i•hate•everything•about•you

By ktthsingularity

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[CONCLUÍDA] Taehyung não se considerava um músico comum, ele cantava contra a boa produção musical, contra as... More

GRUDGE
DARK PARADISE I (extra)
DARK PARADISE II (extra)
DARK PARADISE III (extra final)

AFFECTION

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By ktthsingularity

A "Garagem" era a pequena mecânica improvisada onde o pai de Jeongguk, quando sóbrio, trabalhava.

O garoto tinha a ânsia de querer transar sobre um colchão no mesmo piso rústico em que seu pai o sustentava. Taehyung sabia que fazia parte de uma vingança interna, mas não se importava com isso no início.

Mas a preocupação de Taehyung se tornou gradiente diante dos hematomas roxos que tatuavam a pele de Jeongguk.

Ele nunca se importou muito com os sentimentos alheios e tão pouco com os problemas dos outros, mas em algum momento perdido na memória ele começou a se preocupar com Jeon.

Saber que o pai e irmão dele o esmurravam até moer as costelas lhe fazia fervilhar de ódio e ele descontou o desgosto pisando mais fundo no acelerador. Ele não queria ver Jeongguk machucado.

- Podemos ir pra minha casa, Jeon.

Taehyung propôs de bom grado, mesmo que sua "casa" fosse o quarto ao fundo de sua loja.

Taehyung era 4 anos mais velhos que Jeon.
Ele trabalhava na loja de discos, a qual também servia como estúdio para lançar seus álbuns sob próprio selo.

O estabelecimento fora um presente dos seus pais, desesperançosos que Taehyung se graduasse em alguma universidade, eles apenas concederam um meio de sobrevivência para o único filho. Taehyung não tinha do que reclamar, sua família tinha uma ótima condição financeira e ele nunca passou necessidades.

- Só se você deixar eu escolher os discos pra tocar ... sabe, eu fico bem facinho ouvindo Aerosmith.

Taehyung chiou, olhando o garoto sorrir petulante ao seu lado.

Jeongguk sabia irritá-lo como mais ninguém no mundo.

Porque por mais que fossem provocações óbvias, Taehyung sempre caía nas armadilhas.

- Que tal Gorgoroth?

- Não ... eles não cantam, so gritam.

- Então quer dizer que eu também não canto só grito?

O mais novo deu de ombros, se inclinando para capturar os lábios carnudos de Taehyung em um beijo perigoso e molhado. Por um minuto, eles se desligaram da estrada, sentindo as línguas se massagearem e os caninos rasparem os lábios ao final do beijo.

- Tudo bem, vamos ouvir a merda do Aerosmith então.

O quarto de Taehyung era um tanto pitoresco.
Jungkook analisou as paredes com pôsteres de filmes grotescos e mulheres nuas.
A cama de solteiro era uma bagunça de roupas monocromaticas, moletons e camisetas de bandas todas pretas.

Mas o que mais lhe chamou a atenção foi o artefato profano em cima da cômoda. A figura talhada em baixo relevo de Satã e os hieróglifos gravados o deixaram curioso e suas pequenas mãos voaram para o o objeto.

- Sabe ... - Ele começou, se sentando na parte do colchão livre das roupas - Eu acho bem fofo seus esforços contínuos para disputar o trono de mais malvadão com o diabo.

- Cala a boca ... É óbvio que sou melhor em ser pior que ele  - Taehyung brincou, o olhando pelo canto dos olhos enquanto transferia suas roupas para uma cadeira.

- Particularmente, se eu fosse o Diabo, sentiria vergonha de ter um fanboy tão obcecado quanto você.

- Seu senso de autopreservação deve ter sido destruído por tantas surras na cabeça ... Você não tem medo de mim mesmo? - o mais velho recolheu o objeto das mãos magras de Jeon, o colocando respeitosamente em seu lugar original.

- Taehyung ... a única coisa em você que já me causou medo foi isso aqui ... - ele espalmou a mão na virilha de Kim, esfregando o polegar no contorno fálico do seu pau - Achei que me arruinaria.

- Se for esse seu desejo eu posso concedê-lo ... - ele abriu o zíper da calça e Jeon puxou o cós, deixando a peça deslizar pelas pernas.

Taehyung tinha a habilidade de ter uma ereção momentânea quando se excitava, era como se houvesse um botão conectado ao seu hipotálamo e Jeongguk adorava acioná-lo.

