Wakfu: Conto Esquecido

By Ink_Oca

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Reboot de "Wakfu: Uma Historia Diferente Mesmo mundo, mesma historia, porém a irmandade tem um novo membro: O... More

Os Flamel
Venenoso
Arco Gobbawl

Ilha da Lua

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By Ink_Oca

     O som da água batendo no casco de madeira tranquilizava o garoto de olhos azuis, deitado no teto da cabine do capitão. Em toda essa viagem, esse foi o único momento de paz e tranquilidade que Oswaldo conseguiu arrumar para descansar um pouco da bagunça, relativamente gostável, que ele entrou.

     A viagem vai bem, todo mundo estava tranquilo. O oposto disso era Percedal, no qual continuava passa mal... esse era um dos motivos do pessoal manter uma certa distância dele.

     Do outro extremo do barco, Yugo e Amalia pescavam para passar o tempo e ter algo para comer em algum momento. Apesar que seria de imaginar que a Sadida não esteja mais aguentando frutos do mar como refeição.

    Oswaldo abriu os olhos para encarar o céu sem nuvens, apenas o azul claro que se estendia até o mais escudo do mar. Tão simples e entediante, sobretudo entediado com tanta calmaria que o grupo se encontrava.

     Ele gosta de calmaria, sobretudo para conseguir relaxar depois de pão gigantes, gênios carteiros, um jogo de Gobbowl nada amigável, e um shushu aranha. Esse último causou dor de cabeça pela bagunça que vez nas coisas do Oswaldo.

      Mas esse estado abria espaço para Oswaldo refletir sobre sua situação. Mais precisamente, com quem se encontrava.

      Oswaldo gostava muito de Yugo. O pequeno amava qualquer coisa que o garoto de olhos azuis contava, desde os contos que sabia ás suas próprias histórias de vida. Ambos não sabiam de tudo sobre sua origem, não conhecendo sua verdadeira família, tornando-os parecidos, porém, como modos de ver a vida diferente. Enquanto o jovem via tudo com olhos realistas, a criança enxergava tudo com um ar de esperança.

       Percedal e Ruel são quase a mesma coisa na visão do garoto de olhos azuis. As características principais deles — Orgulho do Iop e ganancia de Ruel — distanciavam muito Oswaldo dos dois, principalmente por essas duas coisas o irritavam profundamente. São boas pessoas, ele reconhece isso, mas esses detalhes permaneciam como uma barreira. Isso pode cair com o tempo, principalmente para o "cérebro de iop".

       Evangelyne era a pessoas que mais chamava a atenção de Oswaldo após Yugo, mas os motivos disso eles não estava gostando de pensar muito profundamente.

       Mas diante disso tudo, o problema era a sadida. Como ele odiava aquela garota de cabelos verdes e tudo que ela era, é e será. O jeito mimado dela, fruto de ter crescido naquela família repugnante, e o fato dela nunca ser taxada como errada ou mesmo saber que estava. Parecia que o mundo mostrava que tudo na vida dela ser certo.

       Não ache que é ciúmes, estava longe de ser isso — Além de ser um sentimento que Oswaldo desconhecia — ou qualquer coisa que poderia ser reconhecido como característica de uma criança igual Amalia. O garoto de olhos azuis possuía seus motivos e sabia dos erros que a sadida cometeu, justamente com ele e as pessoas que amava.

       E Oswaldo sentia medo que esses erros sejam cometidos com as pessoas que ele se importava novamente.

       Mais acima de tudo, ele não deixaria esse ódio cega-lo. Oswaldo sabe os efeitos que isso pode trazer. Ódio queima a alma da pessoa que sente e daqueles próximos, mesmo sendo pessoas amadas.

       Sentimentos são, em sua opinião, armas mais poderosas que uma pessoa pode ter.

       E ele não deixaria os seus agirem da maneira que os outros esperaram.


//W//


        O céu agora era coberto por pelo azul escuro da noite, mas as nuvens ainda apareceram. Pessoal já descansava em certos pontos do barco, embora Percedal ainda estava sentindo enjoo e afastado do resto.

      Amalia e Yugo estavam juntos, conversando sobre algo de "pôs-jornada". Isso incomodava Oswaldo, mas preferiu deixar quieto, já que é escolha do pequeno ficar próxima da sadida.

