- Harry, temos que ir em mais um prédio hoje ainda - Draco falou assim que saímos de mais um prédio. Já é sexta feira e eu não suporto mais ver prédios vazios.
- Eu particularmente gostei muito desse - Delphine falou e Hermione concordou.
- Eu também, mas não sabemos se o outro vai ser melhor. Mas por mim já fechamos nesse - falei recebendo a concordância dos meus amigos - Vamos pegar um carro?
- Não, esse outro prédio é aqui perto. Podemos ir andando - Draco falou.
- Certo... O que vamos fazer hoje a noite? Passamos a semana inteira trabalhando - falei enquanto andávamos.
- Poderíamos ir jantar no Park Chinois, lá parece ser um bom lugar - Hermione falou.
- Todos de acordo? - perguntei olhando para Delphine e Draco que confirmaram - então nosso jantar hoje vai...
- Olha por onde anda Harry, seu tapado - Hermione falou quando esbarrei em uma moça e quase instantaneamente um choro de bebê se fez presente.
- Mil perdões moça, eu sou um desastrado. Seu filho está bem? - perguntei a olhando e abaixando para pegar algumas sacolas que tinham caído de sua mão.
- Uhum - ela murmuro sem levantar a cabeça, não era possível ver seu rosto por causa do capuz de sua blusa já que hoje era mais um dia frio em Londres.
- Desculpa, por favor - pedi lhe entregando as sacolas e ela olhou brevemente para mim.
- Tudo bem - falou com a voz baixa e saiu andando.
Espera. Eu conheço essa voz, eu conheço aqueles olhos!
- Ginny? - murmurei sozinho enquanto meus amigos me olhavam como doido enquanto eu observava a mulher se afastar com passos apressados.
- Harry você tá doido? - Hermione perguntou me olhando.
- Não. Hermione, é ela, eu tenho certeza que é ela - falei olhando para minha irmã e em seguida para a mulher que já estava longe - segura isso, eu encontro vocês no hotel - falei entregando minha pasta para Draco antes de começar a correr atrás da mulher.
- HARRY! - ouvi meus amigos me chamarem mas continuei a correr atrás dela.
- Moça. Espera, por favor! - pedi quando a alcancei.
- Não, eu não posso - ela falou e continuou andando.
Apertei o passo e andei mais rápido até parar em sua frente. Ela se assustou com meu ato e parou de repete, seu capuz caiu.
Aqueles olhos.
Aquele cabelo.
Aquelas sardinhas.
Ela.
- Ginny? - falei chegando um pouco mais perto dela.
- Haryr por favor me deixe ir - ela pediu com a voz embargada.
- Não! Vamos conversar por favor! Depois eu te deixo ir - implorei sentindo meus olhos arderem.
- Eu não posso, eu tenho que ir - falou e antes de dar um passo eu segurei levemente em seus ombros.
- Por favor é só isso que eu te peço, 10 minutos e depois você pode ir - pedi olhando em seus olhos e o bebê voltou a chorar e eu senti minhas lágrimas escaparem junto dele.
- Tá. 10 minutos e depois você não vem atrás de mim - ela falou tentando acalmar o bebê e eu confirmei.
- Vamos nesse café - falei indicando a fachada do New London Cafe.
Entramos e sentamos em uma mesa mais ao fundo.
- Quem é? - perguntei indicando o bebê depois de um garçom vir pegar nossos pedidos.
- Mel - Gina respondeu sorrindo e olhando para o pequeno embrulho em seu braço.
- Eu posso? - perguntei e ela confirmou.
- É claro - respondeu se levantando e me entregando o pequeno embrulho.
- Oi Mel, tudo bem? - perguntei brincando com a bebê que começou a balançar as mãozinhas.
- Ela gosta de você - falou rindo e a Mel tirou a touca que cobria sua cabeça, seus cabelinhos eram tão ruivos quanto o da minha ruiva - Melissa, que mania de tirar a bendita touca - falou se levantando e vindo ao meu lado para colocar a touca nela novamente.
- Ela é tão linda quanto você - murmurei revesando o olhar entre as duas e ela sorriu vermelha - Mel tem quanto tempo? - perguntei brincando com a mãozinha dela.
- 9 meses - murmurou e eu olhei para a bebê nos meus braços.
- Alguém está quase completando um aninho - falei mudando o tom da minha voz e ela sorriu fraco antes de abrir os olhos e me encarar. Esses olhos.
- Harry tá tudo bem? - Gina perguntou quando suspirei sem tirar os olhos da Melissa.
- Os olhos, ela tem os olhos idênticos aos meus - sussurrei e olhei para Gina e mesmo sem precisar perguntei - Mel é a nossa bebêzinha?