Seu pau era grande, acima da média dos caras que Jeon estava acostumado, mas o que mais chamava a atenção era a circunferência avantajada, recoberta por veias calibrosas sob a pele macia. O garoto mal conseguia comprimir a base do penis entre seus dedos, puxando e prepúcio para expor a glande vermelha.

Jeon abriu a boca, com a língua salivando e pronta para sentir o peso de Taehyung sobre ela e sugou seu pau grande com força, até formar vincos profundos nas bochechas.

Os quadris de Taehyung tremeram com o ritmo rápido em que a cabeça de Jeon se movia; cuspindo seu pau para fora para voltar a deslizá-lo pela garganta até o nariz tocar no abdômen.

Taehyung conseguia aguentar por um longo tempo, ele era do tipo que fodia por duas horas antes de gozar e desmaiar, já Jeon se melava facilmente, mas como um coelho ágil, fica pronto em minutos para uma nova rodada.
O que era bom, porque Taehyung adorava sua hipersensibilidade.

Quando ele afundou os dedos no cabelo úmido de Jeon e puxou sua cabeça para cima seus olhares se encontraram rapidamente antes das bocas colidirem e Taehyung se deitar sobre ele, livrando-o da calça de moletom e sua blusa.

Jeongguk estava tão duro que seu pau permaneceu junto ao abdômen, gotejando precum e molhando sutilmente a pele. Ele observava impacientemente Taehyung se livrar da sua jaqueta de couro com spikes enferrujados e sua camiseta do Venom, chiando excitado com a visão das tatuagens obscuras.

Não era a primeira vez que Jeon as via, mas normalmente mal tinha tempo para admira-las, já que fodiam no escuro da garagem ou escondidos no mustang.

O crânio de um bode cobria o centro de tórax de Taehyung, com gravuras de músicas espalhadas pelas costelas e nas laterais de seu corpo grandes asas negras recobriam a pele, provindas do intimidador corvo que tingia quase por completo suas costas.

No pescoço ainda havia a ramificação de uma árvore, os galhos secos serpenteando até o maxilar e quando Jeongguk chegou na tatuagem do rosto, com a frase escrita abaixo do olho, ele notou que Taehyung também o observava em silêncio.

Talvez houvesse a mesma tímida devoção mútua. Os dedos longos do acastanhado deslizaram pela cintura de Jeongguk com uma cautela exagerada, como se tocasse algo de preciosidade inestimável e o mais novo aguardou, contemplando os toques carinhosos em seu corpo.

-  Tem tantas pintinhas ... e é tão branco - Taehyung murmurou baixo, como se tivesse em um diálogo interno - Macio ... suave e morno - se inclinou até os lábios tocarem a clavícula saliente de Jeon, distribuindo beijos até seu mamilo esquerdo, o qual prendeu entre os dentes e puxou maldosamente - Eu quero que seja apenas meu, para devorá-lo todas as noites, incessantemente.

- A-Aah ... porra! O que deu em você? Isso quase soou como uma confissão bizarra.

Jeon brincou, calando-se quase Taehyung não o olhou irritado e sim, inesperadamente, envergonhado.

Naquela tarde eles não transaram como normalmente faziam, brutal e violento como em um filme pornográfico trash.
Taehyung agiu estranhamente condicente com os desejos secretos de Jeon; intensamente entregue e presente a cada toque trocado.

Com as pernas de Jeongguk abertas e apoiadas em seus ombros largos, Taehyung o preparou. O botão rosa pulsava em torno das falanges que deslizavam pelo canal estreito.
A sensibilidade aguçada fazia o moreno gemer agoniado, puxando os lençóis quando os dedos dentro de si alcançavam o emaranhado de nervos e cutucava impiedosamente sua próstata.

- P-Porra ... Eu vou gozar, p-por favor para ...

Taehyung puxou os dedos para fora, olhando o anel alargado se contrair em volta do ar. Seu próprio pau estava duro e suas bolas doíam.
Ele queria se afundar em Jeongguk.

Rapidamente capturou a calça jeans no chão e pegou o preservativo no bolso traseiro, abrindo o invólucro e deslizando o látex de tamanho extra grande por seu pênis.

Sentia vontade de rechear Jeon com sua porra, mas sabia que o que tinham não passava de sexo casual e isso de certo modo o deixava possessivamente furioso.

Ele encaixou a glande na entrada alargada e empurrou os quadris em um movimento lento e interrupto, sentindo as paredes quentes abrigarem seu pau e o espremerem em um aperto sufocante.

