Just Like Fire

By confete

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O famoso clichê onde o capitão do time de futebol é desafiado a fazer o nerd inocente se apaixonar por ele. M... More

Avisos
Blog Coruja
Capítulo 1
Blog Coruja
Capítulo 2
Blog Coruja
Capítulo 3
Capítulo 4
Blog Coruja
Capítulo 5
Blog Coruja
Capítulo 6
Capítulo 7
Blog Coruja
Capítulo 8
Capítulo 9
Entrevista
Capítulo 10
Blog Coruja
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Blog Coruja
Capítulo 14
Capítulo 15
Blog Coruja
IMPORTANTE
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Blog Coruja
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Entrevista II
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Blog Coruja
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38

Capítulo 35

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By confete

Chegueeeei

##

PoV. Louis

Eu estava parado na entrada do colégio, rodeado pelos meus meninos do time.

Michael contava que foi viajar para a Grécia e levou Luke Hemmings com ele. Os dois meio que tinham começado um romance. Enquanto isso, Ian e Mickey se pegavam sem vergonha alguma mais ao lado. Wade jogava a bola na cabeça de Zac Efron que ameaçava bater nele e Liam não parava de mandar mensagens para seu namorado.

Jonas, mais afastado dos outros, tinha um olho roxo que eu me orgulhava muito de ter dado a ele.

— Bom dia, meninos. - professora Katy Perry apareceu do nada, sorrindo para nós.

Era uma mulher alta, de olhos claros e cabelo escuro preso numa trança cheia de enfeites de hippies. Seu vestido longo criava um efeito psicodélico esquisito e por isso Niall se afastou um pouquinho dela, vindo para o meu lado.

Katy apreciou os rostinhos assustados.

— O que acham de exercitar esses músculos? - sugeriu - Tenho um caminhão cheio de peças de cenário e preciso da ajuda de vocês.

Ela apontou para o estacionamento, onde vi Shawn Mendes fuçando na carroceria. Ele tinha um cogumelo quase do seu tamanho, nos braços.

— Sabe o que é, prof... - Noah Centíneo mexeu no cabelo - a gente não curte esse negócio de teatro-

— Todo mundo ajudando. - decretei - Agora.

Já comecei a andar até o caminhão, sendo acompanhado pela professora.

Os meninos não tiveram escolha a não ser nos seguir, resmungando, mas obedientes.

A peça era Alice no País das Maravilhas, eu me lembrava de Harry fazendo os ajustes do figurino nos atores. Então não me surpreendi quando vi a cabeça de um monstro bizarro, no meio do cenário.

Ross Lynch, por outro lado, soltou um grito de susto.

— Ah. - professora Katy sorria - Esse é o Pargarávio. Ou Jaguadarte. Existem traduções diferentes, mas é o mesmo monstro. Lindo, não?

— Lindo? - Niall sussurrou, subindo no caminhão comigo - Vou ter pesadelos com essa coisa.

O Jaguadarte vinha com pernas de pau, então a criatura precisava ser alta. Wade o pegou com alegria, correndo atrás de Ross para assustá-lo.

Tinha um xadrez em tamanho natural, as peças feitas de espuma. Peguei uma torre e um bispo, jogando sobre meus ombros.

— Tudo bem aí, Capitão? - ouvi Jonas provocar - Prefere deixar que eu carregue? Ouvi que é um fracote, desistente.

— Jonas, por favor, cala a boca. - falei - Quando você fala, diminui o QI de todo mundo.

Liam riu da cara feia de Joe e eu coloquei mais dois bispos no ombro, já descendo do caminhão e indo até o teatro do colégio.

— Esses vocês deixam ali. - Shawn Mendes dava instruções, entrando no teatro - E o xadrez é por aqui.

Ele acenou e eu o segui para a parte de trás do palco.

— Estou tão ansioso. A peça vai estrear essa sexta. - Mendes colocou as mãos no peito, respirando fundo - Acho que vou surtar.

Coloquei as peças de xadrez no chão.

— Relaxa, cara. Vai ser ótimo. - encorajei.

Shawn assentiu, o cabelo cacheado acompanhando o movimento.

— Você vai vir assistir? - perguntou.

Cocei o queixo.

— Hã...

Para minha sorte, professora Katy apareceu segurando um gato de pelúcia e distraiu Shawn.

