Quando O Imprevisto Acontece

By Marciamcl

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Não é nada fácil ser a irmã caçula, muito menos quando seus pais nunca estão em casa para te dar atenção. Voc... More

Capítulo 1 - A Notícia
Capítulo 2 - A Decisão
Capítulo 3 - A Chegada
Capítulo 4 - Passa-se Um Ano
Capítulo 5 - O Casamento
Capítulo 6 - O Reencontro
Capítulo 7 - O Inesperado
Capítulo 8 - A Decepção
Capítulo 10 - A Indiferença
Capítulo 11 - A Saudade
Capítulo 12 - O Preparativo
Capítulo 13 - O Sequestro
Capítulo 14 - Encontrado
Capítulo 15 - A Escuridão
Capítulo 16 - Enfim Casados
VENCEDORA CATEGORIA MAIS ATRAENTES
#MÁRCIARESPONDE

Capítulo 9 - O Apego

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By Marciamcl

"O verdadeiro amor nunca se desgasta. Quanto mais se dá mais se tem."

        Aqueles carinhos foram me aquecendo cada vez mais. Era como se a cada toque dele fizesse como uma chama dentro do meu corpo se acendesse. Não queria sentir as coisas que estava sentindo. Mas era impossível, sentir seu toque em mim, era a melhor sensação que existia. Me virei para ele fazendo com que minha barriga e uma perna minha ficasse por cima dele. O mesmo acariciava minha barriga.

Cadê o bebezinho do papai? - ele perguntou, fazendo carinho na minha barriga.

        Era tão bonitinho vê-lo falar com a minha barriga, quer dizer com o nosso bebê. Assim como muitas vezes já me peguei falando. Comecei a passar a mão sobre o seu rosto, sua barba estava mal feita, mas mesmo assim lhe deixava perfeito. Ele sorria com cada toque que eu despejava em seu rosto.

        Bruno começou a aproximar-se de mim cada vez mais. Nossos rostos estavam próximos e já sentia sua respiração se confundir com a minha. Seu hálito era de menta, o que me fez desejar beijar sua boca. Nossos olhos se encontravam a todo momento, e não faziam questão de desviar.

- Preciso da sua boca na minha. - falei baixinho, como um sussurro.

        Ele segurou meu rosto com uma das mãos e veio com seu lábio no meu. Iniciou um beijo suave, lentamente. Sentia cada toque do seu lábio no meu. Era um beijo que me fazia sentir todas as melhores sensações.

        Bruno acariciava minha cintura com uma das mãos, e com a outra ele tocava meu pescoço. Enquanto eu, passava as unhas nas suas costas e continuava o beijo, que passou de suave para caloroso.

        Desvendava cada lugar da sua boca, cada vez envolvia mais sentimento e vontade. Meu apego nele era enorme. Necessitava daquele beijo todos os dias, como uma forma de relaxamento e de me sentir bem.

Senti saudade dos seu beijo. - ele falou sorrindo, ainda com o lábio no meu.

Sinto saudade não só dos beijos. - falei, e senti minhas bochechas queimarem.

        Meus olhos estavam pesados demais. Chamei Bruno para irmos dormir, e ele levou Beatriz para dormir em seu quarto. Como eu estava grávida de 8 meses, quase não sobrava espaço para poder dormir com a Bia junto com a gente.

        Me deitei de lado, e logo Bruno se deitou atrás de mim, me abraçando como conchinha. Senti sua respiração mais tranquila e pude perceber que já havia dormido, então me deixei levar pelo sono, que me consumia.

        Acordei com as mãos do Bruno me fazendo carinho. Abri os olhos aos poucos, querendo que aquela manhã nunca mais acabasse. Ele me olhava sorrindo e me deu um beijo longo na testa. Assim que abri os olhos, aqueles olhos castanhos me olhavam como se tentassem desvendar todos os meus segredos.

Bom dia Manu. - ele falou, sorrindo.

Bom dia Bruno. - falei, lhe olhando.

Está com fome? - perguntou.

Muita, para falar a verdade. - respondi.

        Ele se levantou e foi preparar o café, enquanto eu tomava um bom banho. Estava de pé, com minha toalha nas mãos e indo para o banheiro. Depois de tomar um banho, não muito longo. Me dirigi até a cozinha, onde Bruno fazia o café. Estávamos na cozinha conversando quando, Beatriz apareceu na porta de pijama e com aquela carinha de sono que eu tanto amava.

        Fui dar um banho na mesma e coloquei um vestidinho leve para que ela pudesse ficar mais a vontade. Tomamos o nosso café e resolvemos almoçar fora, e por sinal paramos logo no restaurante que almoçava com Gustavo. Desejei que ele não estivesse lá. Quando chegamos, avistei uma mesa no canto e havia uma cadeirinha de criança e nós sentamos lá. Fizemos os nossos pedidos e Beatriz nos fez rir durante o almoço todo.

