Raposa Selvagem

By raposaselvagem1320

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Angel e Luck vivem num castelo da Escócia, aonde governa Sabrat Nevergan. Angel conhecida nos arredores de s... More

Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 2-Parte 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10

Capítulo 5

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By raposaselvagem1320


Após entrar em seu quarto e o trancar, Luck se sentou em sua cama para colocar a cabeça no lugar, pensou em tudo em sua vida, seus pais, seu futuro de fato ele era o herdeiro e com isso seu dever era garantir descendência e com isso sabia que teria que se casar.

-Porque será que tem que ser assim?- ele coçava a cabeça enquanto falava e andava pelo quarto-Ser um Nevergan, virar rei.

E olhando uma tapeçaria em sua parede que escondia um pequeno armário secreto.

-Rei Luck Nevergan, clã conhecido por ter guerreiros tão firmes e corajosos- levantando a tapeçaria e olhando o armário- corajosos... se me pertencesse escolher meu caminho poderia ser quem sou.

Escondendo novamente o compartimento com a tapeçaria, andou até sua mesa em frente a janela e pegou a adaga que seu pai havia lhe dado quando tinha 15 anos, era de ouro com uma pedra verde e outra vermelha no cabo, a verde lembravam seus olhos e de fato estas eram as cores do brasão de seu clã, abriu uma gaveta e pegou um pedaço de madeira para entalha-lo. Ficou boa parte da noite a luz de uma ou duas velas, depois de um tempo entalhando olhou para seu reflexo na adaga não havia notado as lagrimas que escorriam em seu rosto, notou que estava com uma expressão fria e séria igual a de seu pai.

-De fato, com essa cara e uma adaga, eu pareço um Nevergan- colocando a adaga na mesa e olhando para o pedaço de madeira, que havia escrito o nome de Filipe, as lagrimas começaram a dificultar mais sua visão- Se continuar chorando como um tolo, não vou conseguir dormir não é.

Levantou-se e foi dormir.

Logo amanheceu, os primeiros raios de sol da manhã cobriam as montanhas, árvores, flores, e o rio com brilho angelical que trazia a qualquer viajante ou observador uma sensação de paz e tranquilidade. Sabrat e Ofélia aos poucos acordavam com os pequenos raios de sol, logo se aprontaram e foram tomar o café da manhã.

-Querido, você sabe se Luck já acordou?- Ofélia o olhava com um olhar preocupado.

-Não sei mas Luck não acorda tarde- ele disse levanto um pedaço de pão a boca.

-Vocês brigaram ontem a noite após o jantar não foi?

-Aquele moleque precisa aprender a ser mais responsável, não somos imortais querida-pegando a mão da esposa sussurrou- Luck precisa tomar juízo logo, aprender a ser rei.

Ofélia amava Luck e seu temperamento dócil e agradável, mas sabia que ele tinha razão.

Luck havia acordado mais cedo e saído pela portinhola em seu quarto e ido até o bosque, colocou sua capa preta e chagando no final levantou o capuz e colocou a adaga na bota. Começou a caminhar sem rumo pelas arvores apenas olhando para o céu e pesando, mas nunca abaixando sua guarda, andou até o canteiro de flores que sempre ia na companhia de Angel, pegando uma pequena flor branca sorriu ao lembrar de quando fora la na primeira vez acompanhado de Brutan e Angel e sentiu saudade da infância, de quando não se preocupava com seu destino, sonhava em viajar conhecer países longínquos, mas agora estava preocupado, não em relação de decepcionar seu pai mas sim de não ser um bom rei para Edimburgo, e não cumprir corretamente seu dever para com o povo, estava distraído em meio aos seus pensamentos mas logo um barulho o levou de volta para a realidade.

Pegando rapidamente a adaga e se preparando para qualquer luta que estaria por vir foi se aproximando e se assustou ao ver Estrela pular nele querendo brincar.

-Estrela você quer me matar de medo- ele disse com humor enquanto a raposa se aproximava dele para ele acarícia-la- parece que não sou único que gosta muito desde lado do bosque.

Luck passou um tempo brincado com ela, até que Estrela correu intuindo a ele que a seguisse e ele foi. Correu até uma pequena clareira e a raposa parou, indo até um pequeno lago tomar água.

-Era aqui que você me queria me trazer então- ele se sentou no relento olhando aquele lindo lugar- aqui é como uma pequeno paraíso no meio de todo.

Era um lugar que parecia isolado do mundo, a luz do sol iluminava as plantas com uma luz angelical, as águas do lado cintilavam fazendo ele brilhar tanto que pareciam pequenos pedaços de sol, as flores exilavam um cheiro doce e livre aquela visão traziam paz para seu ser fazendo-o se sentir aliviado de todas as preocupações ao seu redor. Logo Estrela foi até Luck, e deitou a cabeça em seu colo, e ele começou a fazer carinho em sua cabeça.

