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Olivia F
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Sento na cama bocejando e bagunço meus cabelos molhados franzindo a testa pelo cansaço.
—Acha que eu deveria ir ao médico? —viro meu rosto para o Henry que terminava de fechar a camisa, e mordo meu lábio lembrando de alguns minutos atrás. Eu andava tão estranha, bom não que antes eu não tivesse vontade de passar o dia na cama com Henry, mas agora eu literalmente sonhava com ele me tocando.
Sonhos muito reais.
—Está se sentindo mal? —Henry para o que fazia vindo até mim com a testa franzida e toca minha testa com a mão quente me fazendo suspirar.
—Esse meu sono bagunçado, e eu senti tontura enquanto me vestia. —murmuro tímida abraçando a cintura dele deitando o rosto em seu peito. Eu tinha alguma ideia do que estava acontecendo, estudamos essas coisas na escola, mas eu não tinha certeza, não tinha como ter certeza até fazer os exames. E não quero dar esperanças para o Henry e depois ser engano.
Não quero me decepcionar ou a ele.
—Amor você devia ter me falado. —ele se abaixa para olhar meu rosto e suspiro envergonhada. —Está sentindo tontura agora?
—Não Henry, estou bem. —sorrio encantada com a preocupação dele e suspiro. —Agora estou com fome.
—Fome? —Ele ri baixinho erguendo uma sobrancelha e concordo devagar. —O que quer comer?
—Panquecas e frutas. —faço um bico já que as que ele faz são melhores.
—Panquecas e frutas então— recebo um selinho e ele se levanta saindo do quarto.
Agora sozinha me deito na cama e coloco a mão barriga pegando meu celular com a outra, eu sabia quem podia me ajudar. Carol, a esposa de Christopher, eu a tinha conhecido em uma das sessões e mantivemos uma conversa tranquila do lado de fora do consultório sobre quase tudo e principalmente nossos homens. Ela tinha me dito que se precisasse de algo era só ligar, mas eu tenho coragem?
Vamos Olívia!
Respiro fundo apertando a tecla e fecho os olhos pensando em tudo que venho passando na última semana, o atraso, as mudanças de humor, o enjôo desgraçado ao sentir o cheiro da ração do Kal, a vontade de dormir o dia inteiro e sempre estar cansada. Eu estou com medo, e se não for o que Henry quer?
—Olivia? Pensei que não me ligaria. —a voz animada fala do outro lado e sorrio imaginando que ela devia estar fazendo mil coisas ao mesmo tempo. —Chris, pega essa caixa aqui. —ela grita e mordo meu lábio.
—Estou atrapalhando? —pergunto tímida brincando com minha camisa puxando um fio de linha.
—Não, claro que não. —ela nega e escuto a voz de alguém no fundo. Acho que era o Christopher.—Precisa de algo?
—Você é médica, não é? —mordo meu lábio me sentando na cama.
—Sim sou ginecologista e obstreta...porque? Alguém está doente? —a voz dela soa um pouco preocupada o que me faz sorrir.
—Doente não é o caso, —murmuro mais envergonhada.
O que ela vai pensar de mim?
—Então? —agora ela parecia séria e suspiro. —Ah...ah. Amor, eu vou estar no meu escritório, não atrapalhe. —ela grita e franzo a testa curiosa enquanto ela parece andar. —O que você está sentindo?
—Uhn...começou a uma semana, eu estava colocando a ração do Kal e o cheiro quase me fez vomitar. —murmuro me levantando e indo até a porta a trancando, não queria que Henry ouvisse o que escondi. - O mesmo acontece com cebolas e laranjas, meu estômago revira e perco meu apetite. —mordo meu dedo pensativa.
—Seu ciclo está atrasado? —suspiro com a pergunta, eu nunca reparei muito nisso, mas sempre me achei regrada.
—Pelas minhas contas estou três dias atrasada, eu não devia sentir sintomas só depois de uns três meses? —pergunto lembrando do que li na internet.
—Algumas mulheres sentem uma semana antes, algumas nem sentem no início. Vária de corpo para corpo Olívia. —ela tenta me acalmar, mas não funciona direito. —O que mais está sentindo?
—Fome...muita fome, mais do que o normal. —rio lembrando do almoço com James e dele dizendo que estou passando tanto tempo com Henry que comecei a me alimentar feito ele. —E sono. Eu dormi na mesa da cozinha ontem depois do jantar.
—Isso é comum, os hormônios estão subindo e seu corpo não está acostumado. —ela parece certa do que eu tinha. — Seu apetite sexual aumentou?
Arregalo os olhos ouvindo aquilo e cubro minha boca murmurando envergonhada, meu deus, como eu falaria daquilo para uma estranha?
—Uhum...e eu fico irritada muito rápido, mas logo estou chorando. —falo rápido ouvindo uma batida na porta. —Já vai.
—Eu tenho quase certeza do que você tem Olívia...mas se quiser pode me encontrar na minha clínica e eu te examino. O que acha?
—Seria perfeito, muito obrigada. —abro a porta vendo o olhar confuso de Henry.
—As 11, estarei te esperando. —ela desliga e guardo o celular no bolso pegando o prato das mãos de Henry.
—Quem era? —ele me segue até a cama e começo a comer sem responder. —Liv.
—Era a Carol...marquei uma consulta com ela.
Seja o que Deus quiser, eu só não sei o que vou fazer.
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Opa, Liv tá com intoxicação por leite. Hihi
Bjs da tia Lina