        Estávamos conversando e brincando com Beatriz na mesa. Quando vi a feição de Bruno mudar totalmente, estava com a cara fechada. Tentei olhar para a direção que seu olhos seguiam e vi uma menina. Era morena e alta. Deveria ter mais ou menos a mesma idade que Bruno. Por incrível que pareça ele também não conseguia desviar o olhar que era fixamente nela. Fiquei sem jeito e disfarcei o máximo que pude. Acho que ele percebeu e ficou me olhando.

- Desculpa. - ele falou, me encarando.

- Tudo bem. - falei, tentando disfarçar.

        Percebi logo que a menina estava andando em nossa direção, Beatriz ficou me olhando com uma cara estranha sem entender nada. A moça logo chegou em nossa mesa e passou as mãos sobre os ombros de Bruno. Não conseguia imaginar outra pessoa, sem ser eu tocando nele como ela estava tocando. Me deu uma pontada de ciúmes e tentei me conter.

- Quem é vuxe? - perguntou Beatriz, toda intrometida.

- Eu sou a Maria Luiza e você quem é? - ela perguntou, tentando se manter interessada.

- Eu sou a Bia filha da Manu e do papai Bruno. - minha filha falou, apontando para nos dois.

- Filha? - ela olhou, com um olhar interrogativo para Bruno.

        Fiquei olhando aquela cena, Bruno falou todos os mínimos detalhes para a garota, e também contou sobre eu estar grávida de novo. Todas as vezes Maria me pareceu assustada e ao mesmo tempo desapontada. Não sabia quem ela era, mas sabia que havia algo entre eles, que por sinal era ou é muito forte.

- Vamos para casa? - Bruno perguntou, após a menina ir embora.

- Claro, está tudo bem? - perguntei.

- Sim. - ele respondeu seco.

- Papai vai domi comigo hoje? - Beatriz perguntou, enquanto andávamos até o carro.

- Hoje não vai dar meu anjo. - ele respondeu, enquanto sorria fraco.

        Bruno nos levou para casa. O dia havia começado bem naquela manhã, mas depois que aquela garota apareceu no restaurante, tudo mudou. Preferi fingir que nada estava acontecendo, mas na verdade aquilo me deixou aflita.

        Beatriz não parava de falar do pai e que queria ligar para ele. Não impedi ela de ligar, porém ele não atendeu nenhuma das vedes, todas foram para caixa postal.

- Mamãe, o papai não vai vir mais? - ela perguntou triste.

- Talvez ele esteja ocupado princesa. - respondi.

- Mas eu queria ver o papai. - ela suspirou.

        Tirei a atenção dela enquanto assistíamos um filme da Barbie e comíamos pipoca. Ela pareceu ficar bastante feliz com a ideia. Durante todo o filme ficava conversando sobre as roupas, cabelos, animais e não parava quieta.

        Amanhã era o dia da minha consulta logo cedo. Antes queria saber o sexo do bebê só após nascer, mas acabei mudando de ideia e iria saber na manhã seguinte. Não fomos dormir muito tarde, mesmo porque Beatriz estava bem cansada.

        O relógio despertou as 8:00 da manhã e fui tomar banho e dar banho na Beatriz. Liguei para Bruno pois o mesmo tinha me prometido que ia comigo. Como era de se esperar ele não atendeu. Esperei o máximo que pude mas ele não chegou. Coloquei Beatriz no banco do carro e fomos para o médico que não ficava muito longe.

- Bom dia Manoela. - falou a recepcionista.

- Bom dia. - respondi.

- O doutor está te esperando. - ela continuou.

        Fui para sala de mãos dadas com Beatriz, lhe coloquei sentada em uma cadeira, enquanto me deitava na cama. Levantei minha blusa o suficiente para que o doutor pudesse fazer seus exames na minha barriga.

- É um menininho. - ele falou, sorrindo para mim.

- Sério? - naquele momento meus olhos já estavam cheios de lágrimas, e as mesmas rolaram sobre meu rosto.

        Resolvi ir almoçar no shopping com Beatriz. Depois de entrarmos na fila, resolvemos comer no kalzone. Pedi um de calabresa, um de peito de peru, e um de chocolate. Beatriz comia um pedaço de cada o que era bastante engraçado. Já estava toda suja. Pedimos dois sucos, um de laranja e um de limão.

        Quando terminamos de comer, fomos para o estacionamento, e coloquei ela na cadeirinha. Fomos para casa, quando estava indo, tive a impressão de ver Bruno agarrado naquela menina do restaurante, mas deve ter sido coisa da minha cabeça. Cheguei em casa e coloquei Beatriz tomar banho na bandeira para ela poder brincar também com seus brinquedos de borracha.

