O Misterio do Cristal de Gelo...

By LadyJoker01

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Ulquiorra Cifer é um detetive particular que trabalha na agência de detectives do renomado Aizen Sōsuke, que... More

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O Depoimento

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By LadyJoker01

Kaien saiu pela porta da biblioteca caminhando em direção a praça que estava antes, sentando-se em um balanço. O moreno retira o seu celular do bolso e liga para a sua irmã.

Fala aí

Kuukaku, onde você está?

Eu vou para um racha de moto com a Yoruichi

O que?! Kuukaku essas coisas são perigosas!

Calma, a gente sabe o que tá fazendo.

Desde quando vocês sabem?

Desde quando você se tornou tão chato?

Não venha trocar de assunto — fala irritado.

Relaxa, vai ser rápido quando você e o Ichigo chegarem em casa eu já vou está lá.

Bem, o Ichigo teve que sair pra resolver algumas coisas.

Ah então vai lá pra casa da Yoruichi e me espera lá, a gente vai junto então.

Okay — dá uma breve pausa — E tome cuidado tá bem.

Certo, certo — dizia despreocupada, desligando o telefone

Kaien guardou o celular e levantou-se do balanço, caminhando em direção ao bairro nobre da cidade. Tentava não se preocupar tanto com a sua irmã, "Espero que você saiba realmente o que está fazendo.", dizia em seus pensamentos. Após um tempo de caminhada o jovem começou a pensar um pouco nos amigos de Ichigo, eles eram boas companhias para o primo e o moreno sentia vontade de se tornar mais íntimo deles. Porém, o seu tempo em Karakura não iria ser muito longo para que isso se tornasse realidade.

[***]

Renji havia ligado para os seus amigos repórteres para que eles pudessem fazer a entrevista com a Rukia, neste período de tempo Orihime havia ligado para Ulquiorra sugerindo que eles comessem no shopping e o detive concordou; Chad havia se retirado para almoçar e ir treinar, pois não poderia relaxar em sua rotina de treinos; Ishida decidiu ir para casa enquanto Ichigo decidiu que ficaria com Rukia e Renji mais um pouco. O trio saiu do shopping ficando no local de encontro aguardando que Kira e Hisagi chegassem. A morena mexia o pé em um ritmo acelerado e Ichigo acaba notando.

Ichigo — Está nervosa?

Rukia — Por que eu estaria? — balançava o pé

Ichigo — Eu não sei, mas você parece estar nervosa.

Renji — Relaxa Rukia. É só responder as perguntas deles.

Rukia — Eu sei, só não quero falar de mais e deixar o Nii-sama bravo.

Ichigo — O Byakuya sempre está bravo.

Rukia — Não, ele está sempre bravo com você.

Renji avista os amigos saindo de dentro de um táxi e se dirigindo a eles.

Renji — Eles chegaram — o ruivo aguarda que eles se aproximem e levanta-se para cumprimentá-los. Hisagi o dá um aperto de mão forte seguido de umas tapinhas no ombro, fazendo que o sorriso de Renji torna-se uma careta — Cara aí tá machucado.

Hisagi — Foi mal, achei que de nós três você fosse o que estaria melhor.

Renji — Eu só tô com algumas queimaduras.

Izuru — Eu gostaria de estar com só algumas queimaduras — lamentou-se — Eu quase não consegui acordar hoje de manhã com tanta dor.

Hisagi — Para de drama Izuru — vira-se para Rukia — Muito obrigada por nos conceder essa entrevista, senhorita Kuchiki. Eu sou Shuuhei Hisagi, colunista da Gazeta de Karakura — gesticula com a palma aberta para Kira — E este é Izuru Kira, o fotógrafo da Gazeta.

Rukia — É um prazer conhecê-los — sorri simpática.

Hisagi e Kira sentaram-se em duas cadeiras próximas, Shuuhei ficando de frente a Rukia e Izuru ao lado de Ichigo, eles trocam poucas palavras antes de Hisagi voltar a falar.

Hisagi — Senhorita Kuchiki, quando soube que algo havia sido roubado de sua residência? — repousa a caneta em um bloco de anotações enquanto olhava para ela.

Rukia tenta se lembrar dos detalhes.

