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Ancile Killer.
Me olho na parede espelhada, estou vestida para o baile, há cinco horas atrás estava animada para esse evento, há duas horas atrás sinceramente desisti de ir.
E me vendo agora talvez não tenha sido de todo mal desidir ir de última hora, claro que estou alguns/vários minutos atrasada e isso ao mesmo tempo que me irrita por ter toc de pontualidade também foi melhor.
Meu intuito nessa festa será causar, seja por tirar toda a atenção do Supremo para mim, ou por querer ver de perto e aplaudir do lado dele a sua decisão e isso nem de longe é algo bom, pelo menos não para ele.
Estou com um vestido branco, talhado como se fosse feito com escamas de peixe, um penteado com cabelo solto e tranças atrás do cabelo, paro de me olhar quando escuto o som de batidas na porta e vou direto para abrira mesma vendo quem já sabia ser.
- Você está linda. - Fala me olhando de sima a baixo, sorrio debochada pronta para dar uma resposta.
- Eu sou linda até quando durmo, agora entra. - Falo a vendo revirar o olho e entrar no quarto.
- Tá, sua convencida. - Me sento e a olho falando:
- Como está, Jade? - A olho, e ela sorri.
A mesma está com um vestido roxo com o busto em desenhos de flores, um cinto de cobre com uma rosa talhada em ouro, tudo resalta seus olhos azuis e cabelos ruivos.
- Estou bem, sabe que Belamy queria vir, mas tinha muitas coisas a fazer e ele te conhece bem, sabia que não iria gostar. - Fala se jogando na minha cama.
- E ele está certo, Não é um momento bom para se ausentar de seus deveres, trouxe o que te pedir certo? - Falo e a mesma confirma.
- Ótimo, agora levanta sua bunda da minha cama e vamos, temos um baile para ir. - Me levanto e a mesma faz o mesmo. Ela sorri seguindo atrás de mim.
- Você não presta, e ainda me pergunto o que fazemos aqui, esse reino é um tanto... - Ela mesma se corta quando não encontra a palavra certa e eu a olho e termino sua fala.
- Ultrapassado? É eu sei. - Seguimos pelo corredor com ela do meu lado.
- Como está Octávio e Fridda? Da última vez que os vi eles disseram que iriam tirá ferias e viajar pelos mundos, conhecer as culturas do universo à fora, e Mia? - Ela joga um braço por detrás de meu ombro e me responde.
- Acredite, você se surpreenderia em saber que Fridda está esperando o segundo filho deles, Como sempre Octávio e Mia vivem em apostas. Eles não mudam nesse quesito, Mia está mais linda que antes, e até hoje não assumiu que gosta de Jackson, eles são um caso perdido. - Sorrio em lembrar de como era viver lá, entre eles.
- E você? Como está você e Belamy? - Ela me olha e vejo o brilho erradiar de suas orbis ao falar da família que formou.
Deveria me odiar por, por um segundo ter tido inveja de sua felicidade, de saber que nunca irei ter isso, mas logo me lembro meu real proposito e vejo que nem mesmo se quisesse poderia ser diferente.
- Eu e Belamy estamos mais felizes que nunca, o mesmo continua com o ciúme e proteção excessiva comigo, você iria amar conhecer Charlotte e Zael, eles são as melhores coisas que a vida poderia me dar, e tudo isso se deve a você. - Vejo seu olhar agradecido para comigo.
- Não sei o que seria se não tivessemos ido naquele lugar, talvez jamais teria conhecido o amor da minha vida, tudo o que mais quero é que você encontre sua felicidade amiga. - Me sinto culpada por ter perdido tanto da vida deles, e meu olhar fica vago ao saber que o seu querer é impossível.
- Quem sabe um dia, gostei de saber que colocou o nome deles em seus filhos, tenho certeza de que se eles tivessem aqui iriam amar saber disso. - Falo e logo começo a escutar o som de música clássica e vozes ao fundo, indicando que estamos a alguns corredores de chegar no salão onde está havendo a festa.
- Eu sei que sim. Bom, e como vai Louis? Andrew e Marcel como estão? - Pergunta.
Suspiro ao lembrar de Marcel, mesmo estando se esforçando, ainda assim não sei se um dia irei voltar a lhe dar tanta credibilidade, não totalmente e, temos, Andrew, o mesmo que não irei ver nunca mais.
- Louis continua comigo e Marcel, bem, Marcel mudou um pouco, tive que dar uma lição nele, Andrew... Ele não está mais entre nós. - Minha voz saí vazia ao relatar que ele morreu.
Mesmo que dentro não esteja do mesmo jeito, ela me abraça, fico um pouco sem reação, porém, logo retribuo, ela me conhece e sabe meu jeito de lidar com a perda.
- Chegamos. - Digo saindo do abraço, ela sorri e paramos em frente a porta que é aberta por dois soldados me dando a visão completa do salão de festa.
Olho todo o espaço decorado em tons de vermelho escuro, dourado e branco, o vermelho simboliza a força, o dourado o poder e o branco a pureza, tudo muito extravagante, mas não brega ou feio, até que está bonito.
