• My Little Piece Of Happines...

By mochideleite21

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> Adaptação < (Vhope version ) 📌 Depois de se livrar de um relacionamento abusivo ao qual ficou preso por qu... More

hey babes!
• A New Start •
• First Contact •
• Attraction •
• Danger •
• Maybe I like the danger •
• Sweet Creature •
• Sweet Surprise •
• Show me how to be whole again •
• It Looks like a family day •
• I'm in love with Hoseok, and an his little things •
• He makes this feel like home •
• You don't know you're beautiful, that's what makes you beautiful •
• Once Upon A Time... •
• Yes, I do. •
• Happiest than ever •
• The best gift that life gave me •
• Unexpected visit •
• My safe place •
• Jealous •
• New family member •
• To be loved and to be in love •
새로운 fanfic
• Confidence •
• Daddy •
• Do you wanna marry us- •
• Plans •
• Scared •
• Discovering •
• He will be my light •
• Fullness •
• Little gossipers and private sun •
• kim-jung •
• To Belong •
• Taehyung B-day •
• I feel safe in your arms •
• Happy days, birthday parties and unwanted returns •
• You're still the one •
• I'll protect them at all costs •
Nova adaptação ( Look After You )
• More happy than I ever asked for •
• Welcome to the world, Kim Jung Chaeyoung •
• A happy moment •
• Little things •
• Truly, madly, crazy, deeply in love •
Before you go ( fanfic nova )
• Cause you light up the path •
• Life is better by your side •
How did I fall in love with you ( aviso)
• Omg, i'm pregnant again •
• Heaven is by your side •
• The best of me •
Oioi
• The luckiest guy in the world •
• I feel like life is smiling for me •

• The first day of the rest of my life •

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By mochideleite21


Pov Taehyung.

.

Os últimos meses de minha vida tem sido totalmente incríveis.

Eu nunca imaginei que tanta felicidade assim fosse reservada pra alguém como eu e que eu seguraria meu mundo em minhas mãos como estava fazendo nesse exato momento.

Os preparativos para o casamento estavam a todo vapor e tudo estava uma completa loucura. Mas Hoseok estava, nesse exato momento, dormindo com as costas apoiadas em meu peito em uma posição meio sentada enquanto minhas mãos estão apoiadas em sua barriga sentindo os movimentos suaves de Chaeyoung.

Alguns minutos antes de cair no sono, meu pequeno desejou comer brigadeiro, já que estávamos assistindo a um filme brasileiro na televisão e ele acabou vendo uma cena onde um dos personagens comia o tão conhecido doce. Resultado? Eu tendo que pesquisar na internet a receita e fazer pra ele. O que não foi de todo ruim, já que satisfazer meu Hoseok era uma das minhas prioridades e o doce até que é bem gostoso e eu mesmo acabei comendo bastante junto com ele.

Nosso casamento aconteceria daqui exatamente uma semana e isso tem deixado Hoseok um pouco ansioso.

Não que eu não esteja ansioso também. Tornar Hoseok oficialmente um Kim era um dos meus maiores desejos desde que coloquei meus olhos nele pela primeira vez, e saber que está mais próximo a cada dia, torna a situação toda surreal ao meu ponto de vista.

Vai ser lindo ver ele sendo guiado por Daeho pelo altar para ser finalmente meu. Fico a todo momento imaginando como o terno vai cair em seu corpo que agora abriga nossa menina.

Ah, nossa menina!

Chaeyoung tem trazido um brilho especial ao seu papai a cada dia que passa. Quando eu penso que cheguei no limite de ver como Hoseok é lindo, um novo dia nasce e eu percebo que estava errado.

Sou tirado de meus devaneios quando Hoseok se remexe desconfortável em meu colo, buscando uma melhor posição e acabo decidindo que é melhor acorda-lo e levá-lo para a cama.

— Amor? — Apoio uma de minhas mãos em seus ombros e o chacoalho com gentileza, tentando acorda-lo. — Hobi? — Continuo a sussurrar com a voz o mais suave que consigo, não querendo assusta-lo.

— Hmmm? — Ele resmunga sem sequer abrir os olhos.

— Vamos para a cama? — Deixo um beijo em seu cabelo, ganhando um gemido de satisfação em resposta.

— Não. — As vezes Hoseok conseguia ser ainda mais teimoso do que Minjae e Minseo. Quando estava com as meninas assistindo televisão e elas acabavam adormecendo na sala, bastava eu chama-las para a cama e elas me obedeciam. O que, obviamente, não acontecia com Hoseok.

Todas as vezes que ele adormecia no sofá eu tinha um trabalho absurdo para levá-lo ao quarto, como estava acontecendo agora.

— Vamos, amor, você está desconfortável. — Continuo a tentar persuadi-lo, mas não parece funcionar muito quando a única resposta que ganho, é Hoseok se aconchegando ainda mais contra meu corpo. — Hoseok, eu estou falando sério!

— Porque você está brigando comigo? — Seus olhos sonolentos se abrem em minha direção, uma expressão chateada em seu rosto e eu juro que ele pode começar a chorar a qualquer momento.

