UNKNOWN - Jikook | Mpreg

By evy_amaze

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Park Jimin, um jovem pintor de vinte e seis anos, descobre que está à espera do seu primeiro bebê. Ele vê o s... More

Apresentação e avisos
Como o bebê poderá nascer?
|1| Você será papai
|2| sozinho
|3| Um estranho legal
|4| amigos
|5| Desconhecido
|6| Você está lindo
|7| Me desculpa
|8| Novas chances
|9| Acho que estou ferrado
|10| Qual o gênero do bebê?
|11| A verdade por trás do desespero
|12| Pedido
|13| Mochi
|14| Acontecimentos
|15| Tempo certo
|16| Calmaria
|17| Nascimentos e encontros
|18| Último tão esperado mês
|19| Seja bem-vindo ao mundo
|20| Primeiros momentos
|21| Momentos em família
|22| Pensamentos
|23| Quando o clima esquenta
|24| Laços incríveis
|25| Nossos cantinhos
Choro e alegria *
A exposição *
Amor em diversas formas*
Rotinas ou não*
Almoço entre amigos*
Ficar longe é ruim *
Vidas, carreira e reencontros *
Eu sou você, você sou eu *
Fluindo*
Mudanças*
Descobertas e Despedidas*
Vai passar*
Em pedaços *
Reconstrução *
Amor e amizade*
Busan*
Escolhas*
Progresso*
Proteção *
Saudade*
Meu corpo, teu corpo*
Coração puro*
O último adeus*
Uma dura infância - Especial Yugyeom*
Reinícios e inícios*
Ciúmes?*
Coração acelerado*
Duas vidas*
Testes*
Resultados*
Orgulho e amor*
Alegrias e Términos*
Família maior*
Fortes amizades*
Crises escondidas*
Enfim o fim*
Famílias e Hormônios*
Corpos bagunçados*
Inseguranças e temor*
Estrelas e arco-íris*
Feliz aniversário*
Destinos e bebês*
Uma nova e pequena vida. - Esp. Taehyung*
Outra vez?*
Chegadas*
Presentes*
Transformando-se*
Juntos?*
Vivências*
Para sempre - parte 1*
Para sempre - parte 2*
OFFSPRING | Spin-off
|As crianças|
|Destinos|
|Fuga|
|Festa|
|Bolinhos|
|Resposta|
|Ensinos|
|Em conjunto|
|O Primeiro amor|
|Eu e você|
|Para sempre|
Feliz Caos! - Especial de natal
Lançamento do site e pré-venda ✨

O fim de uma espera, a chegada de dois anjos - Esp. Seokjin *

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By evy_amaze

Antes de iniciar a leitura, leiam o aviso, por favor.

Gostaria de lembrá-los de algo que foi falado no parto do Jimin (que foi Cesária) e também no início sobre a "fenda".

Sabemos que essa fenda foi "criada" AQUI, para que o parto normal/natural seja possível, certo?

Assim, neste capítulo, a "fenda" será utilizada para o nascimento dos bebês.

Gostaria de lembrar algo a todos também que:

"Nossa fanfic é uma ficção. Nada do que está colocado aqui é como acontece na vida real. Entretanto, pesquisei bastante sobre os termos e a realização do parto, e tentei fazer o melhor para vocês".

Espero que gostem.

Boa leitura.

SEOKJIN

Certos momentos na nossa vida devem ser esperados, por já serem preparados há muito tempo.

No meu caso, oito meses.

Estar grávido de gêmeos é um pouco assustador. Você carrega dois pequenos humanos dentro de você e assim como um dia entraram, um dia sairão.

E essa é a parte que veio me assombrando nas últimas semanas.

Dor já é algo que venho sentindo também. As famosas contrações de Braxton Hicks ㅡ as de treinamento ㅡ vem me fazendo visitas constantes há dias.

Namjoon está quase louco com todos os meus relatos e resmungos, mas ele tem parte nisso, então não sinta sequer um tiquinho de dó, ele também merece sentir isso na pele.

Com nove quilos a mais, minhas pernas doem, assim como minhas costas, calcanhar, meus dedos e tendões mais parecem salsichas de tão inchados que estão.

A gravidez é linda, porém o final dela nem tanto.

Foi exatamente no dia vinte e três, às onze e quarenta da noite, que todas as dores começaram.

Namjoon, como já está habitualmente treinado, busca meus pés, os colocando para cima, e também um travesseiro para pôr atrás de minhas costas.

A dor é incessante, e os bebês estão quietos. Minha barriga, que normalmente é dura, está tão dura quanto uma rocha e isso é assustador.

ㅡ Joonie. ㅡ chamo. ㅡ amor?

Ele está ao meu lado, sentado sobre a cama lendo um de seus livros. Assim que me ouve, ele muda a atenção do livro para mim, e então retira os óculos.

ㅡ Piorou?

Suspiro negando, e me forço um pouco a me mexer na cama.

ㅡ Eu acho que está próximo... eles vão nascer. ㅡ sorrio, pois, mesmo que eu já tenha noção de que vá doer muito, são os nossos bebês. Vamos finalmente poder ver como é o nosso amor e DNA misturado. Eu e ele tentamos por anos, insistindo por meses. Tê-los em nossos braços é algo que almejamos.

ㅡ Mas... ㅡ ele apruma a postura e retira os óculos que usa. Seu semblante é notoriamente preocupado. Namjoon está obviamente apavorado ㅡ O normal não seria esperar até quarenta semanas? Foi o que o doutor Kim falou.

Até quarenta semanas, amor. ㅡ o corrijo alisando abaixo de minha barriga quando um leve chutinho é dado. ㅡ Os bebês estão mais quietos que o normal, e minha barriga está mais dura também. As contrações estão vindo com pouco intervalo. Eu acho que realmente começou. Vamos monitorar, tudo bem?

ㅡ Mas amor... ㅡ e ele continua apavorado. ㅡ se os bebês nascerem agora, ficará tudo bem? Você está com apenas... ㅡ e ele para por alguns segundos, fazendo cálculos nos dedos e então me olha. ㅡ Trinta e quatro semanas.

ㅡ Trinta e cinco, Joonie. ㅡ rio, inteiramente apaixonado pelo homem que formei uma família. ㅡ E está tudo bem, nossos bebês estão saudáveis. O doutor me alertou que poderiam nascer antes das quarenta semanas. Por isso acho que chegou a hora.

ㅡ Tudo bem, amor. ㅡ Ele respira fundo, tocando suavemente minha barriga. ㅡ me avise quando vier outra vez. ㅡ pede, deixando um beijo em minha testa.

A dor ainda não está enlouquecedora. Ainda há pausas, então tenho tempo para respirar e me concentrar.

ㅡ Começou, Joonie. ㅡ aviso-o.

Namjoon busca seu celular, abrindo o aplicativo que eu o fiz baixar para monitorar minhas contrações. Ele notifica lá, e assim que eu suspiro, informando que parou, ele relaxa, buscando também um bloquinho de papel e anotando lá.

