"Se não puder dizer algo bonito,
é melhor não dizer nada."
-Bambi
Luíza Ramos
Passei a noite com aquela frase na cabeça " por que eu te mandaria rosas" e outra pergunta surgiu quem me mandou as Rosas, e justo aquelas rosas pensei em todas as probabilidade a Gabi não me mandaria e com aquela frase, então não tenho muito amigos e todas as pessoas que eu conheço não me mandariam Rosas, não sei que horas eu dormi, mas acordei com meu celular tocando era o Leon simples ignorei não quero falar com ele, voltei para minha cama e logo voltou a tocar novamente, não parava de tocar na sexta tentativa me levantei, já estressada assim que peguei o celular vejo que era o Daniel que estava me ligando, meu coração gelou pensando no Miguel, para o Daniel esta ligando alguma coisa aconteceu com o meu menino.
Ligação on
- Alô
- Luíza?
- Sim Dan, aconteceu alguma coisa?
- O resultado dos exames chegaram e você é compatível com o Miguel - dei pulinho ao saber, nunca me senti tão feliz como naquele momento, eu queria abraça o Miguel.
- Muito obrigado Dan, eu estou indo para ir, seu amigo está aí? - perguntei entrando, no meu closet.
- Está sim, você quer falar com ele, ele estava tentando falar com você.
- Eu sei, mas eu não quero falar com ele, já estou indo para aí.
Ligação off
Me arrumei rapidamente, e come uma torrada com café, e fui para o hospital assim que cheguei encontrei o Leon sentado na sala de espera, respirei fundo para ir até ele, estou com raiva dele, mas o Miguel não tem nada a ver com esta história, ele sorriu quando me viu, mas não retribui apenas me aproximei.
- Que bom, que você veio, o doutor disse que você é 100% compatível e que os seus exames chegaram também e sua saúde está ótima eu nem acredito nisto - ele vem me abraça, mas me afastei e neste momento o médico pedi para que entremos na sala.
- Então Luíza, como você já sabe você é 100% compatível com o Miguel, ele já está pronto para receber o transplante agora eu quero sabe como você quer fazer esta doação - ele falou olhando diretamente para mim antes de explicar. -A doação é um procedimento que se faz em centro cirúrgico, sob anestesia peridural ou geral, e requer internação de 24 horas, a medula será retirada do interior da sua bacia, por meio de punções, o procedimento leva em média 90 minutos, e não se preocupe que ela se recompõem em apenas 15 dias, a sua recuperação será simples nos primeiros três dias após a doação pode haver desconforto no local de leve a moderado, que pode ser amenizado com o uso de analgésicos e medidas simples, se você escolher está já podemos fazer ela hoje - ele falou sorrindo. - Há outro método de doação chamado coleta por aférese. Neste caso, o doador faz uso de uma medicação por cinco dias com o objetivo de aumentar o número de células-tronco circulantes no seu sangue. Após esse período, a pessoa faz a doação por meio de uma máquina de aférese, que colhe o sangue da veia do doador, separa as células-tronco e devolve os elementos do sangue que não são necessários para o paciente. Não há necessidade de internação nem de anestesia, sendo todos os procedimentos feitos pela veia - ele se levantou. - Vou deixar você pensando, como vamos fazer - ele falou caminhando até a porta.
- Doutor qual seria a melhor maneira para o Miguel? - perguntei me levantando, olhando para ele.
- Luiza o melhor para ele seria a primeira opção, mas o melhor para você seria a segunda, porque não teria chance de ter nenhum complicação, mas o organismo do Miguel está muito fragilizado ...
- Eu vou fazer a primeira opção, o senhor disse que podemos fazer ela hoje - ele sorriu e sorrir também o Leon me abraçou e nem tinha visto então não consegui desviar.
- Vou preparar tudo - ele falou animado.
- Sério Luíza, muito obrigado, nem sei como te agradecer, por tudo que está fazendo por mim - ele falou e sair dos seus braços.
- Eu estou fazendo pelo Miguel, e não tem ninguém aqui não precisa ficar me abraçando.
- Você está com raiva, por eu não ter te mandado as flores?*- ele falou me observando. - Quem deveria está chateado sou eu, por outro cara está te mandando rosas você é minha noiva - ele falou rude e me afastei ainda mais.
- Não, não somos nada, não foi isto que você me disse, "porque me mandaria rosas", eu entendo não somos nada, agora me deixa no meu canto que eu não preciso do seu showzinho falso, antes de me cortarem - falei me sentando na maca, ele foi para o outro lado da sala e ficou em silêncio, ficamos nos encarando por um tempo até o doutor voltar.
- Já acertei tudo para hoje, só falta preencher estás fichas - ele trouxe um para mim e outra para o Leon já que ele é o responsável do Miguel, depois de preencher entreguei para ele.
- A enfermeira vem trazer a roupa para você se trocar - ele falou sorrindo.
- Eu posso ver o Miguel antes? -perguntei e ele assentiu.
- Vou pedir para ela te entregar a roupa lá, nos vemos logo - ele falou e saiu.
Saímos da sala ainda sem falar nada quando entrei no quarto do Miguel meu sorriso era logo nítido.
- Tia Luh - ele falou com a voz fraquinha, mas com um sorriso fofo
- Oi meu amorzinho - falei depositando um beijinho na sua testa.
- O doutor e o tio León me contaram que eu vou ficar bom logo, porque você vai me dá um pouquinho de você - ele falou com um sorriso tão lindo. - Você me ama de verdade - ele falou, segurando na minha mão.
- Sim, eu te amo Miguel, e você vai ficar bom logo - falei o beijando, e ele me deu um beijinho.
