Festas em Seis.

By maahcamp

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Os seis detentos do colégio São Lucas sobreviveram à detenção e agora, com as festas de fim de ano, não podia... More

Capítulo 1: Sadie.
Capítulo 2: Arthur.
Capítulo 3: Isabela.
Capítulo 5: Noah.
Capítulo 6: Lílian.

Capítulo 4: Lucas.

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By maahcamp

CAPÍTULO QUATRO: LUCAS.

“Said Santa to a boy child "What have you been longing for?""All I want for Christmas is a Rock and Roll electric guitar"And away went Rudolph a whizzing like a shooting star. Run, run Rudolph, Santa's got to make it to town, can't you make him hurry, tell him he can take the freeway down and away went Rudolph a whizzing like a merry-go-round” - Run, Run Rudolph, Chuck Berry.

Estava chegando a hora! Não conseguia sair da frente da árvore. Ela estava cheia de presentes!

Eu amava amigo oculto. Na minha família sempre tinha, meus tios, primos, avós, todo mundo participava, pessoal que vinha de outras cidades... Enfim, todo mundo entrava na brincadeira. 

Queria saber quem tinha me tirado, não podia nem pensar em quem eu tirei, porque a pantera negra da Sadie com certeza descobriria. Sério, eu ainda ia ganhar daquela garota em alguma coisa.

É o meu sonho de consumo da vida.

Esse ano, no amigo oculto da minha casa, eu tirei meu pai. O bom de lá de casa é que as pessoas dão três opções de escolhas de presente, aí você escolhe uma. A que eu escolhi foi a melhor, tenho certeza. Ele amou e ficou muito feliz.

- Lucas, ajuda a arrumar a mesa, por favor – Lílian pediu. Rapidamente peguei os sucos e levei pra mesa. Em solidariedade a Bela, resolvemos fazer um lanche light. Nós percebemos como ela ficou mal depois daquele pedaço de pizza.

Então tinha frutas, barras de cereais, suco, sanduíche natural com pão integral e tudo. A loira de cabelos longos estava feliz com nossa atitude. Eu não estava curtindo muito isso, não. Preferia ter ido aos 50’s e ali cada um pedido seu prato.

Mas Arthur, Noah, Sadie e Lílian tinham um espírito natalino melhor que o meu.

E bom, pela minha rainha, vale a pena o esforço.

- Acho que está pronto – Disse quando coloquei a jarra de limonada na mesa. – Vamos começar?! – Antes que alguém pudesse responder, corri para a árvore e peguei meu presente – Eu começo! O meu amigo oculto...

- Calma, Lucas! – Sadie deu um sorriso torto e mordeu os lábios. Isso significava que teve uma ideia. Eu adoraria ouvir, mas estava tão feliz com meu discurso de amigo oculto que não queria saber de mais nada.

Definitivamente, espírito natalino não era para mim.

- Pantera negra... – A cortei – Nem vem tirar meu barato.

- Lucas, deixa Sadie falar – Noah a defendeu.

- Meu chapa! – Abri os braços e franzi as sobrancelhas – Pensávamos que éramos camaradas! – Ficava apontando para ele e depois para mim desesperadamente.

- Meu caro – Noah entrou na minha onda – Vamos ouvir a ideia de Sadie, vai que você gosta.

 Bufei fazendo careta. Ele estava sempre certo.

- Conta logo, Sadie. – Falei sem paciência.

- Amigo oculto reverso. – Respondeu na lata.

- Oi?! – A interrompi estupefato – Pronto, sabia que uma hora essas drogas iam chegar no seu cérebro. – Negava com a cabeça, eu devia estar parecendo um maluco - Sério, você já foi muito melhor que isso. O que você acha que somos?! Um bando de Flash?!.

Ou todo mundo nesse grupo amava ver minha cara de espanto e desespero ou todo mundo era puxa-saco de Sadie.

Garanto que era a primeira opção.

A garota só disse o nome ridículo dessa brincadeira e foi preciso que eu respondesse com uma frase que todo mundo quis o jogo dela. Isso era muito injusto, porque eu dei a ideia do amigo oculto.

Se Sadie não ganhasse, eles nunca me deixariam vencer.