Os tornozelos de Jeongguk voaram para a lombar de Taehyung e suas mãos correram pelas planícies do tórax tatuado, abraçando os ombros quando seus corpos se encaixaram e os rostos se posicionaram tão próximos que os hálitos se fundiram.

Taehyung não sabia como sexo podia ser íntimo e romântico, pra ele era apenas foder, gozar e sair, mas ele entendeu o que a massa de pessoas normais nomeava com "fazer amor".

Ao menos, aquilo era o mais próximo que ele já havia chegado de fazer amor com alguém.

Seus quadris se moviam rapidamente, batendo nas coxas de Jeongguk enquanto o garoto se masturbava e suas bocas abafavam os gemidos com beijos, deixando escapar apenas suspiros baixos.

A carne macia das coxas de Jeon afundava com o aperto de Taehyung e ele empurrava seu pau mais fundo, fazendo Jeon arquear a coluna e colidir seu peito ao dele, o coração do garoto batia tão rápido na caixa torácica que fez Taehyung abraçá-lo forte, prendendo seu corpo trêmulo nos braços para impedir que suas costas deslizassem no lençol quando ele aumentou a velocidade, deslizando rapidamente dentro do mais novo.

- Eu não quero que mais ninguém te toque. Me prometa ... - a mente de Taehyung derretia com o calor estonteamento que emanava de Jeongguk e vê-lo virar uma bagunça abaixo de si era tão pecaminoso  - Me prometa.

O mais novo tentou falar, mas a voz não passou de um miado baixo. Ele não entendia porque Taehyung estava agindo tão estranho, ele era naturalmente excêntrico, mas nunca demonstrou ter ciúme até aquela tarde.

Puxando os fios castanhos de sua nuca, ele apenas o beijou novamente, fracassando em verbalizar qualquer resposta enquanto Taehyung estivesse desferindo estocadas fundas em sua bunda.

Enquanto a mão de Jeongguk se movia rápido entre os abdomens, o deixando próximo do orgasmo, Taehyung se rendeu com o fervilhar intenso em seu ventre. Quando o mais novo gozou, lançando o corpo para trás e seu interior se contraiu em espasmos violentos Taehyung veio, inchando e se desfazendo na camisinha.

Ele não havia se dado conta que tremia tanto até sua razão começar a voltar.

A pequena janela do quarto estava embaçada, contrastando a temperatura externa negativa com o calor dentro do cômodo.

Jeongguk protestou manhoso quando Taehyung moveu os quadris para trás, saindo do abrigo quente de suas coxas para se deitar ao seu lado na cama, retirando a camisinha e amarrando-a na ponta antes de descarta-la no assoalho de madeira.

O espaço pequeno no colchão de solteiro os obrigavam a ficar próximos e Jeongguk, ainda sensível pelo orgasmo arrebatador, deitou a cabeça no ombro de Taehyung, observando seu rosto suado e os olhos serenamente fechados.

- O que quis dizer com aquilo?

- Como assim? - o mais velho perguntou ainda de olhos fechados, deslizando os dedos pela coluna de Jeon enquanto aninhava seu corpo.

- Sobre ninguém mais me tocar. O que quis dizer com isso?

Taehyung abriu os olhos, caindo em si sobre as palavras ditas durante o sexo.

- Eu ... Não sei.

- Verdade? - Jeon se debruçou sobre seu peito, olhando-o curioso - Pareceu uma declaração.

- Por favor ... não diga bobagens.

O sorriso adorável morreu nos lábios vermelhos do mais novo e seu olhar caiu envergonhado, impulsionando o corpo para fora da cama.

- Claro. É uma estupidez pensar que você pode sentir algo tão patético como gostar de alguém, ainda mais alguém com um pau.

O tom irônico atingiu os ouvidos de Taehyung e ele se arrependeu instantemente.

Era verdade o que havia dito antes, ele não queria que mais ninguém tocasse Jeongguk.

Ele não queria ver sua pele clara e macia manchadas por hematomas e também não queria imaginar outras mãos tocando suas curvas.

Odiava a si mesmo por ter deixado esses sentimentos crescerem, mas já era tarde demais. Ele gostava de Jeon, mas pra admitir isso, ele teria que abandonar tudo em que acreditou e pregou durante sua vida.

- Espera. - Segurou o braço do garoto que já estava pronto para se vestir - Eu não sei como eu devo sentir isso ... Eu nunca gostei de ninguém, minha vida inteira foi rir dos imbecis sensíveis, mas quando estou com você sou eu que me sinto um imbecil. Não por estar com você, mas por ser quem eu sou, uma fraude. Você faz eu me sentir tão errado ... Como se tudo que acreditei até hoje fosse um pretexto pra esconder quem sou eu de verdade. Pra eu gostar de você, Jeon ... teria destruir quem eu sou hoje.

