Spells | Scorbus

By dracowarys

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Albus e Scorpius tornaram-se melhores amigos desde o primeiro momento em que se encontraram. Partilhando a me... More

1. O retorno à Hogwarts.
2. A preocupação de Minerva
3. O banheiro de Myrtle E. Warren
4. A Carta de Draco Malfoy
5. O Convite
6. A sala de McGonagall
7. Aberração
8. O Lar dos Malfoy
9. O Armário de Vassouras
10. BÔNUS: A Sala Precisa
11. Hogwarts: Uma Celebração
13. Férias de Natal
14. Herança de Sangue
15. O Espelho, As Poções
16. Na Cabana do Hagrid
17. Lago
18. Tudo acaba bem

12. A Toca

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By dracowarys

Draco caminhou para fora do grande salão com Harry ao seu lado e foram se afastando, até os jardins enfeitados da escola, onde poderiam conversar sem que estranhos curiosos os ouvissem. O céu muito escuro e completamente estrelado.

- Então, Draco, o que de tão importante precisa me falar que precisamos vir até aqui? - resmungou Harry.

- Potter, o que pensa que está fazendo? - questinou Draco, Harry o olhava confuso - Vou ser bem fraco com você. Não fique achando que dei pulos de alegria quando soube sobre Scorpius e o seu... filho.

- Ora, enfim concordamos em alguma coisa - debochou Harry

- Não seja leviano! Apenas me escute - Draco tentava manter uma voz calma - Scorpius passou por muitas coisas nos últimos anos e acho que você sabe muito bem. Cansei de surpreende-lo chorando em casa. Você sabe tão bem quanto eu que coisas ruins acontece quando tentamos separá-los.

Harry tinha um olhar sério; a cada frase que Malfoy completava, ele se lembrava de coisas desastrosas que antecederam os anos escolares do filho; a tristeza em que Albus se afundará ao ser proibido de ver o amigo e as consequências desastrosas dessas atitudes de Harry. Não podia acreditar que Draco Malfoy estivesse sendo mais sensato do que ele.

- Talvez você esteja certo. - murmurou

- Talvez? - Draco bufou - Eu estou certo! Não gosto de você, Potter. Mas estou suportando a ideia de... afiliar nossas famílias pelo meu filho. Pelos nossos.

- Ah, é? Bem, então me diga: como pretende "afiliar" nossas famílias? Porque para mim, Draco, isso parece meio fora de cogitação. Quer montar um casamento? Porque não aproveitamos a festa bem ali no salão principal, hein? - a irritação de Harry não o deixava controlar o sarcasmo.

- Você está delirando. A cicatriz passa bem? - debochava Draco - Não estou falando de casamentos e afins! Nossos filhos tem quinze anos. Deixe Albus passar alguns dias em casa com Scorpius...

- Nem pensar! - Harry o interrompia

- Estamos morando perto dos Weasley. Não são sua família agora? Somos apenas Scorpius e eu. Não haverá perigo - o tom de voz que Draco usava demonstrava que ele apenas pedia paz.

- Não haverá perigo? Na casa de um comensal? - assim que disse isso, Harry se arrependeu. Draco suspirou e deu uns passos para trás.

- Preferia que não tivesse dito isso, Potter - replicou calmamente - Talvez fosse mais útil se eu tivesse chamado Gina para conversar.

Draco deu as costas para Harry e saiu de volta para o local da festa. Harry ainda custava a acreditar que tivesse tido aquela conversar com Draco Malfoy, o garoto que o perturbou incansavelmente na escola. Talvez estivesse sendo realmente egoísta, mas fora pego de surpresa. Harry quis mais do que qualquer coisa ter ali uma penseira, onde pudesse depositar toda a confusão que percorria seus pensamentos e então libertar-se desse estresse. Mas o que lhe restava agora era encontrar Gina e pedir-lhe que fossem para casa.

***

ESTAÇÃO DE HOGSMEADE:

Harry, Gina, Rony e Hermione estavam na plataforma de Hogsmeade com os filhos esperando para embarcar. As crianças se despediam dos amigos e Harry avistou Albus indo ao encontro de Scorpius.

Albus abraçou Scorpius com toda força que pode, desculpando-se mais uma vez acariciando seus cabelos. Scorpius negava as desculpas e apenas sorria para o garoto em sua frente.

- Tivemos um bom ano, não acha? - comentou Scorpius

- Você fez tudo acontecer. Eu te amo, Malfoy - disse-lhe Albus

- Por favor, Albus, não deixe de me escrever - pediu

- Jamais. Nos veremos em breve, okay?

- Okay. Não se esqueça de estudar para o NOM's! - alertou-lhe Scorpius. Albus abriu um grande sorriso para ele, fazendo um último pedido.

- Posso te dar um... beijo? - cochichou Albus. Scorpius olhou em volta.