ㅡ Não precisa do papel, amor. ㅡ falo, sentindo sua mão acariciar meu rosto.

ㅡ É só para garantir. Não quero correr o rosto de apagar tudo no aplicativo, você sabe como eu sou.

ㅡ É, eu sei. ㅡ sorrio, fechando os olhos quando começo a sentir a dor vir com leveza. Anotando em um pequeno bloco de papel que costuma deixar a mesa de cabeceira. Tento manter a respiração controlada, mas quando o pico da dor chega, eu sequer consigo não gemer em pura agonia. ㅡ anota, por favor. ㅡ peço.

Ele anota novamente, prestando toda a sua atenção em mim. E desta vez até segura a minha mão quando respiro com mais frequência.

A próxima contração demora um pouco mais, o que me deixou um tanto mais despreparado para senti-la. Joonie se pôs ao meu lado, ficando de joelhos sobre a cama e quando aquela dor se foi, ele suspirou comigo, como se a compartilhasse.

ㅡ Intervalo de dezoito minutos amor. ㅡ ele avisa. ㅡ e teve duração de trinta e nove segundos. Quer ir ao hospital agora? Eles já vão nascer?

ㅡ Não, ainda não.

ㅡ Mas você está com dor.

ㅡ Mas precisamos ficar calmos, lembra? Isso leva um tempo, e para termos um parto tranquilo e normal como eu quero, precisamos muito disso.

ㅡ Certo. Precisamos muito...

ㅡ Precisamos muito de quê? ㅡ pergunto, apenas para acalmá-lo mais, pois seus olhos ainda estão arregalados e eu sei que quando ele fica preocupado, nada o faz parar. ㅡ ainda não ouvi, amor. Precisamos de muita?

ㅡ Paciência. ㅡ fala devagar, assentindo para si mesmo. ㅡ O corpo tem seu próprio tempo, e precisamos respeitar.

ㅡ E? ㅡ sorrio, me perdendo ainda mais em seu jeito fofo.

E mesmo se não funcionar, vamos achar a solução.

ㅡ Isso mesmo ㅡ Estico-me para dar-lhe um beijo. ㅡ Agora, me ajude a ir até o quarto dos bebês. ㅡ peço ajuda para me pôr de pé.

ㅡ O que quer fazer? ㅡ ele franze o cenho, mas me apoia em seus braços e caminha devagar. ㅡ você pode caminhar? É seguro?

ㅡ Claro que é, seu bobo. Eu quero verificar novamente as malas para o hospital. Eles irão nascer e eu não quero que você se esqueça de nenhuma delas.

ㅡ Eu nunca faria isso! ㅡ ele diz rindo, adentrando o cômodo.

ㅡ Joonie, você esqueceu as malas na loja no dia em que as compramos. O que garante que na hora de irmos também não esquecerá, uh?

ㅡ Aish, amor, você também estava lá, porque não lembrou?

ㅡ Porque era sua responsabilidade pegá-las, eu já estava carregando nossos bebês.

ㅡ Como se isso fosse uma opção para você. ㅡ ele ri, mas nega em seguida. ㅡ Mas não esquenta. Eu sou um pai responsável, lembra? Não esquecerei nadinha. Juro.

Eu rio novamente da cara dele, mas no mesmo instante a dor retorna, e me apoiando entre a porta e ele, eu deixo que um chiado de dor me escapar.

Namjoon me segura com firmeza para que eu não caia, e seus olhos intercalam de mim ao seu relógio no pulso, contando os segundos.

ㅡ Caramba, essa foi forte. ㅡ reclamo, tentando respirar com calma.

ㅡ Foram poucos minutos agora, Seokjin. Está ficando mais intenso, vamos logo ao hospital, por favor!

ㅡ Joonie, calma. Se formos agora, não adiantará de nada. ㅡ falo ㅡ apenas ficarei em observação numa daquelas salas silenciosas ou numa daquelas que passam enfermeiros a todo momento. Eu vou acabar ficando estressado e eu não quero isso, amor. Se for para deitar em uma cama, que ao menos seja a minha que é confortável. Eu quero que você me abrace, só isso.

ㅡ Teimoso! ㅡ ele me ajuda a ir até à cadeira de amamentação que fica no canto.

Ignorando-o, eu peço para que busque as malas no closet dos bebês e quando retorna, peço para que verifique cada coisinha que há nelas.

ㅡ Nós fizemos isso na semana passada. ㅡ ele reclama.

ㅡ Só faz, por favor.

Durante aqueles minutos, a dor retornou, mas com um intervalo maior, o que me surpreendeu.

ㅡ Vamos deitar um pouco. ㅡ Namjoon pede me levando de volta ao quarto.

Quando deito novamente na cama, Namjoon me cerca de travesseiros. Há debaixo de meus calcanhares e um menor na minha lombar. Ele até mesmo colocou um travesseiro na minha frente, para eu poder abraçar, e por trás, me deu o seu conforto, me apertando suavemente em uma conchinha.

Sei que Namjoon está apreensivo e com medo até mesmo de dormir, já que seu sono é pesado e ele tem medo de que a dor fique no seu pior nível e ele não acorde com meus gritos.

Eu o conheço bem, por isso nego quando ele se ergue e senta na poltrona à minha frente, se desculpando por não conseguir dormir, e voltando a ler seu livro.

Durante a noite, a dor tornou a voltar por várias vezes. Não era nada grave que eu já não tivesse preparado para que acontecesse ou que fosse muito intenso de fato, porém, quando enfim peguei no sono e acordei às sete da manhã do dia seguinte, a coisa ficou verdadeiramente complicada.

Eu acordo sentindo o incômodo do peso de minha barriga, e olho ao redor. Namjoon tem o livro aberto sobre as pernas, e os óculos tortos sobre o rosto, enquanto dorme de boca aberta, ainda sentado na poltrona.

A cena é fofa e até reconfortante.

Tentando não acordá-lo, pois sou ciente de sua noite árdua, eu me ergo na cama com muito custo, e levo meus pés até o chão, me erguendo com o apoio de minhas mãos, e dando passos lentos, até que saio do quarto.

A casa está quieta, mas nada me surpreende, sou apenas eu e ele por aqui, e o som baixo de alguns pássaros pode até ser ouvido.

Buscar uma xícara vazia é o que faço quando chego a cozinha, e logo ligo a cafeteria, louco por um café.

Enquanto espero que fique pronto, observo o dia através da janela da sala, e sorrio. É um dia de sol, bonito e fresco.

Quando o café fica pronto, eu o busco, pondo na xícara, e caminhando devagar até a sala, onde tenho a mania de sentar e olhar para o nada até meu cérebro de fato ligar ou raciocinar.

Porém, eu sequer vou longe.

Dou três passos, e ela vem.

A dor retorna, mas retorna totalmente insuportável comparada a da noite passada.

O susto que tomo com a intensidade daquilo é enorme. Sem preparo para aquilo, minhas mãos procuram apoio, e com isso a xícara que seguro cai no chão, espalhando o líquido quente por todo o piso, assim como a porcelana, que se divide em diversos pedaços.