Rukia — Eu havia acordado e como de costume eu fui a sala de refeições para tomar o meu café da manhã com a minha família. Porém, percebi que eles não iriam vir, então perguntei a um dos empregados o que havia acontecido. Ele disse que nós tínhamos sido roubados e que o Nii-sama estava no estábulo.

Hisagi — Com licença senhorita Kuchiki, mas um estábulo?

Rukia ri brevemente.

Rukia — Sim, poucas pessoas sabem, mas meu irmão gosta muito de cavalos.

Hisagi — Que interessante... — disse enquanto anotava essa informação no bloco de papel — Continue por favor.

Rukia — Eu perguntei o que havia sido roubado e recebi a notícia de que havia sido um dos tesouros da família, depois disso ele entrou na carruagem e saiu.

Ichigo pensa consigo mesmo, "Por que tão exagerado?" e volta a olhar para Rukia.

Hisagi — E o que foi roubado exatamente?

Rukia — Desculpe, mas se o Nii-sama não quis falar essa informação, eu também não devo compartilhá-la.

Hisagi — Entendo. O sr. Kuchiki preferiu não dar queixa à polícia. A senhorita tem alguma ideia do por quê?

Rukia — Não mas... Imagino que deva ser porque a polícia de Karakura é um pouco lenta e esse objeto era muito importante para o meu irmão.

Hisagi — Certo — anota os pontos importantes ditos — Ontem durante o período da tarde eu e o Izuru fomos à mansão Kuchiki saber sobre os detalhes, embora não tivemos muito sucesso, percebemos que havia muitos homens instalando aparelhos de segurança.

Rukia o interrompe.

Rukia — Sim, o Nii-sama ficou preocupado com a nossa segurança e comprou muitas câmeras e sistemas de alarmes. Nenhum de nós quer que isso volte a acontecer.

Hisagi — É bem compreensível — diz passando uma folha do bloco de notas e olha para as suas perguntas pré-pensadas — Creio que vocês não ficaram apenas nas câmeras, então devo perguntar, quem estaria à frente da investigação do roubo?

Rukia — Nós contratamos um dos detetives da agência do sr. Sousuke.

Hisagi — Oh sim, o sr. Sousuke e os seus homens possuem a fama de serem altamente competentes. É compreensível que o sr.Kuchiki tenha ido em busca da agência Las Noches.

Renji — Eu quase não tô reconhecendo o Hisagi agora — sussurrou no ouvido de Izuru.

Izuru — Ele realmente fica bem centrado quando está entrevistando alguém, principalmente agora, se a gente conseguir algo bom para os olhos do editor podemos ser promovidos — sussurra de volta para o amigo

Hisagi— E vocês já tem alguma pista sobre quem poderia ter sido o ladrão?

Rukia — Não que eu saiba — dá uma breve pausa — E mesmo que soubesse não poderia contar, me desculpe.

Hisagi — Muito bem então, algum suspeito?

Rukia — Não, na verdade não consigo pensar em ninguém que quisesse aquela coisa.

Hisagi — Okay, vamos falar de algo menos tenso como, amanhã irá acontecer o baile de candidatura do prefeito Yamamoto, organizado por sua filha Unohana Kenpachi Retsu e ouvimos dizer que a senhorita estará presente, isto é verdade?

Rukia — É, nós fomos convidados para o evento. Estávamos comprando roupas para isso.

Hisagi — Nós vamos cobrir um pouco do evento também, então provavelmente nós iremos nos encontrar lá.

Rukia — Fico feliz em saber disso — dá um breve sorriso.

Hisagi — Agora uma pergunta aleatória: O que você gosta de fazer que poucas pessoas sabem?

Rukia fica surpresa com a pergunta, mas pensa por uns instantes

Rukia — Eu gosto de escalar lugares altos.

Ichigo — Isso foi inesperado.

Hisagi se levanta e a comprimenta sorrindo.

Hisagi — Muito obrigado pela atenção senhorita Kuchiki. A senhorita se importaria que o Izuru tirasse uma foto da entrevista?

Rukia — Claro que não, a vontade.

Izuru levantou-se da cadeira e tirou uma foto de Rukia e Hisagi fingindo conversar.

Izuru — Ficou boa — ele mostra para Hisagi.

Hisagi — Temos que ir à redação agora, adeus gente — acenou junto a Kira.

Rukia dá um longo suspiro.

