Tudo de mim

By nextbye

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SPIN-OFF de MFDTA Eram de mundos diferentes, tinham dores diferentes, tinham vidas diferentes, eram completam... More

Nota inicial | sinopse
Prológo
Epígrafe
Capítulo 01
Capítulo 02
Capítulo 03
Capítulo 04
Capítulo 05
Capítulo 06
Capítulo 07
Capítulo 08
Capítulo 09
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50
Capítulo 51
Epílogo

Capítulo 36

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By nextbye


Cody não pôde ficar comigo por muito tempo, a mãe dele pediu para que ele fosse embora, pra ajudar na loja e eu também acho que eles têm muito o que conversar.

Então os planos de sair para beber a noite com ele foram para o ralo.

Fico sentado no sofá, olhando para algo passando na Tv, mas nem sequer consegui entender o que estava sendo dito.

Ed provavelmente estava adorando não estar que em casa, Cody parecia culpado ao ir embora e ter que me deixar sozinho.

Eu até pensei em abrir a oficina, mesmo que para trabalhar sozinho, já que dei um dia de folga para David.

Pensei até em chamar a ruivinha, a casa estaria livre, mas me recuso a fazer isso. Ela provavelmente está ocupada com sua própria vida.

Faço um estalo com a boca, enquanto penso em alguma solução boa o suficiente para manter minha mente em boas condições.

Antes mesmo de eu pensar, meu celular vibra com uma mensagem, e eu como um belo idiota corri para ler, como se eu fosse receber uma bela mensagem calorosa da Sam.

Mas o que eu recebo mesmo é um e-mail da faculdade, exigindo minha presença para uma reunião amanhã.

Ainda bem que esvaziei meu armário antes de vir embora. Me levanto, decidindo que por agora, vou trabalhar na parte chata da oficina, encomendar peças, organizar lucros e bla bla bla.

Eu estava tão concentrando nas anotações na minha frente que nem notei Ed entrar, só o vi quando ele correu para dentro do quarto e saiu logo em seguida, trazendo seu Drácula na mão.

— Eu tinha esquecido o espiga de milho. - Ele se justifica sobre o meu olhar, espiando o que eu estava fazendo. — Ela está me fazendo empacotar algumas coisas.

Meu irmão diz, ainda fingindo entender o que estava escrito.

— Ela vai se mudar daqui duas semanas. - Ele completa.

— Eu sei. - murmuro, estudando-o o suficiente para perceber que ele não queria que isso acontecesse. — Mas é só duas quadras de distância e é pra ficar perto da loja.

Tento animar ele, o que não parece funcionar. Ed desvia o olhar para a porta entreaberta, pela qual ele entrou, com uma careta de desaprovação.

— Mas aí eu teria que andar duas quadras pra ver ela, quando eu só atravesso a rua. E quando o Noah voltar? Você não vai sentir falta de só atravessar a rua? - Ele perguntou como se estivesse implorando para eu concordar com ele de como isso é ruim.

— São só duas quadras, Ed. - Suspiro. — Quando ele voltar, eu já serei bom o suficiente para conseguir subir na minha bicicleta.

Digo para anima-lo, mesmo não tendo certeza das minhas próprias palavras, até porque duvido que Noah vá morar com a mãe caso voltar.

— Você nem tentou. - Meu irmão bufa, caminhando em direção a porta com seu Drácula quase arrastando no chão.

Penso em falar alguma coisa, no entanto, eu duvido muito que teria algum efeito.

Apoio minha cabeça em meu punho, enquanto olho os papéis em cima da mesa, desvio o olhar para meu celular.

Sete horas da noite.

Não estava nos meus planos sair para beber sozinho, mas é melhor do que revisar essa pilha de papéis para ter certeza que está tudo certo, pela quarta vez.

Usando toda minha força de vontade, tomei um banho demorado enquanto pensava na confusão que minha vida se encontrava.

Saio do banheiro sem me preocupar com uma toalha, indo direto para o quarto.

Olho para às opções dentro do guarda-roupa, quando uma ideia passa pela minha cabeça.

Esse mês tinha sobrado mais que o suficiente para viver bem alguns meses, então significa que eu posso gastar um pouco mais do que costumo.

Sorrio de lado, pegando uma das peças de roupa mais caras que eu já comprei.

Me olho no espelho, mais que satisfeito com a minha aparência. É, eu estava me subestimando quando falava o quanto eu sou gostoso.

Rio dos meus próprios pensamentos, enquanto termino de pegar minhas coisas, me lembrando constantemente que não posso beber ao ponto de esquecer como se volta pra casa.

Meu peito sobe em satisfação pela vista, Noah e eu planejávamos sempre vir nesse bar de gente rica chata, obviamente nunca viemos.

Eu com certeza vou tirar fotos para esfregar na cara dele. Um sorrio brota nos meus lábios pensando em como ele ficaria decepcionado por ter perdido isso.

Passo pela porta, me surpreendo pela pouca movimentação, mas não deixo isso me desanimar. Caminho até o balcão de vidro como se as pessoas em minha volta não me intimidasse, acho que os subestimei, já que não imaginei que eles vêm beber com terno, fala sério,o quão ridículo é isso?

