[DEGUSTAÇÃO] Namorados por Co...

By escrtaty

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Cabelo até a nuca, despenteado e despojado. Blusa definindo os bíceps, calça jeans sempre nova. Pivô indispen... More

Prólogo
Onde e como ler o restante

Capítulo 01 - Saiam todos, a festa acabou

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By escrtaty

A festa estava a todo vapor! Todos os alunos do 3º ano do seu colégio haviam sido convidados simplesmente para encher a casa e dar um motivo para Larissa ir até lá e, quando ela estivesse desprevenida, ele se aproximaria jogando todo o seu charme. Ao menos era o que teria feito se nas duas primeiras horas de festa, ela não estivesse se enroscando com outro cara na cozinha. Como seu único interesse era sexo, resolveu não ligar para isso e curtir a festa que estava agitadíssima. Havia gente desde a sala até o outro lado da rua. Amigos, colegas, convidados de colegas, penetras e até algum ou outro da faculdade que ficou sabendo da festa, estavam por lá.

Mas a casa não pertencia somente a ele, como também aos seus pais, foi por isso que se preocupou ao ver alguns casais de chamego no andar de cima muito próximos aos quartos. Abriu a porta do quarto de seus pais e respirou aliviado por ver que estava vazio, pegou a chave, trancou o quarto e acrescentou-a em seu molho de chaves. Foi até o quarto de hóspedes, que ficava ao lado ao quarto de seus pais, abriu a porta. Encontrou um casal ainda nas preliminares em cima da cama e sorriu.

— Oh gente, foi mal, mas pulem fora.

— Ah, qual é Leozito? — disse o rapaz. — Só mais uns minutinhos!

— Não, não. Vão para a lavanderia ou coisa assim. Bora gente, é sério.

Leonardo não estava a fim de limpar nenhum quarto, por isso, resolveu trancar aquele também. Lembrou-se do seu e andou até lá despreocupado. Ainda estava cedo e tinha certeza que estaria vazio, mas quando abriu a porta... Surpreendeu-se ao ver uma menina deitada de bruços em sua cama sozinha. Sem fazer barulho, andou até o banheiro e olhou discretamente se havia alguém por lá, nada!

— Ei garota, esse quarto é meu!

Ela se levantou num pulo revelando seu rosto vermelho e molhado por lágrimas. Leonardo se sentiu incomodado com aquilo, ele era o tipo de homem que fazia as mulheres chorar, mas não gostava de presenciar. Geralmente elas choravam fora de seu campo de visão.

Observou o rosto molhado e sentiu que a conhecia, mas não se lembrava muito bem.

— Hum... Tá tudo bem? — perguntou incerto.

— Sim... — disse ela encarando o chão. Depois o olhou e começou a falar rápido enquanto gesticulava com as mãos — Desculpe invadir o seu quarto, mas é que eu estava me sentindo tão mal lá embaixo que fui entrando na primeira porta que vi! Eu precisava muito sumir por alguns minutos, mas não vim com ninguém... Desculpa.

— Ah, entendi! E agora você está melhor — Afirmou com um leve sorriso. Olhou em volta e viu uma toca de lã preta na mão dela. De repente se lembrou. — Ah! Você é a Lili... — Se calou.

— Lili Machona! É! Isso mesmo.

— Foi mal.

Lili Machona, na verdade, se chamava Lilian Machado. Esse apelido, além de ter sido uma “paródia” de seu nome e sobrenome, existia também por causa de sua maneira de se vestir. Ela usava uma calça jeans desbotada com um rasgado feito de propósito nos joelhos, junto com a farda larga do colégio que tinha as mangas dobradas até os ombros, provavelmente de tamanho G. Para completar, a toca preta de lã escondia cada fio de cabelo seu. Era assim que se vestia para ir ao colégio.

Ali, na frente dele, ela usava uma calça parecida, mas inteira. Uma blusa cinza feminina, porém, larga com as mangas dobradas até os ombros e tinha os cabelos negros soltos. Um pouco bagunçados pela toca, mas longos e ondulados.

— Tudo bem — disse ela.

— Cadê o seu namorado? — perguntou sem graça.

— Está lá embaixo se pegando com uma garota da sua sala.

— Sério? E... você não... não se importa?

— A gente terminou semana passada. Eu vim para ver ele... mas ficou claro que ele não sentiu a minha falta.