Ichigo — Você foi muito bem.

Renji — Eu disse que eles eram profissionais — deu um sorriso confiante para a amiga — Na verdade eu não estava tão certo assim, mas vocês foram bem.

Rukia — Eu só espero que eu não tenha falado demais.

Ichigo — É, porque você não parava de falar detalhes do caso — disse ironicamente.

Rukia — Eu não podia falar muita coisa, já tinha deixado isso bem claro.

Renji — Mesmo assim acho que eles vão conseguir bons pontos com os editores.

Rukia — Está um pouco tarde agora, tenho que ir pra casa — disse olhando para o relógio de seu celular.

Ichigo — A gente te deixa lá, né Renji?

Renji — Com certeza.

O trio levanta e se dirige ao bairro onde os Kuchikis moravam.

[***]

Orihime esperava pacientemente por Ulquiorra enquanto olhava para as pessoas na praça de alimentação. "Será que ele irá demorar muito?", ela pensava, observando as pessoas ao redor. "O Ulqui-kun tem o costume de ser bem silencioso e de se misturar com facilidade na multidão, acho que vai ser difícil encontrá-lo só procurando com os olhos.", suspirou, apoiando a sua cabeça em sua mão. Alguns minutos a mais se passaram até que a garota sentisse um toque em seu ombro, primeiramente ela teve um susto, mas logo percebeu que o toque pertencia ao seu namorado. Ele puxou uma cadeira e sentou-se de frente à ruiva.

Orihime — Você me assustou — falou rindo um pouco, ainda se recuperando do susto.

Ulquiorra — Eu percebi. Você deu um pequeno pulo da cadeira, essa não foi a intenção, desculpe.

Orihime — Ah não se preocupe, está tudo bem — lançou-lhe um sorriso caloroso — Então o que vamos comer?

Ulquiorra — Podemos provar a comida do restaurante novo.

Orihime — Ele já abriu?! — disse surpresa.

Ulquiorra — Sim, quando estava te procurando eu vi que estava aberto e com uma das maiores filas do lado esquerdo.

Orihime — Então a comida deve ser deliciosa — as imagens dos possíveis pratos existentes no restaurante brotaram rapidamente na mente da garota, a deixando com água na boca — Mas a gente não vai demorar muito a comer? Já que a fila está grande...

Ulquiorra — Lá é self service, nossa vez irá chegar logo.

Orihime levantou-se da cadeira.

Orihime — Então vamos lá! — Caminha até o lado da cadeira de Ulquiorra, esperando que o detetive se levantasse e a acompanhasse.

Atendendo os desejos de sua parceira, o detetive levantou-se calmamente e acompanhou Orihime, que segurava o seu braço esquerdo, até o final da fila do restaurante. Não demorou muito para que o casal estivesse com a comida em seus pratos — o da ruiva em especial chamava a atenção de todos que estavam ao seu lado, devido ter escolhas que não pareciam muito apetitosas. Após isso eles voltaram para a mesa que estavam.

Ulquiorra — Você conseguiu achar o vestido?

Orihime — Sim, mas eu queria que você tivesse ido também. Tinha alguns tão lindos onde eu e a Kuchiki-san fomos. Nós até que escolhemos rápido, ficamos ajudando uma a outra. Quando chegarmos em casa eu lhe mostro.

Ulquiorra — Pensei que fosse fazer uma surpresa — tomou um pouco de refrigerante.

Orihime — Eu ia... Mas eu não aguento a espera.

Ulquiorra admirou a ruiva, deixando escapar um curto sorriso, era inegável, ela simplesmente ficava encantadora quando se empolgava com algo.

Orihime — A Kuchiki-san escolheu um vestido vermelho, eu fiquei surpresa na verdade, porque ela sempre está usando roupas claras. Pensei que fosse escolher um vestido creme que havia lá — dá uma breve pausa — E enquanto a você Ulquiorra-kun? Achou as plantas que falou hoje de manhã?

Ulquiorra — Sim, mas todos os arquivos pertencentes a área reservada não podem sair de lá sem a autorização do dono e a planta específica que eu estava procurando não estava lá.

Orihime termina de mastigar e comenta.

Orihime — Por que o Urahara-san estaria com a planta?