— Não estou, amor. — Pois é, a vida era assim agora! Os hormônios da gravidez e a ansiedade para o casamento tem deixado Hoseok extremamente sensível. Qualquer coisa que é dita pra ele de uma forma que ele considere um pouco mais "rude" e ele já acaba caindo no choro. — Não precisa chorar, eu só quero que você descanse na cama, príncipe. As suas costas vão doer nessa posição.

— Tá tãããããão confortável aqui. — Como o esperado, ele se aconchegou ainda mais em mim e soltou um suspiro, fechando os olhos novamente e sua respiração se tornando lenta aos poucos. Passei as fazer movimento de vai e vem em seu braço com a ponta dos meus dedos, ganhando um sorriso inconsciente de satisfação.

Não vendo outra saída, me desvencilhei dele o mais cuidadosamente que pude, ganhando alguns resmungos de desaprovação em troca e o deixando acomodado no sofá, ficando em pé em sua frente em seguida e me abaixando para que pudesse pegá-lo no colo. Não houve resistência quando uma de minhas mãos passaram por debaixo de suas pernas e a outra por suas costas, o trazendo para meu peito e o acomodando ali.

Passei a subir as escadas devagar, tomando cuidado para não tropeçar em nenhum degrau e, quando cheguei ao andar de cima, tive que me virar em mil para abrir a porta do meu quarto. Depositei Hoseok na cama e acomodei sua cabeça ao travesseiro, colocando uma meia em seus pés que estavam gelados e o cobrindo com um grosso edredom. Ele se virou de lado, deixando sua barriga apoiada no colchão, se abraçando a um dos vários travesseiros que haviam ali.

A cena era realmente adorável e eu não resisti a deixar um beijo em sua testa e outro em seus lábios que estavam levemente abertos.

— Dorme bem, príncipe. — Sussurrei enquanto arrumava alguns fios de cabelo que se espalhavam por seu rosto. Em seguida, fiz meu caminho até a sua barriga e deixei um beijo ali também. — Dorme bem, princesa.

Deixei a luz da mesinha de cabeceira acesa para o caso de Hoseok acordar e fui até o quarto das meninas para ver como elas estavam. A luz da mesinha que ficava entre meio a cama das duas estava acesa também, já que elas não dormiam no escuro, e isso me facilitou para vê-las. Minjae estava em seu provável décimo sono enquanto Minseo parecia um pouco agitada, se virando de um lado para o outro na cama e soltando alguns resmungos.

Caminhei até sua cama e me abaixei em frente a mesma, colando uma de minhas mãos em sua testa para ver como estava a sua temperatura e não notei nada de anormal.

— Papa? — Sua vozinha rouca pelo sono e os olhos inchados pelo mesmo motivo me encontraram.

— Oi, meu amor? — Escorreguei minha mão de sua testa para seu cabelo, ajeitando a bagunça que estava ali.

— Non consegue dormir. — Embora a fala das minhas meninas ainda fosse bem embalada, aos poucos estava melhorando muito e eu não poderia me sentir um pai mais orgulhoso. Muito dessa melhora era graças a Hoseok, que decidiu que era hora de começar a corrigir os erros, mas procurávamos não cobrar demais, elas são crianças, afinal.

— Quer que o papa fique aqui até você conseguir dormir? — Propus, vendo ela me encarar enquanto pensava em minha proposta.

— Cadê o papai? — Ela questionou de volta, chutando para longe de seu corpo a coberta rosa que a cobria.

— Ele está dormindo lá no nosso quarto.

— Pode dormir com papais? — Pensei por um momento. O parto de Hoseok estava cada dia mais perto e, quando acontecesse, as meninas ficariam proibidas de dormir em nossa cama por algum tempo, já que Hoseok estaria mais delicado e eu tinha medo de que algo acontecesse. Então, pensando por esse lado, decidi deixar que ela passasse a noite conosco dessa vez.

Ajeitando a minha postura, fiquei novamente em pé diante de sua cama, estendendo os braços para que ela entendesse que eu havia dado permissão pra isso. Não demorou muito para que ela ficasse em pé em sua cama também e estendesse os braços para que eu pudesse pegá-la.

Rodeando as pernas por minha cintura e os braços por meu pescoço enquanto deitava a cabeça em meu ombro, Minseo se acomodou em meu colo e eu a levei até meu quarto, deixando ela exatamente ao lado de Hoseok, onde ela se acomodou ao seu papai, apoiando a mãozinha em sua barriga.

Fiz meu caminho de volta para o quarto delas a fim de buscar Minjae também e a encontrei perdida no mesmo sono de minutos atrás. Com todo cuidado do mundo, repeti o ato que anteriormente havia feito com Hoseok e com Minseo e a trouxe para meu colo, tomando todo o cuidado do mundo para não acorda-la.

Quando entrei em meu quarto novamente, um par de olhos castanhos olhava fixamente para mim e eu sorri, ganhando um sorriso sonolento em troca.

— Acordei em um lugar que eu não havia adormecido e com uma pequena mocinha ao meu lado. — A voz sempre melodiosa de Hoseok estava afetada pelo sono, ganhando uma rouquidão incomum mas que eu amava muito.

— Você não queria vir para o quarto, seu pequeno teimoso. — Brinquei enquanto colocava Minjae ao seu lado também.

Agradeço sempre por ter comprado uma cama king size tão grande e que acomodava tão bem toda a minha linda família.