Definitivamente, era a primeira opção. Estavam todos contra mim.

Então, no amigo oculto reverso, a pessoa tinha que adivinhar quem a tirou. Era uma espécie de cara a cara humano. Eu tinha que fazer perguntas de sim ou não e só podia perguntar o sexo a partir de três questões.

Fechei os olhos, a pessoa que me tirou levantou as mãos, alguém escreveu seu nome em um papel e colou na minha testa. Que vontade que estava de arrancar aquilo! Mas tudo bem, a brincadeira seria muito divertida.

Precisava admitir, Sadie era muito boa para brincadeiras.

Não tanto quanto eu, mas era boa.

- Ok.. – Falei. Todos estavam sentados no sofá. Estavam Arthur, Lili, Noah, Bela e Sadie. Todos me encarando com vontade de rir. – Deixe-me pensar... – Botei a mão no queixo e suspirei. Precisava fazer uma pergunta certeira.

- Pergunta logo, Lucas! – Arthur me apressou depois de uns cinco minutos pensando.

- Calma, calma, amigo! – Falei enquanto acenava com a mão para que tivesse paciência. Meus óculos caíram, peguei rapidamente e fiz a pergunta – Ok... Vamos lá. – Ajeitei os óculos mais uma vez.

- Você sabe que é só fazer uma pergunta, não sabe?! – Lílian perguntou já impaciente.

- Eu estou tentando fazer! – Gritei! Lílian abriu a boca e fez uma cara de quem se ofendeu, tive vontade de rir e todo mundo também, então, continuei: - Bem... É homem?!

- Lucas, perguntas referentes a sexo só pode ser a partir da terceira – Sadie disse cortante – E essa é a primeira.

- Ai, isso vai durar o dia todo! – Isabela jogava o cabelo irritada. Ela não parava de mexer a perna de nervoso.

- Aaah sim... – Respondi – Verdade. Deixe-me pensar novamente.

- Puta que pariu, Lucas! – Isabela gritou, pegou o presente e empurrou com força para mim – Eu te tirei! – Bufou - Toma logo isso e vamos continuar com essa brincadeira.

- Mas, poxa, minha rainha, pra quê essa agressividade com seu bobo?! – Bela sorriu, me deu um beijo na bochecha e um abraço, me fazendo corar. 

- Feliz natal! – Riu quando meus óculos cairam no chão. O peguei rapidamente e o coloquei no lugar certo, ou seja, meu rosto – Agora senta que quero descobrir quem me tirou. – A garota batia palmas sem barulho de animação. Aproveitei para olhar meu presente, não podia acreditar no incrível jogo que Bela me deu. Com certeza jogaríamos a noite inteira. E eu ia ganhar, lógico. 

Lílian tinha tirado Bela. Estava tão animado! Agora entendia mais ainda o motivo desse jogo ser tão divertido! Era muito engraçado ver o desespero das pessoas em querer adivinhar quem a tirou. Isabela já tinha feito duas perguntas, se era loiro, respondemos que sim, sobraram somente Lílian e Noah, depois perguntou se era alto ou baixo:

- Baixo – Responderam os garotos e Lili. Sadie, que é a menor de nosso grupo, respondeu que a pessoa era alta. O que não deixou Isabela muito satisfeita.

- Ok... – Bela continuou  pensativa – Não vou perguntar se é garota ou garoto para não perder a graça. Mas, eu tenho certeza que é a Lili.

- Sou eu! – Lílian gritou animada e saiu correndo para abraçar a amiga. Pegou o presente na árvore e entregou. Era impressionante como Lílian conseguia ser mais animada que eu! Acho que é porque sou competitivo. Mas a baixinha de rosto redondo estava pulando de felicidade. Isabela desembrulhou sem cuidado nenhum e quase chorou quando viu uma maleta com estampa de flores cheia de maquiagens. Todas eram claras, o que a obrigaria a fazer uma maquiagem natural. Isabela abraçou mais uma vez a amiga e agradeceu ao presente.

- Minha vez! – Lili ficou na nossa frente nos encarando. Fechou os olhos e então eu levantei a mão. Noah escreveu em um pedaço de papel meu nome e colocou na testa da loira. – Então... – Mordeu os lábios inferiores fingindo pensar – Usa óculos?!

