Spells | Scorbus

By dracowarys

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Albus e Scorpius tornaram-se melhores amigos desde o primeiro momento em que se encontraram. Partilhando a me... More

1. O retorno à Hogwarts.
2. A preocupação de Minerva
3. O banheiro de Myrtle E. Warren
4. A Carta de Draco Malfoy
5. O Convite
7. Aberração
8. O Lar dos Malfoy
9. O Armário de Vassouras
10. BÔNUS: A Sala Precisa
11. Hogwarts: Uma Celebração
12. A Toca
13. Férias de Natal
14. Herança de Sangue
15. O Espelho, As Poções
16. Na Cabana do Hagrid
17. Lago
18. Tudo acaba bem

6. A sala de McGonagall

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By dracowarys

Albus e Scorpius passaram horas conversando sobre o que estavam sentindo um pelo outro e depois de analisarem todos os prós e contras colocados em discussão, admitiram que se gostavam demais para evitar o que estava acontecendo, mas sabiam que não daria nada certo expor a todos seus sentimentos. Então resolveram manter em segredo o que quer que fosse aquilo que estava rolando.

Eles tinham dormido separados aquela noite. Ou pelo menos tentado dormir. Scorpius passara mais da metade da noite tendo pesadelos e pensamentos ansiosos que não o deixaram descansar. Acordou exausto e sem nenhum ânimo, mesmo que este fosse o esperado final de semana em Hogsmeade. Albus, no entanto acordara bem e mais animado que o normal, pensando em como poderia ter um dia legal com Scorpius caminhando por todo o vilarejo. Além da Dedos de Mel, poderiam tomar uma cerveja amanteigada no Três Vassouras e passar ainda na Gemialidades Weasley onde poderiam renovar seus estoques de objetos travessos.

Planejando atividades para o dia todo, os dois garotos começaram a se arrumar, o que fez o humor de Scorpius melhorar a cada sorriso que Albus lhe dava. Saíram para além do salão comunal da Sonserina e foram caminhando para o pátio, onde se reuniriam ao restante dos alunos que seguiriam para o passeio. Scorpius, seu cabelo louro levemente desajeitado, vestido completamente de preto - botas de cano baixo, jeans preto acompanhado de uma blusa de manga longa preta - que fazia lembrar seu pai, Draco, mais que o normal. Albus também vestira jeans, mas de uma lavagem que lembrava azul escuro e um suéter verde escuro que o deixava com aparência de típico aluno da Sonserina.

Ambos pararam lado a lado, observando os outros alunos se acumularem ao redor. Rose, James, Lily se aproximaram deles, juntos de Polly Chapman e outros dois garotos que eles não sabiam os nomes. Foi Lily quem iniciou a conversa.

– Animados, rapazes? - perguntou, sorrindo para o irmão.

– É, acho que vai ser bem legal - respondeu educadamente Albus, as mãos colocadas no bolso, um vento leve soprando.

– Seria bem legal mesmo se não tivesse uma aberraçãozinha andando solta por aí - comentou um dos rapazes que acompanhavam eles. Os dois garotos e Polly riram abertamente. James também riu, mas tentou disfarçar. Scorpius sentiu um desconforto e olhou ao redor, tentando ao máximo ignorar tais comentários.

– Na boa, será que a gente pode ficar em paz? - retrucou Lily, revirando os olhos para os dois intrusos. No entanto, Polly Chapman quis dar continuidade à brincadeira de mal gosto, entrando na frente de Scorpius e sibilando

– Como está sua família, Malfoy? Soube que sua mãe morreu de desgosto por conviver com você – desdenhou ela da forma mais desagradável que pode.

Todos, sem exceção, ficaram chocados com o comentário maldoso de Polly e Albus se sobre saltou. Sem pensar, passou a frente do amigo e deu um empurrão tão forte que Chapman foi ao chão. Rose entrou na frente, a fim de segurar Albus.

– Sai da minha frente, Granger-Weasley! - bradou ele

– O que deu em você, Albus? - retrucou ela

– Você ouviu o que ela disse? - gritou Albus - Você ouviu bem, Rose?

– E daí? Não foi com você! - respondeu em tom de voz alto

– Como assim e daí? Foi com meu amigo! - Albus estava cada vez mais furioso

– Aw! Que bonitinho - debochou um dos garotos ao lado de James Potter – Ele está tentando defender o namoradinho! - os dois garotos riam escandalosamente, assim como Polly, que já havia de levantado. James não disfarçou que achara graça da piada, mas continuava sem se manifestar diretamente. Lily lhe deu um soco de leve no braço, e ficou furiosa que o mais velho não estivesse ao lado de seu irmão.

Albus se virou para Scorpius e viu que o amigo estava encolhido no canto, sem olhar para ninguém. Aquilo e ver o trio de idiotas zombando do melhor amigo lhe subiu a cabeça e sem pensar duas vezes, Albus sacou a varinha e gritou

Levicorpus! - o garoto que fizera o último comentário fora arremessado longe. Todos se exaltaram. Rose e Polly apontaram as varinhas para Albus. Lily se encontrava chocada. James e o segundo garoto correram para resgatar o que tinha sido arremessado.