-Gostaria de parar no tempo Estrela, e ficar aqui pra sempre esse pequeno paraíso me traz paz, o futuro parece ser tão incerto e ao mesmo tempo tão bem trassado sabe, nascer, ser coroado, ter filhos, envelhecer e morrer, mas no meio disso ninguém pergunta se temos vontades ou sonhos- ele levantou a cabeça fazendo as lagrimas que estavam brotando desceram rapidamente- Estrela sabe o que de hoje marca não é, Raposa Selvagem e você são muito amigas.

Luck se levantou e a raposa se sentou olhando fixamente para ele, Luck pegou a adaga da bota mirou num pequeno ganho que ficava pendurado em uma arvore.

-Ser um Nevergan, Estrela requer ter coragem, destreza e firmeza- levantando a mão com adaga- meu pai desde meu nascimento esperou um guerreiro, mas como alguns dizem veio um fracote.

Luck virou a adaga para o lado da lamina, e jogou acertando em cheio na folha que grudou no tronco.

-Quando era criança decidir não ser o que meu pai esperava que eu fosse- andou até o tronco e pegou a adaga- é verdade que tenho medo como qualquer um, mas posso ser tão bom quanto um guerreiro, esse Coelho Assutado tem de permanecer na toca, se ele soubesse me forçaria a ser igual a ele.

Estrela o olhava, encarava Luck profundamente e ele se aproximava dela sorrindo.

-Isso é por Filipe, ele me ajudou a ser quem escondo ser, por simplesmente ter acreditado em mim quando muitos duvidavam-fazendo carinho na raposa que depois se afastou indo pro lago se abaixando e fechando os olhos- sinto muita falta dele também Estrela.

A raposa levantou e correu pro meio dos arbustos e sumindo no meio das arvores. O garoto logo se levantou e foi embora, secando ferozmente as lagrimas e olhando para a flor branca guardada no bolso.

-Obrigado Filipe- ele disse se abaixando após  chegar perto lugar aonde Filipe sempre se encontrava com ele e enterrou a flor.

Costumava fazer-lo todos os anos quando chegava essa data, e voltou para o castelo pelo túnel.

Depois de se troca, destrancou a porta do quarto e foi até a cozinha procurar o que comer, chegando lá esboçou seu habitual sorriso gentil para a cozinheira que lhe deu um dos pães que estava preparando ele agradeceu galante e foi andar pelo castelo.

Chegando perto dos aposentos de sua mãe, Elisa o viu e foi até ele.

-Majestade- ela chamou fazendo ele parar

-Sim, bom dia Elisa- ele deu um sorriso gentil e ela sorriu também.

-A rainha estava procurando pelo senhor-ela disse com um olhar confuso.

-A sim, tudo bem, diga a ela que irei aos aposentos dela daqui a pouco- ele disse e contornou a garota-eu preciso fazer algumas coisas antes, e você viu Angel?

-A Raposa Selvagem- ela disse com certo humor- está no estábulo provavelmente.

-Obrigada Elisa- ele se despediu e foi até lá.

Precisava conforta-la, o castelo parecia estar mais melancólico que de costume a tristeza diante das lembranças da morte de Filipe, faziam aquele lugar ficar mais obscuro e triste. Luck já estava triste mas sabia que Angel estaria pior. No estábulo Angel estava escovando sua égua Elinor uma linda criatura cor de carmelo com uma mancha branca na testa em formato de triangulo, quando entrou Luck fez carinho em seu cavalo enorme e com pelos negros, até que viu a amiga escondida, e foi até ela logo notou lagrimas cintilarem em seu rosto.

-Angel? Oi-ele disse gentilmente chegando perto da garota

-Oi Luck- ela abaixou o rosto- digo majestade.

-Estamos sozinhos esqueceu- emboçou um sorriso triste para ela que se virou e largou a escova no chão- Angel não chore, eu sei que dói muito, mas...

Angel correu e procurou abrigo nos braços do amigo, que ficou surpreso com a atitude repentina dela, eles muito raramente se abraçavam, apenas quando eram crianças, Luck lentamente a abraçou e a consolou pousando gentilmente seu queixo no topo da cabeça dela, sentindo seus soluços, naquele momento notou o quanto era grande em comparação com ela, Angel se afastou rapidamente.

-Me desculpe, mas obrigada- ela disse se recompondo e olhando para ele com sorriso triste.

-Não precisa agradecer, sou seu amigo Angel- Luck estava feliz por ela estar com um semblante melhor- agora é melhor você ir, fique com seu pai não se esqueça que ele sente tanta falta dele quanto você.

-Você tem razão- ela contornou ele e olhando para traz disse- você não vai voltar?

-Vou depois, quero ficar um pouco com Cairadi.

-Está bem, até mais tarde- ela virou e correu até a saída 

-Até Raposa- ele foi até seu cavalo e acariciando-o falou -Angel se você soubesse quanta falta seu irmão me faz.

Luck ficou ali durante muito tempo, até um dos criados vir o chamar para voltar ao castelo. 

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