— Então você me trouxe no colo? — Ele questionou enquanto tinha as meninas uma de cada lado seu e fazia carinho no cabelo das duas. Minseo já dormia pacificamente ao seu lado, soltando uma respiração lenta e satisfeita.

— Sim. E depois fui olhar as meninas e a Minseo não estava conseguindo dormir e pediu pra dormir com a gente. Acabei por buscar a Minjae também. — Dei de ombros enquanto me livrava da calça de pano que eu usava e a substitui por um short no estilo samba-canção. Depois de por uma meia em meus pés também, me acomodei na cama ao lado das pessoas mais importantes de minha vida.

Ajudei Hoseok a trocar Minjae de lugar e agora tínhamos as duas entre nós sobre a cama.

Hoseok estava deitado com a barriga pra cima, mas o rosto estava virado em minha direção, enquanto eu virei todo o corpo de lado, apoiando o rosto na mão e passei a olha-lo.

Eu tenho certeza que o sorriso mais idiota de todo o mundo estava estampado em meu rosto enquanto eu observava o amor da minha vida fazer carinho na própria barriga enquanto acariciava a barriguinha estufada de Minseo.

Eu vivi anos sonhando com um momento como esse. Esperando pelo dia em que meu peito se aqueceria apenas em olhar para outro alguém e saber que aquela pessoa me pertencia. Não como uma posse, mas como um privilégio. Porque era um privilégio ter Hoseok pra mim, poder chamá-lo de meu homem, meu noivo, meu marido e melhor amigo.

— O que foi? — Ele perguntou meio envergonhado quando eu o encarava daquela forma tão escancarada.

— Eu só estava pensando em como eu sou o homem mais sortudo do mundo. — Eu disse e soltei um suspiro logo em seguida, esticando a mão por sobre o corpo das meninas para acariciar as bochechas de Hoseok que, através da luz fraca do abajur acesa, eu conseguia ver isso estava corada.

— Taehyung. — Ele resmungou, olhando para a barriga que formava pequenas ondulações com a agitação que Chae provavelmente deveria estar.

Eu amava isso em Hoseok. Não importa que estávamos a um ano juntos, que tínhamos sexo frequente, que tínhamos intimidade para falar e fazer qualquer coisa um com o outro, em alguns momentos ele ainda era tímido comigo e isso era encantador.

— O que? — Perguntei de volta, deixando uma risadinha escapar.

— Para. — Ele sussurrou manhoso, tomando cuidado para não acordar as meninas.

— Hoseok, você tem noção que dentro de uma semana você se tornará meu marido? — Ajeitei meu corpo ainda para mais perto dele, tendo todo o cuidado com Minjae que dormia ao meu lado. — Tem noção do que isso significa pra mim?

— Eu tenho. — Ele deixou de fazer carinho na barriga agora para que pudesse pressionar a mão em minha bochecha, como eu tinha feito anteriormente com ele. — Eu tenho porque tem o mesmo significado pra mim.

Reciprocidade.

Era disso que se tratava o nosso relacionamento. E era incrível. A nossa sintonia era incrível. 

— Já está tudo prontinho para a chegada da Birdie. Nosso casamento vai acontecer em breve. Nossas meninas estão bem. Nós estamos mais fortes a cada dia. — Eu fui listando enquanto erguia um de meus dedos a cada uma das sentenças que eu dizia, como se fizesse uma contagem. — A vida está melhor do que eu tinha planejado.

— Você sabe que me salvou, não é? — Ele disse, inesperadamente. — Eu não tinha mais esperanças. A minha fé estava morta. Eu não acreditava mais na felicidade. Então apareceu três pares de olhos castanhos na minha vida e eu vi tudo isso reacender dentro de mim. Obrigado

— Eu te amo. — Eu disse, ainda sorrindo e me sentindo ainda mais feliz depois de suas palavras.

Eu sei que o passado não é capaz de ser mudado e que tudo o que Hoseok passou não tem como consertar. Eu queria muito poder fazer algo por isso. Apagar todos os anos ruins de sua memória. Apagar cada tapa que ele levou e cada ofensa que foi obrigado a ouvir.

Me corroía por dentro saber que ele acreditou naquilo. Que ele realmente achou que não era o suficiente. Porque, acredite, ele é mais do que suficiente. É uma das pessoas mais lindas que eu conheço tanto por dentro quanto por fora.

É o amor da minha vida.

— Eu também te amo. — Ele disse de volta, me puxando de meus pensamentos. — Mas agora a gente precisa dormir, sim?  Amanhã nosso dia começa cedo!

Dei um beijo em sua boca e outro em sua testa antes de pegar no sono.

O dia seguinte de fato começou bem cedo. Hoseok e eu teríamos que ir até Londres para buscar as roupas que as meninas usariam no casamento e também as nossas.

No caminho para a capital, passamos na casa de minha mãe para deixar as duas coisinhas com elas e seguimos viagem.

Eu, de fato, tinha medo de fazer viagem com o Hoseok nessa altura de sua gravidez. Com quase oito meses o recomendado era que ele fizesse o máximo de repouso possível. Claro que durante a viagem eu tomara algumas precauções, como, por exemplo, fazer com ele fosse no banco traseiro do carro ao invés de ir ao meu lado no banco do carona.