– O que pensa que está fazendo? - berrou Rose. Será que ela nunca entenderia a importância de Scorpius para Albus e o quanto era injusto os comentários maldosos que as pessoas viviam a fazer sobre ele?

– Defendendo meu único amigo - respondeu com firmeza

– Isso não é motivo para atacar alguém! - afirmou Rose

– Rose será que você vive no mesmo mundo que eu? Não consegue ver o quanto isso é injusto? - o tom de voz de Albus aumentava cada vez mais e ele sentia que iria chorar

– Ele não disse nada que não fosse verdade - terminou ela em um tom arrogante.

Albus não acreditava no que estava ouvindo. Lily tapou a boca com as duas mãos, chocada com os argumentos da prima. Não era a maior simpatizante de Scorpius, mas não achava nem um pouco certo a forma como se dirigiam a ele. Para o azar de todos, o Professor Longbottom aparecera e sua feição não se mostrava nada feliz.

– Potters. Weasley. Todos para a sala da diretora. Agora. - disse com sua voz firme - E acho bom você ir também, Malfoy.

Albus e Rose baixaram as varinhas. James não voltou a se aproximar. Se misturou com os outros alunos e seguiu com seu passeio para Hogsmeade. Chapman não foi convocada, então deu de ombros e sumiu para fora dos portões da escola. Lily saiu na frente para a sala de Minerva, seguida por Rose, que pisava furiosa. Albus abraçou Scorpius e perguntou se eles estava bem. O garoto só balançou a cabeça que sim, mas não falou nada. Albus sabia que não falara a verdade.

– Vamos logo, rapazes - chamou uma última vez o professor. Os três caminharam em direção a estátua de gárgula que se dispunha a frente da sala da diretora. A senha, gatos malhados foi dita por Neville e uma escada caracol de pera surgiu. Os cinco subiram e o professor bateu na grande porta de madeira que dava para o interior do escritório. Quando as portas foram enfim abertas, os quatro alunos entraram em choque com a surpresa que tiveram.

Lá dentro, junto de Minerva McGonagall, encontravam-se o alquimista Draco Malfoy, a ministra da magia Hermione Granger e seu marido Ronald Weasley, o auror Harry Potter e a colunista esportiva do Profeta Diário, Gina Weasley. Além disso, eles eram os pais de cada um dos quatro que foram convocados para a diretoria.

– Professor Longbottom? O que houve - questionou tranquilamente Minerva. Os pais dos alunos com caras interrogatórias, tentando entender o que os trazia ali.

– Potter e Granger-Weasley estavam de varinhas na mão, em uma discussão. Um aluno foi arremessado ao ar - explicou calmamente o professor, empurrando os quatro para dentro.

– Vocês o que? - interrogaram em tons severos Gina e Hermione ao mesmo tempo.

– Bom, não vamos nos precipitar - disse a diretora e conjurou cadeiras a mais – Acomodem-se e podem começar a contar o que aconteceu.

Ao lado esquerdo do escritório, sentaram-se Albus, Scorpius, Lily e Rose. De frente para eles estavam seus pais e o professor. A diretora permaneceu em sua mesa.

– Então, quem pode nos contar exatamente o que houve? - McGonagall rompeu o silêncio. Rose estava abrindo a boca para começar a esbravejar, mas Lily a interrompeu.

– Eu conto - disse firmemente olhando para a prima – Serei imparcial - prometeu ao resto da sala. Então ela explicou tudo. Desde que chegaram e Chapman e os outros zombaram dos meninos; que James sempre ria, mas não se manifestava para ajudar o irmão e que sempre presenciava o grupo fazendo trocadilhos maldosos com Scorpius e Albus estava apenas tentando defender o amigo.

Rony olhou para Hermione, que não tirava os olhos da filha. Gina acenou com a cabeça para a Lily Luna como se dissesse "obrigada por ser honesta" e Harry não parava de encarar Albus. Draco, no entanto, não encarava o filho que estava de cabeça baixa, mas olhava para diretora, como se suplicasse por uma ajuda. Minerva respirou fundo e perguntou

– Os pais têm algo a dizer? - mas nenhum deles a respondeu. Porém, Albus tentou se manifestar.

– Eu só... eu só queria que as pessoas parassem com isso, sabe? - respirou fundo, encarou a diretora – Isso é doloroso demais. Todas essas maldades, a forma como atacam Scorpius o tempo todo, sem nenhum motivo plausível.

– Motivo plausível? - Rose o interrompeu – sério, Albus? Você quer um motivo plausível para se sentir nojo de um Malfoy? - falou com desdém

– ROSE GRANGER-WEASLEY! - bradou Hermione – O que pensa que está fazendo? - ela encarava a filha com um olhar muito sério e uma expressão que se mostrava pasma pelo que ouvira.