      Oswaldo, no mesmo lugar, escrevia algumas informações em seu caderno. Onde estavam, como estavam, o que viu e deixou de ver era escrito em uma grafia rustica que o garoto de olhos azuis aprendeu com sua mãe adotiva, a mesma o ensinou a sempre ficar adento a detalhes de tudo e a todos a sua volta.

"A vitória se encontra nos pequenos detalhes" Dizia Sophie Flamel "Tenha conhecimento de tudo e nunca ficara contra a parede"

— Infelizmente — Falou Oswaldo, completando a frase de sua mãe — A vida sempre nos surpreende...

      Um pássaro passou voando por Oswaldo, que não conseguiu reconhecer qual era a raça da ave.

— Seu idiota! — Gritou Ruel, chamando atenção de Percedal e consequentemente a de Oswaldo — Você é seus modos grosseiros, assustou ele! Os Albatrocious protegem os barcos!

— Albatrocious? — Falou Oswaldo, procurando em sua mente sobre aquela ave e se a informação de Ruel prosseguia.

        A tempestade intensa que se formou também ajudou para confirma a informação, obviamente para o mal e para dor de cabeça do garoto de olhos azuis.

       Ela era escura e repleta de nuvens, cobrindo todo o mar com uma chuva fria e raios, deixando Oswaldo com saudades do céu limpo de antes. Para piora a situação, um tufão de água se aproximava cada vez mais do barco, crescendo conforme a ameaça de acerta o local do grupo crescia.

        O pessoal começou a se segura em algum canto do barco e Oswaldo ia fazer o mesmo. Mas reparou que Yugo estava parado na ponta do barco, vendo a cena com ligeira curiosidade, afinal, era a primeira vez que via uma tempestade no mar.

        O garoto de olhos do azuis cerrou os dentes e correu em direção a seu amigo.

— Yugo, não é hora a se maravilhar com a mãe natureza! — Falou Oswaldo, fazendo o pequeno se virar para ele.

        Oswaldo viu no horizonte, se arrependendo de ter chamado atenção de Yugo. O garoto de olhos azuis puxou o pequeno, trocando de lugar com ele.

       Antes de ter tempo de reação, Oswaldo foi acertado por aquilo que viu: Um pedaço de embarcação — Provavelmente pega pela tempestade em sua rota —, grande o suficiente para levar consigo o jovem para longe. O garoto de olhos azuis sumiu em meio as águas turvas da tempestade, se segurando por segurança na madeira molhada.

— Oswaldo! — Gritou Yugo, mas foi impedido de ir atrás pelo tufão, que acertou o barco.


//W//


"Você sabe que um dia terá que deixar isso para trás, não é? Mamãe, papai e ele também iria querer isso. Mas... não sou uma pessoa boa para dizer isso. Isso realmente nos afetou. Estou aqui".

       Com a voz da Elara, os olhos de Oswaldo começam a se abrir, embora a dor latejante de sua cabeça junto a forte luz que o recebeu não ajudava. O ar estava seco e quente, longe de ser frio e úmido como o momento que desmaiou enquanto segurava o pedaço de barco.

      Quanto tempo ele havia passado lá? Talvez algumas poucas horas até a tempestade passar, mas nunca se sabe no meio da bagunça.

— Ele está acordando — Falou uma voz fraca, vindo do lado de Oswaldo

— Oswaldo — Falou uma voz feminina, no qual Oswaldo reconheceu ser de Amalia, infelizmente.

      Os olhos azuis do Oswaldo se abriram, encarando o rosto da sadida que tanto odiava. Uma flor vermelha estava presa ao seu cabelo, sendo mais chamativa que o cabelo verde de Amalia. Mas isso não fazia diferença, continuava odiosa da mesma forma.

      Oswaldo ignorou o rosto de preocupação de Amalia e começou a levantar, mesmo com uma pequena dor em seu corpo.

       Ele estava em um cômodo esférico, feito de madeira e bambu com vários detalhes tribais esculpidos. Uma fogueira jazia ao meio, onde o cheiro forte de chá saia da panela. Uma grande abertura da estrutura revelava uma floresta pertencente a ilha, deixando entrar a luz da lua minguante, a mais forte que o garoto de olhos azuis já viu.

— Oswaldo, você está bem? — Perguntou Amalia

      Ele continuou ignorando Amalia, focado no resto do lugar onde se encontrava. Várias máscaras tribais estavam pressas as paredes, cercando aqueles ali dentro com aqueles olhos sem vida. Algumas mostravam um rosto alegre, outra mostrava uma triste e assim por diante, demonstrando todos os sentimentos básicos que um mortal poderia representar.

