Me Chame De Vênus

By miel_sa

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OBRA CONCLUÍDA. NÃO REVISADA. Vênus é um garoto de 16 anos que acaba de se tornar órfão. Sem nenhum parente... More

Um
Três
Quatro
Cinco
Seis
Sete
Oito
Nove
Dez
Onze
Doze
Treze
Quatorze
Quinze
Dezesseis
Dezessete
Dezoito
Dezenove
Vinte
Vinte Um
Vinte e dois
Vinte e três
Vinte e Quatro
Vinte e Cinco
Vinte e seis
Vinte e sete
Vinte e oito
Vinte e nove
Trinta
Trinta e Um
Trinta e dois
Trinta e Três, Capítulo Final
LIVRO DOIS?

Dois

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By miel_sa

O Carro sacoleja pela estrada difícil de um lugar desconhecido, o cheiro de terra molhada e grama fresca me dão tranquilidade, mas o céu está nublado.

Tenho 16 anos e estou indo morar com minha Tia Joana, a qual é dona e diretora de um internato extremamente famoso na reagião onde se localiza, frequentado por herdeiros de famílias ricas e poderosas de todo o país, pensar que vou viver aqui, me deixa inseguro e com uma sensação estranha na barriga.

Paredes de pedra e uma decoração rústica quase toda em madeira antiga, escadas largas e longas e alguns alunos que andam de um lado para outro com roupas casuais.

É normal que o ano escolar aqui ainda não tenha começado, já que estamos no começo do ano.

Algumas pessoas olham para mim e para minha tia.

- Gostaria que eu levasse sua mala ao quarto senhor Willians?- o motorista pergunta já pegando a mala e ameaçando pegar a mochila que carrego nas costas.

- Não, eu mesmo levo essa.- digo sério - Obrigado.-

O homem caminha subindo as escadas e eu fico sem saber aonde ir.

- Sei que tudo isso é novo pra você, e que se sente deslocado e sozinho, ficamos afastados e você não me conhece, mas espero que possamos nos entender em pouco tempo.- minha tia me olhou por um tempo me lançando um sorriso meigo e simpático.- Seu quarto é o número 27, lado direito do castelo.- disse ela por fim.

O hall de entrada do lugar é grande, há um grande lustre de cristal pendurado no teto, duas escadas, uma na direita e uma na esquerda, e no meio delas uma porta dupla de madeira por onde minha tia acabara de entrar, do lado dirito no pé da escada há outra porta dupla, uma entrada para o refeitório pelo que me parece.

Do lado esquerdo há uma passagem com várias portas onde ficam provavelmente as salas, pelo que sei, a escola tem no máximo, a capacidade lara 100 alunos, de 17 á 18 anos, dividos entre 50 meninos e 50 meninas, nunca passa disso e nunca fica sobrando vaga, ou seja, alguém teve que sair para que eu possa estar aqui hoje.

Meus olhos piscam, e reparo um garoto usando preto no meio da escada me observando de forma hipnótica, é como se ele me esperasse e me conhece, ele não parece feliz de me ver aqui. Alguns alunos parecem usar roupas casauais, na verdade a maioria deles, mas apesar de se vestirem como querem, parece haver um padrão, uma cor que se repete em grupos de amigos.
O garoto que me observa usa preto, um jeans rasgado e uma camisa branca debaixo de um casaco preto, cabelos castanhos um pouco longos e labios grossos rosados, olhos escuros e penetrantes.
Sinto meu rosto queimar e abaixo a cabeça caminhando até a escada, em busca do meu quarto, meu coração acelera enquanto chego mais perto do garoto misterioso e assustador.
Tento passar o mais longe possível dele, mas ele me segura, seu rosto chega perto do meu pescoço enquanto fico paralisado.

- Ela se foi por sua culpa, ela se foi para que você estivesse aqui, você vai pagar.- seu coxixo soa roco e engasgado. Uma onda arrepios percorre meu pescoço me fazendo tremer.
Ele então me solta e continuo parado em choque sem entender oque havia acabado de acontecer.
Me recomponho e passo a mão sobre meu braço agora dolorido, subindo as cansativas escadas. Um corredor grande com muitas portas não me é uma surpresa, lustres pequenos dos dois lados da parede e um tapete enorme no chão que vai do começo ao fim do corredor, um clima amarelado me deixa menos tenso e encontro finalmente, a porta 27, com um pequeno 27 escrito em dourado, a porta é obviamente de madeira e com uma maçaneta também dourada.

Respiro fundo e solto o ar pela boca tomando coragem para abrir a porta.
Seguro a maçaneta fria de metal e abro a mesma.

O quarto é simples, tem apenas uma parede em azul e duas camas, é um quarto pequeno, ao lado das camas tem um móvel de cabeceira e um abajur sobre eles, um pequeno armário na frente das camas e um horário do lado de dentro da porta.

O quarto está vazio, mas meu colega provavelmente já chegou, pois um lado já está bagunçado. Um violino encostado no pé da cama, um caderno aberto e alguns livros como decoração no chão em ordem alfabética, todos de fantasia e romance.
Um poster de um grupo de k-pop enfeita a parede, quatro garotas numa pose perfeita num fundo escuro e meio rosado.
Olho para o caderno e sem querer acaba lendo oque está escrito em uma letra exageradamente perfeita.
"Eles não podem eliminar a terra num jogo de queimada"

Frase estranha e sem sentindo, várias frases do tipo e algo como estratégias para jogar jogos como caça ao tesouro, pelo visto levam as brincadeiras aqui bem a sério.
Ouço a porta e me desequilibro com o susto bagunçando os livros que estavam um sobre o outro em perfeita ordem.

- Me desculpe eu só...-

- Tá tudo de boa. - o garoto me interrompe se abaixando para me ajudar a organizar os livros, ele tem olhos castanhos e pele negra, cabelos grandes com cachos finos e perfeitos, tem um gesso no braço esquerdo e eu olho sem querer.- Gostou do gesso colega?- ele sorri e eu fico sem graça.- sou Lucas, é um prazer novato.-

- Sou Vênus.- digo estendendo a mão e ele estende o gesso, oque nos faz rir.

- Vênus tipo o planeta?- ele diz simpático.

- É, talvez.- sorrio de volta.

Ok, cap 2 pra vocês, comentem por favor.

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