O silêncio pairou pela sala. Scorpius não falou absolutamente nada em sua defesa, mas todos notaram quando começou a chorar silenciosamente. Lágrimas grossas escorriam pelo seu rosto. Albus se ajoelhou em sua frente, as mãos no rosto do amigo tentando secá-las. Todos os observavam. A respiração de Scorpius estava tremula, ele tentava segurar o choro, mas tentar reprimir só o fazia chorar mais. Os olhos de Draco se encheram d'água, mas ele não foi até o filho. Ao em vez disso, se dirigiu a Rose.

– Você acha que não sei? - começou ele em um tom mais calmo que conseguiu – eu errei muito. Eu errei mais do que você pode imaginar. Mas eu não sabia o que estava fazendo. Eu só tinha a sua idade, garota. Eu tinha medo - Draco precisou respirar fundo antes de continuar – Por que acha que estamos aqui, hein? Acha que aparecemos instantaneamente porque vocês se meteram em uma briguinha? Não. Estávamos aqui antes de vocês chegarem porque - ele fez mais uma pausa para respirar – porque todos precisavam decidir se eu era digno de participar da festa que comemora a vitória de Hogwarts - Draco engoliu seco – eu não lutei por Hogwarts então porque eu deveria estar? Mas o meu filho merece ser excluído e castigado por todas as coisas que aconteceram antes dele existir? Você acha isso justo?

Draco ficou olhando para Rose, que agora sentia-se levemente arrependida. Afinal, houvera o que houvesse no passado, nem ela, nem Albus e nem Scorpius tinham algo a ver com aquilo. Albus continuava no chão, as mãos entrelaçadas nas de Scorpius. Ninguém pareceu se incomodar. Agora era Harry quem falava com as crianças.

– Ouçam todos vocês, quero que prestem bem atenção no que vou lhes explicar - ele falava para os quatro, mas seus olhos dirigiram-se para Rose – Draco Malfoy foi um pé-no-saco durante toda a escola, ah, sim, ele foi. Mas o que houve na grande guerra, eu sei bem, porque tive uma conexão com Voldemort. Draco fora obrigado por Voldemort em muitas das coisas que fez. Ele não queria. E ele não tem culpa. Scorpius menos culpa ainda.

Todos, sem exceção, ficaram chocados com as palavras de Harry.

– Obrigado, Potter - agradeceu Malfoy.

– Só disse o que vi - respondeu Harry.

Ninguém notou, mas a professora Minerva enxugou os olhos com as costas das mãos. Neville tinha uma expressão tão confusa quanto a de Rony. Hermione continuava com seu olhar sério.

– Bem, se podemos considerar o caso Weasley e Potter resolvidos - falou a diretora – Ministra, sr. Weasley, já podem partir. Rose, despeça-se de seus pais e recolha-se para o salão comunal de sua casa - recomendou Minerva - Lily, também está dispensada, querida. Quanto a vocês, Albus e Scorpius, precisamos conversar sobre a fuga que deram em suas aulas de Defesa Contra As Artes das Trevas e, se não me engano, andaram faltando em Runas Antigas também. Frequentar as aulas não é uma opção.

Ambos levaram as mãos aos rostos. Esqueceram-se totalmente que burlaram alguns horários nas últimas semanas. Scorpius que ainda não tinha se manifestado explicou para a diretora e para os pais presentes que estavam sobrecarregados com as provas de NOM's e fugiram de algumas aulas para poder estudar. Minerva não pareceu convencida e afirmou que não se estuda fugindo dos estudos e que os dois estavam sobre riscos de detenção caso isso voltasse a acontecer.

***

Draco pediu licença para Albus e convidou o filho para uma volta no campus. Eles caminharam e conversaram sobre assuntos diversos. Draco contou uma ou outra coisa que fizera "aqui e ali" enquanto estava em Hogwarts e que, apesar de ser difícil, se sentiria feliz em estar presente na festa com o filho. Depois de quase trinta minutos de conversas, voltaram para o escritório de McGonagall, onde Draco se despediu com um forte abraço, um "eu te amo" em sussurro e por fim "me sinto orgulhoso em ter você". Scorpius abraçou o pai mais uma vez e então ele se foi através da chaminé da diretora, única forma de adentrar Hogwarts se não pelo trem.

Albus também teve sua conversa com Harry e foi um pouco melhor do que esperava. "Mataria e morreria por Ron e Hermione se assim tivesse que ser" disse o pai, na tentativa de mostrar ao filho que está tudo bem em querer proteger um amigo.

Os dois, Albus e Scorpius, se encontraram no corredor em frente a gárgula de pedra e se abraçaram fortemente. Estavam exaustos. Exaustos de brigas. Exaustos de chorar. Quando finalmente se soltaram, Albus deu a mão para Scorpius, e então caminharam em silêncio de volta para o salão comunal da Sonserina.

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