— Todos os barracões de auxílio aos tritões-ômegas foram concluídos? — Enzo perguntava enquanto sentava-se em seu trono.
— Sim, vossa majestade. E todos os ômegas de nossa ilha foram recolhidos para uma área segura.
— Sim. E, por favor, organizem um plano de escape para mim e eles, se caso houver mais desastres naturais e podemos nos precaver e salvá-los a tempo.
— Sim, vossa majestade. Irei agora planejar e remanejar infra estruturas para tais esforços serem realizados, para salvar vidas de nosso clã. Com licença.
Enfim, Enzo ficou só na sala de reuniões. Pegou seu celular e ligou para seu pai.
Chamou, chamou e ninguém havia atendido.
Foi então que ligou para o capitão que chefiava o exército do clã Kareem.
— Vossa majestade Enzo? A que devo a honra de sua ligação ilustre?
— Senhor Capitão Roswell, preciso que retire todos os tritões-ômegas da ilha de vocês e os coloquem num local seguro. Se esses desastres naturais começaram em Kapal, não demorarão de chegar as nossas ilhas.
— E quanto aos ômegas e ao senhor que é também? Como irá ficar?
— Todos nós iremos ser transferidos para lugares seguros em terra firme, até descobrir o que está acontecendo.
— Tem como eu transportar todos os meus ômegas e idosos junto com os seus?
— Sim. Entre em contato com o responsável pela a transferência dos ômegas da Ilha Redonda. Irei sair da ilha ainda hoje. Peço encarecidamente, que protejam ômegas, crianças e idosos antes dos transporte dos mesmos. Teve duas crianças mortas nesse desastre natural que aconteceu ontem pela à tarde.
— Sim, vossa Majestade. Serão protegidos.
Desligou a chamada e, enfim, saiu da sala de reuniões e foi ao seu quarto para aprontar as malas de sua partida.
— Amor, o que são essas malas?! — Julian saiu do banheiro espantado.
— Nada, Julian. É só eu fazendo as malas para partir daqui a pouco, por causa dos desastres naturais. Eu e você vamos juntos.
— Mas você sabe que os desastres naturais podem atingir terra firme no Brasil né?
— E quem disse que nós iremos para lá?
— Vamos para onde?
— Ao chegarmos na praia de Iriri, pegaremos um carro que nos levará a um aeroporto particular, onde um jatinho está nos esperando para nos levar a uma região remota do mundo, até tudo se acalmar.
— E quanto ao Igor e Alexei. E os pais deles? — os dois estavam frente a frente, com Julian respingando água no chão em volta de onde estava, quando, de repente, ele tira sua toalha deixando seu corpo atlético, depilado, todo nu.
Enzo arregalou os olhos ao ver o tamanho do documento de seu esposo que havia até crescido mais depois do banho.
— Que foi? Gostou do que viu? — indagou já em tom de safadeza, mordendo o lábio e segurando no seu pênis flácido, mas de respeito. Era tipo uma bazuca. Aí meu querido leito eu te pergunto: De feia? Não! De grande!
— Julian, se veste, por favor! Não é hora disso! E arrume logo suas malas! Ah, o Alexei, Igor e meus tios já estão chegando. Eles irão junto da gente.
— E o seu pai?
— Sumiu. Tentei ligar pra ele voltar e esquecer da história que meu pai-ômega está vivo, mas, porém, ele está decidido a não desistir fácil. Não o vi, desde que saíra ontem. Estou preocupado com ele.
— Não fique assim, ele deve estar seguro em algum lugar. Agora preocupe-se com você e nosso bebê a bordo. — deu um beijo na bochecha, quando ia dando às costas, Enzo dá um tapa bem gostoso na bunda de Julian.
— Bundona boa de meter, hein?! — tampou sua boca pelo o impropério que acabara de falar.
— Safadinho você hein?! Só por causa disso, quando nós já tivermos a sós fora do país.... — vestiu uma cueca box e logo depois uma calça jeans de cor azul-escuro. —.... Vou deixar você aproveitar dessa minha bundinha o quanto quiser.
— Não fala uma coisa dessas, Julian. — teve que se segurar pelo o calor que subira por seu corpo. — Se arrume logo, vou o esperar lá embaixo na sala. — pegou sua mala, saiu e trancou a porta. Desceu e logo ouviu a voz esganiçada de seu primo, Alexei.
— Oi meu primo! Coisa linda do titio! — o abraçou forte e logo sentiu a barriguinha dele de grávido. — Como tá o bebêzão?
— Tá lá em cima se arrumando.... Ah, o nenê aqui. Tá bem. Ás vezes eu sinto ele se mexer. Toda vez que ele ouve a voz do pai dele, só falta sair da barriga.
— Então vamos? — Julian chegou com as malas e saímos logo dali em direção ao porto próximo a praia. Depois de um tempo andando de carro, enfim, chegamos, tiramos as malas e embarcamos o nosso Iate. Como eram reis, precisavam de uma segurança maior que os habitantes em seus respectivos reinados. Não avisaram a ninguém para onde iam. Somente o piloto do jatinho sabia, que, por acaso, era Igor Levarien, oficial da Força Aeronáutica dos tritões e, também, esposo do Rei Alexei Jr e pai do filho que ele espera.