Taehyung nunca havia sido tão sincero em toda sua vida e talvez os olhos intensamente pretos de Jeongguk fossem um espelho, que refletissem seu verdadeiro eu, por isso parecia impossível mentir para ele.

- Tae ... - o colchão afundou quando Jeongguk voltou a se deitar, varrendo a expressão dolorosa em seu rosto enquanto os dedos acariciam a bochecha. - Você pode mudar de opinião sobre algumas coisas se isso for te fazer bem ...  Eu acho que matar esse corvo impiedoso pode te fazer renascer como uma fênix.

As palavras de Jeongguk ecoaram nas paredes do quarto e eles permanceram na cama, em um silêncio confortável, mas carregado de expectativa.

Taehyung sabia que para ficar com Jeon ele teria que sair da banda e o mais importante, tirar o garoto de sua família abusiva.

- Você fugiria comigo?

Ele cortou o ar denso, fazendo Jeon levantar o rosto com um brilho no olhar.

- Fugir?

- Não fugir ... se mudar. Talvez para um lugar com pessoas com melhor gosto musical ... talvez, não sei, trabalhar com fotografia como gosta ... Ir pra algum lugar onde o ódio não semeia a terra. Recomeçar, comigo. Você iria?

O celular de Taehyung acendeu sobre a cômoda e as chamadas não cessaram até ele pegar o aparelho e atender, olhando jeon ainda nu deitado em sua cama.

- Certo ... Hoje? No bar das sete almas? Ok. Ok. Já disse que ok, caralho. Até lá.

Ele suspirou áspero, passando a mão pelo cabelo enquanto Jeon se levantou e começou a se vestir.

- Me chamaram pra um show ...

- Entendi. Eu vou indo embora então.

- Espera - Taehyung foi até a cadeira, remexendo nas roupas até encontrar a jaqueta pesada de couro com o emblema de sua banda; um corvo com sangue nas garras e uma igreja em chamas ao fundo. - Fique com ela ...

Jeon sentiu a veste pesar em seus ombros, parecendo uma criança com a roupa exageradamente grande em seu corpo.

- Como sua groupie oficial?

- Pra ser groupie precisa gostar da banda e nem isso você faz - Taehyung devolveu a provocação, apertando o queixo do garoto nos dedos para roubar um beijo lento - Se for no bar vestindo ela eu vou saber que sua resposta é sim.

- E então vamos rumar para o sul em seu carro e seremos felizes para sempre?

- Você é irritante demais para isso, talvez tenha mais brigas do que eu espero, mas sim ... Vamos embora juntos.

Ele observou Jeongguk cruzar a rua pelas vidraças da loja, encolhido na jaqueta enquanto sua silhueta desaparecia entre as pessoas.

Taehyung voltou para o pequeno quarto e pegou a mala que ficava embaixo da cama, jogando dentro um par extra de coturnos, algumas roupas e a figura profana de Satã.

De dentro do mustang, ele olhou levemente melancólico para a loja, um misto de uma prévia saudade e o desejo de esquecer quanta maldade e pecados havia cometido contra tantas pessoas.

Desde de surras à tentativas de homicídio, orgias e destruição de quase todas as igrejas de Oslo.

Ele não havia sido uma boa pessoa nesses anos, mas se houvesse segundas chances nesse mundo ele gostaria de usar a sua para cuidar de Jeongguk. Longe dos seus passados manchados por violência.

Quando ele ligou o rádio, Patiente começou a tocar na rádio e em outra ocasião ele xingaria e colocaria Burzum no volume máximo, mas o irritante Jeongguk gostava dessa música e lembrar dele cantarolando ao seu lado era uma lembrança boa.

O bar estava cheio e seus companheiros se embebedavam em volta de uma mesa. Taehyung se dirigiu até eles e Seokjin já estava com seu corpse pain feito.

- Porra! Demorou pra caralho, achamos que finalmente tinha tido uma overdose.

- Taehyung é ruim demais pra morrer só com uma overdose, pra matar ele teríamos que enfiar uma estaca de madeira benzida no coração ou algo assim.

Hoseok e Jimin riam, socando Taehyung no ombro enquanto Seokjin o olhava impaciente.

- Você se atrasou, senta aí logo pra eu arrumar sua cara.