Eu grito assustado, pondo minhas mãos sobre os joelhos, buscando apoio para não cair e logo ouço um barulho alto no quarto, como algo muito grande caindo no chão.

Possivelmente Namjoon.

E ele aparece correndo até a mim em segundos. Eu ergo meu olhar, vendo-o com o rosto inchado e os cabelos totalmente bagunçados, com olhos arregalados.

ㅡ Jin, meu amor! ㅡ ele busca meu braço, me dando apoio para se erguer. ㅡ o que aconteceu? ㅡ olha o chão totalmente sujo. ㅡ porque não me chamou?

ㅡ a dor veio forte. ㅡ choramingo.

Ele assente me levando devagar até o sofá e me pondo sentado.

ㅡ Calma, respira. ㅡ ele fala com inquietação, começando a olhar ao redor. ㅡ o que eu faço? O que eu faço? ㅡ fala consigo mesmo.

ㅡ Você quem precisa respirar. ㅡ falo encostando as costas no sofá. ㅡ Busca meu celular.

ㅡ Onde está?

ㅡ No quarto.

Namjoon assente rápido, correndo todo desregrado até lá, e se atrapalha todo quando volta.

ㅡ Aqui. ㅡ mostra.

ㅡ Acho que finalmente teremos que ir ao hospital. ㅡ falo.

ㅡ Está mesmo na hora? Ai meu Deus!

ㅡ Acho que sim, amor. ㅡ suspiro. ㅡ liga para o Chimie, avisa que iremos para o hospital, ele precisa estar lá também. ㅡ falo e respiro pausado, sentindo minhas costas doerem. ㅡ Por favor, anda logo Namjoon! ㅡ aperto devagar minha barriga, a sentindo enrijecida.

ㅡ Eles vão nascer! Vão nascer! ㅡ ele fala animado olhando o celular. ㅡ cadê o caralho do contato do Jimin!

ㅡ Kim Namjoon, olha a boca. ㅡ reclamo.

Não é novidade que Namjoon é atrapalhado, o que me preocupa um pouco já que teremos dois bebês em casa em breve e ele terá que cuidar deles também, mas nesse momento ele treme enquanto segura o celular com ambas as mãos e morde o lábio inferior com força, maltratando-o com todo o seu nervosismo.

ㅡ Ei. ㅡ chamo ㅡ calma... Lembra?

Quando Namjoon para e respira fundo, eu sorrio, mas a dor torna a voltar sem avisos, e ainda num intervalo muito curto, e como a anterior, é muito forte.

ㅡ Liga logo, cacete! ㅡ grito.

Ele volta a olhar o celular e novamente volta a tremer, selecionando enfim o contato de Jimin.

ㅡ Meu deus. ㅡ Me assusto com a pressão grande que sinto. ㅡ Liga pra ele agora!

Namjoon sobressalta com meu grito, e até me olha assustado. A dor começa a ficar de fato mais forte, e eu já não consigo ficar quieto.

Não gosto de histerismo, longe de mim, mas veja o meu lado, estou carregando duas crianças que estão querendo sair por um lugar muito pequeno, enquanto minhas costas doem, junto aos meus pés que continuam inchados, e meu noivo que anda de um lado a outro feito barata tonta com o celular no ouvido, me deixa bastante irritado.

Então meu barulho começa.

Na verdade, eu começo a resmungar muito, porque tudo o que eu anseio agora é matar Park Jimin, que não atende logo a merda do celular.

ㅡ Deixa só eu ver aquele nanico safado. ㅡ falo fazendo pausas para respirar. ㅡ eu disse que só paria se ele estivesse ao meu lado. ONDE INFERNO ESTÁ O JIMIN?

ㅡ Jimin? ㅡ Namjoon fala, surpreso.

ㅡ Põe essa merda pra eu ouvir também! ㅡ peço.

Namjoon assente e então faz o que eu pedi.

Nam? O que foi? ㅡ A voz de Jimin é de sono. Não me espanta, pois, ele dorme como um animal hibernando, e contando que ainda não são nem oito da manhã, ele provavelmente acabou de acordar.

ㅡ Oi, Jimin. Olha, não há muito tempo, mas, eu acho que os bebês vão nascer.

AGORA? ㅡ Ouço o grito de Jimin e logo um barulho. ㅡ hyung me explica, eu quase caio aqui. É alguma brincadeira?

ㅡ Brincadeira o seu ovo, eu vou parir! ㅡ Grito para que ele ouça.

ㅡ Jimin, Seokjin pediu para vá para ao hospital! ㅡ Namjoon fala. ㅡ Ele disse que só irá parir se você estiver lá, então eu acho bom que vá. Estaremos indo em breve também, ok?

Silêncio.

Jimin não responde a Namjoon, mas ainda ouvimos passos através do aparelho.

ㅡ Jimin? ㅡ Namjoon repete, mas nada é dito. ㅡ Eu acho melhor a gente deixar ele pra lá. ㅡ Namjoon fala, me analisando.

ㅡ Esse inferno morreu? ㅡ Pergunto respirando com mais calma. ㅡ ele vai segurar a minha mão sim!

ㅡ Mas eu seguro.

ㅡ Não, eu quero os dois. ㅡ falo. ㅡ Chimie? ㅡ chamo-o, suspirando com o alívio da dor.

O silêncio continua por mais alguns segundos, e logo a dor volta, me permitindo gritar com o susto e intensidade daquilo.

Hyung? ㅡ Agora ouço a voz de Jungkook ㅡ é o Jin?

ㅡ Jungkook? ㅡ Joonie franze o cenho estranhando tudo.

Será que realmente Jimin morreu mesmo?

Meu deus, mas ele é o padrinho dos meus filhos, eu o proíbo de morrer!

Eu continuo reclamando, deixando toda minha classe de lado para gritar a todos os pulmões quando a dor retorna, anotando mentalmente que eu vou matar Kim Namjoon por pôr duas crianças dentro de mim.

Não me julgue, estou com dor!

Olho com toda a minha chateação para a cara de ameba perdida de Namjoon que agora me encara.

Ele está gritando? ㅡ Ouço Jimin perguntar, distante. ㅡ Meu Deus, o meu Jinie! ㅡ e ele grita.

Ok, ele está vivo, menos mal, mas porque eles estão batendo papo justo agora?

Eu vou parir!

ㅡ Jungkook, pelo amor de Deus, o que eu faço? ㅡ Namjoon pergunta começando a andar de um lado a outro. Como se não fosse óbvio.

Eu quero matá-lo agora, mas estou muito ocupado, sentindo o peso aumentar junto com a dor que volta, e então eu volto a reclamar.

Eu fico de pé, agoniado com tudo o que sinto agora, e então Namjoon me olha totalmente assustado.

Ele nota minha inquietação, e então começa a respirar devagar, inalando ar puro e libera-o pela boca, repetindo várias vezes.