Lilian namorava o Gustavo, um rapaz que andava com Leonardo. Ele só começou a namorar com ela por ter perdido uma aposta. Todos ficaram surpresos quando ela aceitou o pedido de namoro e o rapaz foi alvo de zombaria por semanas. Para manter sua fama, ele não deixou de ficar com todas as meninas que desejasse, dando um novo apelido a Lilian de “Lili Corna”, mas pelo visto, ela não sabia de nada disso.

O que ela realmente sabia era o quanto seu coração disparava ao vê-lo. De como se sentiu a mulher mais feliz do mundo quando foi pedida em namoro por ele. Seus olhos sempre brilhavam ao vê-lo e, mesmo tendo sua própria forma de ver o mundo e de nunca se deixar levar pela opinião alheia, não aceitava nenhuma ideia além da que lhe dizia que ele a namorava por sentir o mesmo que ela.

— Olha, eu só vim trancar o quarto para ninguém entrar, se você quiser pode ficar aí até sentir vontade de descer. Só tranca a porta e me dá a chave quando sair, beleza?

— Tá, obrigada — Leonardo sorriu e saiu do quarto.

No andar de baixo ninguém parecia ter se dado conta de seu pequeno sumiço. Todos dançavam, bebiam e paqueravam. A música eletrônica com lâmpadas roxas deixavam os jovens mais soltos e animados, fora a bebida que lhes davam corda e disposição. Realmente a festa estava bombando! A casa estava lotada não havendo espaço nem para andar direito e como Marcelo, por ser maior de idade, havia conseguido uma autorização para que ligassem o som no volume máximo, mal se ouvia a própria voz. O dinheiro arrecadado dos “convidados” serviu para pagar bebidas caras e de qualidade. Para a comida não foi necessário muito investimento, e a decoração estava em estilo boate. Leonardo colocou as mãos na cintura e sorriu satisfeito enquanto olhava em volta, até que uma garota o puxou para um canto e começou a beijá-lo.

Quase quatros horas de festa e ninguém parecia disposto a ir embora.

— Léo, vamos para o seu quarto — disse a terceira ou quarta, talvez quinta garota que ele beijava dentro de duas horas.

— Tenho uma ideia bem melhor, gata.

Ele a levou para outro canto da casa e, depois de meia hora, passou pela cozinha onde encheu um prato com salgados fritos. Pegou uma garrafa de Vodca ainda lacrada, uma garrafa menor de suco de laranja, um copo com gelo e subiu as escadas. Precisava do quarto desocupado para tentar levar Larissa para lá, mas não podia ser grosso com Lilian que estava péssima. Resolveu deixar no subentendido e, talvez assim, ela iria embora. Bateu na porta com os pés e disse alto.

— Sou eu, abre aê!

Em questão de segundos ele ouviu a porta ser destrancada e os cabelos negros esvoaçando no ar enquanto Lilian se afastava depressa da porta. Ele entrou pensativo sobre uma forma de pedir que ela fosse embora sem ofendê-la, coisa que ele achava que não seria possível. Precisava do quarto, precisa ficar a sós com Larissa, mas seria impossível conseguir isso com Lilian chorando em sua cama. Fechou a porta com os pés e sentiu o olhar dela pesar em suas costas enquanto ele colocava os salgados e bebidas em cima da mesinha do computador.

— Eu já ia embora, só não fui ainda porque preciso ligar para meu pai vir me buscar — disse rápido e gesticulando.

— Ah tá, beleza! Usa o meu celular.

Ele entregou o aparelho para ela e ficou quieto esperando ela fazer a ligação. Quanto mais rápido ela fosse embora, mais rápido fisgaria Larissa para o seu quarto e mostraria a ela quem era o garoto novo demais para ela! Mas ao que parecia algo estava dando errado. Lilian discava várias vezes, esperava chamar, depois discava mais uma vez.

— Que droga! — resmungou ela.

— Que foi?

— Meus pais ainda estão na casa da minha avó e não tem sinal lá.

— Hum... Entendi. Posso chamar um táxi se você quiser — Ela o fitou sem expressão fazendo­­-o perceber que havia dito algo errado — Não estou te mandando embora, é só se você quiser!