Ulquiorra — Eu não creio que seja ele que esteja com ela. Provavelmente o ladrão a pegou, além do mais não é a única coisa que falta.

Orihime — Como assim?

Ulquiorra — Haviam algumas prateleiras completamente vazias, mas suspeito que não estavam assim antes.

Orihime — Então quase tudo foi roubado! — Disse espantada.

Ulquiorra fica em silêncio por uns segundos e come um pouco, voltando a falar após mastigar.

Ulquiorra — Ainda não posso tirar conclusões, preciso falar mais com Urahara Kisuke sobre isso. Ele pode está ciente disso, ou não... De toda forma ainda tenho que perguntá-lo de mais algumas coisas.

A ruiva confirmou com a cabeça enquanto pegava um pouco de sua mistura de feijão doce com sushi, oferecendo ao detetive. O moreno negou a oferta balançando a cabeça, fazendo com que a moça insistisse um pouco mais, porém não recebendo nenhuma resposta positiva em sua investida. Orihime — Por favor, Ulquiorra-kun. É bem mais gostoso do que parece ser — estendia os hashis na frente dele.

Ulquiorra — Você sempre fala isso.

Orihime — Mas dessa vez vai ser diferente, porque o sabor vai ser bem agridoce. Acho que você vai gostar — disse convicta, balançando um pouco os pauzinhos na frente dele — Por favor, Ulqui-kun — o olhava com olhos suplicantes e fala mansa.

Ulquiorra — Certo, mas só se me chamar do jeito que sempre lhe peço para chamar.

Orihime — Ulquiorra-kun? — O questionou, incerta.

Ulquiorra — Realmente não tem como tirar esse vício de você — deu um breve sorriso, suspirando logo em seguida — Estou pronto.

Orihime sorri e coloca a comida na boca dele. Ulquiorra mastigava sem vontade, aquilo não era nada apetitoso e não tinha uma boa consistência, o que causava um estranhamento na hora de mastigar e engolir — embora ela estivesse certa sobre a parte de ser agridoce — ,o fato de misturar peixe com feijão doce lhe dava um pouco de ânsia. O moreno engoliu o bolo alimentar rapidamente e tomou um gole de refrigerante de chá verde para tirar um pouco do sabor da boca.

Orihime — Então, o que achou? — perguntou empolgada

Ulquiorra — Seu paladar realmente é bem diferente do meu — pega um pouco da sua comida e coloca na boca de Orihime antes que ela falasse alguma coisa — O que acha do gosto disso?

Orihime mastiga um pouco, a comida realmente era boa, mas em sua opinião se colocasse um pouco mais de wasabi a massa ficaria bem melhor.

Orihime — Acho que precisa de um pouquinho mais de wasabi....

Ulquiorra riu do comentário da ruiva, era uma risada baixa e discreta e ao ouvi-la Orihime começou a rir também, porém sua risada era mais alta e animada do que a dele. Aquele era um raro momento em que o detetive se divertia no dia.

Eles terminaram a comida, Ulquiorra foi pagar a refeição enquanto Orihime o aguardava de frente a um restaurante de comida processada, digitando algo em seu celular.

Ulquiorra — Você vai à delegacia agora? — a questionou, observando a tela do celular da parceira.

Orihime — Sim.

Ulquiorra — As suas amigas também?

Orihime — Hrum — acenou com a cabeça e olhou para ele — Elas já estão lá, a Mila-chan disse que a Loly estava dando um depoimento e parecia que ia demorar, então temos tempo para chegar.

Ulquiorra confirmou com a cabeça e a acompanhou até a saída do shopping. Orihime ligou para o seu taxista favorito, Yumichika, mas dessa vez ele estava ocupado, então o casal pegou um táxi qualquer até a delegacia e quando desceram encontraram as três garotas amigas de Orihime nos bancos de espera.

Mila Rose — Fico feliz de você ter vindo.

Orihime — Eu tinha que fazer isso.

Sung-Sun — Então você que é o namorado que ela tanto falava não é? — dirigiu o olhar para o detetive.

Ulquiorra — Sim, sou eu.

Sung Sun — Ele é bem fofinho — voltou-se para Orihime.

Emmylou — Você poderia ser um pouco mais direta não é? — falou ironicamente.

Sung- Sun — O que? Eu só estou sendo sincera.