Por sorte, tudo ocorreu bem e em poucas horas estávamos estacionando em frente a loja onde encomendamos os vestidos das meninas.

— Olá, Senhores. — A recepcionista do local veio nos atender, já sabendo o que desejávamos.

— Olá, Beth. — A cumprimentei de volta enquanto Hoseok apenas sorriu e acenou. Ele parecia um pouco cansado.

— Só um momento que vou buscar as roupas. — Então ela se retirou e eu aproveitei o momento para saber como Hoseok estava se sentindo, o ajudando a se sentar na confortável poltrona da área de espera do ateliê.

— Todos os ajustes feitos? — Eu quis saber enquanto analisava tudo ao que ela me entregou os dois pequenos vestidos.

— Sim, exatamente com as medidas que tiramos na última vez. — Em seguida ela entregou uma pequena sacola nas mãos de Hoseok, onde provavelmente estava as duas pequenas coroas de flores que elas iriam usar no cabelo.

— Muito obrigado, Elisabeth. — Hoseok agradeceu enquanto eu fazia o pagamento. 

Nos retiramos da loja a caminho do local onde pegariamos nossos ternos. Para manter a tradição, fizemos os ternos no mesmo ateliê mas com dois estilistas diferentes e um não pode ver a roupa do outro. Essa foi uma das exigências de Jennie, San e SunHee para que pudéssemos nós mesmo escolher nossas próprias roupas.

Quando chegamos a grande loja, Hoseok foi para um lado e eu para outro. Ainda iríamos fazer a última prova da roupa e a minha caiu perfeitamente bem, não necessitando de nenhum ajuste. O que provavelmente não aconteceu com Hoseok, já que ele demorou um pouco mais do que eu e seu corpo estava em constante processo de mudança devido a reta final da gravidez.

— Pronto? — Perguntei assim que o vi aparecer pela porta de um dos provadores.

— Sim. Tivemos que fazer algumas mudanças. Minha cintura está maior. — Ele se justificou, não parecendo muito satisfeito com o fato de ter que alargar ainda mais a sua roupa.

— Não fica bravo, bebê, é a nossa neném crescendo. — Fui ao seu encontro, deixando um beijo em sua testa enquanto pegava a roupa que estava escondida dentro do saco escuro.

— Eu juro que se na semana que vem essa roupa não me servir, eu não caso mais. — Acabei por rir de sua ameaça, já que ele parecia mais com um gatinho quando tentava ficar bravo assim. 

Depois de pagar e pegar tudo que precisávamos, estávamos de volta ao carro para retornar a Holmes.

— Amor, vamos passar no supermercado? Eu preciso comprar algumas coisas das meninas que acabaram. — Hoseok disse ao se lembrar, me fazendo mudar a rota e ir para um supermercado não muito longe de onde estávamos.

Estacionei o carro em uma das vagas reservadas para gestantes que ficava quase na entrada do supermercado e desci do mesmo, abrindo a porta traseira e ajudando Hoseok a sair de lá.

Peguei um pequeno carrinho na entrada e empurrei para dentro enquanto Hoseok segurava meu braço, andando igual um pinguim ao me acompanhar.

O "algumas coisas que estavam faltando" acabou por se transformar em um carrinho quase cheio de porcarias e muitas das coisas que estavam ali não eram das meninas, e sim de Hoseok. Revirei os olhos. Eu estou me casando com uma criança, meu Deus!

— Amor? — Ele me chamou enquanto tentava pegar uma caixa de cereal no topo de pratilheira. — Alcança pra mim?

Estiquei os braços e peguei a embalagem, sorrindo ao me lembrar de tudo que aconteceu no corredor de um supermercado justamente por causa de uma caixa de lucky charms.

— Hobi? Olha isso! Você se lembra? — Balancei a caixa em sua direção.

Tudo bem que, desde lá, milhares dessas caixas haviam sido consumidas em nossa casa, mas nós nunca havíamos comprado uma juntos durante esse período.

— Claro que lembro! Veja o quão longe chegamos desde lá. — Ele disse em uma voz amorosa, colocando a caixa dentro do carrinho e bicando meus lábios em seguida.

— E continuamos fortes. — Eu emendei.

— Você me faz forte. — Tudo bem que esse era o tipo de coisa que apenas um casal muito brega e piegas fazia, mas o que estou querendo dizer aqui é que esse é exatamente o tipo de casal que Hoseok e eu formamos.

Para agilizar com as compras, perguntei pra ele o que ele queria que eu pegasse e nos separamos. Fui para o setor de laticínios e peguei alguns lotes de iogurtes que as meninas gostavam de tomar no café da manhã.

Quando estava voltando para o corredor de biscoitos, onde Hoseok e eu combinamos de nos encontrar, vi de longe que meu pequeno se encontrava com os olhos arregalados e as mãos na barriga enquanto um homem mantinha um sorriso totalmente perverso em sua frente.

Aquilo me alarmou e eu andei a passos rápidos até estar próximo o suficiente para o ouvir dizer:

— ... achou um trouxa para fazer o serviço, sua puta! — O homem moreno deu um passo em direção a Hoseok e eu fui rápido e jogar todas as embalagens que eu carregava dentro do carrinho e o puxar pelos ombros.