- Sei lá. Quer dizer, acho que já não tem mais problema - deu de ombros. Albus então deu um breve beijo nos lábios de Scorpius, agradeceu Draco por alguma coisa que nem ele sabia e se retirou para junto dos pais. Encolheu-se atrás de Gina que envolveu o braço ao redor dos ombros do filho.

- Eles não vão embarcar? - perguntou ela.

- Ahn, acho que não - respondeu e deu uma última olhada para Scorpius, que agora dava as mãos para o pai e em segundos, desaparataram.

- Bem, se é verdade que estão morando perto d'A Toca, aparatar é realmente a forma mais rápida de se chegar - comentou Rony que olhava o lugar de onde os dois Malfoy acabavam de sumir.

Todos embarcaram. Albus enfiou-se numa cabine vazia, mas não ficou sozinho por muito tempo. Alice, Lily e o restante de seus amigos entravam para fazer companhia. Conversavam entre bocejos comentando sobre a festa, mas Albus já não prestava mais atenção. A cabeça encostada na janela olhando paisagem lá fora e pensando em como era estranho estar no Expresso de Hogwarts sem Scorpius ao seu lado.

***

A CASA DOS POTTER:

Albus foi direto para o quarto e ia fechando a porta antes que alguém pudesse entrar, mas Gina segurou e entrou junto a ele no quarto. Ela fechou a porta e encostou as costas contra a parede, olhando para o filho que arrumava um lugar para o malão.

- Sei que não está afim de conversar agora - disse ela - Mas eu queria avisar que amanhã estaremos de partida para A Toca e voltaremos apenas no fim das férias.

Albus encarou a mão. Pensava muitas coisas mas não sabia como dizer nenuma.

- Sei também que Scorpius estará por perto, bem, são quase vizinhos do vovô e da vovó. Talvez vocês possam se encontrar, mas só depois do natal.

- Obrigado, mãe. - ele se deu por satisfeito. A cabeça doía muito e seus olhos pesavam. Gina saiu do quarto e Albus se jogou na cama entre os cobertores. Nevava lá fora e seus pés estavam congelando. Fechou os olhos e pensou em Scorpius. Pensou em todas as noites em que deitaram juntos para evitarem pesadelos. Ao decorrer de seus pensamentos, Albus tornara-se inconsciente e caíra num sono profundo.

***

O LAR DOS MALFOY:

Scorpius tinha tomado um banho quente e agora estava sentado em sua cama, em seu novo quarto. Ele havia adorado o lugar. Draco havia se preocupado em organizar os livros do filho em prateleiras envernizadas e tudo parecia clean e confortável. Batidas leves soaram da porta:

- Posso entrar? - perguntou Draco que entreabria a porta.

- Mas é claro, pai - respondia Scorpius gentilmente.

- Como você está?

- Me sinto bem. E você?

- Ah, tudo certo. Tentei falar com Potter, mas ele não se importa com ninguém além dele. Mas sei que se eu escrever para Gina ela deixará Albus vir aqui um dia e...

- Obrigado - Scorpius o interrompeu, abraçando Draco que sentara ao seu lado na cama - Tudo o que tem feito por mim...

- Não esperara por isso, não é mesmo? - comentou Scorpius.

- Pra ser sincero, não muito.

- É, se quer saber, nem eu.

Ambos riam. Draco bagunçou os cabelos do filho. Eles conversaram por um tempo comentando alguns detalhes da casa e Scorpius agradeceu pela mini biblioteca que o pai arrumara em seu quarto e só depois de alguns minutos de conversa é que ele notou que o pai não estava em suas vestes escuras de sempre, mas vestia uma manga comprida longa branca e bermudas bege.

- Queria que fosse o mais diferente possível da mansão e também entupi o lugar de feitiços protetivos - anunciou Draco.

- Pai, posso te pedir um favor?

- Hum, claro.

- Podemos passar essa noite juntos? É que eu...

- Ainda tem pesadelos sobre sua mãe? - adivinhou Draco. Scorpius assentiu. Draco se arrumou na cama ao lado do filho, eles voltaram a conversar. Scorpius contou-lhe como se aproximara mais ainda de Albus quando o amigo se juntava a ele durante a noite.

- Ele me ajudou muito.

- Acho que também posso te ajudar - comentou Draco - Mas será de um jeito diferente.

- Como?

- Oclumência - afirmou Draco.