Mila Rose — Calem a boca vocês duas, estamos em uma delegacia e não no bar para vocês ficarem discutindo.

Sung-Sun — Mas as pessoas sempre discutem nas delegacias dos filmes.

Mila Rose — Não estamos em um filme Sung.

Orihime e Ulquiorra sentam-se na frente delas enquanto aguardavam a saída de Loly da sala de depoimentos. Foi uma longa espera até que a garota finalmente saiu da sala com lágrimas nos olhos. A garota olhou para frente e percebeu a presença das suas colegas de trabalho e rapidamente enxugou as lágrimas caminhando alguns passos a frente até que seu celular começou a tocar.

Loly — A Menoly acordou? — Faz uma breve pausa — Eu estou indo agora.

Sem olhar para trás, a garota de duplo rabo de cavalo correu pelos corredores da delegacia.

Orihime — A Menoly foi uma das feridas no acidente? — pergunta para as garotas.

Emmylou — Ela foi pisoteada durante a confusão, ficou bastante ferida.

Mila Rose — Foi encontrada desacordada, Loly teve um surto quando a viu.

Um policial moreno e robusto aparece na porta que Loly estava, comentando com um dos seus colegas de trabalho.

— Mesmo que esse velho saia daqui, vai ter que pagar muitas indenizações e multas. Aposto que vai acabar falindo — riu o policial olhando para as garotas — Vocês também? — Antes que as meninas abrissem a boca o homem volta a falar — Eu não acredito no que estou vendo, Ulquiorra!

Ulquiorra olha para o policial com uma expressão séria, de todos os policiais dali, por quê justo esse que estava coletando as queixas? Deveria ter alguém mais competente no setor. Com um tom de voz seco e com um leve desprezo ele respondeu o homem.

Ulquiorra — Não faça tanto espanto Yammy.

Yammy — É assim que você trata um velho amigo? — O homem caminhou na direção do detetive.

Ulquiorra — Nós nunca fomos amigos Yammy — o olha com desprezo.

Yammy — Eu te considero um amigo Ulquiorra — disse rindo, dando umas tapinhas no ombro dele — Como vão as coisas como detetive particular?

Ulquiorra — Boas.

Yammy — Droga. Eu estava esperando que você não estivesse gostando, nós contratamos um detetive novo, mas ele não é tão rápido como você.

Ulquiorra — Então ele combina com esse lugar.

Yammy — Sentimos falta do seu humor ácido — riu — Então o que veio fazer aqui?

Ulquiorra — Minha namorada veio prestar queixa também.

Yammy para por alguns segundos, aquela frase não parecia fazer muito sentido. A ideia de Ulquiorra namorando alguém parecia muito utópica para ser real.

Yammy — Sua namorada? — Perguntou confuso.

Ulquiorra segura a mão de Orihime e olha para Yammy como se o policial fosse uma criança com dificuldades de compreensão.

Ulquiorra — É.

Orihime — Prazer em conhecê-lo. Sou Orihime Inoue — sorriu para o homem.

Yammy — Prazer em conhecê-la, senhorita Inoue. Sou o policial Yammy Llargo — falava devagar ainda tentando colocar as ideias em ordem — Acompanhe o policial Dordoni — apontou para o homem com cavanhaque pontudo.

Orihime olhou para Ulquiorra com um pouco de nervosismo e em seguida olha para Yammy.

Orihime — Llargo-san, o Ulquiorra-kun não poderia me acompanhar?

Yammy — Me desculpe, mas isso é algo que precisa fazer sozinha.

Ela consentiu um pouco triste e soltou a mão de Ulquiorra, levantando-se e olhando todos ao redor. As garotas faziam alguns gestos incentivadores enquanto o seu namorado dava um olhar encorajador, ao menos era assim que ela o via. Orihime segue o policial Dordoni até a sala de depoimento, onde ele puxou a cadeira para que ela sentasse.

Dordoni — Aguarde um pouco aqui, Yammy chegará logo com a papelada — disse sentando-se em outra cadeira à frente do computador. Olhando brevemete para a ruiva, notou que a garota o olhava com curiosidade — A senhorita deve estar ciente de que tenho que escrever todo o depoimento para colocar no sistema — comentou o homem olhando de volta para a tela do computador, o sutaque mexicano era inconfudivel em sua voz.