— O que está acontecendo aqui? — Hoseok começou a andar em minha direção, mas se deteve quando percebeu que eu tinha as mãos ainda segurando o homem pelos ombros.

— Quem é você, cara? Tá maluco? Me solta! — Ele se debatia, tentando se desprender de meu aperto.

— Hoseok? — Me dirigi a ele, tentando conseguir uma explicação.

— Taehyung... — Sua voz falhou no final. Ele não chorava, mas parecia bastante assustado e aquilo foi o suficiente pra eu entender o que estava acontecendo.

Aquele era Kai.

Esse era o homem que tinha feito o meu pequeno sofrer durante quatro longos anos!

— Ei, amigo, me solta!

— O que ele disse, Hoseok? — Exigi saber enquanto apertava com ainda mais raiva os ombros dele.

— Eu só estava perguntando sobre a gravidez dele, cara. Você é louco? — A voz daquele homem estava me dando enjoo.

Eu estava com uma oportunidade de ouro nas mãos. Mas também estava em um impasse. Eu poderia quebrar a cara dele e me vingar por tudo que ele tinha feito meu Hoseok passar. Mas isso implicava em assustar Hoseok e colocá-lo em risco de que algo maior pudesse acontecer a ele e a nossa neném.

— Seu desgraçado. — o virei em minha direção, pronto para acertar um soco em seu rosto.

— Taehyung, não! Por favor! — O grito de Hoseok me alcançou e eu vi a expressão assustada de seu rosto.

Algumas pessoas já começavam a se aglomerar em volta e eu vi alguns dos funcionários do estabelecimento ir até Hoseok para saber como ele estava.

— Tirem ele daqui, por favor? — Pedi a uma moça de aparência exótica. Ela tinha cabelos coloridos e tatuagens e piercings por todo o corpo. Ela concordou, parecendo entender o que acontecia e começou a arrastar Hoseok para longe. Não foi tão fácil assim tirá-lo dali, ele apresentou muita resistência e foi o caminho todo chamando meu nome. O que me fez quase desistir de acertar minhas contas com esse canalha.

— Alguém pode chamar a polícia? — O covarde começou a implorar para as pessoas que assistiam a cena. Vi algumas mulheres pegar o celular, horrorizadas, enquanto me viam torcer o braço de Kai para trás, movido pelo ódio.

— Isso, chamem a polícia! — Eu disse alto o suficiente para todos ali ouvirem. — Chamem a polícia e assim já aproveitamos para denunciar um abusador, machista, que agrediu o ex marido durante anos.

Conforme eu dizia, eu torcia ainda mais seu braço para trás e eu posso jurar que ouvi alguns ossos estalarem.

— O que você ia fazer, seu filho da puta? — Perguntei, mas a única coisa que ganhei em troca foi um gemido de dor. Ele tentava se livrar de meu aperto, mas eu não deixava nenhuma brecha para isso.

— Cara, me solta. — Olhando para aquele homem, preso pelo braço e implorando para que eu o soltasse, eu quase senti pena. Quase. Lembrar que aquele era o homem que agredia o amor da minha vida. Aquele a quem eu dedico todo o meu carinho e cuidado, me fazia tremer de ódio.

E talvez ele tenha se aproveitado desse momento de vulnerabilidade minha, porque, no segundo seguinte ele estava se soltando de meu aperto e um soco era acertado em meu rosto, quase perto de meu nariz, mas eu fui mais rápido em meu reflexo e consegui me virar a tempo, fazendo com que seu punho atingisse apenas minha bochecha.

Doeu.

Claro que doeu. Eu me senti tonto por um momento, mas me recuperei rápido, prevendo o momento em que ele veio correndo em minha direção, pronto para continuar a me bater. Desviei o corpo por mililitros do seu e ele acabou esbarrando em uma das prateleiras cheias de pacotes de biscoitos.

O corredor do supermercado de repente virou um bagunça, mas eu não tive nem tempo de me sentir mal antes de partir pra cima dele e começar a encher seu rosto de soco.

Um. Dois. Três. E então quatro.

Quando estava pronto para acerta-lo com o quinto soco, alguém tirou meu corpo de cima do seu e me puxou para trás. Ainda tive tempo de cuspir em seu corpo caído antes de ser levado para longe.

As minhas contas com ele ainda não estavam acertadas. Eu queria mais. Muito mais. Ele merecia mais. Mas aquilo por hora havia me satisfeito.

Meu rosto doía, porque é claro que ele tinha me acertado com mais um soco além do primeiro em algum momento. Mas meu punho doía muito mais. E eu levava isso como um sinal de que, se meu punho estava doendo daquela forma, era claro que o rosto dele estava doendo muito mais.

Me deixei ser guiado por um corredor sem saber para onde estava sendo levado, mas algo estalou em minha cabeça no momento em que ouvi o choro de Hoseok vindo diretamente de uma daquelas salinhas ao final do corredor. Então passei a andar mais rápido, finalmente adentrando o cômodo e vendo meu pequeno Hoseok sentado em uma cadeira enquanto chorava e tinha um copo de água nas mãos.

— Taehyung! — Ele se levantou e caminhou em minha direção.

Apesar de todo o desespero que ele demonstrava e que eu mesmo me encontrava, não pude deixar de sorrir quando o vi caminhar com as pernas abertas e parecendo um patinho devido o tamanho de sua barriga.