- Sim, ela é Harry - falou e uma lágrima escorreu dos meus olhos novamente, pouco depois sentir uma mãozinha bater levemente no meu rosto.
- Oi Mel, você sabe quem eu sou não sabe? - perguntei e ela me encarou com aqueles olhos verdes - Eu sou o papai pequena, o papai que nunca mais vai deixar você e a mamãe irem embora - falei e ela riu batendo a mão no meu rosto.
- Harry... - Gina começou a falar mas foi interrompida pelo garçom que chegou com nossos pedidos.
- Aqui está para o casal - falou e eu agradeci.
- Harry eu não posso ficar com você de novo, eu não posso voltar - Gina falou com um leve tom de desespero.
- Por que não. Me explica por favor por que eu não consigo entender! Nós passamos um ano te procurando Ginny, eu passei um ano imaginando se meu primeiro filho era uma menina ou um menino, mesmo que eu tivesse certeza de que era menina. Os seus fãs fazem campanhas e me mandam mensagens até hoje. Então me diz o por que você não pode voltar comigo para casa - falei sentindo minha garganta formar um nó por conta do choro e em seguida seus olhos castanhos avermelharem.
- Por que tem alguém que não quer que eu volte Harry, tem alguém que fez tudo isso, que me fez desaparecer, me fez ficar longe. E se eu voltar, esse alguém vai matar todos que eu amo, você seus pais, suas irmãs, a minha família, nossos amigos, a Melissa! Então por favor não me peça para voltar - ela falou deixando algumas lágrimas escaparem.
- Amor, me escuta. Se você está falando do Tom Riddle, ele morreu! Ele está morto a uma semana, ele não vai mais nos incomodar - falei quase em um tom de desespero - você pode voltar para casa comigo Ginny, vocês duas podem voltar para casa comigo e não tem nada nem ninguém que vai nos machucar dessa vez - completei e Melissa fez alguns barulhos parecidos com uma comemoração enquanto Ginny por incrível que pareça chorava, talvez de emoção, talvez de alegria - É filha, você vai conhecer os vovôs, vai conhecer seus titios e titias e vai ser muito mimada e paparicada por todos eles -falei olhando dessa vez para a pequena em meu colo.
- Quem garante que ele não deixou alguém para me manter afastada de você Harry? - Gina perguntou depois de alguns minutos se acalmando e tomando um pouco do seu café.
- Delphine, ela está aqui você viu. Ela está controlando tudo que o Tom controlava agora - falei e ela respirou fundo se recostando na cadeira.
- Okay...
- Ginny, por que você não vem ficar comigo no hotel onde eu estou? - perguntei depois de acabar de tomar meu café, Melissa brincava com os dedos da minha mão e vez ou outra tentava colocar na boca.
- Não sei Harry...
- Por favor Ginny, eu passei um ano longe da minha mulher, da Mel. Eu não quero passar mais nenhum segundo longe de vocês - falei e ela sorriu fechado.
- Tá bom. Mas a Mel não tem roupas, e nem eu - falou e eu sorri.
- Nós podemos comprar, não importa - falei rápido e ela riu.
- Ou então podemos ir onde eu estou morando e pegar roupas nossa - respondeu como se fosse óbvio e eu dei de ombros.
- Pode ser também. Você mora longe? - perguntei enquanto pagava a nossa conta.
- Não, estava quase chegando em casa quando você esbarrou em mim - falou e dei de ombros com um sorriso divertido.
- Ainda bem que eu esbarrei em você então - digo e ela concorda rindo. Que saudade que eu sentia dessa risada.
No curto caminho até seu apartamento fomos conversando e ela me contou que Melissa tinha nascido no dia 29 de Abril, e que ela trabalhava fazendo alguns trabalhos como repórter em uma revista, e que usava uma fan page para saber o que estava acontecendo comigo e o resto da nossa família.
- Hermione vai surtar quando ver vocês - falei e ela riu.
- Você contou para ela que queríamos que eles fossem padrinhos da Mel? - perguntou entrando num taxi.
- Sim...
- Como? - questionou ajeitando Melissa em seu colo.
- Eu fiz uma aposta com ela, se o bebê fosse menino, ela escolheria o nome, se fosse menina, ela e Rony seriam os padrinhos - falei e ela me olhou séria.
- E se fosse um menino? Como você aposta o nome do seu filho Harry Tiago Evans Potter - falou me dando vários tapas.
- Ai. Calma amor. Eu tinha certeza que ia ser uma menina - falei tentando me defender mas em vão.
- E daí? Você ainda apostou o nome do nosso filho - falou parando de me bater mas continuando brava.
- Okay. Eu prometo que não faço mais...