        Tentei ligar mais algumas vezes para o Bruno, que não me atendeu. Em seguida mandei uma SMS falando sobre ser um menino e estar saudável e limpei a casa. Beatriz começou a berrar no banheiro. Tirei ela e coloquei uma calcinha e uma blusa e deixei ela daquele jeito.

        O telefone tocou e senti esperanças de ser Bruno, mas não era. Fiquei impressionada de ser Gustavo, fazia tempo que não nos falávamos e o mesmo queria me ver. Combinamos que ele iria jantar conosco de noite. Beatriz me pediu para que falasse com ele e eles passaram um tempo conversando, até ele desligar.

- Mamãe é verdade que o tio Gu vai janta aqui?

- Sim. Mas só se você se comportar? - falei rindo.

- Eu plometo mamãe. - ela disse sorrindo.

        Resolvi fazer uma lasanha para o jantar, e comecei a preparar a mesma. Beatriz foi escolher o que usar para o jantar, fazia tempo que não via ela desse jeito, me alegrou bastante.

Você está maravilhosa. - Gustavo disse ao me ver.

Obrigada. Você também. - respondi envergonhada.

        Beatriz apareceu com uma blusa rosa de borboletas e uma saia jeans curtinha e correu até os braços de Gustavo. Os dois trocaram alguns carinhos, era lindo de ver. Realmente ficaram bastante tempo separados. E por mais que a Bia não entendesse muito, parecia saber direitinho o que ocorreu.

        Coloquei a lasanha na mesa, e o suco natural que havia feito. Nos sentamos e começamos a jantar. Beatriz já estava toda lambuzada com o molho. 

Como está o noivado? - ele sorria, enquanto falava.

Não sei bem. Quer dizer, não tem nenhum noivado. A gente só ta se enrolando. - falei baixo.

Aconteceu alguma coisa? - perguntou ele.

Bruno está estranho, apareceu uma menina aí, e sei lá ele não entra em contato desde então. - respondi.

Você acha que...? - ele me olhou.

Não quero achar nada. Mas Beatriz sente a falta dele. - olhei para ela, que não parava de comer.

Você sabe, se precisar de alguma coisa, é só me ligar. - afirmou Gustavo.

        Depois daquela pequena conversa senti, que realmente iria precisar dele nesses dias, que se caso Bruno pretendesse ficar de fora, faria falta. Depois de colocar outra roupa na Bia e limpa-la, fomos nós três para sala assistir.

Mamãe o titio Gu pode vim de novo aqui em casa? - ela perguntou, com seus olhinhos brilhando.

Claro que sim princesa, sempre que você quiser. - respondi.

- E quando eu quiser? - ele perguntou, soltando um sorriso de lado.

- Será sempre bem-vindo. - respondi, retribuindo o sorriso dele.

        Acordei assustada, ainda estava escuro, olhei para o lado, Gustavo dormia com Beatriz em seu colo, olhei no relógio já era 3:00 da madrugada. Fiquei com pena de acordar ele, mas sabia que querendo ou não era cansativo dormir com um bebê no seu colo ainda mais em um sofá. 

Gustavo, acorda. - falei baixinho, enquanto cutucava ele.

- Oi? - ele falou, abrindo os olhos.

Tem que levar a Bia pro quarto. - continuei.

Tudo bem. - ele respondeu, enquanto se levantava com Bia em seu colo e levava ela para a cama no seu quarto.

        Depois de Gustavo levar ela para dormir em seu quarto. Fiquei com pena de manda-lo embora, pois já era muito tarde e ele estava muito sonolento. Falei que se quisesse poderia dormir comigo, na minha cama, era o mais confortável para lhe oferecer, porém sem segundas intenções. 

        Estava sendo chacoalhada pela Bia do meu lado, com seus olhinhos de espanto, fiquei sem entender, até olhar para o lado e me deparar com Gustavo dormindo com seu braço sobre mim. Até eu fiquei assustada.

Mamãe dormiu com titio? - ela perguntou confusa.

O sofá é muito duro. - falei, tentando desviar o assunto.

Mamãe namola o titio? - ela perguntou sorrindo.

Não, capaz Beatriz, não sei de onde você tira essas perguntas. - falei me levantando imediatamente.

        Durante aqueles dias que se passavam fiquei imaginando o que Bruno estaria fazendo para não ter aparecido nenhum dia em casa. A minha preocupação não era por mim, mas Bia perguntava todos os dias dele, e eu não sabia o que responder. 

        Naquela semana que se seguiu Gustavo me ajudou a cuidar da Beatriz enquanto eu trabalhava e me deixou bastante alegre, pois, seria difícil trabalhar com ela do meu lado pedindo as coisas e fazendo seus pequenos escândalos. 

         Quando chegou na outra segunda resolvi ir até a casa de Bruno, para deixar Bia passar o dia com ele, caso não estivesse ocupado. 

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