— Do que você está rindo, seu idiota? — Seu punho minúsculo deixou um soco fraco em meu peito e eu o puxei com delicadeza pela cintura, o envolvendo em meus braços e me certificando de que ele estava seguro.

— Você está bem? — Deixei um beijo em seu cabelo castanho, inalando o cheiro de seu shampoo e sentindo meu corpo começar a se acalmar pela sua presença.

— Taehyung, você é maluco! — Se afastou de mim o suficiente para que pudesse inspecionar meu rosto, pressionando o dedo em minha bochecha e eu senti doer. — Tá muito vermelho.

— Ele está pior. — Eu disse em minha defesa.

Antes de deixar o supermercado, ainda tive que garantir que arcaria com todo o prejuízo que havia causado e preferi não saber notícias de como Kai estava.

Minha única preocupação no momento era com Hoseok e seu bem estar. Nada mais me importava além de meu futuro esposo e minha pequena princesa ainda não nascida. 

•••

Pov Hoseok.

— Está grávido! — Senti um frio subir por minha espinha ao ouvir aquela voz.

"Eu nunca terei um filho com você, sua vagabunda nojenta"

Foi o que veio em minha mente antes de me virar e confirmar que, sim, era Kai ali na minha frente.

Ele parecia mais magro do que a última vez em que eu o havia visto, seu rosto estava mais pálido do que o normal, mas o sorriso cruel de quando me agredia ainda continuava ali. Exatamente o mesmo.

— Kai, voc- — Mas ele não me deixou concluir, vindo um passo em minha direção e levando a recuar dois passos para longe dele.

— Era isso que você queria, não? Dar o golpe da barriga pra segurar marido. — Meu olhos estavam arregalados em pavor e meu coração batia em desespero. Apoiei as mãos em minha barriga. Minha menina provavelmente sentia meu desespero, já que começou a se mover freneticamente dentro de mim. — E achou um trouxa pra fazer o serviço, sua puta. — E novamente mais um passo em minha direção.

E então, tudo aconteceu muito rápido. taehyung estava ali, exigindo uma explicação enquanto torcia seu braço pra trás. Logo eu já estava sendo arrastado para uma das salas administrativas do estabelecimento e me afogando em agonia até Taehyung finalmente aparecer.

O rosto de meu futuro esposo havia ficado arroxeado, mas em menos de uma semana sumiria. O que foi de fato um alívio, já que nosso casamento estava próximo e eu não gostaria de ter um álbum de fotos com seu rosto todo marcado de uma briga desnecessária.

Foi um dia longo e agitado, com certeza, mas Taehyung me fez prometer que eu não deixaria aquilo afetar aquela semana que era pra ser tão especial para gente.

Então eu cumpri a minha promessa.

Deixei o acontecido de lado, logo após ouvir Taehyung levar uma bela de uma bronca de sua mãe quando passamos em sua casa para pegar as meninas. Então o episódio foi deixado de lado. Pelo menos temporariamente.

Vestimos Minjae e Minseo com seus vestidos de daminhas e ela ficaram super empolgadas (leia-se metidas) quando arrumadas.

Até mesmo Loki tinha uma roupa especial para a ocasião. Na verdade era só uma gravata borboleta e dariamos um bom banho. Ele estava sendo treinado e entraria antes da minha entrada. Ele levaria uma plaquinha escrito "lá vem o noivo" então Minjae e Minseo entrariam com as pétalas de rosas e eu logo em seguida com meu pai.

A semana foi uma loucura. Entre receber a minha família, fazer o pagamento da decoração, buffet, receber as sobremesas e todas as burocracias que um casamento trazia, o grande dia havia chegado em um piscar de olhos.

Taehyung foi obrigado a sair de casa logo pela manhã e foi diretamente a caminho da fazenda que havíamos alugado para fazer a cerimônia e também a recepção. Jennie havia me buscado em casa pois disse que não me deixaria dirigir com aquela barriga imensa.

As vezes eu parava para pensar se não havia sido uma loucura decidir casar mesmo estando com quase oito meses de gestação. Mas tanto Taehyung quanto eu sabíamos que se não nós casássemos naquele momento, iríamos sempre adiar é esse casamento sairia junto com a festa de dez anos da Birdie.

Doutora Cinthia também havia me dito que não teria problema, desde que eu soubesse me comportar e não ficasse o tempo todo andando pela recepção da festa.

Taehyung provavelmente estava em algum dos quartos da enorme casa da mansão junto com seu pai, com James, com Jackson, Jungkook, meu pai e Kan, enquanto comigo ficaram Jennie, SunHee, minha mãe, todas as minhas irmãs, Jimin, e todas as crianças também.

Contratamos uma cerimonialista para nos ajudar com os preparativos do dia e ela vinha de tempos em tempos nos dar notícias de que tudo estava indo mais do que perfeito.

Uma equipe de cabeleireiros e maquiadores também estavam aqui, arrumando todo mundo e k tempo passava depressa.

— Hoseok? — A cabeleireira que fazia o cabelo das meninas me chamou.

— Oi? — Abri os olhos em sua direção. Eu recebia uma massagem em meu rosto, uma espécie de limpeza de pele ou sei lá o que era aquilo, mas era relaxante.