Entro no salão direcionado meu olhar diretamente a minha frente mesmo que esteja observando tudo e todos ao meu redor. Jade vêm logo atrás de mim, assim que paro na entrada todos os olhares são direcionados a nós, como se visem algo de outro mundo.
Tecnicamente estão vendo, mesmo que isso não seja importante. A atenção de todos estão em mim, a Caçadora. A única mulher do Conselho.
Meu olhar é vazio, frio como iceberg, meu corpo está em uma postura superior a todos, mesmo sem querer ainda assim exalo dominância, todos olham a figura altiva e atrevida que tirou toda a atenção do Supremo e a tomou para si.
Eu sou assim, em certas ocasiões eu realmente gosto de me senti o centro, o gosto do poder sendo degustado por mim, o próprio poder evaporando pelos meus poros. Isso é esplêndido e eu gosto disso, da sensação de está no controle, de mesmo sem que nenhum deles saibam, eu saber que ainda estou no controle.
Ter o controle da vida de cada um. No fundo meu lado sádico e extravagante sempre me vence, sempre é o que prevalece. A diferença é que agora eu sei o controlar, eu sei a hora que posso o deixar fluir e essa com certeza é uma delas.
Bless Abrahamsen.
Tava tudo ocorrendo como planejado, sabia que daqui a algumas horas começaria a desandar, mas tudo de errado já era previsto por mim, e fosse o que fosse estava preparado para resolver.
Só sentia falta de uma única pessoa aqui...
Tudo estaria perfeito, lustres espalhados pelo local não deixava que nenhum canto ficasse escuro, mesas ao redor para acomodar todos os convidados burgueses e espalhafatosos que adorava ir a festas da corte e esbanjar seus luxus excessivos.
Havia uma parede no canto somente com mesas com os mais diversos Antepastos. Uma decoração em vermelho escuro, dourado e branco estava por todo lugar.
Vasos de rosas, a bandeira estampando o brasão de minha família e os lustres de cristal dava um ar elegante ao local.
Não que eu entendesse muito dessas coisas, mas de tanto ir e - a contra gosto - fazer esse tipo de evento, aprendi algumas coisas, e tenho que admitir, o trabalho de minha prima em organizar essa palhaçada que logo teria um belo show, estava de parabéns.
Bebia de meu vinho, enquanto enbarcava em uma corversa nada interessante com alguns duques bajuladores, até que a atenção de todos saiu da conversa para um ponto específico e estranhei o comportamento dos duques que olhavam diretamente para algo atrás de mim.
Noah que estava do meu lado também parece ter percebido e olhou para trás, logo me irritei, por algum motivo a atenção excessiva deles para seja lá o que fosse passou a me incomodar.
Então tratei de me virar e ver com meus próprios olhos quem era que estava tendo a atenção de todos, foi quando eu à vi, ela estava linda, uma imagem digna de uma deusa, com um vestido longo, branco e incrivelmente sexy que realsava as curvas que não se podia ver com a roupa de caçadora.
O vestido tinha um sobretudo branco atrás e o busto era talhado como se fosse escamas de peixe, seu cabelo branco estava em uma trança atrás e solto na frente, e chegava a ser tão natural a forma que ela se possicionava enquanto andava.
Sua postura era de uma verdadeira líder e eu jamais duvidaria de que ela fosse uma, chegava a erradiar dominância e poder sem que demonstrasse fazer nenhum esforço, tudo e todos pararam para presenciar o ser que entrou imponente e majestosamente por entre às portas do meu salão.
Como se ela fosse a atração mais esperada e aguardada por todos, e eu não duvidaria de que muitos queriam ver a única mulher que tem no conselho e a que tomou a frente para dizimar monstros sem demonstrar em momento nenhum fraquejar.
Talvez todos ali quisessem ver a mulher que em menos de meia hora derrotou um dos maiores lutadores do reino, as notícias corriam rápido e não foi preciso mais que dois dias para que todos, principalmente da corte, soubessem que uma mulher tinha conseguido mais que uma vez em menos de meio tempo, derrotar o temido Charles.
O garoto era realmente bom, eu já havia o presenciado lutar antes, ele descontada sua frustação em seus adversários.
E demorou para eu acreditar quando Noah me disse que ela derrotou ele, só acreditei quando me lembrei de que ela tambem conseguiu me fazer cair, mesmo que eu tivesse deixado que ela vencesse.
Ainda assim de primeira ela conseguiu me fazer cair e me perguntei o que ela realmente era. O que ela realmente queria aqui?!
Eu mandei que investigassem sua vida e tudo que encontrei foi nada, era como se ela jamais existisse, mesmo eu a vendo ali, real e irreal ao mesmo tempo.
Fiquei a olhando, no fundo, tudo o que faltava era ela, ela era realmente a atração mais esperada por mim, e me irritou saber que não foi só eu que a olhava com admiração. Me irritou ver o olhar de cobiça de homens que com toda certeza eu mataria a sangue frio, se fosse em outra ocasião.