      Oswaldo recuou a visão para o lado, irritado por ver aquelas máscaras novamente e ainda por cima em quantidades. Mas irritar não era a única coisa que aquelas coisas de madeira traziam ao garoto de olhos azuis. Ódio, raiva e dor viam juntos para sua mente, lembrando ele daquele dia.

— Ei, garoto, pegue um pouco do chá — Falou a primeira voz que Oswaldo escutou antes de acordar — Talvez acalme sua pessoa.

       A mente do garoto de olhos azuis voltou situação que parecia mais importante, já que ele não viu o resto do grupo. Oswaldo se virou para o dono da voz, rapidamente se arrependendo dessa atitude.

      Um senhor de idade. Um velho sadida o encavara, usando uma máscara como as das paredes, porém, arrebentada em vários pedaços dela — Assim como o dono —. Suas mãos frágeis ofereciam um pequeno pote de coco, cheio de um liquido verde que deveria ser o chá preparado.

      Velho ou não, Oswaldo deu um tapa na mão do idoso, jogando o liquido quente no chão de bambu. Ele se colocou em pé, pronto para destruir — Visto a raiva em seus olhos e seu braço brilhando em fúria — o sadida de máscara.

      Seu coração estava a mil, juntamente com os milhares de sentimentos negativos que a mente tentava processar com racionalidade. Os problemas como grupo que não estava ali, Amalia, o lugar estranho e a ilha sumiram de sua cabeça, sobrando apenas o foco de ódio que aquela máscara trazia.

     Não era Oswaldo que encarava o Sadida, mas sim o lado sentimental do garoto de olhos azuis.

— Oswaldo! — Gritou Amalia, que ainda estava em dúvida entre segura o garoto ou não — O que você pensa em fazer?

     Oswaldo ignorou Amalia, ainda olhando o mascarado, esperando ele puxar um pedaço de madeira e tentar bater nele até a morte. Mas, o velho tremia devido ao movimento do garoto, parecendo ter mais medo do que uma ameaça.

     Logico, Oswaldo estava mais velho que a última vez que viu esses sadidas. Não seria a mesma coisa, apesar de estar quase igual, incluindo Amalia na situação.

— Calma, jovem... — Falou o sadida, fazendo Oswaldo apertar mais os dentes — Eu sei que...

— O que você sabe? — Oswaldo jogou seu braço para o lado, desativando seu poder. Ele percebeu que com Amalia ali não seria bom matar alguém — Hein?! — Ele se vira para sadida conhecida — O que estou fazendo aqui?!

— Da para se acalmar! — Gritou Amalia, mais agressiva agora, mas deixando Oswaldo mais irritado — Acordou com pé esquerdo?!

— E se acordei?! Qual seria o problema?! — Oswaldo olhou com raiva para Amalia, tentando evitar encarar mais o outro sadida.

     Um animal pulou no ombro da sadida, estranhando Oswaldo. Era um macaco pequeno, o oposto de seus grandes olhos castanhos, que olhavam o garoto com raiva e intenção de proteger Amalia. Mas não era isso que mais chamava atenção, sim o martelo em sua cada.

      A pequena arma — no entanto, pesada — estava amarrada com a cauda do próprio animal, parecendo estar preso. Sua estrutura era de cor cinza desgastado, parecendo mais um instrumento de construção, e com um tipo de corda amarrada a sua volta.

     Oswaldo iria falar algo, mas desiste pela quantidade de coisa em sua cabeça no momento. Ele respira fundo e sai do cômodo, se revelando ser toda a casa do sadida mascarado.

    Isso o deixou mais irritado, fazendo o garoto de olhos azuis apressar seu passo. Ele devia que achar o resto do pessoal, mesmo não sabendo o que poderia ter acontecido em meio do seu desmaio.

    Não importa se aqueles dois sadidas tiverem uma informação sobre seus amigos. Ele, pelo menos no momento, não quer ouvir uma palavra vindas das bocas imundas desses seres da floresta, daquela terra amaldiçoada.

    Por que caiu justo em uma ilha onde deve ter centenas de sadidas? Sobretudo com aquelas máscaras repugnantes e que servem como desculpa para não receberem a devida punição

    Oswaldo já estava ofegante com a tanta raiva em seu peito, crescendo junto a dor e tristeza daquilo.