Eu começo a fazer junto dele, ainda o vendo totalmente desnorteado e então me aproximo. Eu tento sorrir e até abraçá-lo, mas o peso ainda permanece, e quando olho para baixo estranhando todo o meu corpo, sinto a umidade descer pelas minhas pernas.

Esse momento poderia ser outro, mas é muito óbvio que comigo, aconteceria assim. Eu me assusto com a quantidade de líquido esbranquiçado que cai por mim e com o som que aquilo também faz e percebo que não estava nem um pouco pronto para tal coisa.

Então daí eu grito novamente, mas é porque estou totalmente assustado.

Minha nossa senhora, o que foi isso? ㅡ Jungkook torna a perguntar.

Namjoon tem os olhos bastante abertos, e a boca do mesmo modo.

Temi que isso pudesse acontecer, mas meu noivo está em pânico.

ㅡ A bolsa. ㅡ ele fala baixo, tomando fôlego e piscando mais vezes que o normal. ㅡ A bolsa dele acabou de estourar. ㅡ fala ao celular.

No mesmo momento eu ouço a bagunça que se torna o outro lado da linha, e encaro meu amado.

ㅡ Joonie. ㅡ chamo. ㅡ olha nos meus olhos, amor. ㅡ É perda de tempo. Namjoon continua a fitar o chão molhado e sequer liga para Jungkook e Jimin surtando. ㅡ OLHA PRA MIM, CACETE! ㅡ grito e então ele olha. ㅡ Amor, vá até o quarto dos bebês e pegue todas as malas. A minha está dentro do nosso closet, também a pegue, ok? ㅡ Falo pausadamente, com as pernas abertas, enquanto me nego a olhar para baixo. ㅡ Por favor.

E então ele larga o celular e corre, tão desengonçado e rápido quanto só ele consegue correr.

Hyung, faz a respiração do cachorrinho. ㅡ Jungkook diz. ㅡ repete junto comigo ó. ㅡ e então, através do celular, ele começa a fazer.

Eu sinto vontade de xingá-lo quando junto a tal respiração que ele faz, outra contração vem. Percebo que está se tornando mais frequente, em torno de três dentro de dez minutos, mas a dor que vem é tão grande e intensa, que eu começo a respirar igual Jungkook, o acompanhando completamente em pânico.

ㅡ Isso Jinie, respira com calma ㅡ é Jimin que diz, ou melhor, berra. ㅡ Jungkook pega o bebê e põe uma roupa arrumadinha nele, os priminhos vão nascer. ㅡ diz animado e até ouço palmas. ㅡ vou avisar ao Tae também.

Eu continuo sem nem ligar para toda aquela bagunça, e de pernas abertas, tento dar passo após passo, até chegar a meu quarto.

Eu abro a gaveta do móvel ao lado, pegando a carteira de Namjoon junto a minha e logo ouço os passos pesados e rápidos dele adentrar o ambiente.

Assim que seus olhos pousam em mim, se abrem em espanto e com as malas dos bebês em mãos, ele vem até a mim.

E é incrível porque ele realmente não esqueceu nenhuma delas.

ㅡ Jin-ah, não se esforce assim.

ㅡ Joonie, estou bem. Pega minha mala. ㅡ aponto para o closet.

Ele assente, deixando as malas dos nossos pequenos sobre a cama e vai.

Eu aproveito a pausa da dor para retirar a roupa molhada que visto, junto à camisa do pijama, e espero-o voltar.

ㅡ Pega a roupa que está na gaveta debaixo. ㅡ digo.

Ele franze o cenho, mas retorna ao closet.

ㅡ Na debaixo? Tem certeza?

ㅡ Tenho, Namjoon. É a roupa que separei para ter meus bebês.

ㅡ Achei! ㅡ ele grita e volta num pulo só, me entregando. ㅡ Porque você separou essa roupa para ir ao hospital?

ㅡ Porque é bonita

Deixo as roupas sobre a cama, buscando a mão dele, e totalmente despido, caminho até o banheiro com sua ajuda.

ㅡ Agora você precisa me ajudar. ㅡ aviso o permitindo abrir o chuveiro.

ㅡ Porque é bonita? ㅡ e ele rir, negando.

ㅡ Eu sou um crítico de moda, quer que eu chegue todo desleixado lá? As pessoas podem me ver e fotografar. ㅡ digo sentindo-o alisar minha barriga e espalhar o sabonete por lá.

ㅡ Presumi que seria isso. ㅡ ele rir ainda mais. ㅡ está doendo muito? ㅡ e de repente, seu tom é baixo e calmo.

ㅡ Cessou um pouco. ㅡ resmungo. ㅡ mas é uma dor boa.

ㅡ Boa? ㅡ despeja sabonete por minha cabeça, espalhando-os por meus fios. ㅡ Desculpa te fazer sofrer assim, tá?

ㅡ Que boa, Namjoonie, a dor é justamente boa por se tratar da dor dos nossos bebês. Eles irão nascer amor. Nossa Nabi e nosso Noram irão nascer vida.

Ouço um fungar baixo e quando abro meus olhos, afastando a água que cai sobre, vejo Namjoon apenas com um bico, choramingando e assentindo.

ㅡ Vem cá. ㅡ chamo-o. Nesta altura o pijama que veste está parcialmente molhado por respingos, então ajudo-o a retirar, puxando-o para debaixo da ducha comigo, para assim se banhar. ㅡ Não chore, amor. Hoje é um dia de felicidade.

Namjoon me abraça devagar de lado, acolhendo-me em seus braços e depositando um beijo em minha bochecha.

ㅡ Obrigado por isso, vida. ㅡ ele diz ainda chorando. ㅡ Obrigado por gerar nossos bebês, você é muito forte. É lindo, fantástico, o amor da minha vida. Eu te amo muito. Me desculpa pelos meus erros.

Eu sinto o calor subir por meu corpo e se espalhar. Sorrio grande, deitando a cabeça sobre o peito dele, aproveitando o pouco de paz permitido no momento.

ㅡ Eu também te amo muito, Joonie, nada do que passou, importa agora, tudo bem? Obrigado a você também, sem você, não existiria o nosso sonho.

Eu ainda estou parado e sei que logo estarei o xingando de tudo o que vier à mente quando a dor retornar, mas o momento é tão gostoso que apenas fico assim, aproveitando o bom que ele me oferece.

Então, logo após meu sorriso confortável com tudo o que Namjoon fez e falou, eu me inclino devagar para frente, sentindo o peso de minha barriga novamente, e estranhamente quando a toco, sinto-a baixa e rígida.

ㅡ Puta merda, os bebês vão nascer ㅡ constato falando a Namjoon. Ele sorri e fecha o registro, buscando a toalha para nos secar.

ㅡ Consegue caminhar? ㅡ pergunta logo após.

Assinto, iniciando a respiração pausada e andando. Segurando firme a mão dele, sinto-o rodear minha cintura, e assim me levar até a cama, sentando-me e buscando minhas roupas.

Ele veste cada uma com todo o seu cuidado, enquanto faço todas as caretas possíveis por forçar partes do meu corpo que estão pesadas ou inchadas e doloridas.