Orihime confirmou com a cabeça e observa Yammy entrando na sala, fechando a porta e carregando alguns papéis que colocou em cima da mesa, sentando-se de frente a ela.

Yammy — Como isso aconteceu?

Orihime — O A-assédio? — Perguntou um pouco confusa.

Yammy — Não — respondeu incrédulo — Você e o Ulquiorra — ele parecia mais perdido do que a garota — Isso é muito estranho — disse olhando para o seu colega de trabalho, mas apenas recebeu um olhar de censura — Ah é verdade, Foi mal — Yammy entrega os papéis a Orihime — Você terá que preenche-los antes de dá o depoimento.

Orihime olhou para a papelada e segurou uma das canetas disponíveis ao lado. Havia muitas coisas para se preencher, como: Nome; sexo; data de nascimento; estado civil; estado; bairro e tipo de denúncia, neste último tópico ela escreveu "assédio moral". O policial a sua frente estendeu outra folha pedindo informações sobre quem ela estava acusando e o período de tempo em que os fatos aconteceram. Após terminar de escrever todas essas informações, a ruiva entregou a documentação novamente.

Orihime — Acabei.

Yammy — Agora Orihime, posso te chamar assim, certo? — Ele não esperou que ela o respondesse e colocou um gravador em cima da mesa — Irei gravar todo o seu depoimento agora, faz parte do procedimento. Dordoni também irá escrever então peço que a senhorita fale um pouco devagar.

Orihime — Certo, posso começar? — Dirigiu o olhar para Dordoni que fez um sinal positivo para a moça — Tudo começou quando fui fazer a minha entrevista de emprego. Havia sido demitida do meu serviço anterior e enquanto procurava emprego uma colega me falou da vaga de cantora no Gran Caída, que era gerenciado pelo Sr. Louisenbairn. Em suma, eu teria que trabalhar a noite e voltar para casa só de dia, o que não seria problema por um tempo já que minhas férias de verão iriam começar em breve — dá um pausa para respirar — A audição me deixou um pouco desconfortável... Precisei ficar em uma sala a sós com ele, para que julgasse a minha voz. Tudo estava bem até que a audição acabou e o sr. Louisenbairn começou a fazer perguntas pessoais, como: Se eu estava namorando e entre outras coisas, até que chegou a perguntar se eu estaria disposta a... — Orihime trava por uns instantes.

Yammy — A?...

Orihime — A fazer programas com os clientes dele... — Disse a sentença com dificuldade enquanto apertava forte o tecido de sua roupa, suas mãos estavam suando muito — Ele queria que eu saísse com eles e até tivesse relações com por um determinado preço — respira fundo — Eu neguei imediatamente, mas ele continuou falando que aquilo seria um desperdício, pois eu era uma garota muito bonita. Continuei negando até que desistisse, cheguei a pensar em abrir mão da vaga, mas o salário era muito bom e eu estava precisando muito na época — olhou para o bebedouro ao lado de Yammy — Posso beber um pouco de água Llargo-san? — Perguntou nervosa.

Yammy pegou um copo plástico e o encheu de água entregando à garota. Orihime bebeu a água e voltou a falar depois de um breve período de tempo.

Orihime — Desculpe-me é a primeira vez que falo sobre isso tão detalhadamente — colocou o copo em cima da mesa, tentando relaxar mais os músculos — Depois disso o sr.Louisenbairn não me questionou mais sobre isso, mas em diversas vezes, quando os shows acabavam ele me chamava junto com as minhas amigas cantoras para se sentar na mesa dele e com isso ele apresentava diversos homens para nós. Soube depois através de Halibel-San que ele cobrava os homens para se sentar próximo a nós.

A segunda vez que ele voltou a ser um chefe agressivo foi quando lhe pedi para trabalhar em menos dias da semana. Eu estava ficando muito desgastada, pois estava trabalhando quase todos os dias e minha voz estava começando a falhar por causa disso,sendo assim, pedi ao sr.Louisenbairn para trabalhar em menos dias. Informei-lhe que já havia falado com a Mila-chan sobre isso e planejamos uma forma de agir onde nós não iríamos nos forçar tanto, mas ele não aceitou e aos gritos disse que éramos mal agradecidas e preguiçosas, pois "tínhamos liberdade de escolher com que músicas iríamos trabalhar e tudo mais" — gesticulou as aspas no ar — Eu não consegui falar mais nada depois disso, mas após algumas horas o sr. Louisenbairn voltou atrás e concordou em fazer o nosso plano — deu uma breve pausa — A última vez foi no dia do incêndio, por volta do meio-dia. Estava pegando as minhas coisas nos armários, quando o sr. Louisenbairn apareceu junto a Loly, pensei que ele fosse brigar comigo devido ao ocorrido de mais cedo.