    Seu corpo estava rígido, pisando cada vez mais pesado no chão.

    Aquilo não poderia estar acontecendo, não de novo.

    Oswaldo soca uma árvore do seu lado, usando seu poder de maneira mais agressiva que o habitual. A madeira não foi destruída, mas sim esmagada com o punho do em vario pedaços.

    O som do desabafo físico desabafo físico ecoa pela ilha como um grito, quase igual aquele que Oswaldo queria soltar. Essas coisas estavam doendo muito em seu peito, estava insuportável admitir que ele estava perto daqueles seres.

— Oswaldo! — Gritou a voz de Amalia atrás do garoto de olhos azuis, assustada por ver a destruição da árvore — Para de fazer essa idiotice!

   Amalia começou a se aproximar do garoto de olhos azuis para tentar colocar razão em sua mente. O problema era que Oswaldo já possuía ela.

— Para de agir feito uma criança e sair destruindo, agredindo tudo a sua volta! — A sadida falava como tivesse toda a razão daquilo, como se aquilo fosse apenas um escândalo do Oswaldo — Estamos no meio de um grande problema! O pessoal foi pego pelo tal de Saul, ele é o problema dessa ilha! Para de agir como...

— Como criança? — Falou Oswaldo de volta, se virando para a pequena sadida com raiva nos olhos — Eu não estou agindo como uma criança! Eu estaria se tivesse jogado ele pela janela!

— Está assim! Esse seu ódio infantil por minha gente é idiota e agora está prejudicando o grupo! Eles foram pegos por esse Saul e você está mais preocupado em sentir raiva de um velho!

     Oswaldo bufou de raiva para a resposta da sadida, visto que ele estava andando a procura de seus amigos e era necessário ter afastado justamente para não matar o velho da máscara. Amalia não enxergava, não estava se colocando no lugar dele.

    E isso o irritava mais ainda.

    Ela não estava se colocando no lugar dele e nem buscava entender a mente dele. A luta entre ceder ao ódio, ignorando seus amigos a prol de acabar com os mascarados, e ignorar o furacão de sentimentos para impedir que se machuquem.

   Isso não era fácil e extremamente cansativo para a mente já esgotada do recém-acordado Oswaldo.

— Já que ninguém tem bom senso, eu explico para você — Falou Amalia, agindo como a princesa que era, ou seja, nada — Você é infantil e só está jogando um defeito seu na minha espécie. Não vejo como nem mesmo Evan ainda não falou isso com você.

    Oswaldo apertou seu punho e o estalo dessa ação ecoou pela área, assustando Amalia pela agressividade. Aquilo foi uma explosão de força.

    Uma perfeita reflexão da mente do Oswaldo.

    Oswaldo olhou para o chão e apertou os dentes um contra o outro. Ele tremia de raiva, de ódio. O garoto de olhos azuis não queria explodir, perde o controle daquilo tudo. Mas o sentimento estava vazando em pequenos gestos e expressões.

"Sua maior força é seu autocontrole. Mas eu tenho medo da pessoa que conseguir fazer você fraquejar... e tenho pena dela também. Então se segura. Pelo bem de todos... Por isso sempre estarei do seu lado"

   Oswaldo levantou seu rosto para olhar para Amalia. Seu rosto estava calmo, mas em seus olhos era possível ver a raiva pura ali dentro

— Sentir raiva, mas tentar segura-la, é infantil? — Falou Oswaldo com ódio na voz — Tentar ser melhor que isso tudo é infantil?! Segura esse terremoto dentro de mim é infantil?! Você acha que uma criança, como você, seguraria?!

   Oswaldo caminhou até Amalia enquanto ela recuava para traz, com medo da explosão do garoto.

— Eu sei que cada ação minha tem consequência! Eu sei que a forma que falo com as pessoas pode ferir! Eu sei que não sou uma boa pessoa! — Oswaldo apontava seu dedo para ele mesmo — Eu não sou o herói que Yugo e meu eu do passado achava!

   Os olhos azuis dele brilhavam com raiva. Parecia que o escuro não possuía o poder sobe o mar de energia que eles eram. Isso causava medo na Amalia, que se viu sem saída por causa de uma árvore.