Depois que eles embarcaram, foram os últimos tritões-ômegas a saírem da ilha, deixando-a completamente vazia. Depois de andarem sete quilômetros pelo o mar, o sistema complexo de segurança da ilha foi ativado. Nenhum tritão saía ou entrava em Ilha Redonda.
— Onde está o tio Douglas? — sentava-se ao chão enquanto ajeitava o novelo de linha de crochê para fazer o enxoval do bebê que estava esperando.
— Saiu para buscar o meu pai Théo. — sentou ao lado dele, depois foi acariciando a barriga já inchando e o seu filho crescendo.
— Mas o tio não morreu? Por que ele foi caçá-lo?
— Ele disse que sente mais do que nunca meu pai Theodoro vivo. Saiu para busca-lo. Eu acho que ele deve estar enganado. Mas deixei-o ir. Graças a Deus ele me avisou que está bem e que os desastres naturais não o atingiu.
— Sangue e fogo!
Os dois ficaram em silêncio.
— Seus hormônios parecem estar em guerra? Uma hora você está excitado, outra você está chateado, estressado, com raiva, fome e mandão?
A pergunta de Alexei o pegou de surpresa.
— Olha, não vou mentir. Eu estou numa monta-russa do caralho. Parece que uma hora esses hormônios vão me foder de uma tal forma nessa gravidez, que, nem precisarei mais do Julian pra meter a pica gostosa dele em mim. — quando viu, já tinha falado demais deixando Alexei embasbacado.
— Nossa, então tá né amor! Ainda bem que não tem ninguém aqui para ouvir nossas conversas.
— Nossa, mas tenho tido tantos desejos. Ultimamente estou comendo TUDO pela a frente. Se me der até um cu, eu pego e enfio a rola nele. — tampo a boa com as mãos depois de tamanhos palavrões ditos. A gravidez estava o deixando desbocado.
— Enzo, não fica preocupado. Eu falo muito mais putaria e palavrões que você imagina. Antes de nós dois engravidarmos, você já era ciente do que eu soltava pela a boca.
— Está bem. Vou ver se acho algo pra comer. Iate assim me deixa com uma puta fome do carai. — levantou-se e foi até a pequena cozinha. Seu marido estava lá fazendo algo, ele chegou por de trás, o abraçou e logo seu pênis endureceu quando encostou na bunda arrebitada e grande de seu alfa. — Hmmmmmm. Meu almoço, lanche e jantar poderia ser essa bunda gostosa aqui. Não reclamaria. — sussurrou em seu ouvido, arrepiando-se logo em seguida.
— Para de me provocar, Enzo! Tem gente no Iate e pode nos ver.
— Aí eu me animei! Bom que eles vejam como é foder gostoso de verdade.
— Mas agora não, amor. Vai deitar, senão daqui a pouco estás a vomitar de enjoos marítimos.
— Está bem. Faz bem gostosinho a comida. — chegou sua boca próxima do ouvido dele e sussurrou — Igual você sempre faz comigo na cama. — deu um tapa na bunda dele segurando a carne da mesma. — Um dia essa bundinha ainda vai ser minha.
Saiu da cozinha e voltou para onde Alexei Jr estava.
*****
Brasília, Distrito Federal – Congresso Nacional, Câmara dos deputados.
— Esses tritões devem ser presos e pagarem pelo o que fizeram às ilhas! Quando eu vos avisei, senhores deputados, sobre eles, não ouviram! Me taxaram de genocida, de louco! Ai o resultado da "passada de pano" neles! Eles vão destruir nosso país com esses desastres naturais!
— Vossa excelência é um genocida! Não podes falar deles! Eles também têm direitos! Vou entrar com processo de cassação de seu mandato! Não podes falar assim e, praticamente declarar guerra a essas pessoas que nada tiveram a ver com os "Desastres naturais"!
— Pois eu quero que a senhora vossa excelência vá se foder! Que enfie seu "processo de cassação" de meu mandato na sua buceta larga de tanto dar para os senadores e os macho do puteiro que vossa excelência chama de casa!
— Presidente, por favor! Esse homem que está na tribuna é louco!
— Infelizmente a Constituição o protege de suas opiniões. Podes ser processado, porém, somente pagará multa. Só se ele cometer crime de corrupção e vocês entrarem com pedido de cassação. Mas nada posso fazer se a Constituição o protege de suas falas e opiniões. Não reclame comigo, reclame com quem a fez.
— E vossa excelência é um covarde! Tem rabo preso com essa desgraça aí que está pregando, praticamente, a morte de criaturas que nada tiveram de culpa pelos os desastres naturais que acometeram as ilhas e partes das regiões litorâneas de nosso país!
— Foda-se, vossa excelência! Se achas que tenho rabo preso com ele, vá até a PGR e abra denúncia contra mim! Simples!
Houve então um alvoroço no plenário e a polícia teve de intervir e acalmar os ânimos.
— Vocês são genocidas! Assassinos! Ficam apoiando este monstro e depois não reclamem do sangue de inocentes derramados sobre este solo maldito que este país se tornou, quando vocês chegaram ao poder! — dizia uma deputada que foi imediatamente algemada e arrastada para fora do parlamento.
Depois de a discussão atingir níveis alarmantes, a polícia parlamentar teve de intervir e acalmar os ânimos exaltados.