— É que... meu pai que me deixou aqui e estou sem a chave — disse sem jeito.                                                                              

Ele ficou em silêncio por um momento. O que dizer? A garota estava acabada, com os olhos vermelhos, e inchados de tanto chorar! Não podia simplesmente expulsá-la e mandá-la se virar...

— Ah, beleza. Dorme ai mesmo que a festa só vai terminar amanhã de manhã — Respirou desapontado — Olha só, aqui tem suco, vodca e salgados. Se embebede que assim você dorme mais rápido.

— Tá, obrigada.

— Se importa se eu levar a chave? Posso precisar voltar.

— Tudo bem.

Desceu as escadas sem saber muito bem o que fazer. Seus planos incluíam levar Larissa para o quarto, seduzi‑la e passar a noite toda juntos. Lembrou-se então do quarto de hóspedes... Resolveu decidir depois.

Leonardo ficou mais uma 1h30min lá embaixo. Não sabia por que, mas estava começando a se sentir incomodado com toda a atenção que Larissa dava única e exclusivamente para o mesmo cara do início da festa. O problema todo estava no fato de que Leonardo não conseguia ver-lhe o rosto, pois estavam meio que escondidos embaixo da escada.

— Gatinho... Esquece ela e vem comigo! — sussurrou uma garota loira.

Ele sorriu safado e se deixou levar pelo beijo dela. Tinha outras intenções, outros planos para ela. Foi então que se lembrou de que havia usado a última camisinha à quase quarenta minutos atrás.

— Preciso ir lá em cima. Volto num segundo.

— Não posso ir com você?

— Eu tenho um lugar menos barulhento e mais discreto do que lá em cima.

Ele subiu apressado e abriu a porta do quarto fechando-a quase com um chute e indo até a mesinha do computador. Antes de fazer qualquer outra coisa, parou de súbito ouvindo uns gemidos vindos do banheiro.

­— Lili, você está bem?

Lilian estava diante da privada vomitando, lançou um olhar assassino para o rapaz e voltou a vomitar. Depois de alguns minutos assim, caiu sentada no chão sem forças. Leonardo se aproximou e a ajudou a se levantar indo até a pia onde ela lavou os lábios. Sujou o dedo com pasta e passou na boca, depois lavou de novo.

— Se eu soubesse que você é tão fraca para bebida, nem teria te trazido a Vodca!

Lilian resmungou algo incompreensível e se deixou ser arrastada para a cama. Quando já estava deitada, disse com voz clara e chorosa.

— Eu quero ir para a minha casa!

— Amanhã, hoje você não está bem — Ele puxou o edredom azul quadriculado e começou a cobri-la, mas parou quando ela começou a chutar o tecido. — Para com isso, doida! Tô te ajudando e você ainda vêm com birra? — Ela resmungou se virando de lado e ele olhou o motivo dela estar brigando com as cobertas. Tentava tirar com os próprios pés o All Star preto e sujo que usava. — Ah, tá bom, deixa que eu tiro.

Leonardo tirou os sapatos e as meias deixando-a mais tranquila e de olhos fechados. Andou até o guarda-roupa para trocar sua blusa por uma limpa, já que acreditava que aquela estava com cheiro de vômito. Enquanto procurava, viu uma camisa branca que ele nunca usava. Pegou a camisa e andou até a cama estendendo para ela, que abriu uma fenda pequena nos olhos observando-o.

— Vista isso que você vai dormir melhor.

Ela pegou a camisa e se sentou a contragosto na cama despindo-se de suas roupas. Leonardo ficou de costas tirando a blusa ainda sem saber qual deveria usar e, quando se virou, ela estava desajeitada tentando abotoar a camisa. Ele subiu na cama e se ajoelhou ao lado dela com Lilian olhando os dedos hábeis do rapaz fechando os botões.

— Léozito... Foi mal! — disse um rapaz moreno entrando no quarto. — Não sabia que você estava ocupado, mas tu é fogo hein?!

Leonardo sentiu todo o corpo tremer de pavor. Seu rosto empalidecer e ficar branco quase como papel quando viu Marcelo rindo zombeteiro enquanto tentava enxergar o rosto da moça sentada na cama. Nesse momento, Lilian ergueu a cabeça com uma expressão cansada, impaciente, distraída e completamente indiferente à presença de Marcelo, deixando isso em evidência ao perguntar em um tom de voz claro.

— Terminou?