Logo após Namjoon se atrapalha todo para se trocar, e isso me faz dar algumas risadas, descontraindo um pouco o momento.

ㅡ Jimin está ligando novamente. ㅡ ele diz já caminhando comigo e com as malas até o carro.

ㅡ Manda ele ir à merda. ㅡ falo brincando, sentando com dificuldade ao banco. ㅡ Me dá aqui.

Assim que pego o celular, vendo Namjoon correr até o porta mala e guardar tudo, eu atendo a ligação.

Onde está o Jinie? Eu não consigo achá-lo? ㅡ Jimin pergunta preocupado, mas ele parece bem bravo. ㅡ Disseram que não tem nenhum Kim Seokjin em trabalho de parto aqui, e não me deixam entrar. Eu vou quebrar esse hospital, estou avisando!

ㅡ Eu ainda estou saindo de casa. ㅡ digo, sorrindo. ㅡ onde você está?

Em casa? ㅡ e ele grita, o que me surpreende. ㅡ Eu já estou no hospital, Seokjin!

Amor, calma. ㅡ é a voz de Jungkook.

Calma um cacete. Kim Seokjin, como é que é você quem vai parir e eu que chego antes no hospital? Eu fiz o Jungkook quase correr com o carro, a sorte é que Jiwan está conosco e ele não passa de trinta com ele no veículo.

Eu até consigo rir em meio a tudo o que me acontece, porque isso é típico e a cara de Park Jimin.

Eu abro a boca para respondê-lo, mas então novamente as contrações voltam, e percebo que o intervalo está cada vez menor.

ㅡ Kim Namjoon, entra nessa merda de carro e dirige agora. ㅡ falo alto.

Hyung, está doendo muito? ㅡ agora é Jungkook quem fala. ㅡ a respiração de cachorrinho, vamos lá.

E ele realmente começa a fazer a miséria da respiração de novo.

Eu nego e enfim vejo Namjoon entrando no carro, e pondo meu cinto de segurança primeiro, e em seguida o seu.

ㅡ Podemos ir? ㅡ pergunta aflito. Seus olhos intercalam dos meus para minha barriga.

ㅡ Claro que sim, Namjoon, vai logo. ㅡ digo nervoso. Minhas pernas às vezes se fecham devido à dor se tornar mais intensa. ㅡ Mas vá com cuidado, amor.

Ele assente mais vezes que o normal e aperta o volante em seus dedos. Meus olhos percorrem por todo o rosto tensionado e nervoso dele então com custo, seguro uma de suas mãos, a livrando e entrelaçando aos meus dedos.

ㅡ Quer respirar como um cachorrinho? ㅡ pergunto. Ele não responde, mas eu começo a fazer a respiração e incrivelmente Namjoon me acompanha. ㅡ isso. ㅡ sorrio. ㅡ agora dirige com calma, e me leva até o hospital porque eu preciso tirar essas duas crianças de dentro de mim ou te matarei.

Um pouco mais calmo, ele ri e então dá partida no carro e começa a ir.

Eu continuo a fazer a respiração um pouco mais baixa e tento ao máximo controlar as dores que continuam indo e vindo.

Quando enfim o carro para, eu fecho meus olhos e respiro, aliviado, vendo Namjoon descer rápido, e logo me buscar.

ㅡ Pega as malas. ㅡ digo já de pé. ㅡ Onde será que Jimin está?

Namjoon não me responde, está muito ocupado equilibrando as três malas do jeito que pode em um só braço e logo me segura pela cintura, me ajudando a andar.

Eu caminho devagar, de pernas abertas, e respiração controlada. Não é tão forte, mas tenho a certeza de que não demora para que eu tenha meus bebês em meus braços.

Assim que adentramos o local devagar, vejo os olhos saltados de Jungkook, que está de pé na sala de recepção, mirar sobre mim, e então surpreso, ele abre a boca e aponta.

Jimin então me vê, e logo corre com Jiwan em seus braços.

ㅡ Jinie, minha nossa, ele está em trabalho de parto, ajudem aqui! ㅡ grita a todos os pulmões, certamente para me atenderem logo.

E parece que funciona.

Vejo dois enfermeiros que estava próximo, se aproximarem de mim, e tendo a certeza que sim, eu estava para ter meus bebês, me ajudam e me guiam.

ㅡ Consegue andar? ㅡ a enfermeira pergunta. ㅡ pegue uma cadeira de rodas, por favor.

ㅡ Não, eu consigo andar. ㅡ digo e vejo-a assentir.

Caminhando devagar com ela e Namjoon, cada um segurando em um braço meu, eu sou levado até um quarto, provavelmente o que ficarei com os bebês, e logo começo a olhar toda a decoração.

Porém, interrompendo minha atenção que guia por cada coisa ali dentro, eu olho para Jimin, que vem logo atrás e sorrio. Se há uma coisa que aprendi com todos esses anos de amizade com Jimin, é que ele está, onde ele quer estar.

Quando percebo que logo após deitar na maca que a enfermeira me pede, Jimin para ao meu lado, segurando Jiwan e logo atrás vem Jungkook, que eu sei que também não conseguirão retirar fácil desse quarto.

E talvez até a enfermeira deve saber por que ela apenas abre a boca, mas Jimin olha tão duro para a moça que ela fecha e desiste de expulsá-lo na mesma hora.

ㅡ Poderia chamar doutor Kim, por favor? ㅡ Namjoon pede a ela, mas sequer é necessário.

Já estou aqui. ㅡ a voz adentra o local e logo a imagem do médico ㅡ ou pai de Taehyung, como então o conhecemos, ㅡ adentra também.

ㅡ Doutor, ajuda o Jinie. ㅡ é Jimin quem pede.

ㅡ Precisamos de calma, você sabe disso, Park Jimin. ㅡ ele sorri. ㅡ Bom, infelizmente terei que pedir para nos darem privacidade, preciso analisar a situação de Seokjin.

ㅡ Eu não saio daqui por nada. ㅡ Jimin bate o pé. ㅡ desculpa doutor Kim.

Doutor Kim tenta falar, mas um barulho do lado de fora é ouvido e logo olhamos para a porta sem entender nada.

ㅡ É Kim Seokjin, ele é meu melhor amigo, um pedaço da minha vida e do meu coração, e claro que eu posso entrar. ㅡ ouvimos um barulho ao lado de fora e então a porta volta a ser aberta.

ㅡ Ah claro... ㅡ doutor Kim sorri e nega. ㅡ Kim Taehyung, o que você faz aqui?

ㅡ Pai, eu vim ver o Jin-hyung. ㅡ Tae diz. Está segurando Jisoo, e sua barriguinha miúda marca na blusa apertada que veste. ㅡ Hyung, como está?

ㅡ Com dor. ㅡ sorrio e vejo seus maridos se aproximarem com os outros bebês. ㅡ mas ainda continuo bonito. ㅡ brinco.

ㅡ Minha nossa, é muita gente. ㅡ a enfermeira fala baixo olhando para todos ali. ㅡ não pode.

