contou para todo mundo.
Não acredito ainda que todos já sabiam daquilo, era tão vergonhoso.
—Está tudo bem, eu não me importo que ele tenham descoberto antes de mim. Sou eu que vou ser o pai. —Henry sorri todo feliz e sou obrigada a sorrir junto para a felicidade dele.
—É, você vai ser o pai. —rio baixinho, mas logo paro ao ver o monte de carros na frente da nossa casa. —que merda é essa?
Solto o palavrão sem querer, estacionando atrás do carro de James e olho Henry que ainda sorria.
O que ele está aprontando?
—Não sei, mas tem dedo da minha mãe. —Henry desce dando a volta no carro e resmungo tirando meu cinto. Ele abre a porta e me ajuda a descer beijando minha testa.
—Eu só queria um banho quente sabe, fingir que somos só nós dois longe do mundo. —faço um bico recebendo um selinho, resmungo e agarro a nuca dele fazendo aquilo virar um beijo de verdade.
Como eu senti falta disso.
—Parem de se comer e entrem logo! —a voz de Peter surge e me assusto me afastando de Henry envergonhada.
—Ai está você Stan. —Henry disfarça indo até o amigo o abraçando com força. —Senti sua falta no hospital cara.
—Desculpe, as coisas na delegacia são uma bagunça sem você. —O moreno murmura e os dois vão se afastando como se eu não existisse.
Okay filhos, temos que dividir o papai um pouco.
Faço carinho na minha barriga contrariada e sigo os dois sem reconhecer a maioria dos carros.
—BEM VINDOS! —me assusto com os gritos e coloco uma mão no peito olhando em volta.
Meu sofá estava cheio de presentes, a mesa de centro repleta de copos vazios, uma faixa enfeitava a porta da cozinha e confetes estavam espalhados pelo chão inteiro.
—Henry. —resmungo achando que vou passar mal pela bagunça, escuto um latido e Kal surge todo sujo de confete também, o que me dizia que se rolou no chão.
—Olivia. —Viro meus olhos para meu namorado nervosa e franzo a testa quando ele se ajoelha pegando algo preso na coleira do Kal. — Esqueça a bagunça por uns segundos meu amor.— ele provoca e faço uma careta quando todos riem, até o cachorro parecia achar divertido.
—O que você está fazendo? —murmuro envergonhada sentindo todos os olhos estranhos em mim, James, Gina e Marianne aparecem sorridentes.
O que eles fizeram?
—Há alguns meses minha vida era cinza, eu trabalhava, dormia quando podia, comia quando meu corpo implorava, e todo dia era igual. —mordo meu lábio confusa e olho a mão fechada dele. —Até o dia que eu salvei você, o primeiro dia foi negro, a raiva que eu senti por aquele monstro foi pior do que a que sempre senti. Depois veio o vermelho, no hospital quando contou sua história, eu sabia que precisava te proteger. Então veio o roxo, quando você me ligou pedindo ajuda naquela noite, e eu fui sem pensar duas vezes. —sorrio confusa e envergonhada. —Depois veio o azul, nossa amizade e confiança mútua mudaram tudo na minha vida, você esteve cuidando de mim desde o primeiro dia. E então o laranja misturado com amarelo, como fogo você iluminou meus dias com seu amor e esquentou meu coração que estava frio a muito tempo. —seco meu rosto sem saber porque estava emocionada. Droga de hormônios.
—Henry? —sussurro e olho a mão dele se abrindo com um pequeno anel delicado dentro. Ah.meu.deus. —Henry!
—Você é a luz que me salvou da escuridão Olivia, você é o motivo de eu estar aqui hoje, vivo. —ele olha minha barriga e da um sorriso lindo que me derrete um pouco mais. —Quero ser seu marido quando nossos filhos nascerem... você quer ser minha esposa?
—Eu...—soluço cobrindo minha boca sem conseguir responder e fecho os olhos envergonhada por estar chorando tanto.—Eu...
—Liv? —Henry parece confuso em sua voz e logo sinto uma mão em meu rosto. —Bonequinha? Não era pra você chorar tanto! James...acho que ela vai desmaiar...Olivia. —as duas mãos seguram meu rosto agora e soluço mais alto. —Meu amor...eu sei que é cedo... não precisa responder agora.
—Ca..cala a boca. —soluço batendo no peito dele. —Eu...sim...sim ..droga sim
Grudo minha boca na dele com força sem me importar com o choro o abraçando com força.
Mil vezes sim.
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Eu tô muito apaixonada por esse capítulo e o próximo.
Amo vocês, de verdade.