— A coroa de flores para o cabelo delas, não é pra cabelo solto. — Ela me informou.

— Ah, sim, Taehyung e eu quem escolhemos dessa forma. — Voltei a fechar os olhos por alguns segundos, aproveitando massagem gostosa que eu recebia.

— Eu qué meu cabelo solto, papai. — Minseo reclamou enquanto Minjae se mantinha quieta em sua cadeira, entretida em meu celular, provavelmente passando o tempo em algum joguinho.

— Mas aí você não vai poder usar a coroa de flores, tudo bem? — Sorri pra ela quando seus ombros caíram em derrota. — Pode prender, Alícia. — Demandei enquanto voltava a me concentrar em minha massagem.

Meu cabelo foi hidratado, lavado e escovado e arrumado em uma espécie de topete.

Minha roupa era um terno preto com camiseta branca, continha uma gravata borboleta e um suspensório. A camiseta era larga para abrigar minha barriga, mas o estilista havia feito um bom trabalho, já que a roupa valorizava onde tinha que valorizar e escondia as partes salientes de meu corpo.

A hora estava cada vez mais próximo e todos já estavam prontos. Eu estava envolto com um roupão e calçava pantufas.

Minha mãe usava um elegante vestido longo em um vinho escuro com um grande decote em V que dava destaque para o colar de brilhantes em seu pescoço. SunHee usava um vestido da mesma cor, mas era mais discreto com uma gola alta. Jennie, assim como todas as minhas irmãs, usavam vestidos em tons de rosa que se contrastavam entre si, indo do mais claro ao mais escuro. Todos detalhes que eu havia dito que queria e Jennie, junto com SunHee e minha linda mãe haviam atendido.

— Papai? — Minjae parou a minha frente. Ela usava seu vestido rendado com tule que a deixava extremamente fofa, seu cabelo preso em um coque com a coroa de flores dando um chame especial ao penteado.

— Oi, minha princesa. — Sorri emocionando ao ver minha menina arrumada para um dos dias mais especiais e importantes de minha vida.

— Eu tô linda? — Ela me perguntou e eu sorri ainda mais.

Aquela pequena narcisista que havia puxado ao pai.

— Você está mais do que linda. — Ajeitei uma pequena mecha de cabelo que estava solta propositalmente no penteado.

— Papai, e eu? — Minseo veio correndo em seguida. Nos pés, uma pequena sapatilha brilhante. O mesmo vestido e o mesmo penteado da irmã. Apenas um pouco mais baixa e com as bochechas mais proeminentes. Detalhes tão pequenos que as diferenciavam, mas que pra mim, pai delas, eram enormes e as tornavam únicas.

— Vocês estão duas verdadeiras princesas. — Fiz com que rodassem para que eu pudesse vê-las por inteiro e isso levou as duas a rirem. — Lembram de tudo que tem que fazer, né?

— Sim. — Minseo concordou com a cabeça.

— Joga a flor no chão e andar divagarzinho. — Minjae concluiu.

— Ei, minhas florzinhas. — SunHee apareceu, se dirigindo as meninas enquanto minha mãe vinha logo atrás. — A vovó precisa levar vocês agora.

— Tchau, papai eu te ama. — Minjae correu até a a avó, desaparecendo de minha visão.

— Se comportem mocinhas. — Alertei enquanto vi Minseo desaparecer após deixar um beijo em meu rosto e dizer que me amava. 

— Eu vou te ajudar a se vestir. — Os olhos de dona Sandara brilhavam com lágrimas que ela tentava prender.

Então eu coloquei a roupa com a ajuda de minha mãe. Parecia um sonho aquele momento. Saber que Taehyung estava em algum lugar por ali, provavelmente arrumado, pronto para me receber como seu homem para o resto de nossas vidas.

— Você está tão lindo, filho. — Ela me disse após ajeitar minha gravata e me ajudar e colocar o terno.

— Eu estou nervoso. — Soltei, vendo ela sorrir em minha direção.

— Eu sei, solzinho. Mas, olha, você vai fazer isso, sim? — Concordei com a cabeça. — Vai andar por aquele corredor de pétalas de flores que estava arrumado lá fora, e vai de encontro ao homem da sua vida.

— E eu vou ser muito feliz. — Afirmei em voz alta.

— Você será. — Ela confirmou.

— Eu já sou muito feliz. — Constatei.

— Está na hora, vamos? — Ela estendeu o braço em minha direção e eu enrosquei meus braços ao dela, andando a passos vacilantes mas decididos em direção a minha felicidade.

Meu celular vibrou em meu bolso e eu o peguei, vendo que era uma mensagem de Taehyung e fui rápido em abrir.

"Te vejo no altar. Te amo."

Sorri para a mensagem. Ele era sempre tão atencioso e cuidadoso comigo e com nossas filhas. Sempre tão preocupado em nos fazer feliz.

Eu estava finalmente no quintal organizado e aproveitei para dar uma boa olhada ao redor.

O local estava todo revestido por luzes, velas e flores. Passava das sete da noite e tudo brilhava. Ouvi o barulho de conversas, risadas infantis, o latido de Loki. Tudo parecia estar no lugar.