- Sério, Lílian?! Sério mesmo?! – Rimos do comentário de Sadie e de Isabela. A garota tirou o papel da testa e sorriu extremamente contente. 

- Desculpa, gente – Lílian encolheu os ombros – Eu vi quando o Lucas me sorteou. – Falou cheia de vergonha.

- Sua trapaceira... – Noah não pode deixar de comentar, fazendo Lílian ficar com mais vergonha ainda.

Todos começaram a rir freneticamente da cara de Lílian, menos ela que parecia uma criança se balançando pra frente e para trás. Dei lindas formas profissionais para fazer vários doces. Era uma caixa enorme e que tinha mais de cinquenta formas. Comprei em várias lojas para que tivessem vários formatos e tamanhos. Ela ficou maluca quando viu e se sentou super feliz. Como eu já tinha participado, decidimos que era a vez do atleta do grupo.

- Ok... – Noah estava no centro com um papel na cabeça escrito Arthur. Ele olhava bem nos olhos de Sadie, depois olhava nos olhos de Arthur, voltou a olhar para a morena que sorria de lado, mas não deixava de encará-lo com seus olhos verdes esmeraldas enormes, depois para o ruivo – Tenho certeza que foi o Arthur.

 - O quê?! – Todo mundo gritou revoltado. Noah tirou o papel e sorriu convencido ao ver o nome do menino. Arthur se levantou, entregou o presente e abraçou o amigo dando um tapa nas costas. Noah ficou muito feliz coma camisa personalizada que ganhara. Arthur fez um desenho do nadador na piscina, ele estava na frente de todos e era muito determinado. O ruivo era um artista nato.

- Vou usá-la sempre nas competições – Noah agradeceu – Vai me dar sorte.

- Com certeza! – Arthur riu e fechou os olhos para que o nome de Sadie fosse colado em sua testa. Assim que abriu os olhos, suspirou e perguntou:

- É atleta?!

- Vocês não sabem brincar?! – Sadie se irritou e foi pegar o presente na árvore. Todo mundo ria muito, as gargalhadas ecoavam pela casa inteira – Sério, da próxima vez vamos fazer o amigo-ladrão ou o amigo-imitação. – Até ela riu do seu comentário. – Espero que goste! – Deu um pulo e agarrou o pescoço do ruivo. Quando Arthur abriu ficou encantado e boquiaberto com o presente. Era um estojo de lápis aquarelas. Nem ele acreditava no que via, estava até gago.

- Obri... Obrigado – Agradeceu por fim.

- De nada. – A menina, que até então estava de costas para gente, virou-se, olhou para a cara de Noah e disse provocativa, deixando sua voz mais rouca que o normal: - Você me persegue?!

- Não – Noah respondeu rindo – Vai querer adivinhar?!

- O que você acha?! – Isabela se meteu na conversa. Todo mundo deu risadinhas baixas enquanto o menino caminhava lentamente até a árvore e pegava o presente de Sadie. Estava sendo um dia bem engraçado. Ou estávamos passando tanto tempo juntos que tudo era uma comédia.

- Feliz natal! – Ele disse. A garota sorriu, abriu o presente e com a voz falha lhe sussurrou: – Obrigada. – Ela esticou o pulso para que o menino pudesse colocar a pulseira da história dela. Tinham dois pingentes; um boneco do Peter Pan e outro que era uma menina e que todos julgaram ser Nina.

- Pois é, meu povo! – Falei – Ainda bem que não foi amigo-ladrão.

E com essa era Lucas: 1, Sadie: 0.

- Como se alguém fosse querer roubar o presente de alguém aqui...– Sadie respondeu cortante. O pessoal riu da minha cara. Naquele momento a morena acabara de inverter o placar com sua língua afiada.  Mas ela tinha razão, os presentes escolhidos foram bem específicos. 

Sadie: 1, Lucas: 0.

Isabela me abraçou e me deu beijo na bochecha que me deixou arrepiado, logo em seguida, Lílian fez o mesmo e que me deixou mais sem graça ainda. Arthur ria de mim e Noah também.

Tudo bem, daqui a 365 dias esse placar mudaria. 

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