Eu não tinha planos de assistir a peça. Nunca fui muito fã de teatro.

Prova disso era que eu nunca nem tinha estado ali no palco, exceto quando vim buscar Harry. Afastei a lembrança. Aquele dia tivemos nossa primeira vez. Era melhor não me deixar aprofundar nisso.

O fundo do palco enchia de cenário cada vez mais. Haviam também penteadeiras para os atores se arrumarem no dia, além de escadas e posteres de peças antigas. Uma verdadeira bagunça bonita.

Saí de trás da cortina, desviando de um Liam embolado em luzinhas e vendo uma fila de jogadores carregando o cenário para dentro do lugar.

Dei um passo para o lado, para abrir caminho para eles, e esbarrei em alguém.

Virei, agindo por reflexo quando segurei o cavalo de porcelana que a pessoa derrubou com o baque.

— Foi mal- - minha fala ficou presa quando ergui o olhar e vi duas orbes verdes me encarando de volta.

Harry Styles estava bem ali, na minha frente.

O rosto delicado adquiriu uma vulnerabilidade passageira, quando processou que era eu quem tinha esbarrado nele, mas num piscar a expressão superior e astuta de sempre voltou. A postura confiante no corpo esguio, os cachos tão sedosos caíam ao redor do rosto, como moldura em uma obra de arte.

Ficamos apenas nos encarando, pode ter sido por uma eternidade ou apenas alguns segundos, eu não saberia dizer. Só voltei a mim quando ele quebrou a conexão dos nossos olhos.

— Pensei que o cenário já tinha sido feito. - suas palavras foram para a professora Katy, que apareceu no palco.

Katy tinha a estranha habilidade de praticamente brotar do chão, nos lugares, e uma percepção aguçada. Ela analisou nós dois, sendo educada demais para nos deixar constrangidos.

— Nós pintamos algumas coisas, tentamos fazer em casa. - respondeu, simpática, à Harry - Mas não ficou tão bom. Então usamos o dinheiro do caixa do teatro, para comprar peças novas. Bem melhor, não acha?

Harry assentiu, indo até Wade e tirando a coroa que ele brincava, da mão dele. Wade fez um bico emburrado, mas Styles o ignorou totalmente.

O sinal da primeira aula tocou e os jogadores correram para a saída, se acotovelando. Katy Perry abriu caminho entre eles, não se importando com a bagunça.

Eu não consegui me mover. Na verdade, nem passou pela minha cabeça, deixar aquele lugar, deixar Harry para trás, sem a tentativa de falar com ele.

Liam e Niall foram os últimos, parando na escada e me olhando apreensivos. Acenei com a cabeça, garantindo que ficaria bem.

Styles claramente tinha notado que era hora de ir para a aula e que agora só restavam nós dois no teatro vazio. Mas ele também não fez menção de sair, colocando o cavalo de porcelana em cima de uma mesa.

— Sua mãe está me ajudando com um processo contra Mark. - comecei. Minha voz saiu seca, como se minha garganta estivesse cheia de areia. Pigarreei.

— Eu sei. - Harry assentiu, ainda olhando para o cavalo - Ela me contou.

Dei um passo para frente, os braços soltos do lado do corpo, os pés pesados como chumbo e a mente rodando em apenas uma direção: Harry.

— Eu preciso te explicar... - falei, atropelado - A nossa última conversa saiu muito errado. Me deixe te explicar...

Harry se virou para mim. Ele cruzou os braços, o nariz empinado e os olhos verdes desconfiados.

— Você tem cinco minutos. - declarou - Não quero perder uma aula por sua causa.

Assenti, satisfeito.

— Eu nunca quis te magoar. Quer dizer... meu objetivo era exatamente esse, mas não de verdade...

Parei, passando a mão no rosto. Eu não estava fazendo sentido.

Respirei fundo, voltando a falar.

— Mark estava na sua casa. Nós invadimos o Cassino e então ele apareceu na sua casa. Você ouviu as ameaças. Não são vagas, nunca foram. Eu não podia deixar você ficar na mira dele, por minha causa. Eu me odiei tanto por ter te colocado em perigo... - engoli em seco, sentindo minha garganta apertar - E a única coisa que consegui pensar... que poderia te afastar de mim e fazer Mark voltar a focar apenas em mim, foi dizer aquelas coisas.