***

O NATAL N'A TOCA:

A casa de Arthur e Molly Weasley estava abarrotada com todos os seus filhos e netos, o que deixava o ambiente acalorado e alegre. Albus estava incomodado com o excesso de barulho, sentia-se levemente excluído entre os primos e o menos amado entre os avós, mas talvez fosse apenas coisas de sua cabeça. Evitava ao máximo demonstrar seu desconforto para que não fizessem perguntas. Lily era a única com quem ele realmente conversava.
O movimento n'A Toca não parava. Molly, Audrey e Fleur estavam a toda na cozinha enquanto Gina, Angelina e Hermione dividiam quem ficaria em qual quarto. O sr. Weasley se juntara a George na sala e juntos contavam piadas e histórias engraçadas para os mais novos em memória à Fred. Rony, Harry, Gui, Carlinhos e Percy tentavam incansavelmente usar uma tenta como extensão da casa nos jardins, para que coubessem todos confortavelmente durante as refeições. James e Rose reuniam-se com mais alguns Weasleys para uma pequena partida de quadribol, mas Teddy Lupin e Victorie havia desaparecido entre os pomares.

- Hemione, preciso verificar uma coisinha lá fora. Você se importa? São dois minutinhos.

- Tá tudo bem, Ginny. Vai lá.

Gina desceu as escadas tentando não parecer apressada. Ela saiu para os jardins e andou em volta da casa. Havia Weasleys por todos os lugares. Impossível sair sem ser notada.

- Procurando por algo, maninha? - resmungou Rony.

- Nada que seja de sua conta, Ronizinho - rebateu ela, deu as costas e retornou para o andar de cima, junto de Hermione.

***

- Albus, por que não se junta a nós? - perguntou Arthur Weasley, os netos o cercando pela pequena sala de estar. Albus apenas concordou com a cabeça e se encaixou num sofá entre Lily e Victorie. O avô ainda contava histórias, Molly vinha da cozinha:

- Teddy, querido. Sua avó vem para o Natal?

- Sim, senhora Weasley. Ela me mandou uma coruja mais cedo confirmando - respondeu Teddy Lupin.

- Ah, será ótimo receber Andromeda para o Nagal! - comemorou a sra Weasley.

***

Lily conseguiu distrair Albus durante o jantar que esta particularmente gostoso e horas depois pela primeira vez A Toca estava silenciosa. Harry e Gina teriam que dividir um quarto com Rony e Hermione, assim, camas extras foram conjuradas. Albus estava em um quarto com seus dois irmãos além de Rose e Hugo. Todos os outros quartos da casinha inclinada estavam cheios também.

Gina pretendia sair no momento em que todos dormissem, mas não pensara ainda em como faria isso com duas pessoas a mais em seu quarto. Aceitando que não haviam opções, se levantou o mais silenciosamente que pôde e saiu do quarto. No corredor, lembrou-se de sussurrar "abaffiato" para que seus passos fossem mascarados caso as tábuas rangentes da escada resolvessem lhe entregar.

Saiu quintal a fora e caminhou para além do portão, onde enfim poderia aparatar. Olhou um instante para atrás a fim de ver se ninguém a observava e então desapareceu.

Tornou a reaparecer não muito longe dali, há alguns metros de uma casinha branca e marrom cercada por flores. Draco Malfoy a esperava na porta de madeira. Ela se aproximou dele.

- Então?

- Eu disse à Albus que ele poderia vir no dia seguinte ao natal. O que acha?

- Me parece bom - respondeu Draco. Eles se encararam por breves segundos em silêncio, o cabelo ruivo de Gina salpicado de neve.

- Queria que soubesse que confio em você, Draco.

- Então você o trará?

- Sim - ela confirmava.

- Certo - ele acentiu - Acho que precisa voltar, Weasley.

Gina franziu as sobrancelhas. Há anos não a chamavam pelo nome de solteira.

- Draco? - ele levantou os olhos para Gina, os quais ela encarou seriamente - Boa noite.

Ele ficou parado na porta até que ela desaparatasse. No que Gina Potter desapareceu, Draco retornou para o calor interno de sua casa e caminhou de volta para junto de Scorpius.

Gina voltara para A Toca, a neve aumentara nesses últimos minutos. Entrou pela porta da cozinha e foi surpreendida por Hermione, que aguardava ansiosa ao pé da escada.

- Gina! A onde foi? - sussurrou a Ministra.

- Mas que susto, Hermione! Você quer me matar?

- Bem, eu não tinha a intenção. Não consigo dormir, achei melhor preparar uma xicará de chá.

- Acho que preciso de uma também. Estou congelando - cochichou Gina e sentara-se à mesa. Hermione rapidamente servindo o chá para ambas.

- Bem... fui ver Draco Malfoy - confessou ela.

- Draco Malfoy?! - assustou-se Hermione, ao mesmo tempo que Harry surgia na cozinha e perguntava a mesma coisa. Gina levantou com um pulo, assustada, sua xícara voou para o chão e partiu-se em incontáveis pedaços.

***

NOTAS: Olá! Se você chegou até aqui, saiba que sou infinitamente grata! Obrigada por me acompanhar, votar e aos que cometam: vocês tem o meu amor. Sigo inspirada com as mais de 200 views, vocês são incríveis. ✨

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