Eu rio, mas logo cesso, reclamando de dor novamente.

ㅡ Por favor, nos deixem a sós. ㅡ doutor volta a pedir. ㅡ apenas Namjoon pode ficar, é o acompanhante do paciente.

ㅡ Doutor Kim, nós somos amigos. Eu não quero ir e deixar meu melhor amigo aqui. ㅡ Jimin choraminga. ㅡ eu preciso ficar. Por favor...

ㅡ Jiminie pode ficar, doutor? Ele é parte da minha força, da minha vida... ㅡ digo, tentando amolecer o coração do médico.

Doutor Kim me olha, suspirando e então apenas assente.

ㅡ Estaremos lá fora, bom parto Jin-hyung. ㅡ Jungkook diz ao segurar minha mão.

ㅡ Você é forte demais, Jin. ㅡ Tae diz. ㅡ tenha um bom parto.

Eu assinto, vendo Jimin entregar Jiwan para Jungkook e todos os outros saírem junto a ele, antes me desejando o melhor para meu parto.

ㅡ Certo. ㅡ doutor Kim diz, caminhando até meu lado. ㅡ Desde quando está sentindo contrações?

ㅡ Desde às onze da noite de ontem.

ㅡ Houve rompimento da bolsa? ㅡ Pergunta.

Assinto.

ㅡ há mais ou menos uma hora e meia.

ㅡ Tudo bem, trinta e cinco semanas para uma gestação gemelar não é o melhor, mas é um tempo seguro para o parto normal acontecer, mas antes de seguirmos, precisamos verificar como os bebês estão.

ㅡ Irá mesmo tê-los normal? ㅡ Jimin me pergunta. Assinto e sinto-o segurar minha mão. ㅡ estou aqui, com você, tudo bem? Você é forte e consegue.

Sorrio, assentindo, me sentindo grato, mas olho para o doutor Kim e vejo-o se afastar.

ㅡ Vamos ver como esses bebês estão. ㅡ diz, buscando o equipamento para o ultrassom. ㅡ e como já estamos em trabalho de parto ativo, será necessário verificar quantos centímetros você também dilatou. Então, você pode se trocar no banheiro. ㅡ avisa, apontando na direção.

ㅡ Eu te ajudo, amor. ㅡ Namjoon diz e me dá a mão, me ajudando a se erguer.

Caminho lento, sentindo cada vez o peso aumentar. Ele tira minhas roupas, e veste a bata entregue pela enfermeira.

Quando retornamos, Jimin está sentadinho no canto, com seus olhos bem abertos e pousados sobre mim.

Novamente deito na cama, seguindo as instruções do médico e vejo-o erguer a roupa que visto e assim, depositar o líquido gelado e gosmento, logo iniciando o exame de ultrassom.

ㅡ Olha só. ㅡ ele diz sorrindo. ㅡ Os pequenos estão sem muito espaço.

Jimin se ergue, parando ao lado do doutor e seus olhos logo ficam emocionados ao olhar a tela.

ㅡ Tão lindos, Jinie. ㅡ diz sorrindo.

Sorrio vendo o doutor Kim prosseguir com o exame, e a tela ao lado de onde estou, me proporciona ter a visão dos meus bebês também.

ㅡ Os gêmeos são bivitelinos, a bolsa que rompeu foi a da sua garotinha. ㅡ Doutor Kim avisa. ㅡ Ambos estão posicionados, batimentos dentro do normal e nosso pré-natal foi tranquilo. ㅡ diz afastando um pouco a máquina, e buscando um par de luvas. ㅡ irei verificar sua dilatação. Caso ainda esteja longe dos dez centímetros, poderemos aguardar ou induzir o parto, essa decisão cabe a você.

ㅡ Mas ele pode ter os bebês da forma natural, não é doutor? ㅡ Namjoon pergunta. Ele também está ao meu lado, segura tão forte minha mão que chega a doer um pouco.

Aperto-o de volta, fazendo-o perceber aquilo e então afrouxar.

ㅡ Tudo indica que sim, mas em todo caso, iremos verificar.

Observo Jimin assentir sozinho, ele está tão nervoso como se fosse ele a estar parindo.

Então o doutor Kim fica de pé, e sorrindo para mim, ele para a minha frente.

ㅡ Pode abrir as pernas, por favor. Iremos verificar

Eu assinto, dobrando-as. Doutor Kim então começa o processo de toque, e fazendo uma caretinha de dor devido à força que é usada para tal processo, eu vejo-o ofegar.

ㅡ Está em torno de sete centímetros, não demorará muito. ㅡ ele logo diz. ㅡ podemos aguardar.

Eu olho para Namjoon e então o aperto volta a se firmar.

ㅡ Se quiser esperar, estarei aqui. Você é forte. ㅡ diz. ㅡ Mas é uma escolha sua, é o seu corpo. ㅡ sorri.

Eu assinto, dando-lhe um sorriso e voltando a deitar devagar minhas pernas.

ㅡ Eu aguardo doutor. ㅡ digo.

ㅡ Certo. ㅡ ele sorri. ㅡ Iremos te monitorar, mas enquanto isso, tente descansar um pouco, os bebês não nasceram agora.

Dito isto, Doutor Kim se despede, deixando apenas a enfermeira que nos instrui a algumas coisas ainda no quarto.

Namjoon permanece de pé ao meu lado. Sua mão acaricia meus cabelos, enquanto Jimin está sentado ao meu lado na cama.

Eu fecho meus olhos, tentando fazer como o doutor Kim pediu e relaxar, mas nada me faz relaxar quando tudo o que passa na minha mente é que ainda hoje estarei com meus bebês em meu braço.

Permaneço deitado, nenhum movimento é sentido dos bebês, e as dores dão um intervalo maior.

Porém, não é nada muito duradouro. Quando a primeira contração vem, a enfermeira ainda presente monitora os batimentos dos bebês e logo meus sinais. As dores vêm com intensidades maiores, e intervalos menores.

A duração deste novo período de contrações e pausas é de mais duas horas, e enquanto Jimin pede para que Jungkook e os outros voltem com os bebês para a casa, pois irá demorar mais do que o previsto, eu sinto o aperto de Namjoon em meu corpo ficar mais forte.

Estou sentado na cama, as dores intercalam e se estendem por minhas costas. A bata aberta proporciona que ele massageie minha lombar, assim como a enfermeira, que às vezes me ajuda com a respiração e alguns movimentos.

Quando se passam três horas desde minha internação, as dores continuam, com suas pausas ritmadas e pequenas.

Não consigo mais ficar deitado sentindo toda essa inquietação. Então sou levado a outro quarto, um adequado para poder dar à luz aos bebês, e Namjoon e Jimin são levados para pôr roupas adequadas e hospitalares, pois a hora havia chegado.

A dor intensa me deixa tenso e nervoso. Às vezes ando pelo quarto, choramingando e até tomo outro banho, dessa vez quente, tentando aliviar e acelerar todo o processo.