- Por que vocês estão aqui em Londres? - Gina perguntou depois de um tempo calada.
- Viemos escolher um prédio para ser a nova filial das Empresas Patrono, quando esbarrei com você, estávamos indo ver o último prédio da lista.
- Então você não deveria estar indo para o hotel, deveria estar trabalhando - Gina falou e eu confirmei com a cabeça - o que você está fazendo aqui então?
- Vocês duas são mais importantes que um prédio Ginny, e outra, eu sou dono dessa merda e confio nos meus amigos e funcionários - falei e ela riu.
- Você pode ser o dono mas ainda precisa trabalhar...
- Amor eu trabalhei a semana toda, no último ano a única coisa que eu tenho feito é trabalhar. Eu acho que agora já é hora de eu curtir um pouco minha família, não? - perguntei e ela sorriu encostando a cabeça no meu ombro.
***
- Eu vou ligar e ver se tem como colocarem uma cama extra aqui para colocarmos a Mel, o banheiro é naquela porta, tem uma cozinha por ali - falei quando entramos no meu quarto tirando meu sobretudo de deixando em cima de uma cadeira.
- Você sabe quando eles vão chegar? - Gina perguntou depois de algum tempo.
Mel tinha acabado de dormir e Gina a colocou no meio da cama com vários travesseiros em volta, segundo ela, a pequena estava aprendendo a virar e poderia cair.
- Não, mas será que poderíamos não falar deles agora? - perguntei a abraçando e sentindo aquele cheiro de perfume floral que ela tinha - Eu senti tanta sua falta ruivinha - sussurro sentindo meus olhos se encherem de lágrimas.
- Eu também Harry, eu sinto muito que você não tenha visto a Mel nascer, nem quando ela abriu os olhos ou quando nasceu o primeiro dentinho - falou com a voz abafada, senti minha camisa ser molhada por suas lágrimas mas não falei nada ou fiz alguma brincadeira, a melhor coisa a se fazer agora é chorar e colocar todos os sentimentos ruins para fora junto das lágrimas.
- O importante é que vocês duas estão comigo agora, e todo esse pesadelo acabou - falei me afastando e limpando seu rosto dom minha mão.
- Eu te amo Harry.
- Eu também te amo Ginny - falei e a beijei em seguida. A um ano eu venho sonhando com esse beijo. Beijo esse que foi interrompido por um choro fraquinho vindo da cama - Acho que alguém não quer que eu te beije - digo para Gina que ri.
- Eu vou olhar ela - falou indo em direção a cama e eu fui para a sala jogar no vídeo game.
Depois de alguns minutos Gina aparece com Melissa no colo que não parava de chorar.
- Me dá ela aqui - pedi pausando o jogo e esticando o braço para pegar minha filha.
- Você tá jogando Harry - Gina falou sem me entregar ela.
- Não importa amor - falei e ela me entregou nossa filha. Coloquei ela sentada na minha barriga - o que foi que você tá brava? O papai não gosta de ver a menininha dele brava - falei e ela parou de chorar aos poucos e passou a prestar atenção em mim - É, papai não gosta de ver a princesinha dele brava não.
- Paaapa - Melissa falou batendo uma mão na outra.
- Isso Mel, fala assim oh, paaaapai - falei e ela riu.
- Papa! - falou animada e olhou para Gina - Maama.
- Isso filha. Mamãe e papai - falei sorrindo - ela me reconheceu no café, como? - perguntei olhando para Gina que sentou do meu lado.
- Eu sempre mostrei foto de vocês para ela, principalmente suas, queria que mesmo sem te conhecer ela soubesse que você era o pai dela.
- Obrigado por me dar essa filha linda e inteligente Ginny - falei dando um selinho nela e recebendo um tampa no rosto no mesmo instante.
- Esqueci de te falar, ela é muito ciumenta - Ginny falou rindo.
- Eu percebi - falei passando a mão no rosto - Filha você não pode bater no papai sempre que eu beijar a mamãe não. Como eu vou ficar sem beijar a mamãe? - Falei para ela que inclinou a cabeça para o lado séria e depois começou a rir.
- Você que lute - Gina falou me dando um beijo na bochecha e levantando.
- Ciumenta - murmurei olhando para minha filha que sorria sentada na minha barriga, puxei ela e a deixei deitada em cima do meu peito de minha barriga - vem, vamos ver o papai jogar agora - murmurei pegando a manete e voltando a jogar.
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EU AVISEI QUE HINNY IA VOLTAR PORRAAAAAAAAAAA
Espero muito que tenham gostado do capítulo.
Considerem isso uma maratona de 4 capítulos...
Amo mto vcs, não me matem por favor.