- Eu também gosto de você, eu pensei que você ia ser minha madrasta, mas você está mais para uma m... - ele falou encontrando a cabeça em mim, e foi vencido pelos remédios eu estava com lágrimas nos olhos.
- Ele ia te chamar mãe, e não me chama de pai - escuto o Leon falando, se sentando na poltrona.
- Ele não me chamou. E ele basicamente te chama de pai quando você não está presente, acho que ele ainda não se sente seguro para isto - falei ajeitando ele na cama.
- Eu sei, mas quero tanto ouvir ele me chamando de papai, ter ele na minha casa correndo, me deixando louco, quero ensinar ele a jogar beisebol, basquete, futebol, o que ele quiser, e ir em todos os jogos da escola e grita aquele ali é o meu filho - sorrir para ele, com toda certeza o Miguel tem sorte de ter ele como pai.
- Você vai fazer tudo isto, e ainda tem os festivais de ballet, para você chorar e falar a mais bonita é a minha filha - falei e ele sorriu.
- Já estou imaginando estes dois lá em casa, tenho até pena da Rosa, ela não tem mais idade de ficar correndo atrás de crianças - eu sorri imaginando a cena.
- Acho bom você ir preparando a Amy, não sei se ela vai gostar de ter um irmão, e o mesmo para ele, se não vai ser, um choque muito grande para ambos e como você é o papai aqui e sua responsabilidade.
- Eu sei, só estava esperando ser real sabe, a possibilidade dele sair do hospital.
- É ele vai sair logo, e quando você vai apresentar ele para sua família? - perguntei me sentando na outra poltrona do outro lado da cama.
- Se ele tiver bom, eu quero apresentá-lo na festa do nosso casamento depois do sim e de assinamos os papéis.
- Já estou até vendo a cara do seu pai, posso filmar tudo? - perguntei, e ele gargalhou
- Luíza desculpa por ontem...
- Eu já entendi León, você está sendo legal por causa do contrato, mas não temos nada nem sei se somos amigos, eu sei que eu fui verdadeira com você, não uso nenhum tipo de máscara, só pensei que fossemos amigos - falei me levantando ,e uma enfermeira entrou.
- Olha aqui a sua roupa - ela me entregou. - Em 75 minutos vamos começa o procedimento para a doação então não tenha pressa - ela falou, e não demorou muito pra sair.
- Luíza nos somos amigos, a minha pergunta era porque eu queria saber o porquê, se era seu aniversário de alguma coisa, nós temos que postar estas coisas, me desculpa mesmo, você é minha amiga, e não quero este clima chato entre a gente.
- Desta vez vou deixar passar - fale e ele veio a te mim, e me abraçou por trás.
- Aí minha chatinha voltou, eu não sei se eu gosto mais da Luh chatinha, ou da Luh anjinho - ele falou, e dei um tapa no seu braço.
- Não faça com que te diga quem é a chata - fale e dei um outro tapa.
- Ok, você quem manda - ele falou beijando a minha testa, e sentando na outra poltrona.
- Luh, quando você sair, eu acho melhor você ficar na minha casa, pelo menos os três dias da sua recuperação.
- Não precisa León, eu posso dormir na minha casa.
- Deixa de ser teimosa, é só até você melhorar, ou se não vou ter que ficar na sua casa, e eu mesmo vou ter que te ajudar no banho....
- Eu vou para sua casa - falei vencida não vou fica semi nua na frente dele, mandei uma mensagem para Gabriela pedindo para arrumar a minha bolsa com algumas roupas e em seguida fui me trocar no banheiro que o quarto tinha assim que sair, vejo ele no telefone com uma expressão séria.
- O que foi? - perguntei me aproximando.
- Os escoceses cancelaram o negócio, adivinha quem roubou o meus clientes ?- não fazia a menor ideia, ele me olhou com os olhos avermelhados de raiva. - Os peraltas e estão tentando pegar os clientes de Dubai, o pai da Bella me avisou que iria me destruir.
- León ainda dá tempo se você quiser não precisa me pagar nada só cancele, e case com ela - não sei o porquê, mas só de pensar na hipótese me doía, para a minha surpresa ele me puxou pela cintura e depois me abraçou ficamos assim por uns 5 minutos.
- Eu não vou me casar com ela - ele falou depois de um tempo. - Vamos da um jeito, e a única pessoa com quem eu vou me casar e você - ele falou ainda no meio do abraço, a porta se abriu do quarto e a enfermeira sorriu ao nos ver.
- Eu vim te preparar - ela falou e assente, fomos até a sala a assim que ele colocou a anestesia eu apaguei.
Não sei bem por quanto tempo eu fiquei assim quando eu abri meus olhos já estava no quarto vi o León sorrindo para mim e não me lembro de muita coisa acho que voltei a dormir.
Acordei novamente e vejo o Leon dormindo na poltrona segurando a minha mão, o Miguel estava olhando para mim sorrindo e sorrir de volta ia me mexer para ir no banheiro.
- Tia, o médico disse que você não pode se mexer -ele falou baixinho e voltei para a posição de estava.
- Eu tenho que ir no banheiro - falei na mesma altura, ele olhou para o León, e entende a resposta apertei a mão dele e ele se mexeu.
- León - o chamei e ele nada - León - chamei de novo, mas desta vez ele se abriu os olhos.
- Eu preciso ir no banheiro - falei e ele levantou uma sobrancelha e se levantou vindo me ajudar a chegar no banheiro, me ajudou a entra e ficou me olhando meio sem saber o que fazer.
- Me espera na porta eu consigo tirar a calcinha - eu falei e ele ficou totalmente sem graça e saiu depois ele me ajudou a volta para cama.
O Miguel queria assistir um filme e acabou que nos três fomos assistir o rei leão, o Leon fazia cafuné em mim, e nem terminei o filme e voltei a dormir.