— Ah, - Harry ergueu um dedo, a voz debochada - você está falando sobre "Todas essas merdas que fizemos nas últimas semanas, era um teatrinho idiota. Ou será que foi só a gente dormir de conchinha e você se apaixonou?"

Sua mandíbula estava apertada, deixando-a ainda mais marcante. Uma clara tentativa de se manter firme na hostilidade.

Agindo como se não sentisse dor, mas ele sabia que eu sabia que ele sente.

— Eu sei. - falei, minha voz saindo entrecortada - Eu falei um monte de merda que não significava nada. Eu juro. Eu queria te afastar, queria que você me odiasse. Achei que assim seria mais fácil. Te ver no corredor do Athena High e você me ignoraria e eu seguia meu caminho. Mas... - engasguei nas palavras.

Fiz uma pausa, respirando fundo e me impedindo de chorar. Eu precisava falar tudo aquilo, o choro me impediria disso.

— Mas eu não consigo. - confessei - Eu sinto muito pela aposta. Eu sinto muito que eu tenha sido um idiota em ter caído no joguinho do Joe. Eu sinto muito que eu tenha te envolvido nesse mundo perigoso do Mark. Eu sinto muito por ter te machucado. E eu não estou pedindo para voltarmos ao que éramos antes... Eu ainda tenho medo do Mark fazer alguma coisa... Eu só... - funguei, minha vista embaçando quase completamente, com as lágrimas que encheram meus olhos - Eu sinto que não consigo respirar se você me odiar.

Harry estava parado perto da mesa cheia de coisas malucas do país das maravilhas. Ele tinha os braços cruzados e a postura rígida.

Ficou em silêncio por um tempo, aquelas esmeraldas passeando por cada minúscula parte do meu corpo, procurando sinais de mentira. Mas eu estava sendo sincero, mais sincero do que jamais fui na minha vida.

Sob meu olhar, seus músculos relaxaram, só o suficiente para ele exalar, instável.

— Minha mãe me disse que quando você realmente se importa com alguém, - falou, baixinho - seus erros nunca mudam nossos sentimentos porque é a nossa mente que fica irritada mas o coração ainda se importa.

Continuei parado, com medo que um movimento quebrasse aquela conexão profunda que sempre tivemos mas nunca percebemos, até agora.

Estávamos alguns metros longe um do outro, mas de alguma forma eu conseguia sentir o cheiro do seu perfume, familiar e calmante.

— Eu entendo seu medo. Mark é assustador. - Harry continuou, a voz firme - Eu não odeio você.

Meu pulmão expulsou todo o ar, o alívio quase me fazendo cair. Enxuguei as lágrimas que teimaram em descer.

Esse pequeno e rápido movimento com meus braços, criou em meu peito uma urgência quase angustiante de tocar Harry, sentir sua pele contra a minha de novo. Mas eu não fiz isso. Já era uma vitória, Harry não me odiar.

Styles franziu a testa, dando um passo para trás, como se sentisse a mesma vontade que eu.

— Mas você foi um imbecil quando aceitou aquela aposta. - falou - E você me conhece o suficiente para saber que não vou simplesmente te perdoar por isso.

Assenti.

— Eu sei. Mas não me importo de pedir desculpas eternas. - baixei a voz, fixando meus olhos azuis nos seus verdes - Eu realmente sinto muito, princesa.

Harry respirou fundo, trêmulo. Eu podia ver seus dentinhos segurando firme o interior da bochecha, com força o suficiente para machucar. Sua forma de se impedir de chorar.

Então num ato súbito, Harry me deu as costas e desceu do palco, subindo as escadas do teatro, até a porta de saída.

Ele parou, as mãos na madeira. Virou a cabeça para mim. Eu, que não tinha me movido, minha atenção o seguindo como se ele fosse a única coisa importante no mundo.

Styles saiu, fechando a porta.

Eu me sentia um pouco melhor.

Não era o suficiente.

Não quando cada célula do meu corpo parecia ser atraída para Harry como um ímã gigante. E eu precisava lutar contra. Aceitar que uma relação fria e distante era o máximo que eu teria.

Essa era o preço a se pagar por ter um pai criminoso como Mark.

##

Tchau, Tchau!

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