Leonardo vacilou por várias frações de segundos. Enquanto ele estava sem blusa de joelhos na cama em um processo de abotoar a camisa, as roupas de Lilian estavam jogadas no chão e, para completar a situação, sua roupa intima estava visível na pequena abertura da camisa.

— Essa é a... a Lili Machona? — disse o rapaz olhando desconfiado. Leonardo desceu da cama desesperado quase tombando no chão por conta da pressa, estendeu as mãos para ele se calar, mas Marcelo ria e não conseguia conter a euforia. Fosse pela bebida ou pela surpresa. — Caraca, meu! Tu traçou a Lili?!

— Fala baixo, porra! — disse tirando o rapaz do quarto.

— Então você comeu a Lili?! — Gritou ele.

— Porra Marcelo!

Leonardo o olhou assustado quando viu que os seis casais no corredor os observava. Enquanto ele tentava pensar, Marcelo entrou no quarto sendo seguido por alguns dos curiosos. Preocupado demais e surpreso demais para conter-se, Marcelo subiu na cama observando Lilian dormir. Ela estava de bruços com a perna direita apoiada em um travesseiro, realçando sua coxa grossa e um pouco bronzeada. Ele a virou um pouco a colocando de lado ouvindo em voz baixa uns: “me deixa dormir...” Nem preciso dizer que estavam todos pasmos e descrentes ao vê-la tão feminina, pois a camisa masculina lhe servia como um vestido e tinha os cabelos soltos. Os rapazes olhavam desejosos e as meninas riam.

Leonardo sentia-se desesperado ao mesmo tempo em que ficou observando. “Ela vai me matar! Vão me zoar pelo resto da vida? Caralho!” — Pensou ele.

Marcelo desabotoou toda a camisa ouvindo alguns assobios e logo os meninos começavam a tirar fotos. Com a camisa ficando de lado, revelou-se uma barriga lisa, seios fartos presos por um sutiã preto e uma calcinha preta de renda. Marcelo olhou para Leonardo orgulhoso.

— Caralho, ela é boa?

Os outros ficaram em expectativa esperando a resposta. Então Leonardo começou a gaguejar sem saber o que dizer, calando-se logo em seguida quando viu Marcelo depositando um beijo no colo de Lilian, levantando assobios e gritos frenéticos dos outros.

— Para com isso Marcelo. Sai daí, porra.

Leonardo puxou Marcelo jogando-o no chão depois subiu na cama e cobriu uma Lilian confusa com as cobertas.

— Porra Léo. Ela tá bêbada, deixa a gente tirar casquinha, vai? — disse outro se aproximando.

— A festa acabou. Todo mundo para fora — disse Leonardo em voz alta.

Ouviu alguns reclamando e começando a sair quando a voz de Marcelo se fez ouvir.

— Qual é a tua, Léo? Já comeu a menina, deixa a gente brincar com ela. Você não tem nada a ver com isso!

— Tenho sim. Eu não vou deixar você tocar nela!

— Só vou embora se você me der um motivo para eu deixar ela aqui.

Leonardo sabia da fama de Marcelo. Ele não ligava se a menina estava sã ou não. Ele só queria saber dos seus “benefícios” no fim da noite. No entanto, ele respeitava as mulheres de seus amigos, e Leonardo era seu amigo. Se ele não desse nenhuma razão plausível, Marcelo não iria sair de lá sem a Lilian, fazendo-o se sentir culpado. Não era essa a educação que havia recebido, não era assim que seu pai tinha o aconselhado. Sexo bom era quando a mulher estava consciente e consentindo.

De certa forma ela havia confiado nele e feito o que ele havia pedido. Não iria dormir de consciência limpa enquanto soubesse que ela seria abusada. Mesmo a contragosto, era de extrema importância tomar uma atitude... Mesmo que fosse inusitada.

— Ela tá comigo — disse baixinho.

— Não ouvi! — disse Marcelo chegando mais perto.

— Ela tá... ela tá comigo — falou mais alto.

Veio um acesso de risada feminina, mas veio também certa admiração masculina.

— Você tá namorando a Lili Machona? — perguntou uma garota morena.

— Lili gostosa, isso sim! — respondeu um rapaz alto.

Foi então que ele percebeu que Lilian não perdeu sua fama entre as mulheres, já entre os homens...

— Vão embora, a festa acabou — Ordenou enfim.

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