As performances de Taehyung sempre foram memoráveis. Certa vez ele comprou uma cabeça de porco no açougue e jogou em cima dos fãs que a capturaram para tirar fotos, acreditando de fato serem assustadores.

Mas esse tipo de coisa já não o fazia vibrar. Ele apenas cantou, o timbre barítono alcançava facilmente o vocal gutural e sem a cocaína lhe anestesiando os sentidos ele notou como sua garganta queimava, o leve sabor de ferro preenchendo a boca com o sangue fresco por cantar mais de 5 músicas seguidas.

Ele começava a pensar que Jeon não aparecia naquela noite e talvez nunca mais quisesse lhe ver e isso o fez cantar com mais agonia, o que rendeu urros de aprovação dos fãs enlouquecidos que trocavam socos em um pequeno mosh.

Mas então a porta do bar se abriu e Taehyung reconheceu a figura delicada dentro de sua jaqueta. Ele não atreveu a se aproximar do palco, apenas levantou a mão que segurava sua velha câmera fotógrafa com um sorriso tímido nos lábios.

Jimin foi o primeiro a desviar o olhar de sua guitarra para Taehyung e logo a música cessou quando o microfone caiu no chão e o vocalista abandou a perfomance.

Taehyung sempre esteve uma oitavo abaixo do dó, mas com Jeongguk ele se sentia mais como um soprano desafinado, precisando de suas mãos para ajustar a melodia caótica de sua vida.

Quando o bar caiu em um silêncio sepulcral Taehyung apenas sorriu satisfeito, passando o braço pelo ombros de Jeongguk enquanto mandava de fato pela primeira vez o mundo para o caralho, porque a única pessoa que lhe importava estava agora ao seu lado, aninhada contra o seu corpo.

Ele se despediu, mostrando o dedo médio para seus companheiros e os fãs confusos antes de atravessar a porta do bar e junto à Jeon caminharem até o mustang.

- Estamos mesmo fazendo isso?

O moreno mordia o lábio inferior, apertando fortemente as laterais do banco de couro.

- Já está se arrependendo?

- Nem fodendo ... - ele riu, batendo rapidamente no braço de Taehyung - eu preciso passar em casa antes.

A casa, ou melhor antiga casa, de Jeongguk estava com as luzes apagadas e Taehyung viu quando ele puxou o portão da garagem, saindo de lá com uma mochila nas costas e uma lata de spray na mão.

O garoto agitou a lata e começou a pixar a fachada branca da casa em uma caligrafia preguiçosa, as letras vermelhas um pouco deformadas onde a tinta fresca escorria pela madeira.

Quando se deu por satisfeito ele admirou por um instante seu feito, dando as costas para sua antiga vida e deixando para trás uma última mensagem para seu pai e seu irmão, que o torturaram por tanto tempo; Death to Homophobics

- Sério isso? - Taehyung perguntou divertido.

- O que? Eu não achei papel e caneta para escrever uma carta.

- Puta que pariu, Jeongguk ... - Taehyung riu girando a chave na ignição.

- Então ... O que faremos agora?

- Vamos pro sul, alugar um lugar pra montar a nova loja de discos e transar de manhã, tarde e noite. Talvez adotar uma cobra ... incendiar umas igrejas e torturar alguns homofóbicos.

- Sério isso?

- Estou brincando, a gente deixa as igrejas em paz por enquanto.

- Idiota ... - Jeongguk riu, deslizando pelo banco para depositar um beijo cálido nos lábios de Taehyung, definitivamente pronto para enfrentar o que os aguardasse no final da estrada.

E enquanto os pneus gastavam o asfalto, Taehyung observou a lua crescente no zênite banhar com sua luz pálida o rosto esculpido de Jeongguk e ele soube que estava pronto para renascer, sem gaiolas, correntes e nem deveres.

Ele estava pronto para sentimentos bons, porque Taehyung estava cansado de odiar; ele aprenderia amar daqui por diante.

__________

O motivo da minha inspiração pra escrever isso é cabulosa, então não vou falar kkkkk
As imagens vieram a minha mente e quando vi já estava escrevendo, o resultado não foi tão ruim então decidi postar. Porque eu sempre perco minhas estórias no bloco de notas, parece a caixa de pandora. >_>

NT: vai ter extra por motivos de eu quero huahaua e talvez tenha mpreg ... ainda estou pensando como inserir isso na vibe da fic e tals.

Agradeço quem chegou até aqui, obrigado por ler 🖤

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