— Sabe o por quê eu tenho tanta raiva?! — Gritou Oswaldo, mantendo uma pequena distância da sadida — Porque eles morreram! Minha família morreu por causa da sua porcaria de espécie!

   O silencio reinou na área, onde apenas os olhos azuis enfurecidos do Oswaldo encaravam os castanhos chocados de Amalia. Era visível que aquelas palavras atingiram como uma faca a sadida, abrindo um buraco vazio nele como se tivesse sido uma faca.

— Era apenas um piquenique na floresta. — Ele continuou — Um simples piquenique numa pequena clareira iluminada pelo sol. O pai da Elara fez toda a comida. Sophie estava anunciando que não irá mais caçar, depois de tantos pedidos da minha que queria ela por perto. Eu, com apenas dez anos, estava feliz! Era nosso dia especial!

   A voz de Oswaldo era de pura fúria, mas a dor deixava ela mais amarga. Aquilo doía apenas de pensa, falar era como se esfaquear. Mas ele iria jogar isso na cara daquela Sadida.

   Ele iria mostrar como ela errou e isso custou tanto para as pessoas que Oswaldo amava.

   Amalia iria sentir sua dor.

— Aí eles chegaram, com suas máscara e armas de madeira — Continuou o garoto de olhos azuis — De todos os malditos lados! Eu tentei defender, mas falhei por ser fraco! Minha mãe adotiva tentou, mas eram muitos e a filha dela estava ali, assustada e com medo! Aqueles mascarados conseguiram apagar a chama dourada de Sophie! — Oswaldo olhou o chão enquanto tremia de raiva — Nada apagava a chama dela...

   Ele voltou a olhar os olhos castanhos da sadida, que já chorava com tudo aquilo. Mas Oswaldo não ligava, afinal, não era ela que estava certa na história?

— Eles acabaram com minha família — Continuou Oswaldo — E deixaram eu e Elara lá, vendo os dois caídos na grama, para o deus dele ficar feliz com nossa dor!

— Oswaldo... — Amalia começou a soluça, percebendo e lembrando aquele caso — Por favor, para... eu já...

— Eles foram pegos no final e levados a corte do reino sadida, em frente a família real. E sabe o que sua família e você fizeram com os culpados de assassinar minha família?! Vocês soltaram eles! E você deu a palavra final!

    Amalia caiu no chão em lagrimas, por provavelmente lembrar do garoto de olhos azuis daquele dia. O maior erro dela até aquele momento, apesar que talvez viria mais.

— Meus pais nunca tiveram a justiça que mereciam pelo simples fato que eram membros de sua espécie os culpados. — Falou Oswaldo, se afastando de Amalia — Você era uma criança decidindo o destino de alguém, e nem hoje ainda admitiu os erros... na verdade continua a mesma idiota

— Oswaldo! — Gritou Amalia para ele — Desculpa! Eu...

— Suas desculpas não iram trazer eles de volta e elas não consertam seus erros — Oswaldo pegou um pedaço de madeira no chão e começou a grafar símbolos em seu material, usando seu dedo com poder — E deixo bem claro, esse não é o único pecado que sua família vez contra a minha pessoa.

     Oswaldo jogou o pedaço de madeira para Amalia, que pegou assustado. Ela olhou os símbolos esculpidos nela, reconhecendo alguns.

— Isso é... — Ela começou a limpar as lagrimas, mas falhando — Símbolos sadidas? Como você...

— Minha mãe me ensinou tudo sobre magia — Falou Oswaldo, se levantando — A base é feca. Vai servi como escudo para ataques de energia do seu inimigo.

— Você não vai ajudar seus amigos? Oswaldo, eles...

— Eu quero, mas não devo — Oswaldo olhou para Amalia com raiva — Vou acabar matando alguém com minha raiva. Se quer fazer algo certo, vai lá e os ajude eles. Leve seu macaco do martelo também.

      Ele levantou e começou a ir embora

— Oswaldo... me desculpe — Falou Amalia, chorando sobre o escudo — Eu não queria... eu era pequena.

— Eu irei pensar sobre isso — Falou Oswaldo — Veremos que suas atitudes vão mudar — Ele voltou a ir embora — Mas seu irmão não terá a mesma sorte se depender disso.

    O garoto de olhos azuis sumiu na mata, ainda transbordando de raiva. Será que esse ódio um dia irá ajudar ele? Eu digo que sim, mas só o tempo poderá dizer.

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