Alex Collins
Com a ausência da Pérola em casa, o dia foi muito entendiado para mim, então fiz o convite a Débora e a chamei para passar a tarde comigo. Ao entardecer, o Jofre avisa pelo interfone que a Kelly havia chegado para entregar a Pérola, dito isso fui até a porta para recebê-las.
Ao abrir a porta a minha filha vem correndo ao meu encontro.
- Papai!
Ela me abraça forte e entra sorridente na mansão para falar com a "tia Dê" como ela chama carinhosamente a Débora.
- Oi Kelly.
Débora a cumprimenta.
- Olá. - Kelly a responde. - Aqui estão as coisas dela.
Ela me entrega a mochila.
- Pérola! - A chamo. - Que coisa feia, não vai dá tchau a kelly?
A repreendo.
Ela vem até a porta e abraça a Kelly.
- Tchau kelly!
- Tchau meu amor!
E ela entrou para dentro da casa e daqui de fora conseguíamos ouvir as gargalhadas delas.
- A relação delas é tão linda!
Kelly diz era nítido que o seu semblante havia mudado.
- Obrigado por traze-lá e espero que o dia de vocês tenha sido bom!
Disse, mas a Kelly parecia estar em um mundo totalmente paralelo ao meu.
- Kelly está tudo bem?
Pergunto.
- Está sim! -Ela diz. - Eu preciso ir, mais uma vez obrigada!
A Kelly diz e rapidamente vai embora.
- Tem lugar pra mim aí nesse abraço?
- Claro amor!
Me joguei no sofá e abracei a minha pequena.
- O papai estava com tanta saudade.
Dei um beijo em sua bochecha.
- Eu também papai!
Ela me abraça.
Abraço triplo?
Débora diz e nos abraçamos.
- Eu amo muito vocês duas!
- Também te amamos amor.
Ela diz e me beija.
- Que cena linda!
- Vovó!
Pérola levanta e sai correndo para abraçar a minha mãe.
- Oi minha sapeca. - Minha mãe a pega no colo. - Pesada, daqui a pouco a vovó não aguenta te pegar no colo!
Ela a coloca no chão e segura a sua mão.
- O jantar está na mesa. Vamos?
Lourdes fez salmon para o jantar, a Pérola quase não comeu, disse que estava cheia pois havia comido o bolo que a Mamba fez.
Como a Camila estava de folga, fui preparar Pérola para dormir, amanhã é segunda e ela precisa acorda cedo.
- Gostou do passeio de hoje?
Perguntei.
- Sim. - Ela diz puxando o edredom. - Papai a kelly tem uma babá igual eu.
Acho engraçado o jeito dela pronunciar as palavras, mas sempre a corrijo.
- Igual a mim. - Disse. - Que legal e quem é?
- A mamba e eu tenho a Josi. Eu comi doces também! - Ela diz e coloca a mão na boca. - Era segredo.
- Não tem problema, não vou brigar.- Disse. - E a Kelly, ela é legal?
Perguntei e ela balança a cabeça que sim.
- Mas eu gosto mais da tia Débora!
- Eu sei, mas a Kelly é legal também! - Falei enquanto pegava uns livros na estante do quarto. - Qual história vamos ler hoje?
- Essa!
Ela aponta com o dedinho.
- Deixa eu ver... Rapunzel.
Ela deitou na cama, liguei o abajur e apaguei a luz central.
- Era uma vez um distante reino, calmo e tranquilo até que um dia sua rainha, que esta grávida, adoece...
Os olhos dela brilham quando começo a ler a história.
- Ela sonha um dia em ir para o reino para ver o festival. Finalmente, em seu aniversário de dezoito anos...
Pausadamente parei de ler o livro e observei que a Pérola havia pegado no sono.
- Boa noite meu amor. - Ajeitei o cobertor. - Dorme com Deus.
Desligei o abajur e fui para o meu quarto.
- Ainda acordada?
- Sim, estava lendo um livro. - Diz. - Qual foi a história de hoje?
- Rapunzel! - Disse ao entrar no closet e pegar um pijama. - Vou tomar um banho.
Relaxei um pouco no chuveiro, voltei para o quarto e deitei na cama. Logo a Débora deitou em meu peito.
- Não entendi porque a Kelly foi embora tão rápido.
- Nem eu.
Disse tentando pegar no sono.
- Acho que ela ficou chateada ao vê a cumplicidade que a Pérola tem comigo.
Olhei para Débora.
- É um direito dela ficar chateada, mas infelizmente ela está colhendo o que plantou!
Disse.
- Não é a minha intenção atrapalhar o convívio dela com a Pérola.
- Você não atrapalha em nada. - Falo olhando em seus olhos. - Você acrescentou as nossas vidas, teve paciência em namorar uma pai solteiro com uma filha pequena e o mais crucial, deu amor e carinho a ela.
Ela sorrir.
- Eu amo vocês.
- Boa noite.
Dito isso fomos dormir.
Acordo com o barulho do despertador a soar na mesinha da cama.
- Alex...- continuo de olhos fechados. - Alex acorda. - Ela me balança. - Você precisa levar a Pérola na escola.
Abro o meu olho rapidamente.
- A escola!
Levantei igual um louco, tomei um banho, vesti meu terno, peguei a pasta, o notebook e desci até a sala do café.