Yammy — A senhorita poderia esclarecer qual foi esse ocorrido de mais cedo? Cite os nomes completos das pessoas por favor.

Orihime — Aconteceu no período da manhã, estava conversando com minhas amigas: Franceska Mila Rose e Rangiku Matsumoto, quando Mila-chan chamou o sr. Louisenbairn de caveira velha. Loly Aivirrne acabou escutando e me confrontou em seguida, disse que iria contar a ele sobre o apelido. Por isso fiquei assustada quando ele apareceu depois — Orihime para de falar por uns instantes, recobrando o seu tópico anterior — O sr. Louisenbairn me perguntou se minha ideia sobre os programas havia mudado, aproximando-se de mim e tocando no meu cabelo, sem o meu consentimento, no processo. Voltei a negar a oferta e deixei o local o mais rápido possível — suspira — Isso é tudo.

Yammy — Certo — desliga o gravador — Esse foi bem mais curto do que o da outra garota — levantou-se — Está liberada agora senhorita Inoue.

Orihime levantou-se da cadeira e caminhou em direção a saída, acompanhada de Yammy.

Orihime — Obrigada — disse atravessando a porta enquanto o oficial ficava dentro da sala para conferir algumas coisas com o policial Dordoni. A ruiva fechou a porta e encarou os seus companheiros, o trio feminino levantou-se quando a garota deu mais alguns passos à frente.

Mila Rose — Então, como foi?

Orihime — Foi tudo bem. Obrigada por terem vindo — dá um sorriso tímido.

Emmylou — Era o certo a fazer.

Sung-Sun — E a gente não tinha muito o que fazer mesmo — disse em tom baixo, dando de ombros.

Mila Rose dá uma cotovelada na garota de cabelos verdes.

Orihime — Mesmo assim, muito obrigada.

Mila Rose — Nós temos que fazer algumas coisas agora, você vai ficar bem?

Orihime — Vou ficar com o Ulquiorra-kun então eu vou — lançou um sorriso genuíno para a amiga.

Mila Rose — Cuida bem dela viu — disse olhando para Ulquiorra

O grupo retirou-se da delegacia. O trio de garotas despediu-se do casal e seguiram em caminhos diferentes.

Orihime olhou brevemente para o moreno e entrelaçou a sua mão direita na dele.

Ulquiorra — Sua mão está suada.

Orihime — Eu estava bem nervosa...

Ulquiorra — Eu sei — deu-lhe um rápido beijo na testa — Tá tudo bem agora, podemos ir para casa e assistir algo se você quiser.

Orihime — Mas você não iria entrevistar o senhor Kisuke?

Ulquiorra — Isso pode esperar por enquanto, você é minha prioridade agora.

Orihime — Então... Podemos assistir Barbie e as doze bailarinas? — perguntou animada.

Ulquiorra — Não pode ser outra coisa? — disse franzindo a sobrancelha e a fitando diretamente. Não importava a idade, Orihime ainda era muito atraída por esse tipo de coisa.

Orihime — E que tal assistir Glee?.

Ulquiorra suspira e concorda com a cabeça caminhando com Orihime.

[***]

As ruínas queimadas do Gran Caída estavam interditadas por uma longa faixa amarela da polícia. Nnoitra observava o seu antigo concorrente enquanto estava escorado na parede do seu clube de jogos quando repara que um cara de cabelos azuis e jaqueta da universidade Karakura aproximando-se do local.

Nnoitra — Achei que tinha esquecido daqui — disse com um sorriso irônico na face.

Grimmjow — Tsk — abre a porta do bar, mas para antes de entrar totalmente — Só fica fora do meu caminho, não tô com tempo pra tirar esse sorriso nojento da sua cara.

Nnoitra — Você tem uma boa imaginação, Jaegerjaquez! — gritou do lado de fora.