Me sento no balcão, esperando minha vez de ser atendido. Pelo menos eu espero que eles me atendam, eu preciso levantar as mãos ou algo do tipo?

Suspiro calmamente enquanto vejo os detalhes. Existe algumas mesas acolhedoras no final do bar, não tão chiques quanto pensei que seriam.

Analiso as pessoas nelas. Em uma tinha um cara claramente flertando com a mulher a sua frente. Em outra tinha um cara com uma garrafa de bebida ao seu lado, enquanto olhava fixamente para o celular.

Provavelmente sofrendo por amor.

Meus olhos chegam até a mesa escondida atrás do cara sofrendo, me deixando nada mais do que chocado.

— Com posso ajudá-lo, senhor? - recuo ao ver a atendente me encarando.

— Ah...- Meu olhos voltam para o homem sentado lá, e volta a focar na mulher em minha frente. — Qualquer coisa forte com Gin.

Respondo, ela junta as sobrancelhas com diversão e então anota alguma coisa. Observo o uniforme dela, lendo o seu nome no uniforme.

Clara, é, ela se parece com Clara.

— Com gelo? - Ela pergunta, eu aceno positivamente.

Clara é rápida e precisa em fazer o drink, ganhando toda minha atenção, eu quase esqueci da figura no fim do bar.

— Espero que esteja forte o suficiente. - Ela diz colocando o copo na minha frente. Meus olhos desviam para o dela, percebendo que ela queria que eu provasse e assim eu faço.

A bebida desceu rasgando pela minha garganta, queimando como fogo, eu não pude evitar fazer uma careta.

— Ok, acho que foi forte demais. - Ela ri.

— Acho que esse copo vai ser o suficiente para eu sair daqui sem lembrar meu nome. - Zombo, me arriscando a mais um gole.

— Talvez com mais um desse, isso de fato aconteça. - Clara ri baixinho, enquanto olhava em volta, procurando por mais pedidos. — Você já veio aqui? Não lembro de você.

Eu dou de ombros.

— Primeira vez. - respondo, olhando novamente para a figura no fim do bar . — E aquele cara, você o conhece?

Ela segue meu olhar, fazendo um som com a boca. Quase um gemido em confirmação.

— Ele aparece raramente, geralmente quando as coisas não estão boas. - Ela se inclina pra frente. — O nome dele é .... - Clara parece se esforçar para lembrar. — Kennedy.

Balanço a cabeça, como se isso fosse um "obrigado", mas ela continua parada na minha frente, por trás do balcão.

— Esperando alguém?

Solto um riso irônico, mas não consigo evitar o desconforto ao automaticamente pensar na Sam.

— Não.

— Então acho que você talvez se encaixe nos que vêm sofrer por amor, ou...- Ela me examina. — Procurar um?

Clara sugere, então seus olhos vão até o cara que estava flertando a com mulher.

— Ainda não cheguei ao ponto de sofrer por amor e também não estou procurando. - Levo a bebida até a boca, sentindo o gosto amargo não só da bebida, mas talvez de uma possível mentira? Não sei bem se isso pode ser uma mentira. — Talvez eu me encaixe nas pessoas que são entediadas o suficiente para ir em um bar beber sozinho.

— Foi uma boa resposta. - Ela retruca, se distanciando para atender um casal que acabou de entrar.

Me levanto, pegando a bebida enquanto caminho para a mesa no fim do bar, com curiosidade.

Não tem um motivo exato, mas é uma coincidência estranha e talvez eu me saia bem puxando conversa com ele, já que o vi duas vezes na minha vida.

Me aproximo o suficiente para ver um monte de papéis espalhados na mesa, o cara lia tão concentrado que duvido que ele tenha me notado se aproximar.

— Eu não quero mais nada agora, Clara. - Ele diz sem sequer levantar os olhos. Me sento na cadeira a frente dele, finalmente atraindo sua atenção.

Eu quase rio do seu semblante surpreso. Ele me analisa com as sobrancelhas franzidas.

— Eu vi o senhor aí, fiquei surpreso com tamanha coincidência e ainda mais surpreso por eu eu lembrar do seu rosto, não sou bom nisso. - Explico, mesmo parecendo que ele não precisaria de uma explicação.

— Ah sim, o mecânico. - Ele diz áspero, mas não me ofendi.

— O apelido faz jus. - Ironizo.

Ele não diz nada por um longo tempo, parecia estar pesando em um monte de explicações alternativas. Bom, foi exatamente o que eu fiz quando ele apareceu na oficina.

— Você sabe quem eu sou? - Ele pergunta.

— Segundo a clara, você é o kennedy, mas você me parece o cara que inventou qualquer coisa para falar comigo na minha oficina.

Ele ri, mas eu quase pude ver alívio nos olhos dele.

— Eu pensei que estava com problemas no carro e a sua oficina estava perto, mas você parece estar longe de casa.

Franzo as sobrancelhas, ele nem sequer sabe onde eu moro. Kennedy pareceu perceber e explica:

— Supus que morava perto da oficina. - Ele arruma os papeis que estavam sobre a mesa. — Mas já que está aqui, aceita alguma bebida por minha conta?

HI HI HI











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