No momento estou com a cabeça apoiada ao colchão, sentindo as mãos de Namjoon, que agora vestia uma roupa azul, massagear minha lombar, enquanto Jimin acaricia meus cabelos e fala algumas palavras baixas de conforto.

Doutor Kim vem até o quarto. Também já está vestido adequadamente, e averígua como está minha situação depois de quase quatro horas em trabalho de parto ativo no hospital e eu já estou quase chorando e batendo em Namjoon que até tenta ficar tranquilo, mas a cada grito ou resmungo de dor que dou abre os olhos e treme.

ㅡ Ok. ㅡ doutor Kim fala sorrindo. Olho para ele, agora deitado, e grito com uma contração forte que vem e estranhamente a que vem de meu corpo, me forçando a fazer força. ㅡ Acho que estamos próximos. ㅡ diz pondo um par de luvas novo e posicionando minhas pernas abertas, dando-lhe a visão do que acontece. ㅡ Me avise se sentir vontade de empurrar. Você já está em trabalho de parto e já sinto a cabeça do primeiro bebê, está encaixada. ㅡ diz novamente me consultando.

Jimin corre para meu lado e segura minha mão. No mesmo momento a dor vem, e com ela a vontade de empurrar. Eu grito, fazendo o doutor Kim observar cada reação de meu corpo.

ㅡ Empurre com toda a sua força, não tenha medo. ㅡ diz.

Eu respiro com força, meus cabelos começam a grudar em minha testa suada, mas logo sinto a mão de Namjoon os afastar, e um beijo sobre minha testa é deixado.

ㅡ Você consegue. ㅡ diz.

Eu respiro fundo quando percebo que a dor retorna, e concentro toda a minha força em apenas um ato em meu corpo: Empurrar.

Eu empurro, sentindo o peso e a dor aumentar, lacerando de dentro para fora, fazendo com que lágrimas de meus olhos desçam, mais ainda sem parar, eu grito, e quando já não tenho forças, paro.

ㅡ Não feche as pernas. ㅡ Doutor Kim me instrui. Namjoon agora está bem atrás do homem, e seus olhos parecem ainda mais assustados. ㅡ Já consigo ver a cabeça, continue. ㅡ o médico avisa.

Eu inspiro e suspiro, tentando a todo custo seguir o que o doutor pede, e logo estou empurrando novamente.

ㅡ Forças, Jinie. ㅡ Jimin diz. Seus olhos já estão vermelhos, chora a cada resmungo de dor ou aviso do doutor. ㅡ Você consegue, empurra mais uma vez.

Eu olho para ele assentindo e implorando para que sua força seja compartilhada comigo, e então desvio os olhos para meu noivo, que também chora, mas carrega um sorriso lindo no rosto.

Namjoon leva sua atenção para baixo quando inicio mais uma tentativa de empurrar, e logo abre os olhos outra vez.

ㅡ Força, está quase lá. ㅡ doutor Kim diz alto.

Namjoon então corre para meu lado e captura minha mão livre. Ele e Jimin permanecem dessa forma, e apertando bem os dedos de ambos eu empurro mais uma vez.

A sala agora é preenchida por meu grito e pelos incentivos de todos ali presente.

Doutor Kim, assim como Jimin e Namjoon, pedem para que eu empurre com força, e alguns enfermeiros que estão presentes auxiliando o doutor até sorriem e me ajudam também.

Quando o último resquício de força se esvai de meu corpo, eu volto a chorar baixo e agora nego, totalmente desesperado.

Eu não vou conseguir. ㅡ digo. ㅡ eu não vou conseguir...

Jimin me olha e nega, segurando firme minha mão, e a erguendo minimamente para que eu as veja.

ㅡ Somos a força um do outro, Jinie. Estou aqui por você, minha força é sua, então use-a.

Eu sinto Namjoon abraçar meus ombros e deixar outro beijo em minha testa.

ㅡ Você consegue, amor, você é a pessoa mais forte do mundo. Vamos lá, só mais uma vez. ㅡ me incentiva.

Volto a apertar as mãos de ambos quando a dor retorna, e então fecho meus olhos, empurrando com toda minha força.

ㅡ Isso, amor, você consegue, vida. ㅡ Namjoon diz, seu tom de voz entrega que sorri.

Ainda com os olhos fechados, eu ouço cada palavrinha e tomo como impulso e força.

Continuo a empurrar e com um grito muito alto, sinto meu corpo tencionar e minhas pernas tremerem. O Doutor Kim continua a me incentivar, e todos da sala já parecem preparados para a chegada do primeiro bebê.

ㅡ Mais uma vez. ㅡ doutor Kim pede se posicionando melhor a minha frente. ㅡ vamos, Seokjin, você é forte.

Seguro a mão de Namjoon forte e ergo minimamente minhas costas. Minhas pernas continuam abertas, e Jimin segura tão forte quanto eu também aperto.

Meus olhos voltam a se fechar, e meu corpo a empurrar.

Meus dentes estão maltratando meu lábio inferior, enquanto com toda a força de meu corpo volta a empurrar.

Então, em uma fração de segundos, meu mundo para por completo.

Quando meu corpo expulsa o primeiro bebê, o chorinho invade meus ouvidos e logo meus olhos se abrem, fitando o ser pequenino nas mãos do doutor, que logo o põe sobre meu colo.

Eu largo as mãos dos dois ao meu lado e logo seguro-o como se fosse o maior e mais raro tesouro em minhas mãos. O que de fato é.

Eu olho-o e ainda ofegante e chorando, sorrio.

É Nabi, a minha princesa.

Namjoon ao meu lado libera todo seu choro, olhando bem de perto a pequena garotinha, enquanto Jimin suspira, e analisa cada pedacinho dela.

Eu sorrio, vendo o choramingo da pequena, mas logo entrego-a para a enfermeira que a pede. Namjoon agora está grudadinho com a pequena bebê, e sorrindo, vê tudo o que fazem com ela.

ㅡ Dois quilos novecentos e oitenta. ㅡ ouço alguém dizer. ㅡ quarenta e oito centímetros.

Namjoon me olha de lá, e ainda sorrindo retorna ao meu lado, mas sequer deixa de olhar para onde nossa bebê está.

Eu sorrio, mas logo sinto a dor voltar. Resmungando de dor, vejo Jimin voltar a segurar minha mão, assim como Namjoon faz instantaneamente.

ㅡ força, Jinie. ㅡ Jimin diz.

Sinto a dor vir, e assim como com o primeiro bebê, eu começo a empurrar com força.

Sinto o líquido escorrer de dentro de meu corpo, o que provavelmente é a segunda bolsa estourando, e logo volto a empurrar, junto com a dor que se alastra.

ㅡ Vem meu anjo... ㅡ imploro, fechando os olhos ao fazer força.

Namjoon continua a me dar apoio, e às vezes deposita beijos sobre minha testa, falando palavras calmas e confortáveis.

ㅡ Mais uma vez. ㅡ Doutor Kim diz, incentivando-me a empurrar.