Grimmjow olhou para os lados do The Lucky Day. Tudo estava quieto, o que era esperado, pois o estabelecimento só ficava aberto antes da hora para pessoas que o dono considerava dignas. Havia dois caras na sinuca e um bebendo cerveja sozinho com os pés em cima da mesa. O azulado adentrou mais profundamente no bar e encontrou a pessoa que procurava.

Um homem de cabelos pretos com uma roupa branca, que lembrava uma bata, estava jogando video game no canto esquerdo do bar. Porém, o que chamou a atenção de Grimmjow foi o fato dele estar usando uma máscara que cobria totalmente a sua face, para que não ficasse sem ar, havia pequenos furos por toda a superfície.

Grimmjow — Qual é dessa roupa de papa, Aaroniero?

O homem chamado Aaroniero virou-se na direção de Grimmjow e levantou-se ficando de frente a ele. Para a surpresa do colegial, a voz do homem saiu esganiçada e feminina.

Aaroniero — Você não gostou Grimm? — O homem deu um giro — O branco é a cor da pureza, sabia?

Grimmjow — Eu não quero você. Eu quero falar com o Aaroniero.

O homem cruzou os braços e aproximou a face da cara de Grimmjow.

Aaroniero — Desculpe gatinho, mas não vai rolar. Hoje é o meu dia de ficar na luz e eu não vou sair.

Grimmjow revira os olhos e cruza os braços também

Grimmjow — Não queira que eu o force a aparecer — pressiona o dedo indicador contra a testa de Aaroniero — Eu sei que ele tá em algum canto aí vendo e hoje eu não tô com paciência para esperar a boa vontade de vocês dois.

O moreno retirou o dedo de Grimmjow da sua testa e descruza os braços.

Aaroniero — Eu sei que você não pensa muito bem muitas vezes, então eu vou falar bem devagar para você entender — dá uma breve pausa e começa a falar pausadamente — Não- vai- rolar.

Grimmjow bufa e pega Aaroniero pela roupa o deixando suspenso no ar. O azulado se preparava para desferir um soco, mas parou ao ver o homem retirando a máscara e gritando, desta vez com uma voz mais masculina, para que ele parasse.

Aaroniero — Pare Grimmjow! Sou eu agora! — Empurra Grimmjow.

Grimmjow — Já estava na hora — o soltou — Da próxima vez que eu falar com você é pra aparecer logo, eu não ligo para essa merda de "Hoje é meu dia".

Aaroniero — Foi mal cara, faz parte da terapia.

Grimmjow — A máscara também? — Perguntou ainda levemente irritado.

Aaroniero — Ah não, isso foi invenção dela — senta-se na cadeira de frente ao videogame, mas foca a sua atenção em Grimmjow — Ela não gosta que os outros ainda a vejam como homem então comprou roupas folgadas e isso aqui — levanta a máscara — O nosso combinado era amanhã, porque tá aqui?

Grimmjow — Tô precisando disso agora.

Aaroniero — E se eu não estiver com o dinheiro agora?

Grimmjow — Você tá na merda desse bar, quer mesmo que eu acredite que você não trouxe dinheiro?!

Aaroniero — Tá começando a ficar inteligente, Jaegerjaquez — diz em tom ácido.

Grimmjow — Eu sempre fui. Agora para de enrolar e me entrega logo, eu não trabalho de graça — estende a mão.

Aaroniero coloca a mão no bolso retirando a carteira e entrega um pequeno bolo de dinheiro para Grimmjow.

Aaroniero — Você é um brutamontes mesmo em — virasse de frente ao videogame.

Grimmjow — Aqui não tem nem a metade do que a gente combinou — diz contando rapidamente a quantia.

Aaroniero — Quando você vier no dia que a gente combinar eu vou ter o dinheiro todo. Agora tem como sair? Está atrapalhando.

Grimmjow — Aberração — caminhou até a área das sinucas cruzando caminho com um garotinho de cabelos curtos e pretos, seus olhos eram de uma arroxeado raro.

Luppi — Bem que eu achei que algo aqui estava fedendo.

Grimmjow — Cala a boca toco de amarrar burro.

O garoto fez careta para ele e repetiu as palavras de Grimmjow com uma voz fina e debochada. O colegial apenas o ignora, saindo do The Lucky Day. 

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