- Que pressa é essa gente?
Minha mãe pergunta.
- Bom dia.
Olho para a mesa e a Pérola toma o seu copo de leite.
- Bom dia.
Ela responde com o bigodinho de leite que se formou em sua boca.
Bebo uma xícara de café e pego a mochila dela.
- Lourdinha, pede o Jofre para tirar o carro?
- Sim senhor!
- Vamos filha.
Ela se levanta, beija a minha mãe e segura em minha mão.
- Amor, me dá uma carona até o apartamento?
Débora diz ao descer as escadas.
- Claro.
- Tchau gente!
Débora diz.
- Vão com Deus. - Minha mãe diz. - Alex não corre!
Quando abrir a porta o Jofre já estava com carro na frente da mansão. Débora ajustou o cinto na Pérola e logo dei partida. Primeiro deixei a minha noiva na cobertura e depois a Pérola na escola.
- Tchau papai!
Ela me abraça.
- Se comporta e respeita a professora.
Dei um beijo nela e ela entra na sala.
- Bom dia professora.
- Bom dia senhor Alex. - Diz. - Não se esqueça que essa semana ela tem a apresentação de ballet!
- A sim, eu estarei presente! - disse. - Agora preciso ir, tenha um bom dia.
Fui direto para o escritório, cheguei com um copo duplo de café.
Entrei em minha sala, abri as cortinas e liguei o computador.
- Pode entrar.
- Senhor alex, preciso da sua assinatura.
Andressa me mostra os papéis para assinar e novamente batidas na porta.
- Entra!
- Bom dia. - Otávio abre a porta. - Não sabia que estava ocupado.
- São só assinaturas, entre e sente-se.
Depois da assinar os papéis a senhorita Andressa nos deixa a sós.
- E aí, vim saber como foi o encontro das duas?
- Foi bom para o primeiro encontro. - Disse. - Mas acho que a Kelly saiu chateada.
- Chateada?
- Sim, ela viu a Débora e a Pérola juntas e...
Ele me interrompe.
- Já entendi. - Diz. - Isso já era esperado!
- Otávio, ela fez certo em não reclamar. - Disse. - Acho que o bom senso bateu nela.
- Lógico, são colheitas, mas mesmo assim dói.
- É mas não estou afim de falar sobre Isso.
falo para ele.
- Na verdade eu tenho um convite.
Olhei para ele.
- Jantar de casais hoje, topa?
- Depende...
- Se o problema for a Débora, deixa que a Patrícia vai convencer ela a ir.
- Só nós quatro?
- O Luiz também vai.
- Mentira? - Disse surpreso. - Ele voltou para o Brasil?
- Sim! - Diz. - Não me pergunte o porque, ele disse que é assunto para o jantar.
Dei um sorriso.
- Qual restaurante?
- Aquele francês que a sua amada gosta. - Otávio diz. - Já reservei as mesas e o horário.
- Como reservou? Eu não disse que iria.
Ele abre a porta.
- Espero vocês as 20:00!
Ele diz e fecha a porta.
Débora logo me ligou para confirmar o jantar, disse que precisava de um vestido para a ocasião. Falei para ela comprar o mesmo, pois a daria de presente.
Ao anoitecer voltei para casa, avisei a minha mãe que não ia ficar para o jantar. Tomei um banho, vesti uma calça e uma blusa polo, peguei a chave do carro e já estava a sair, quando a Pérola se agarra em minhas pernas.
- Papai deixa eu ir com você?
Ela diz.
- Pérola!
A Camila a chama.
- É um jantar de adultos filha, não posso te levar. - Ela cruza os braços emburrada. - Agora seja uma boa menina e respeite a Camila.
Dei um beijo nela e sai. Peguei a Débora em casa e eles estava incrivelmente sexy no vestido.
- Nossa!
Disse.
- Lindo né? - Ela diz. - Mais lindo é o que estou vestido por baixo dele!
Ela me olha e entra no carro.
Chegamos pontualmente as 20:00.
Luiz ao me ver abriu um sorriso enorme.
- Olha quem apareceu!
Eu o abraço.
- Pelo visto, continua o mais lindo da turma.
Ele diz.
- Só perde pra mim.
Otávio diz e começamos a rir.
- E aí mademoiselles querem beber o quê?
Luiz pergunta.
- Champanhe!
Elas respondem em coro.
- Eu fico no whisky.
Otávio diz.
- Eu vou fazer companhia ao Otávio.
Disse.
- E eu vou me juntar a vocês!
Enquanto esperávamos pelo jantar, conversávamos descontraídos. As nossas noivas pareciam que se conhecia a anos.
- É incrível como mulheres fazem amizades rápido.
Luiz diz e olho para elas.
- Nem me fale.
Otávio diz.
- E aí, como foi essa estádia em Londres?
Pergunto.
- Ganhei muitos lucros nesses anos e é sobre isso que quero falar com vocês!
Olho surpreso para ele.
- Estou precisando de parceria para abrir um novo negócio aqui no Brasil. - Ele simplesmente para de falar. - Que mulher é essa?
Essa fala acaba chamando a minha atenção para direção onde ele olhava.
Pude olhar nitidamente a Kelly e o aprendiz de advogado se sentando em uma mesa um pouco distante da nossa.
- É a mãe da minha filha!
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