Eu volto a gritar, usando toda a minha força para que o bebê venha. Doutor Kim sorri, e continua pedindo para eu pôr força. Eu fecho meus olhos, negando e pondo toda minha força, procurando apoio nas mãos de Namjoon e Jimin, e quando penso que novamente não conseguirei, ouço o segundo choramingo da noite.

Alto e forte, escuto o choro atingir meus ouvidos. Buscando o som, vejo o doutor Kim segurando-o, e como fez com Nabi, o coloca sobre meu peito.

Olho para meu pequeno, vendo-o abrindo o maior berreiro, e novamente sorrio.

É Noram, o meu príncipe.

Namjoon novamente volta a chorar, e agora até Jimin chora alto.

Eu respiro com dificuldade, totalmente cansado de todas as horas que passei até ter meus dois bebês no mundo.

Como Nabi, a enfermeira leva Noram e desta vez é Jimin quem vai junto, aproveitando para fotografar o pequeno, enquanto agora, Namjoon está totalmente nervoso, ouvindo um enfermeiro ditar o modo em como ele deve segurar a garotinha que já está limpa e arrumada.

ㅡ Três quilos e noventa e sete, cinquenta e dois centímetros. ㅡ novamente ouço dizer.

Percebendo que parte de tudo já passou, eu volto a deitar, ainda ouvindo o doutor Kim e um enfermeiro falar. Sei que o parto, por mais que ambos os bebês já tenham nascido, ainda há passos que precisam ser feitos.

Então sei que doutor Kim continua seu trabalho, logo retirando a última placenta, dando pontos que ㅡ infelizmente ㅡ foram necessários em mim, e por fim, finalizando tudo.

E é após minutos que eu enfim sei que acabou, e então sinto enfermeiros me limparem mesmo que por alto, apenas ajeitando toda a bagunça que com certeza tudo está.

ㅡ Iremos te levar para seu quarto. ㅡ o rapaz diz. ㅡ Poderá tomar banho depois de algumas horas.

Eu assinto, sentindo meu corpo pesar com o cansaço e meus olhos arder devido ao choro.

Quando sou levado para o quarto que agora ficarei para me recuperar, vejo Namjoon e Jimin entrar logo em seguida.

Eles estão sorrindo, mas meus olhos vagam por seus braços vazios, e logo me desespero.

ㅡ Já estão vindo. ㅡ a enfermeira avisa. ㅡ pode ficar tranquilo senhor Kim, seus bebês já chegarão, e o senhor poderá dar de mamar.

A frase "mamar" faz meu coração palpitar e meu sorriso abrir.

Quanto tempo eu sonhei com isso?

Quando enfim os bebês são trazidos ao quarto, Namjoon e Jimin logo correm, buscando-os, enquanto a mesma enfermeira me ajuda a repousar um pouco na cama inclinada.

Quando meus olhos pousam em Namjoon, vejo que tem Noram nos braços. O pacotinho branco está choramingando ainda, e com Jimin está Nabi, o pacotinho amarelo que de tão quieta e calma, permite que ouçamos o novo choro de Jimin.

ㅡ Veja amor, nosso menino. ㅡ Namjoon diz, inclinando-o devagar, segurando tão firme o bebê que chega a ser engraçado.

ㅡ Tão lindo. ㅡ falo baixo, tocando o rostinho miúdo ㅡ Tem o seu jeitinho amor. ㅡ digo os olhando.

ㅡ Agora... ㅡ ouço Jimin falar, e controlando um pouco as lágrimas enquanto sorri, ele se aproxima. ㅡ Conheça Nabi, a sua princesinha. ㅡ e inclinando-a, ele me permite ver o rostinho dela, que há um bico enorme enquanto a mão, está fechada na manta.

ㅡ É tão perfeita... ㅡ toco-a da mesma maneira em que toquei Noram, e sem controle, libero lágrimas de alívio e felicidade.

Meu coração está tão preenchido e quente, que tudo o que faço é sorrir. Eu choro enquanto sorrio, e repousando a cabeça sobre a cama, busco Noram, vendo meu garotinho de perto, agora calmo e com os olhos bem abertos. Eu sorrio novamente, e me ajeito para segurar também Nabi.

Com ambos em meus braços, eu suspiro e descanso.

Consegui.

Eu consegui dar a vida a dois anjos.

Noram dorme tão calmo e sereno, que realmente parece um anjo. Nabi não choraminga, mas está atenta aos sons, com os olhos bem abertos. E entregando o bebê dorminhoco a Namjoon, para que o coloque no pequeno berço ao lado de onde estou, posiciono Nabi em meu colo para o nosso primeiro mamar.

Como já havia sido explicado por doutor Kim em meu pré-natal, os seios se desenvolviam sem muita diferença de outras gestações independente de gêneros, mas com algumas dicas de como tomar sol todos os dias antes da manhã, o que ajudaria a prevenir rachaduras e manter os mamilos mais resistentes.

Então, ciente de que mesmo assim poderia sentir dores, eu retiro parte da bata hospitalar, e ajeito minha menina para que sem necessidades de comandos, somente seguindo a natureza, ela comece a mamar.

E assim que percebo que consigo, olho para ambos que estão ao meu lado sorrindo, tão alegre quanto, me sentindo completo.

Depois do mamar de Nabi, a enfermeira nos ajuda com o posicionamento do arroto, e logo vejo Jimin, balançando-a e dando leves tapinhas nas costas, ensinando Namjoon, que mesmo ouvindo bem a moça, prefere acreditar em nosso amigo.

Não demora para que a bebê durma, e com ambos quietinhos eu também resolvo dormir e enfim descansar um pouco.

Sou acordado apenas depois de algumas horas, recebendo a ajuda da enfermeira e me erguendo, caminhando devagar até o banheiro, para que assim tome um banho digno.

Quando estou sentado sobre a cama, terminando de dar o mamar agora de Noram, ouço leves batidas serem dadas a porta, e em seguida o narigão de Jungkook adentrar.

ㅡ Posso entrar, hyung? ㅡ ele sussurra.

Eu sorrio e assinto, ajeitando o bebê para arrotar, e vendo que junto a ele, todos os outros, incluindo os bebês, também entram.

ㅡ Encontrei seus pais e sogros lá fora. ㅡ ele diz, e então vejo minha mãe, pai, sogra e sogro adentrar o local todos de uma só vez.

O quarto enche, e até a enfermeira ri de todos se aproximando devagar, sussurrando e chorando, uma completa bagunça.

Com Namjoon buscando o dorminhoco de meus braços, para colocá-lo também no berço, eu aproveito para matar um pouco da saudade que estou de meus pais, e vejo meus sogros fazendo um book fotográfico em seus celulares.

Meus amigos não estão tão diferentes assim não. Tae e Hobi tiram milhares de fotos, enquanto Jimin, Jungkook e Yoongi ditam as melhores posições.

Eu olho tudo isso, ainda abraçado a minha mãe e respiro fundo, sentindo-me calmo e feliz.

Sentindo-me em família.

Continua...

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