— Vamos, filho? — Meu pai apareceu em minha frente e minha mãe me deu um beijo, indo para perto de onde estava organizado o altar.

— Eu estou tão nervoso, pai. 

— Eu sei que sim. — Um beijo foi depositado no dorso de minha mão e enroscamos nossos braços. — Eu já cometi o erro uma vez de te entregar ao homem errado, mas eu prometi a mim mesmo que nunca mais voltaria a se repetir. E não vai, filho. Eu sei que esse homem te ama e que ele te fará feliz igual nenhum outro homem no mundo será capaz de fazer.

— Pai, eu — Tentei falar algo, mas a minha voz falhou. A emoção do momento me dominava por completo.

— Aproveita esse momento, filho, seja feliz com a linda família que você está construindo. Eu te amo muito.

— Eu também te amo muito. — O abracei. — Obrigado por me dar a oportunidade de ser seu filho.

— Eu quem tenho que agradecer pelo resto de meus dias por ter tido a oportunidade de ser seu pai, ter te visto crescer e ter parte na formação do homem que você se tornou.

Então a cerimonialista chegou, dizendo que era a minha vez, que Taehyung já havia feito a sua entrada e eu segurei as lágrimas indo ao local indicado. Estávamos atrás de uma espécie de tenda.

— Ei, garotão. — Fiz um carinho na cabeça de Loki, que tinha a língua pra fora e usava sua elegante gravata.

O adestrador apareceu e deu a placa na boca de Loki, instruindo o que o cachorro deveria fazer e ela disparou comportamente em direção ao altar.

As gêmeas foram as próximas, e eu segui logo atrás, junto com Daeho, ao som de you're still the one, música que havia ganhado um grande significado pra nós dois desde o dia que Taehyung havia cantado pra mim.

Elas iam deixando as pétalas pelo caminho e andavam lentamente. Milhares de rostos sorridentes entravam em meu campo de visão, mas eu só conseguia me focar em um deles.

Taehyung estava parado no altar, usava um terno azul escuro quase puxado para o preto. O sorriso em seu rosto era imenso e fazia as covinhas aparecerem. Eu sorri de volta.

Um passo de cada vez. Era o que minha cabeça repetia pra mim mesmo.

E então, eu estava no final do corredor de pétalas, observando Taehyung vir ao meu encontro. Ele abraçou meu pai sem tirar os olhos de mim e então estávamos de mãos dadas.

A cerimônia foi rápida. O juiz de paz fez o seu discurso sobre amor e cumplicidade. Sobre família e respeito e sobre união.

— Kim Taehyung, você aceita Jung Hoseok como seu legítimo esposo, para ama-lo e respeita-lo em todos os dias de sua vida? — A tão temida pergunta foi feita e eu prendi o ar.

— Sim, eu aceito. — A voz grave de Taehyung alcançou meu ouvido e eu me virei em sua direção, estendendo minha mão para receber a aliança.

— Jung Hoseok, você aceita Kim Taehyung como seu legítimo esposo, para ama-lo e respeita-lo em todos os dias de sua vida? — A mesma pergunta foi repetida pra mim.

— Sim, eu aceito. — Então foi minha vez de colocar a aliança no dedo de Taehyung. Deixei um beijo em seu dedo antes de voltar a entrelaçar aos meus.

Tudo ocorreu mais do que bem. A cerimônia havia sido linda e muitas pessoas choravam emocionadas. Entre elas é claro que estavam minha mãe e minha sogra.

A recepção foi montada no grande campo da fazenda. Estava tudo tão lindo, uma grande mesa toda decorada de flores com um grande bolo branco de andares ao centro dela. A decoração era toda rústica e sofisticada. Muitas mesas estavam espalhadas e os convidados iam aos poucos tomando seus lugares.

As luzes penduradas no ar e as velas no chão davam todo um ar charmoso e romântico ao local.

Eu estava tão feliz.

Uma mesa foi reservada para Taehyung e eu e ficamos lá, recebendo os parabéns de nossos convidados, já que eu tinha que evitar andar demais pelo campo.

Ganhamos diversos presentes também. seokjin, assim como alguns amigos antigos, haviam aparecido e aquilo significava tanto pra mim.

Todos os convidados aparentavam estar felizes. As crianças corriam de um lado para o outro. As gêmeas estavam sob o cuidado de SunHee e San e sorriam a todo momento com os elogios que recebiam dos convidados.

Batemos muitas fotos para o álbum oficial e também muitas fotos com os amigos. Taehyung e eu fizemos várias selfies no celular. Fotos de nós dois juntos, com as meninas, com nossas mães. Fotos que eu, com certeza, espalharia pela casa como parte da decoração.

Também teve a dança dos noivos e demos então abertura para a balada. Vários apetrechos foram distribuídos para os convidados e todos estavam com óculos descolados, plaquinhas para fotos, pompons enrolados no pescoços e dançavam ao som de pop's genéricos que todos gostavam.

— Eu te amo tanto. — Taehyung disse ao me beijar no nariz, arrancando um sorrisinho de mim. — Kim Hoseok

— Eu te amo tanto, Jung Taehyung

De uma coisa eu tinha certeza. Eu seria muito feliz ao lado de Taehyung e de minhas meninas.

E esse era, o primeiro dia do resto de minha vida. 

••••

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