- Como vai Caçadora? - Escuto a voz de um dos duques que estava à conversar a instantes atrás e logo lhe vejo tão perto quanto longe de onde eu estou.
Fecho meu punho em um gesto instintivo de irritação pela fala do homem, ela não se dá ao trabalho de o responder e isso me acalma de alguma forma.
- Como vai Supremo. - Nem de longe isso foi uma pergunta, ela me olhou sorrindo, mas sabia o quão sarcástico era ele - mesmo que também fosse lindo.
Era rara as vezes que a vi sorri e quando acontecia jamais foi um sinsero ou espontâneo, sempre tinha um interesse envolto dele e isso não era algo que me agradava.
- Estou ótimo, Veronica. - Eu poderia não ter descoberto muito sobre sua vida, mas se tinha algo que havia descobrido era que ela não gostava de ser chamada por seu segundo nome.
Pelo menos não por alguém que não a conhecesse, o que significava ninguém. Até hoje jamais a vi ser gentil ou algo do tipo com ninguém, isso tirando Merlim, mas ninguém que a conhecesse conseguiria ser ruim com a mesma.
Ela tinha uma áurea pura e um sorriso que contageava, foi a mãe que encontrei por acaso e uma pessoa que eu admirava muito. Sabia que ela não gostava de ser chamada pelo nome e pior ainda por seu segundo nome, isso foi uma das poucas coisas que descobri sobre ela.
- Ham... como sei que ela não irá me apresentar eu mesma o farei. - Uma garota de cabelos ruivos e olhos azuis fala. - Pazer, Jade Thálassa, você deve ser o Supremo Alpha certo? - Se apresenta.
Ela sorri extrovertida e não demonstra medo algum ao falar tão livremente comigo como se me conhecesse, o que não é o caso, eu a olho com a sobrancelha erguida mas curioso por ela ter se apresentado como alguém que Ancile conhece.
- Prazer, Bless Abrahamsen. - Falo, aperto e beijo sua mão e no mesmo momento eu a retiro quando sinto um tipo de pressentindo.
Foi como se a garota entrasse em transe e por um momento vi seu olho ficar de um azul ainda mais forte, o momento acabou tão rapido quanto apareceu.
- Cheguei... perdi algo? - Escuto a voz de minha prima falar.
Meu olhar continua na garota como se para ter certeza de que o que vi foi real ou uma reflexão pela luz.
- Não amor, nós estamos nos paresentando para a amiga da Caçadora. - Fala Noah e percebo o olhar de minha prima ir para a direção das duas mulheres na minha frente.
Ancile não parece ligar e também não fala nada, ao contrario da garota que é a primeria a se pronunciar.
- Prazer, me chamo Jade Thálassa. - Fala a garota sorrindo em direção a Elizabetta.
A mesma, mesmo desconfiada sorri de volta e encara Ancile que continuou imóvel.
- E você deve ser a famosa caçadora de quem meu primo está morr... aí! - Corto Elizabetta com uma fraca cotovelada e a mesma me joga um olhar mortal.
- Continuando, você deve ser Ancile Veronica certo? Prazer em conhece-las, eu sou Elizabetta Torwin, prima de Bless e companheira de Noah. - Fala entrelaçando o braço ao de Noah.
Betta não perde a oportunidade de ser ciumenta e sei que esse ciúme todo é da garota ruiva, mesmo que Noah nem se quer tenha se apresentado para ela.
- Vocês fazem um ótimo casal, se meu marido os conhecesse acho que iria gostar de vocês. - Com toda certeza a mulher disse isso para que minha prima não ficasse com o ciúme a amostra.
E eu vi minha prima sorri corada ao se dar conta de que a mulher não estava dando mole para Noah.
- Obrigada, tenho certeza de que iria gostar de conhecer seu marido. - Falou.
Isso com toda certeza não foi a melhor coisa a se dizer, visto que Noah apertou mais o agarre na cintura de Betta a fazendo entender o que havia feito, e antes que o momento ficasse mais tenso Ancile falou.
- Agora que todos se apresentaram, o que pra mim é idiotisse, vamos parar com essa conversa que está me dando dor de cabeça, acho que está na hora do Supremo subir no palco e começar a fazer o lindo e comovente discurso dele, não? - Me olhando, ela diz cinicamente.
- Já que você diz. - Minha voz saí rouca e arrastada enquanto eu aceito que essa é a sua decisão final.
Escuto uma risada abafada de Betta e enquanto começo a andar para longe deles escuto ela falar.
- Agora entendir o porque ser você. - Dizia. - Porra, com toda certeza você é a alma gêmea do meu primo, mulher você virou minha idola só por ser a única pessoa na vida que eu já vi o afrontar, sem ser eu e os betas e não morrer em seguida. - Parei de ouvir quando subi no palco feito especialmente para esse tipo de evento.
Vejo o olhar de todos em mim, esperando meu discurso para dar começo ao festival de caça, olho para todos parando em um azul gelido, mas que mexe tanto comigo.
Suspiro e antes de começar meu discurso olho para a causadora de todo meu nervosismo.
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Taporra!! Essa festa vai dar o que falar até umas hrs... 👁👄👁
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